Capítulo 33 – Veredicto

POV da Bella

Meu corpo estava gelado e minha mente também. No sentido figurado da coisa. Edward me acolheu, quando meu pai não quis fazer o mesmo. Sim, eu devia muito a ele – Edward. Entrei na banheira com água quente e devia ter adormecido, pois quando acordei novamente, eu estava na cama de Edward e nos braços dele. Já estava amanhecendo. Minha cabeça doía um pouco, minha garganta ardia, meu corpo doía e minha voz não queria sair. Claro, eu passei uma parte da noite sob um temporal.

- Bom dia. – Edward sorriu.

- Bom... – Eu esbocei um sorriso. – dia. – Completei a frase.

- Você está ardendo em febre... – Ele me olhou preocupado. – Vou ligar para sua mãe. Ela virá ficar com você.

- Não precisa... – murmurei.

- Precisa sim. Hoje não poderei ficar aqui. Tenho aulas a dar e um pequeno assunto pendente para resolver. – Ele disse sério. Mas depois deu um sorriso. – Volto ao meio dia, tudo bem?

- Ok. – Assenti.

POV da Autora

- Meninas, vou deixá-las na escola e ficarei até o meio dia na casa do Edward. Cuidarei de Bella. – Renée dizia á Alice e Angie.

- Certo, tia. Depois da aula, nós vamos direto para lá. – Angie falou.

As três entraram num carro, Charlie seguiu em outro. Elas foram para a escola e Renée foi direto para o apartamento do Edward, que a esperava, antes de sair para a escola. Bella dormia, quando ela chegou.

- Ela está dormindo, Renée. – Edward murmurou. – Assim que sair de lá, pego as meninas e venho para cá.

- Não se preocupe. Já avisei na empresa. Não terá problemas. – Ela sorriu. –Obrigada por tudo o que faz a ela, Edward.

- Não... eu é que agradeço. Ela mudou minha vida, sabe... – Ele murmurou, lembrando-se do momento em que pediu a Bella uma chance para começarem uma nova relação.

Na escola, Jane e Jess estavam reunidas com Mike e Alec no jardim da frente, quando todas as outras chegavam. Perto dali, duas mulheres passaram junto com Tanya e Rosalie, indo diretamente para dentro do prédio. Todos observavam a cena.

- O que foi aquilo? – Nanda perguntou, enquanto juntava-se ao grupo.

- Aposto que tem a ver com o que elas fizeram... – Lili disse ajeitando seu uniforme.

- Falando em coisas que aquelas abelhas assassinas fizeram... – Jane murmurou. – Hoje saí a decisão do juiz sobre o caso na UCA, né?

- É. – Alec confirmou. – Acabou demorando mais que o estimado, mas com certeza, hoje sai.

- Provavelmente Edward será o primeiro a saber... – Jess amarrou o cabelo, enquanto olhava para dentro do prédio.

- Vou pedir ao Ed que nos avise... – Alice falou. – Quero contar a Bella...

- Falando nela... o que houve afinal de contas? – Lari perguntou.

- Bem, o tio Charlie finalmente havia explodido com ela... O clima lá em casa não estava bom sabe, daí ele acabou discutindo com ela, quando ela estava saindo para dar uma volta no parque.

- A Bella sempre sentava lá, ficava olhando as crianças brincando e tal... – Alice completou o que a irmã dizia.

- Aí foi que eles discutiram muito feio. Renée não conseguia acalmá-los e também não nos deixava intrometer. Daí o Tio Charlie disse que ela estava expulsa de casa.

- Então ela fugiu. – Alice falou de novo.

- Nossa! – Eles exclamaram.

- Era de se esperar... pelo menos essa reação do pai dela. Edward disse que tinha encontrado Bella, mas não disse onde... – Jasper refletiu.

- Ele a encontrou sentada no meio fio, na calçada em frente ao prédio... – Angie murmurou, pegando o material, enquanto todos se dirigiam para as aulas. – Hoje Bella não está bem. Febre, dores no corpo... gripe, sabe...

O grupo se dividiu e cada um foi para sua respectiva sala, com alguns colegas. Edward caminhou até a sala dos professores, então viu um recado em edital, dizendo que sua aula havia sido trocada de horário. Seria no último tempo. Antes disso, ele deveria encontrar o diretor e a coordenação na sala de reuniões do colégio. Edward adentra na sala e senta-se ao lado da Sra. Jones, que agora era completamente favorável a qualquer coisa que se relacionasse a Isabella Swan.

- Bom dia, Sr. Cullen. – O diretor falou. – Estas são Diane Loss, advogada da Srta. Tanya. E, Andrea, mãe de Rosalie.

- Bom dia. – Edward respondeu.

- vamos ao assunto. – O diretor falou novamente. – Esta é a carta que veio da sede da UCA, com a declaração dada pelo juiz e pelo presidente da mesma. E, depois dela, daremos nosso veredicto.

- De acordo com a carta da UCA... – A sra. Jones falou. – A quantia em dinheiro recebida pelo juiz, foi retornada a conta que antes havia feito o depósito. O jurado será suspendido por ter aceito suborno e, de acordo com as regras da UCA... “As líderes ou os líderes que fizerem qualquer tentativa de suborno, seja fazendo uso de dinheiro ou qualquer outro meio que possa ser usado para convencimento de determinado jurado, serão suspensa das atividades.”

- Eu sabia... –Rosalie murmurou.

- Quieta, Rose! – A mãe dela a repreendeu.

- Quanto ao pequeno incidente com o alarme de incêndio... – Sra Jones falou. – Deixo as palavras com o Sr. Diretor.

- Quanto a isso... As senhoritas estão suspensas de toda e qualquer atividade nesta escola. Deverão freqüentar as aulas, os professores farão vista grossa sobre suas atitudes, não terão direito a mais nenhum tipo de crédito extra. Ou seja, podem tirar a palavra ‘animação’ do vocabulário de vocês. – Ele falou sério. – O ato das duas, fez com que aulas fossem interrompidas... embora o problema não tenha sido este. O fato foi que... Por causa desta brincadeirinha de mal gosto, a vida de uma aluna foi colocada em risco.

- Mas ela estava grávida de um professor! – tanya exclamou.

- Esta não é a questão.

- É sim, Sra. Jones! – Rosalie rebateu, olhando feio para Edward. – E aquela coisa toda de padrões de ética?

- O relacionamento do Sr. Cullen ia da porta para fora, mas sim, existia um relacionamento. Mas ele não será discutido, porque Isabella precisa de todo e qualquer apoio agora, porque graças as senhoritas, sua vida física e psicológica foi colocada em risco. – O diretor falou novamente. – E, de acordo com o advogado da Sra Swan, o pedido de indenização foi aceito. Mas, graças a bondade dela, foi recusado pela família. As duas podem se retirar.

Rosalie e Tanya saíram mais a frente. Batendo o pé, esmurrando as portas. Ficaram sentadas em frente a uma porta, num banco estofado que havia ali, enquanto a advogada e a mãe de Rosalie não saiam.

- Cara, tem noção de que meu pai vai me matar? – Tanya encolheu os ombros.

- Oh, sua mãe sabe de tudo?

- minha mãe nem sonha, mas provavelmente meu pai vai falar com ela... – Ela resmungou. – Então vai começar aquela história de que eu devia ser igual as minhas irmãs... vão ficar me comparando sabe...

- Não quero nem pensar no que minha mãe vai fazer comigo. Meu pai vai surtar, é claro... – Rosalie murmurou.

As duas ficaram discutindo sobre as prováveis e possíveis conseqüências que seus atos teriam, enquanto o diretor, a Sra Jone e Edward ainda falavam sobre Bella.

- Como Bella está, Edward? – Sra. Jones disse num tom menos formal.

- Ontem houve uma discussão feia entre ela e o pai... Ela está em meu apartamento... Um pouco doente por causa da chuva, mas... Está um pouco melhor. Se não se importam, vou avisar as primas dela. Elas precisam saber.

- Fique a vontade. – O diretor sorriu. – mande nossos cumprimentos a ela.

- Obrigado.

Na casa de Bella, Renée fazia companhia a ela na sala de TV, enquanto Bella ficava enrolada em um cobertor. O telefone tocou, Renée atendeu e murmurou algumas palavras que eram desconexas. No fim, voltou sorrindo.

- Bem senhorita Swan... como ficou alheia aos último fatos.. que tal ouvir uma boa e velha fofoca? – Renée riu.

- Diga, mãe... –Bela revirou os olhos.

- Rosalie e Tanya foram expulsas da animação de torcida para sempre. – Renée riu alto.

- Porque?

- Bem, seu tombo foi causado por elas. Sua amiga Jane descobriu tudo, relatou ao diretor e depois a UCA. Hoje saiu o veredicto. Alice disse que Edward disse que elas estão suspensas de qualquer atividade na escola, devem apenas freqüentar as aulas. Sem créditos extras.

- Elas foram... a causa do...

- Sim. Bella, não tem porque mais se esconder neste casulo. Os dias estão passando rápido demais... não quero que fique nessa. – Renée disse suplicante. – Vamos, amanhã quero vê-la na escola. De queixo erguido. Eu até deixo você se meter em uma briga com elas... olha quem sou eu para falar assim... – Ela completou dizendo para si mesma. – mas o fato é que... não pode ficar nesta para sempre.

- Mas mãe eu... eu sinto como se estivesse vazia... eu sei que é coisa da minha cabeça, mas...

- nada de ‘mas’! Amanhã você irá para a escola. Eu sei o que você está passando Bella. Acredite, eu sei muito bem. – Renée a tranqüilizou. – Vamos sair do casulo, minha lagartinha saltitante?!

- lagartinha saltitante? – bella riu.

- É, vai virar uma linda borboleta...

- Ok, mãe... eu vou amanhã... mas pare com essas comparações...