Capítulo 39 – Magia.

POV da Bella

Eu aproveitei que as noites em Atlantic City eram quentes, mesmo estando no final do inverno, para fazer alguns exercícios e não perder a forma. Estiquei meu corpo e corri, o gramado era grande o suficiente para treinar um salto. Quando cravei os pés no gramado, Esme aplaudia, sorrindo largamente.

- Muito bem, querida, muito bem!!! – Ela exclamou e me deu um abraço. – Vamos, está bem escuro já, acho melhor você ir tomar um banho, descansar. – Ela piscou.

- Onde está Edward?

- Foi resolver alguns probleminhas e ainda não voltou. – Ela sorriu novamente.

Nós duas entramos na casa. Cumprimentei Carlisle, que acabara de chegar de um plantão e então subi para o quarto de Edward. Quando abri a porta, vi um quarto totalmente diferente do que eu tinha visto durante esses dois dias aqui. Haviam rosas vermelhas em toda a cama, a iluminação era bem suave e havia um Edward sentado em uma poltrona, no canto do quarto.

Parei a sua frente. Fiquei absorvendo o silencio que pairava entre nós dois. Eu podia ouvir as batidas descompassadas do meu coração, minha respiração era acelerada, quase chegava a ser tensa. Edward tinha uma expressão tranqüila em seu rosto.

- Olá. – Murmurei indo em sua direção.

- Oi. – Ele sorriu torto, do jeito que eu mais gosto.

- Posso saber para que isso tudo? – Perguntei quando cheguei em frente a ele.

Edward nem se deu ao trabalho de responder, lógico. Apenas correu suas mãos pela minha cintura, me puxando para seu colo e colando seus lábios aos meus. Bem, assim fica difícil pensar numa resposta ou em qualquer coisa que exige um nível alto de concentração... Desisti de tentar entender o por que de todo aquele mimo, entrelacei meus dedos aos seus cabelos, aproximando mais nossos corpos. Quando me dei conta, eu estava sendo carregada e, quando me dei conta novamente, eu já estava no banheiro e sem roupas.

Eu podia sentir minha pele queimar a cada toque, meus pelos se arrepiavam.  Eu ofegava e ele, nem mostrava qualquer sinal parecido com o que eu demonstrava.

- Você está vestido demais... – Reclamei, enquanto desabotoava a camisa social que ele vestia. Corri meus dedos pelo seu peito nu, observando cada mínimo detalhe dele.

- Eu te amo, Isabella... –Ele murmurou novamente, me empurrando para debaixo do chuveiro quente.

Edward me cativava com simples palavras. Eu me perdia dentro dos olhos dele, absorvendo todo aquele brilho e todo aquele amor que ele sentia por mim. Seria possível alguém como eu, amar tanto assim?

Quando em dei conta, eu já estava embaixo do chuveiro quente. A água escorrendo pela minhas costas, junto com os dedos dele que percorriam cada centímetro da minha coluna.

- O que você quer Bella? – Ele perguntou, com aquela voz rouca, que me fazia pirar.

- Quero você. Agora. – Exigi.

- Sempre muito mimada. – Ele riu. – Mas a culpa não é sua, eu te amo tanto, eu faço o que você quiser.

- Edward... – Murmurei.

- Sente, Bella? Sente a magia desse momento? Sente o amor que eu sinto por você? Percebe que nosso amor vai acima de todas as coisas, acima de tudo o que eu jamais pensei que fosse possível?

- Eu te amo tanto...

- Você é tão perfeita...

Eu via nos olhos dele, aquele brilho desde a primeira vez que nos declaramos um ao outro. O mesmo brilho de quando ele me olhava... Eu ficava perdida no mar dos olhos dourado de Edward, eu podia chegar a dizer que eu entendia como ele se sentia, eu podia ver o amor, eu podia ver uma força que nos movia, que nos unia. Mas eu via a veneração nos olhos dele.

- Jamais pensei encontrar alguém como você. – Ele murmurou, fazendo com que seus lábios trilhassem um caminho entre meu maxilar e o vale entre meus seios.

- Me coloque num pedestal e me adore. – Eu ri.

- Eu te adoraria, mas isso é impossível, porque eu te amo tanto, que adoração chega a ser uma injúria. – Ele correu suas mãos pelo meu corpo, então me carregou até a cama.

Senti a respiração dele pesar sobre meu pescoço. Senti o hálito inebriante, refrescante e deliciosamente doce, sobre meu colo.  Era, novamente, aqueles misto de sensações, que eu nunca sabia definir exatamente o que eram. Mas eu tinha certeza que só sentiria aquilo com o homem da minha vida. Da minha existência.

Pendi minha cabeça para trás, quando o senti sobre mim. Minhas mãos correram imediatamente aos seus cabelos, as suas costas, a sua cintura, puxando-o para mais perto, aproximando nossos corpos.

- Eu jamais senti o que sinto por você, Bella. Percebe que é a mulher da minha vida? Que somente por você eu sinto saudades, que somente por você eu fico hipnotizado. É só com você que eu posso sentir prazer, só você me satisfaz em todos os sentidos.

- Você é a razão da minha vida, Edward. O destino tem mesmo algo reservado para nós dois.

Seus lábios vieram aos meus, doce e carinhosamente, enquanto ele ia deixando seu peso cair sobre mim, me penetrando.

[...]

- Bella? – Edward me chamou.

- Hum? – Eu disse me espreguiçando. – Já vamos?

- Sim, porque não se levanta, assim podemos tomar café juntos. – Ele sorriu lindamente, me fazendo corar e derreter.

- O que foi?

- Você está babando, Bell. – Ele riu.

- Sua culpa. – Eu levantei e fui em direção ao banheiro.

Tomei um banho rápido, troquei de roupa e desci para tomar café com Esme, Carlisle e Edward. Nossas malas já estavam no carro e eram por volta das nove da manhã quando estávamos indo embora. Esme e Carlisle estavam parados na porta da casa, esperando que eu pegasse minha bolsa com meus pertences.

- Querida, nos avise quando for o seu campeonato regional. – Esme disse sorridente. – Eu adoraria conhecer sua família.

- Mesmo que eu não possa ir, Esme irá. – carlisle disse sorrindo.

- Será na segunda semana de julho, os dois podem ir. – Eu os abracei. – Eu adoraria que conhecessem minha família. Bem, pelo menos minha mãe e minhas primas.

- Eu terei uma conversa com seu pai, Bella. – Carlisle piscou. – Ele vai mudar de idéia sobre algumas coisas.

- Nos vemos em julho! – Eu disse acenando e entrando no carro.

- Foi bom vê-lo, Edward. – Carlisle o abraçou. – Alguém aqui sabe, realmente, em como mudar as pessoas. Obrigada por trazer meu filho para casa novamente.

- Vamos, Bella... temos estrada pela frente. – Edward sorriu e me conduziu ao carro. Então, seguimos de volta para New York.