Hogwarts e o Fundador Esquecido escrita por PandoraDePopo, Soyer


Capítulo 13
Capítulo Treze – OMNT - Ordem dos Mestiços e Nascidos Trouxas.


Notas iniciais do capítulo

Oi eu sou o Goku. Nós capítulos anteriores de Dragon Ball Z...
Brincadeirinha rs'

Estou dentro do prazo.. Aee palmas para mim... Kkk'

Agora falando serio. Esse é um dos capítulos mais importante e polêmicos da historia. Espero que goste... Não esqueçam de comentar..

Desde já me desculpo.
~Pand



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POV- Bianca Stuart

Nesse ultimo mês acabei me afastando bastante de Heloise e passei a andar sempre com Patty e Liz, e tinha também meu mais novo amigo da Grifinoria, Nicolas que me dava bons conselhos.

Era quase sete da noite, não entendi porque Bryan saiu daquele jeito e por mais que eu o procurasse não conseguia encontrá-lo.

Depois de umas duas horas procurando desisti e sentei em um dos bancos do corredor para rever as anotações de poções que Bryan tinha feito para me ajudar com a matéria.

Estava absorva nas anotações e não reparei quando Bryan, surgindo aparentemente do nada, parou ao meu lado. Ele parecia nervoso com alguma coisa.

– Bryan, onde você estava meu amor? Te procurei por toda a escola, mas você simplesmente sumiu, já estava ficando preocupada. – tagarelei me levantando para abraçá-lo e lhe dar um selinho. Porém sabia que tinha algo estava diferente.

– Bianca, precisamos conversar. - disse ele sem delongas.

Ele sentou e me puxou para sentar ao seu lado.

– Pode dizer. Esta passando mal? – perguntei nervosa e preocupada. Bryan evitava olhar nos meus olhos e de certa forma parecia estar triste e angustiado. - Amor, me conta, o que ta acontecendo?

– Bianca, eu realmente não quero te magoar, mas não sei como fazer isso de outra forma, além do mais seria injusto se eu te contasse pela metade.

– Bryan, você está me assustando. - senti um aperto no coração já sabia o que viria a seguir, mas não queria acreditar.

– Calma Bianca, olha - Bryan respirou fundo. - Eu sempre amei Heloise e imagino que você já desconfiava disso, é algo que eu simplesmente não posso ir contra e olha que eu tentei bastante. Nesse momento Heloise está conversando com Ethan e... – ele hesitou - você deve imaginar o que isso significa.

Aquelas palavras pareciam destruir meu coração, eu sentia uma mistura de raiva, vergonha, angustia, e mais alguns sentimentos que até hoje não consegui descrever direito. Foi inevitável, comecei a chorar desesperadamente naquele momento, eu só queria arrumar uma forma dele não me deixar.

– Bryan você não pode fazer isso comigo, olha... – eu tentava falar em meio às lagrimas e os soluços – Eu... eu posso te fazer esquecê-la... Me dá mais uma chance... eu... eu amo você... por favor... nã... não faz isso. Ela está te manipulando... Ela é boa com feitiços... Ela tá te enfeitiçando... Bryan, por favor...

Em meio ás lagrimas tentava, em vão, achar motivos para que ele não me deixasse, e pensava que Heloise com certeza me pagaria por isso.

Bryan estava quase chorando também e isso me fez pensar que ele me amava, mas estava sendo manipulado de alguma forma.

– Bianca, você merece coisa melhor do que eu, você é linda e atenciosa, tenho certeza que na hora certa você perceberá que não me ama dessa forma. – Bryan tentou argumentar enquanto reprimia as próprias lagrimas.

– Você está errado Bryan... Eu te amo, mas se é isso que você quer... - limpei o rosto, resignada. Sabia o que tinha que fazer. - Seja feliz com a Bennett, e quando descobrir que está errado. Será tarde!

Não me segurei, rapidamente levantei a mão e dei um tapa com toda a minha força no rosto de Bryan – Adeus Taylor!

Sai correndo desesperada, não sabia para onde deveria ir, mas mesmo assim fui.

Está cega por causa da raiva e das lagrimas e acabei esbarrando em alguém. Levantei o olhar e vi que era Nicolas. Nem mesmo tentei me controlar, pulei em seus braços e com o rosto enterrado em seu peito chorei, como nunca tinha chorado na antes.

– Bianca? O que aconteceu? - perguntou o garoto preocupado.

– O que você disse Nick... – funguei - era verdade! Bryan e Heloise estão... estão... juntos, ele acabou de terminar comigo para ficar com ela... – mais uma vez me rendi às lagrimas.

Vi um olhar de puro ódio passar pelo rosto de Nick que me abraçou forte.

– Você não deve confiar em Sangues Puros Bianca. Quantas vezes já lhe disse isso? Quantas vezes, já disse que por causa deles meus pais foram mortos. – ele suspirou – Se acalme. Está na hora de você saber a verdade.

– Saber a verdade? Que verdade? – Falei reprimindo as lagrimas. Me sentia confusa e surpresa, a voz de Nick havia mudado e sua fisionomia estava mais seria.

– Venha – ele ordenou e meio que me arrastou pelos corredores da escola.

Nick me levou até um corredor do quinto andar. O corredor era praticamente deserto, mas algo me chamou atenção. No fim do corredor havia um quadro de um homem trouxa. Como eu sabia que ele era trouxa? Fácil. Diferente de todos os outros quadros de Hogwarts, esse não se mexia. O homem ali retratado vestia roupas simples, uma calça marrom clara de algodão, uma camisa social e um blazer cinza. Ele segurava um livro negro. Na sua outra mão havia uma varinha curta, que era o único indicio de que ele era um bruxo.

Nick olhou para o quadro e disse - Vida longa a Hungerberg, protetor dos mestiços e nascidos trouxas.

O quadro simplesmente sumiu, fiquei espantada, conhecia toda a escola mais aquela passagem era nova para mim.

– Que lugar é esse Nick? - perguntei - Antes de entrar.

Me sentia um pouco mais calma e muito mais curiosa.

– Aqui Bianca, é o salão comunal de Hungerberg, o quinto fundador de Hogwarts e meu antepassado. Agora vamos, entre e te explicarei tudo.

Apesar do espanto resolvi confiar em Nick e entrei logo atrás dele.

O salão era enorme. O teto era sustentado por pilares pretos e brancos, no meio do salão havia um grande tapete redondo preto que tinha um grande sapo desenhado em cima. Havia cadeira e poltronas pretas e brancas espalhadas pelo salão. E também uma grande mesa preta rodeada de cadeiras brancas. Na ponta mais distante da mesa havia uma magnifica poltrona preta e branca e com um sapo entalhado em cima do encosto. Foi nessa poltrona que Nicolas se sentou.

Lá dentro estava Patty, Liz, Felícia, a namorada de Nick e mais uma meia dúzia de alunos entre o terceiro e sétimo ano que não sabia os nomes direito. Havia pessoas de todas as casas lá, exceto claro da Sonserina.

– Veja Bianca, todos estamos aqui pelo mesmo motivo. Os Sangues Puros destruíram nossas vidas e nos tratam como lixo a muito tempo - falou Nick.

Aquilo estava começando a me assustar, foi quando eu liguei os fatos.

– São vocês que estão atacando os alunos! - disse em voz alta.

Felícia se aproximou de mim.

– Sim minha querida, fomos nós, Nick nos lidera e juntos vamos assumir o controle do mundo bruxo e finalmente os nascidos trouxas e os mestiços serão respeitados. –falou Felícia com uma voz suave e calma.

– Exato Bianca! - disse Nick. - Você pode ir embora e continuar sendo enganada pelos puros, ou pode ficar e ouvir uma historia que não contam nos livros.

Eu queria sair logo dali, mas Nick merecia um voto de confiança por ter confiado seu segredo a mim então, acenei com a cabeça informando que ouviria o que ele tinha a dizer.

– Há muitos e muitos anos atrás cinco bruxos muito poderosos se uniram e decidiram juntos criar uma escola para ensinar as crianças que tinham habilidades mágicas... – ele começou a contar, mas não me contive e o interrompi.

– Já sei dessa historia Nick. Escutei nas aulas de Historia da Magia – disse com calma.

– O que eles nós ensinam aqui é uma mentira Bianca! Final na aula o nome de Hugo Hungerberg nunca foi citada. Acontece que Salazar Slytherin queria que somente as crianças de sangue puramente mágico fossem ensinadas, mas Hungerberg era um nascido trouxa e não aceitou isso, ele argumentou e contando com o apoio de Godric Gryffindor e Helga Hufflepuff consegui fazer com que a escola aceitasse todos os alunos. Porém isso deixou Slytherin louco de raiva e sem aceitar a decisão da maioria Slytherin matou Hugo. – ele falou tudo isso com ódio nos olhos e na voz – Nem mesmo Godric, que sempre se disse amigo de Hugo, não fez nada a respeito. Os fundadores simplesmente fecharam esse salão comunal e agiram como se nada tivesse acontecido.

Tentava processar tudo que Nicolas tinha me contado, mas parecia impossível aquilo ser verdade. No entanto eu estava ali no meio de um salão comunal que ninguém, ou quase ninguém tinha ouvido falar.

– E como você sabe de tudo isso? – perguntei curiosa.

– Hugo manteve um diário que foi passado através de suas gerações.

– Tudo bem Nick – falei calma, afinal não queria ofende-lo, mas eu tinha um problema maior que um antepassado dele apagada da historia – o que isso tudo tem a ver com o meu problema? – tentei disfarçar a irritação.

– Você não entendeu ainda Bianca – falou Nick exasperado – É sempre a mesma coisa! Os puros sangues usam os mestiços e os sangues ruins como brinquedos para sua diversão! – Nick não falou sangues ruins em um tom ofensivo – Aposto que Heloise, Bryan e até aquele loiro arrogante e prepotente do MacMillian estavam o tempo todo te usando como a boba da corte deles!

– Não Nick! Ethan e Heloise talvez estejam mesmo, mas Bryan me ama! – me exaltei.

– NÃO AMA! – gritou Nick também exaltado. Felícia colocou uma mão no ombro de Nick. Ele respirou fundo e voltou a se sentar na poltrona.

– Bianca, ouça – pediu Felícia calmamente – Bryan jamais te amou. Sempre foi visível para todos que ele na verdade sempre amou Heloise. Aposto que até mesmo você já percebeu isso.

Balancei a cabeça em negação. Não queria acreditar em Felícia, porém não podia negar que as reações de Bryan em relação à Heloise eram sempre estranhas.

– Ela o esta manipulando com algum feitiço – falei sem convicção tentando convencer a todos, inclusive a mim mesma. – E eu o amo também.

– Não Bia – Felícia se aproximou de mim e colocou a mão em meu ombro – o que você sente por Bryan e o desejo de prova pra si mesma que pode conquistar qualquer um!

Fingir não ouvi o que Felícia estava me dizendo.

– Esse blá blá blá todo não esta me levando a lugar nenhum! – falei me afastando dela.

– Então está na hora de tomar uma decisão – falou Nick. Mais uma vez ele se levantou, foi até o meio da sala. – Por mais que isso mude um pouco as coisas – ele disse e pude perceber uma leve oscilação em sua voz – e hoje não seja um dia de ataque, abriremos uma exceção para você Bianca, se quiser é claro.

Hesitei – vocês estão... estão sugerindo que eu ataque Bryan? – perguntei sentindo meu rosto esquentar. Eu não seria capaz de fazer aquilo.

– Por mais que eu goste da idéia de ver aquele vermisinho ministerial destruído – discursava Nick – ainda não é a hora dele. Você precisa fazer algo que atinja os três, Heloise, Bryan e Ethan – ele deu um sorriso de lado – você deve atacar Heloise, pois ela é a única coisa que atingiria os dois.

– Atacar Heloise? – falei em duvida – mas ela é minha amiga, não é?

– É mesmo Bianca? – falou Patty também se levantando e indo ate mim – mas ela acabou de roubar seu namorado, e não só isso. Pense bem Bia, quantas encrencas Heloise já arrumou para vocês duas? Ela nunca parou para pensar que você é bolsista e poderia ser expulsa, diferente dela que tem a mãe para pagar pelas bagunças dela.

– Patty tem razão! – emendou Liz – Heloise agia com inconseqüência e nunca pensou no que você queria. Diga Bianca, alguma vez ela perguntou se você estava disposta a se arriscar? Ou ela só te levava na onda dela?

Tive que concorda com as gêmeas. Heloise era impulsiva e sempre estava aprontando pela escola, mais de uma vez fomos ameaçadas de expulsão.

– Viu Bianca – voltou a falar Nick com uma voz melosa – Heloise nunca foi sua amiga de verdade! Mas agora, aqui você tem amigos, pessoas iguais a você. Que vão te ajudar de verdade, estar do seu lado. Fique conosco Bianca. Nos ajude a acabar com a opressão que sofremos – Nick me ofereceu um sorriso amigável e compreensivo.

Hesitei e senti meus olhos se encherem de lagrimas. Uma das melhores coisas que tinha me acontecido no primeiro ano de Hogwarts havia sido conhecer Heloise. Até mesmo Ethan com aquele jeito arrogante dele era legal. Certa vez ele até mesmo havia me defendido. Mas também era verdade que eles haviam me traído. Eu tinha certeza que o que quer que Heloise estivesse fazendo com Bryan, Ethan tinha conhecimento.

E também tinha o ponto de que se algo acontecesse a Heloise isso quebraria o que ela estava fazendo a Bryan.

Minha mente parecia um turbilhão. Fui tomada por uma series de lembranças minhas e de Heloise, mas as emburrei para o fundo da minha mente. Tinha tomado uma decisão.

– Quando será esse ataque? - perguntei sentindo um aperto no coração.

– Hoje à noite – falou Nick e mais uma vez sentir sua voz oscilar.

– Mas já? – falei hesitante.

– O quanto você quer esperar, Bianca? Até que Heloise e Bryan sejam o mais novo casal feliz da escola?

– Isso nunca! – falei com raiva imaginando a cena dos dois de mãos dadas nos corredores.

– Ótimo – Nick deu um sorriso de lado – então está na hora de começarmos os preparativos. – seu tom era sombrio.

Eu, Nick e todos os outros que estavam ali, fomos para o meio do salão principal e formamos um circulo. Nick pegou um jarro grande e aparentemente pesado e pousou no meio do circulo.

– Venha até aqui Bianca – me chamou e eu fui até ele parando ao seu lado – aqui dentro há um bicho-papão que foi enfeitiçado para assumir a forma que eu pedi que ele assuma – me explicou. Enquanto ele falava o jarro oscilou algumas vezes – Eu vou primeiro e você me copia depois, ok?

Concordei com um aceno de cabeça. Nick abriu o jarro e de dentro saiu Heloise. Eu sabia que não era a Helô de verdade, mas as semelhanças eram incríveis.

– Pronta Bianca? – perguntou Nick.

Encarei a “Heloise-Papão” por um segundo – Sim! – falei firme e meio segundo depois da minha resposta Nick já estava com a varinha na mão.

Ele apontou a varinha para o bicho-papão e exclamou sem dó nem piedade – Crucius! – recuei involuntariamente. Ele estava usando uma maldição imperdoável.

O papão-Heloise gemeu e caiu no chão se contorcendo.

Crucius! I – falou mais uma vez Nick arrancando mais gritos do bicho. Nick parecia sentir prazer naquilo. – Vamos Bianca. Agora é sua vez!

Olhei para Nick assustada – Não posso fazer isso! Eu... Eu... Não posso... – murmurava horrorizada.

– NÃO PODE! – gritou Nick furioso – E VOCÊ PREFERE VER BRYAN E HELOISE POR AI? – ele respirou fundo e abaixou a voz, mas ainda sentia sua furia – É isso que você quer? Ver os dois aos beijos e abraços por ai? Continuar sento o brinquedinho dos puros – ele falou “puros” como se fosse o pior dos palavrões – Sai da minha frente e da minha casa então! Não vou admitir que pessoas fracas e incompetentes sujem a casa do meu antepassado! – ele falou com puro ódio.

– Eu não sou fraca! – exclamei com firmeza.

– Não? Então faça alguma coisa! Destrua o que te machuca antes isso destrua você!

Apontei a varinha para o bicho-papão. Minha mão estava tremula e minha visão turva.

– Vamos Bianca. Você consegue! – me estimulou Felícia – É só lembrar de tudo o que eles já fizeram. Imagine quantas vezes eles dois já não ficaram enquanto você ainda namorava Bryan. Quantas vezes já não riram da sua ingenuidade!

Conforme Felícia ia falando fui imaginando os encontros que provavelmente os dois já tiveram. Os beijos que trocaram. Senti algo crescer dentro de mim, uma fúria misturada com dor. Imaginei os dois rindo e me chamando de tola.

– Se você se livrar dela talvez tenho Bryan de volta! – conclui Felícia e aquilo foi o bastante.

Apontei a varinha para o bicho-papão e falei com toda raiva que sentia – Crucius!

Confesso que senti um prazer inexplicável em ver o bicho/Heloise se retorcer e gritar.

– Pense que a cada grito dela, você fica mais perto de recuperar Bryan – estimulava Nick e eu continuava amaldiçoando o bicho.

Depois de fazer isso algumas vezes Nick se deu por satisfeito.

– Muito bem Bianca! Você tem talento menina. Agora é hora de fazer isso com a verdadeira Heloise. – ele tinha um sorriso satisfeito nos lábios – Patty e Liz te acompanharam. Para o caso de você precisa de ajuda.

As duas acenaram positivamente com a cabeça.

– Vai dar tudo certo se você não esquecer o porque de estar fazendo isso – recomendou Felícia.

Pouco depois das onze da noite eu, Patty e Liz, saímos do salão de Hungerberg e somos para a Lufa-Lufa. Estávamos a alguns passos de distancia da entrada quando vimos Heloise sair de fininho envolta em uma capa preta.

– Vamos Bianca. É a hora. – falou Liz.

Apesar de hesitante concordei com um aceno de cabeça. Esperamos Heloise se afastar um pouco da entrada e a seguimos silenciosamente.

– Bennett! – chamei depois de alguns metros.

Heloise se virou. Ela estava pálida e parecia ter visto um fantasma.

– Puxa! Você me assustou Bia – disse dando um sorriso tímido.

– Não foi à intenção. Mas você não acha que está um pouco tarde para sair por ai sozinha? Aonde está indo afinal? – perguntei seria.

Patty e Liz se adiantaram para perto de Heloise, meio que a cercando. Heloise se aproximou mais da parede e vi sua mão procurar a varinha.

– Bia eu sinto muito mesmo! Você tem que me entender...

– Te entender? – ri com deboche – Entender o que Heloise? Que você me traiu, me fez de palhaça e roubo meu namorado? Qual a sua em Bennett? Ethan, não estava dando conta do recado?

– Bianca, não é nada disso. Eu gosto do Bryan, eu só não disse nada antes por sua causa.

– Minha causa? Poupe-me. Você é uma vaca, se fez de minha amiga esses anos todos! Acho que podia brincar comigo só por que eu sou uma mestiça?

– O que? Bianca, claro que não. Você é minha melhor amiga.

– Chega disso! Vamos Bianca! – falou Patty.

– O que você vai fazer Bia? – perguntou Heloise. Agora verdadeiramente assustada.

Parei na frente de Heloise, com Patty e Liz ao meu lado.

– Você merece isso! – falei com raiva.

Abaffiato! – falou Liz apontando para trás de nós.

Heloise sacou a varinha, mas não pode definir um alvo, já que éramos três e ela apenas uma.

Expelliarmus! – disse apontando a varinha para Heloise.

Protego! – ela se defendeu, mas Patty também usou o feitiço de desarmar fazendo a varinha de Heloise voar para sua mão.

Heloise começou a chorar, encostou as costas na parede e foi deslizando para o chão.

– Por favor, Bia! – implorou.

– Eu ainda nem comecei – disse e apontei a varinha para ela – Crucius!

Assim que o feitiço a atingiu Heloise caiu de vez no chão gritando de dor e chorando copiosamente. Senti uma prazer insano na cena. Ver ela sofrendo parecia me deixar mais leve e feliz. Anos mais tarde descobri que isso é um dos efeitos que a maldição causa ao atacante. Lancei a maldição novamente e um sorriso involuntário se abriu em meu rosto.

Os cabelos de Heloise assim como seus olhos, que viviam coloridos, foram ficando cinza e opaco. Sua pele ficava mais pálida a cada vez que a maldição a acertava. Com o tempo parei de ouvir suas suplicas e declaração de amizade, por dois motivos, 1) estava gostando muito de fazer aquilo; 2) porque ela já não tinha mais força para pedir nada. Heloise agora apenas chorava como uma criancinha.

De tanto se contorcer e se debater no chão por causa da dor, algumas pequenas feridas se abriram no seu corpo fazendo-a sangram fracamente.

Perdi as contas de quantas vezes lancei a maldição sobre Heloise. E a cada vez que lançava me sentia melhor.

– Chega Bianca – falou Patty, depois de não sei quanto tempo.

– É Bia, já está bom!

Olhei para as gêmeas, elas me encaravam assustadas. Percebi que ainda estava sorrindo e que provavelmente estava com uma cara de psicopata.

Respirei fundo duas vezes e olhei para Heloise.

A menina estava desacordada, e mesmo sem os feitiços a acertando, ainda tinha espasmos involuntários. Ela havia apertado tanto as mãos que de suas palmas um pouco de sangue era visível.

Apontei a varinha para Heloise mais uma vez e reparei que Patty e Liz ficaram receosas.

Ennervate! – fiz o feitiço para despertar Heloise. Ela acordou e me encarou assustada. – Fique. Longe. De. Bryan! – Falei enfatizando cada palavra – Estupefaça!

Mais uma vez Heloise desmaiou. Dei as costa para ela.

– Vamos! – chamei Patty e Liz.

Ao o longe o relógio da escola bateu meia-noite e eu fui embora sem olhar para trás.


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Notas finais do capítulo

Curtiram? Não? Comentem!
E fiquem ligados que os problemas só estão começando!!



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