Além da escuridão. escrita por Katherine Swan


Capítulo 21
Capítulo 21




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– Diana...- Olhei para o lado e lá estava...Jace, do mesmo jeito que eu o havia lhe deixado, estava com olheiras, cabelos bagunçados, e roupas surradas, e muito mais magro, porém continuava lindo da mesma forma.

– Jace?- Dean logo foi a minha frente de forma protetora e ficou com uma expressão sombria.

– O que você faz aqui seu inútil?

– Dean, meu papo não é com você, é com Diana.

– Como você me achou Jace?- Continuava com medo, sim, porém algo estava me atraindo a ele, como se aquela forma que ele se apresentou, uma forma de desiludido, e machucado, tocasse o mais profundo de meu coração.

– Não é difícil te encontrar Diana, sou profissional nisso, lembra?

– Não importa, vá embora, antes que eu chame as autoridades Jace!- Disse, Dean cada vez elevando a voz.

– Ou o que?

– Ou eu...

– Você nada Dean- Instintivamente fiquei entre os dois, evitando que o pior acontecesse.

– Diana, eu não gosto desse rapaz, por favor afaste-se dele.- Dean soou de forma autoritária, porém preocupado.

– Não Dean, não vou, não vou deixar que o machuque.- Jace mal conseguia ficar em pé, se fosse partir pra uma briga, Dean o machucaria de toda forma, mas confesso que não sei qual a habilidade dele até hoje.

– Não preciso que me defenda Diana.- Disse Jace tão baixo que mal pude ouvi-lo.

– Preciso leva-lo pra casa Dean, depois conversamos, ele está mal e precisa de cuidados.

– Não vou deixa-la sozinha com ele.

– Pois vai precisar.

– Diana você e eu...acabamos de...

– Eu vou ajuda-lo Dean.- Suspirando fundo e com um pouco de raiva, Dean concordou, e eu e Jace mesmo pesando muito mais, apoiado em mim, formos pra sua casa. Ao chegar lá, tudo estava da mesma forma que deixei, levei Jace até seu quarto, e o deitei o mais suave o possível.

– Diana...- o ignorei, virei as costas e fui pegar panos e algodão molhados, pois Jace ardia em febre. Ao voltar com tudo pronto, e um bacia de água fria, Jace voltou a chamar.

– Diana...

– O que foi Jace? Preciso de silêncio estou tentando lhe ajudar.

– Desculpe, por tudo, eu nunca quis te machucar.

– Ora, isso não é hora pra isso.- Ajudei a tirar sua blusa, e havia pequenas marcas roxas espalhadas por seu peitoral e barriga, imaginei que nas costas deveria haver mais. Suspirei fundo, estava imaginando o que ele havia feito enquanto eu estava longe.

– Eu não imaginava que seria assim.- Não adiantava, por mais que mandasse Jace não ficaria quieto, peguei uma toalha molhada e coloquei em sua testa, a outra fui passando por seu peitoral e barriga, que mesmo ele estando magro, permaneciam definidas e perfeitas, tanto como antes.

– Jace, por favor...pare, não quero ouvi-lo.-E então se calou, e dentro de alguns minutos adormeceu como pedra, Céus, ele era lindo, Jace era lindo e isso ninguém podia negar, sua beleza era etérea, parecia algo moldado a mão de forma delicada, para que tudo ficasse em seu lugar correto, perfeito, mal, horrível, sem coração ou humanidade, mas perfeito de qualquer jeito. Tive que acorda-lo para que virasse de costas, e tentasse limpar pequenas feridas que o sangue já havia secado, mas ele não se importou e logo estava dormindo da mesma forma que antes, como eu...queria toca-lo, essa vontade não saia de mim, de toca-lo, ficar perto dele, por mais horrível que ele fosse, porque? Porque isso? "Esqueça-o Diana, esqueça-o" sim, eu tentava mas era quase impossível.

Ao terminar, passei um remédio que diminuísse as dores dos machucados em seu corpo, e ele ficou como uma estátua, não se movia, estava exausto, possivelmente. Logo pensei em ir embora, mas deixa-lo daquela forma, parecia algo desumano, eu queria ir embora, algo em Jace me dizia que era ruim, mas algo também me dizia pra ficar, "Não sou horrível como você." Fui me sentar a uma poltrona que ficava de frente a sua cama, e logo mas o sono vinha me tentando, então logo adormeci. Me acordei horas depois, Jace não estava no quarto, havia saído, percebi logo que não estava mais na poltrona e sim na cama, provavelmente ele havia me carregado, e eu não percebido, logo em seguida, me lembrei da primeira vez que estive ali, da mesma forma, porém em situações diferentes. Me levantei, e fui até a sala em sua procura, ele estava lá, de frente pra uma janela, hipnotizado por algo que vira, ainda sem blusa, o sol contornava toda as suas costas, e era uma bela imagem. Jace se virou e logo me viu, abriu um sorriso sincero de felicidade tremenda.

– Vejo que acordou.

– Vejo que está melhor, e como está melhor vou dar o fora.- Jace atravessou a sala, passando pelo sofá quase tropeçando por cima, e foi a minha frente.

– Não, eu quero que fique mais um pouco, eu posso lhe explicar...

– Não há nada, pra me explicar Jace, sinto muito.

– Mas eu te amo Diana!- Meu coração se apertou, não podia mais ouvir aquilo, não aguentava mais ouvir aquilo.

– Não...- Jace se aproximou, e com um dedo o afastei de mim, virando o rosto.

– Acredite em mim. É só isso que te peço.- Não o respondi, continuei da mesma forma, mentiras, e mentiras, estava cansada disso.

– Escute...estou com Dean tá? Não quero e não posso ficar com você.

– Você o que Diana? Eu não me importo, eu sei que sente algo por mim, eu posso ver isso.

– Você imagina coisas.

– Eu sei que não está com Dean, pode estar apaixonada por ele, mas sente algo por mim também, não pode negar, não, não pode.- Jace me agarrou, e eu o afastei.

– Eu acabei de beija-lo, você pode entender Jace? Eu o amo, e ele também, você tentou me matar, pensa que esqueci? So estou aqui porque eu não sou tão desumana como você é!- Jace, tentou protestar, mas viu que não adiantaria, e eu então me agarrou, e me jogando no sofá, foi pra cima de mim, e me beijou, tentei não retribuir, mas ele insistiu, e acabou que eu não pude para-lo, então não resisti, e retribui o beijo, que se tornaram cada vez mais intensos, Jace se colocou em cima de mim de modo que pude ouvir sua respiração cada vez mais profunda, havia me esquecido de como ele beijava bem, e de como ele me fazia sentir sensações cada vez mais diferentes e maravilhosas quando me beijava, e só ele me fazia sentir assim...


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