Equilíbrio escrita por Diane


Capítulo 22
Capitulo 22 - Ah, como sou genial




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Peguei a adaga e a observei mais detalhadamente. É, de fato Ares tinha sido realmente inteligente ao escondê-la em uma rocha, ninguém procuraria a arma ali, e depois ainda falam que inteligente é só Atena.

Guardei a arma em uma bainha improvisada no bolso da minha mochila com cuidado para não acordar ninguém.

Não, me repreendi mentalmente, Aqui está muito fácil para achar.

Se fosse em algum quarto em casa eu poderia colocar em algum fundo secreto do guarda-roupa ou dentro do estofado do colchão. Ali não tinha nenhum lugar para esconder. E colocar dentro da própria mochila era muito fácil para Trivia surrupiar.

Peguei meu celular. Á muito tempo atrás fiz um aplicativo que tinha sensores de calor. Ajustei o aplicativo para detectar o calor humano ou animal e acionei o alarme.

Coloquei a mochila o mais distante possível de mim e dos outros, e coloquei o celular acima do punhal. Bom, se qualquer corpo que emitir calor parecido com o humano ou animal, isso vai tocar um alarme alto suficiente para acordar a china inteira.

Agora, minha querida Trivia, pensei, quero ver você pegar isso daqui.

Idia e Mingau estavam dormindo na forma de gatos, um enrolado no outro igual uma bola. Estavam terrivelmente fofos, na verdade, todos os gatos são fofos, menos os sarnentos e sem pelo.

Sacudi os dois.

— Vamos, bolas de pelo, acordem!

Mingau acordou em um estado de alerta surpreendente. Os olhos azuis se arregalaram e as pupilas se dilataram e ele deu um pulo de altura recorde.

— Cadê aquela vaca em forma de feiticeira? Ela está atacando? Eu vou estraçalhar os ossos dela e vou comer ela com biscoitinhos felinos!

Olhei para a cara dele.

— Tá louco Mingau? A Trivia não atacou ainda, mas prezo muito a sua raiva por ela. Na verdade eu só queria saber se você e a Idia podem servir de travesseiro para mim.

— Ahn, é só isso.

— É.

Suspeito seriamente que aquele escândalo acordou todos ali por que juro que ouvi alguns resmungos e juro que um salto alto voou na minha direção.

Idia se revirou.

— O que você falou sobre travesseiro?

— Ah, Idia, minha gatinha amada — sorri e ela revirou os olhos — Você pode ficar na sua forma de onça para eu poder usar o seu pelo e sua gordura felina como travesseiro?

Ela me encarou.

— Gordura felina?

— Okay, foi mal esse comentário. Mas falando sério, você pode servir de travesseiro, eu tenho um QI superior ao de todos aqui, e dormir mal afetaria a minha incrível capacidade de pensar.

“Metida” Ouvi alguém falar, na hora pensei que era Alec pelo estilo maldoso, mas ele tinha tomado uns cinco calmantes. Olhei para o lado e percebi que era Mary que estava resmungando. É, a personalidade oculta dessa menina se manifesta durante o sono.

Idia se transformou em onça, embora ainda estivesse ofendida pelo comentário da gordura felina. Deitei no peito dela e abracei Mingau que ainda era um gato. Lembrei-me dos tempos antigos que eu era normal, ou quase normal, já que nunca fui normal na vida, nessa época a Idia deitava encima do meu cabelo e eu abraçava Mingau igual um ursinho de pelúcia, isso antes do Mingua fugir.

— Idia, só não vai me unhar com essas garras afiadas durante a noite. Eu seriamente pretendo acordar viva e linda como sempre.

[...]

Pela primeira vez na minha vida eu estava totalmente consciente em um sonho. Eu estava de pé ao lado de Idia e podia ainda ver meu corpo dormindo abraçado com Mingau.

Deuses, pensei, Morri?

— Chris, você não está morta — uma voz familiar disse.

Olhei para o lado e vi minha mãe. Ela estava normal como sempre, com sua aparência jovem, os cabelos loiros presos em um rabo de cavalo informal, usando jeans e uma camiseta colorida. Quem visse, acharia que era minha irmã mais velha, mas se olhasse atentamente nos olhos, pensaria que eu tinha uma irmã mais velha sinistra.

— Mãe? — Perguntei.

Ela revirou os olhos prateados.

— Quem você acha que é?

Resolvi não responder. Se todas as histórias que li sobre magia e feiticeiros tivessem um pingo de verdade, até o mais simples do feiticeiro que tinha entendimento sobre como usar a magia, poderia tomar a forma de alguém. Embora eu não saiba mudar de forma ainda... Mas um dia saberei... Se viver o bastante para isso...

Olhei mais fundo nos olhos dela. Reluziam com o brilho da imortalidade dos deuses. Eu realmente preferiria que fosse Trivia tentando fazer um truque, mas talvez pudesse ser pior... Ser um deus tentando me enganar, particularmente um deus em especial.

Bom, se for minha mãe tudo bem, mas se for outro deus, pelo menos vou me fazer de inocente, só para evitar que eu acorde no mundo inferior.

Ela se virou e me encarou.

— Por que você está parada olhando para o nada? — ela perguntou.

— Estou pensando.

— Em que?

— Em nada.

Ela bateu os pés, irritada.

— Engraçadinha...

Sorri angelicalmente.

— Ah, mas eu sou um anjinho.

— Sei que tipo de anjo você é.

Olhei curiosamente para ela.

— Que tipo de anjo? — Perguntei.

— O tipo de anjo que coloca pó de mico nas roupas intimadas das pessoas, que coloca água oxigenada em shampoos.

Revirei os olhos.

— Minha fama é tão ruim assim?

— É.

Por um instante me distraí olhando as minhas duas bolinhas de pelo dormirem. Será que isso é apenas um sonho louco, ou é real?

— Mãe, você não veio aqui para falar da minha fama, não é?

A sua aparência risonha se esvaiu completamente. Os olhos cinzentos perderam qualquer brilho e juro que os vi ficarem quase dourados, mas deve ter sido ilusão de ótica.

— Não, só vim para avisar que pela manhã, eu vou mandar um sinal indicando onde está a balança.

[...]

De repente algo começou a apitar. Um apito bem alto e irritante, como se alguém estivesse torturando um animal hibrido de papagaio com toupeira. Tudo bem, esqueça minhas comparações idiotas e entenda que a coisa era sonora pra caramba.

Provavelmente o celular detectou algo, pensei, provavelmente um esquilo que deve ter tido um ataque cardíaco agora.

Acordei subitamente e me virei para o lado. Parado ao lado da mochila, estava Sam. Ele estava incrivelmente pálido.

— Que porcaria é essa?

Olhei para a cara dele.

— Um alarme — falei.

— Já percebemos — Vanessa murmurou enquanto tirava um tapa-olho rosa de madame da cara.

Aparentemente todos perceberam, menos Alec que estava... bem, dopado... Só espero que ele não morra por excesso de medicação. Futuramente, vou ficar bem longe dos calmantes da Vanessa.

— Por que você tem um alarme na mochila? — O elfo perguntou.

— Para ninguém tentar me roubar. Simples.

Damien franziu a testa.

— Mas aqui não tem assaltantes.

— Damien, pensa direito, criatura. Estou começando a pensar que quando te ressuscitei não oxigenei o cérebro o suficiente — Idia murmurou.

Ele franziu a testa novamente.

— Ah?

Pisquei para Idia, era melhor parar isso antes que ele tivesse um colapso cerebral.

— Idia, por que será que todo moreno de olhos verdes é lerdo? — perguntei rindo.

A onça riu ainda mais.

— Vai ver está no DNA...

A pobre criatura ainda estava com a testa franzida. Idia e eu só paramos de rir quando Mary murmurou algo como “deslipe o madito alerme, e palem dle rir” O que traduzindo, provavelmente era algo como desligue o maldito alarme e parem de rir.

Por fim eu resolvi dormir novamente, ainda era muito cedo, provavelmente ainda era de madrugada.

Existem várias coisas saudáveis que você pode fazer ao acordar, mas virar para o lado e continuar a dormir é a melhor de todas.

[...]

Senti algo unhar meu braço.

— Mingau, para de me unhar... — Murmurei,

Virei para o outro lado e novamente senti algo arranhar meu braço. Dei um tapa na pata do Mingau para ele parar, as penas dele se amassaram. Ah... Espera... Penas?

No meu braço estava empoleirado um pássaro dourado. Ele estava me bicando para me acordar. Provavelmente esse era o sinal da minha mãe, ou de sei lá quem.

— Você não pode voltar mais tarde? — falei — Eu quero dormir mais.

Ele grasnou e escreveu na terra. “Siga-me”

E em seguida ele voou reto para direita e sumiu da minha vista. Peguei o meu relógio para identificar a hora. Quatro da manhã, será que não tinha um horário melhor para a criatura de penas aparecer?

Me levantei igual um zumbi. Provavelmente não era minha mãe naquele sonho mesmo, por que ela valoriza o horário de sono dos seres humanos.

— ACORDEM CRIATURAS! — Gritei.

Nem se moveram. Bom, então vamos para o plano B.

— TEM UMA COBRA GIGANTE ATACANDO! — Gritei.

Resultado instantâneo, se levantaram mais rápido do que um ser humano poderia, menos Vanessa, que na sua lerdeza, tentou correr para longe, e tropeçou encima do irmão, que ainda estava dopado, e provavelmente esmagou as costelas dele.

Sentia até pena, principalmente, por que também senti saltos agulhas pisando nas minhas costelas. E que tipo de retardada dorme com salto?

Bom, se ele não acordou com meus gritos, pelo menos vai ter acordado com isso.

— O que foi? O que foi? — Sam perguntava enquanto procurava seu arco, ainda usando pantufas — Cadê a cobra?

Fiz minha melhor cara de inocente.

— Não tem cobra nenhuma, só foi para acordar vocês.

Mary caiu de bunda no chão.

— Não acredito... Todo esse susto — Ela falou enquanto tentava levantar sem sucesso, espero sinceramente que ela não tenha quebrado os ossos da bunda.

— Seu estupido — Vanessa gritou quando Alec a empurrou de cima dele.

— Estupidez é você enfincar esses saltos afiados em mim.

Revirei os olhos. Se continuassem enrolando desse jeito, provavelmente eu nunca encontraria o passarinho dourado. Embora ache que o pássaro pode ser uma emboscada... Mas pelo menos se fosse uma emboscada, de uma forma ou outra, descobriríamos quem é Trivia.

— Vocês podem ficar quietos — pedi, já não basta acordar cedo, ainda tem que ficar com dor de cabeça.

Alec esfregou os olhos e olhou no relógio.

— Christine Maureen Kroell acordando ás quatro da manhã, antes disso eu pensava que tinha visto tudo nesta vida.

— Foi um bom motivo, pelo menos acho que é — falei — Acho que descobri onde está a balança.

Damien franziu a testa, provavelmente pela enésima vez hoje.

— Mas não temos a segunda adaga para chegar até a balança.

Sorri angelicalmente.

— Talvez eu tenha a segunda adaga.

[...]

Uma das piores coisas do mundo é caminhar enquanto várias pessoas te xingam. E pelo visto, nem sinal do pássaro e muito menos da balança.

— Por que você não falou da outra adaga? — Vanessa perguntou secamente.

— Por que eu já tinha pensado que seu irmão já tinha contado... — respondi.

Ela o encarou.

“Excelente método de tirar a sua culpa, Christine”, Alec pensou” Jogue tudo em mim”

— Como você sabia da adaga? — Mary estreitou os olhos — E por que não nos contou?

Eu vi quando ela achou a adaga. E eu não contei por que estava exausto. Por gentileza, poupem o interrogatório.

Mary ainda continuava desconfiada, e Alec ainda me xingava mentalmente.

Eu estava com mais sono do que o normal, talvez por causa dos calmantes da criatura. Por um momento me perguntei se ele tivesse uma overdose causada por excesso de medicação eu iria morrer junto.

“Isso é terrível” Alec pensou ”Não basta ter que te aturar enquanto vivo, ainda vou ter que te aturar depois de morto”.

Então a ficha caiu.

Perguntei mentalmente, para os outros não escutarem. “Alec, quem te deu os calmantes?”

“Qual é a importância disso?” Ele perguntou.

“Apenas responda”

“A Vanessa, e daí?”

Pisquei. Deuses, eu não acreditava que estava pensando nessa hipótese.

“Você sabe que excesso de medicação mata” pensei.

“Você não está pensando nisso, não é?” Ele não conseguiu disfarçar o choque” Que a minha própria irmã tentou me matar?”

Mas fazia absolutamente todo o sentido. Cinco comprimidos de calmante causam morte em qualquer humano, felizmente ele não era humano. Seria uma forma de matar extremamente fácil. Como era a irmã dele, ele nem desconfiou, provavelmente nem contou quantos comprimidos ela tinha entregado.

Talvez Trivia fosse Vanessa. Seria um excelente disfarce, uma garota tola e obcecada por roupas, que qualquer um acha que é inofensiva.

“Não acredito que você está pensando isso” ele retrucou” Ela apenas não... entende nada sobre remédios e efeitos que eles causam, só isso. Você sabe que Vanessa não é muito inteligente.”

“Só por garantia” pensei “Pare tomar calmantes ou qualquer outro remédio. Já pensou na hipótese de Trivia substituir um remédio por veneno?”

“Você está paranoica”

“Depois de ver minha melhor amiga morta, eu tenho direito de ficar tão paranoica quanto quiser”

Ele provavelmente continuaria discutindo se tivesse algo mais importante no que se focar.

As coisas começaram a dar errado quando descobrimos que era um caminho sem saída, já que tinha um rochedo de doze metros interceptando a trilha. E as coisas começaram a piorar quando as garotas de branco apareceram.

Ao nosso redor começaram a sair de trás das árvores várias garotas, todas elas vestidas de roupas brancas. No inicio não levei a sério, mas assim que percebi que os olhos delas eram dourados como o do pássaro, descobri que era uma emboscada.

“Você já sabia que isso era uma emboscada antes de acordar” Alec acusou” Portanto, se formos assassinados por garotinhas esquisitas, a culpa é sua”

“Entenda, eu estava curiosa para ver se Trivia mostraria a cara” pensei” E você sabia que eu sabia sobre uma possível emboscada, então, você é cumplice”

Ele fez cara feia.

“Eu também, estava... um pouco curioso” Ele admitiu.

Então, nós dois fomos feitos de trouxa. Vamos deixar quieto esse assunto, se os outros perguntarem, dizemos que não sabíamos de nada e que foi um truque de Trivia. Ninguém precisa saber que já fizemos uma idiotice na vida.” Eu sugeri.

“Bom, então caso encerrado. Acho que temos mais problemas para lidar.”

As garotas começaram a se aproximar. Fechando um circulo envolta de nós. Não eram muitas, apenas cinco. Todas elas eram incrivelmente pálidas e tinham cabelos brancos, a única coisa colorida nelas eram os olhos dourados.

Particularmente, não me lembro de nenhum mito grego sobre garotas sem cor.

Mas se aquilo era uma emboscada, era uma emboscada bem ruim. Era apenas cinco garotas, elas estavam desvantagem numérica, e não pareciam tão ameaçadoras, aparentemente, Trivia não é muito boa em armas emboscadas.

— Quem são vocês? — Perguntei calmamente.

Uma delas veio para frente e caminhou na minha direção até ficar cara a cara comigo.

— As Dames Blanches.

Pisquei. As Dames Blanches eram mitos do folclore francês, embora agora não parecessem tão mitológicas. Mas até mesmo nos mitos, elas eram quase inofensivas, eram apenas garotas vestidas de branco que assombravam os rochedos e barrancos e atormentavam qualquer homem que passasse pelos rochedos e não dançasse com elas, na verdade, elas colocavam corujas e gatinhos para atormenta-los.

“Vai ser muito deprimente se elas colocarem gatinhos e corujas para nos atormentar” pensei enquanto imaginava a cena.

“Ah, Christine, talvez você não saiba, mas as Dames foram criadas por Trivia” Alec se comunicou por telepatia “Tipo, á uns milênios atrás, elas foram criadas para destruir as almas de descendentes de deuses, elas apenas atormentam mortais, mas com nós eu acho que elas fazem pior”.

“Bom, eu preferia os gatinhos e as corujas atormentando”.

As coisas estavam péssimas. Não adiantaria nada ataca-las e provavelmente se elas não fossem tão dramáticas, já estaríamos no mundo inferior. Então está na hora de usar um dos meus planos loucos

— Então, vocês são as Dames Blanches? Mamãe falou de vocês — respondi.

A garota recuou. Certamente ela esperava que eu fosse implorar pela minha vida. Senti os olhares espantados dos meus colegas nas minhas costas, se antes disso eles achavam que eu era louca, bom, agora tem certeza.

“Alec, ajuda aqui, criatura!” Gritei telepaticamente ”Elas tem algum ponto fraco?”.

“Aham, se você acertar elas com uma espada que sugue almas, prata sagrada. Mas no caso não temos. Então acho que é bom começar a correr. Espera, nem isto podemos, senão elas no matam enquanto corremos.”

“Você é pessimista” retruquei.

Nyx falou de nós? — Outra garota perguntou.

Sorri. Bom, eu precisava continuar aquele plano louco.

— Claro, ela falou que vocês me ajudariam chegar até a balança.

Ela recuou para trás espantada.

— Claro que não! Trivia nos mandou aqui para interceptar vocês.

Fingi que tirava um sujeirinha da unha.

— Isso são noticias velhas. Não estão sabendo? Bom, Erebo e Nyx vão se casar novamente. Eles me mandaram aqui para tirar algumas fotos da balança para colocar na entrada da cerimonia — Mostrei o celular para elas.

Elas pareciam tão lerdas quanto Damien, e olhe que isso é algo difícil de conseguir.

— Prove o que diz — A mais inteligente delas falou.

Nesse momento eu agradeci aos deuses por ser tão desorganizada. Tirei a mochila do ombro. No ano passado, uma das minhas professoras iria casar e me deu convite do casamento dela, eu apenas o enfiei na mochila e o esqueci ali. Abri a mochila e discretamente peguei uma caneta e um corretivo, passei o corretivo onde estava o nome da professora e do noivo dela e escrevi Nyx e Erebo no lugar.

Tirei o convite e o entreguei a garota, rezando para ela não perceber nada.

— Hum... É verdade — Ela constatou —O que Nyx falou para fazermos?

Sorri. Ah, como sou genial.

— É só para nós levar até a balança em segurança.


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