Capítulo 29 – Frágil

POV da Autora

The Sound Of Silence – Richard Clayderman

*O Som do Silêncio

No último capítulo...

- Querido, - Renée pegou as mãos dele, enquanto Edward aproximou-se. – nossa filhava estava... Grávida de três meses e alguns dias. Quando caiu... Houve um sangramento.

- O QUE????? – Ele exclamou, alto demais, chamando atenção de algumas pessoas.

- Charlie, acalme-se. – Renée pediu, vendo que ele começava a ficar vermelho e outras cores mais.

- Você. Engravidou. Minha. Filha?!

- Mas eu assumi. – Edward disse sério. – Eu amo sua filha. Nós sabíamos que teria essa reação. Eu assumi o filho, assim como a pedi em casamento. EU AMO A BELLA!

- Eu vou embora daqui. – Charlie murmurou.

- Sr. E Sra. Swan? – Um médico apareceu na sala de espera.

- Como Bella está? – Renée perguntou, alarmada.

- Sinto lhes informar, mas sua filha perdeu a criança devido ao impacto. Ela está fora de perigo, só precisará ficar esta noite aqui, em observação. – O médico falou calmamente. – Ela está o quarto 1002.

- Que alívio... – Charlie murmurou.

- O que é que você disse? – Edward rosnou.

- Ainda bem, já imaginava se ela tivesse grávida? O transtorno que iria ser?

- Transtorno vai ser se falar mais uma vez uma coisa dessas! – Edward rangeu os dentes.

- Sabe como é que a Bella vai ficar? Ela vai ficar ARRASADA, tio Charlie! A Bella estava tão feliz... – Alice murmurou.

Exceto Charlie, os outros caminharam em direção ao elevador e foram ao quarto de Bella. Quando chegaram lá, o médico que estava na porta esperando por eles, deu um pequeno aviso, de que Bella estava muito frágil psicológicamente e, todo cuidado era pouco. Eles entraram e encontraram Bella, que estava virada para o lado oposto da porta. Seu rosto estava manchado pelas lágrimas.

- Bella... filha... – Renée afagou o rosto dela.

- Eu... perdi. – Ela disse entre lágrimas. – Eu... perdi.

- Amor, não fica assim... – Edward tentou consolá-la. – Ainda teremos um filho, minha Bella, mas não fica assim...

- Eu... perdi. – Ela disse no mesmo tom de antes. – Eu... perdi.

- Ela está em choque. – O médico disse baixo.

- Bella, meu amor... não tem problema... eu vou te amar mesmo assim. –Edward afagou o rosto dela, depois lhe deu um beijo na testa.

- Eu... eu perdi meu bebe, Edward! – Bella finalmente tinha saído de seu transe. – Eu perdi meu filhinho... Eu... Eu...

Edward sentou-se na cama e Bella o abraçou, colocando o rosto no vão de seu pescoço. Suas lágrimas caiam e manchavam a camisa, os soluços eram altos, mas Renée não deixou que dessem um sedativo a ela. Bella precisava estar consciente do que aconteceu e desabafar, mesmo que a situação não fosse das melhores. Aos poucos, os soluços dela foram diminuindo, até que ela caiu em sono profundo. O resto da tarde passou de forma mais tranqüila.

- Estou tremendamente decepcionada com você, Charlie! – Renée repreendeu-o.

- Pelo que? Por dizer que fiquei feliz com Bella, por ela ter perdido o filho? É, fiquei mesmo!

- Não tem um pingo de amor á sua filha, não é?! Bella está deprimida, Charlie. Sabe o que isso pode significar? Que ela nunca mais volte a ser a mesma de antes... Bella está tão frágil, tão triste... – Renée se encolheu. – Amanha cedo, ela voltará para casa... eu não quero que arrume confusão com ela!

- ... Eu to te falando Alice! – Jess resmungou. – Tenho certeza que foi a Rosalie. Ela estava rindo da Bella!

- Nós podemos descobrir. Eu não vou deixar barato, Allie. – Jane dizia determinada.

- O que pretendem fazer? – Angie perguntou.

- A primeira coisa... descobrir como é que ela conseguiu o segundo lugar naquele torneio... Acreditem, Rosalie é realmente bonita, popular, mas de líder de torcida, nõa tem muita coisa. Falta muita criatividade naquela cabeça loira.

- Bem, isso vai ser fácil. Precisamos apesar descobrir se ela foi quem elaborou aquela coreografia ou não. – Lili falou.

- Mais de que vai adiantar? – Angie encarou-as.

- Simples. Se ela contratou algum coreógrafo, e se este coreógrafo estiver na ‘lista negra’ da UCA... ela já está desclassificada. – Jane sorriu.

- Mas algo me diz... que tem mais por aí. – Alice disse, enquanto pegava sua bolsa. – Bem, façam o possível. Vamos dar o troco nela. Mas agora vou indo. Vou fazer companhia ao Edward.

- Eu também! – Angie correu atrás da irmã.

POV do Edward

Eu não tinha palavras para descrever o que eu sentia em meu peito, mas não era comparado a nem um quinto do que Bella sentia. Seu semblante era triste, seu rosto estava pálido, olheiras enormes, os lábios que antes eram rosados, hoje não tinham cor. Quando amanheceu, o médico havia assinado o formulário dizendo que bella estava liberada para ir para casa e poderia freqüentar a escola, desde que não fizesse muito esforço, pelo menos por alguns dias, para que o organismo dela pudesse se recuperar do dano. Mas eu não tinha certeza se ela iria freqüentar a escola.

- Amor, vamos. – Segurei-a pela cintura e guiei até o carro.

Bella não falou nada durante todo o percurso até sua casa. Ficou com os olhos fixos na estrada, apenas observando o movimento. Seu olhar mudou, quando ela viu algumas crianças brincando no pequeno parque perto de sua casa. Ela se encolheu no banco.

- Não quero ir. – Murmurou.

- Tem que ir, Bella. – Acariciei seu rosto. – Sua mãe está preocupada.

- Meu pai...

- Esqueça ele. – Pedi. – Por favor?

Saímos do carro e então abri a porta de sua casa. Renée veio nos recepcionar, assim como Alice e algumas meninas do time de torcida. Todas abraçaram a Bella, suas primas ficaram por último, levando-a para o quarto, logo em seguida. Renée aproximou-se de mim.

- Ela está tão triste, Edward. – Renée me abraçou. – Sei que assumirria seu filho e sei do amor que tem por ela, então, prometa-me.

- O que quiser.

- Caso as coisas não fiquem bem por aqui, leve Bella para sua casa. Ela ficará bem lá. As primas dela podem ir vê-la sempre. Charlie é tão... tão... tão antiquado, tão... frio!

- Eu vou cuidar dela, Renée. Prometo. – eu sorri.

Subi as escadas e fui até o quarto dela. Alice e as meninas saíram. Eu entrei e a encontrei sentada em sua cama, de costas para a porta, olhando a janela. Sentei-me na beirada e a abracei. Bella apenas encostou sua cabeça em meu peito.

- Vai me amar, mesmo se eu não estiver mais carregando um filho seu, Edward?

- Mas que pergunta é essa, Bella? É claro que vou! Eu te amo. Eu te amo e sempre vou te amar. Você é a pessoa que me mudou, você é muito importante para mim, Bella. – Sussurrei em seu ouvido.

- Obrigado. – Ela murmurou.