Ao chegarmos, Jace respirou fundo fechando os olhos, dava pra perceber que aquele lugar era de grande importância para ele, era como se ele tivesse se descarregado de todas as coisas ruins que o atormentava.

Saí do carro antes mesmo dele, fui até a árvore, e a toquei, aquela árvore me lembrava a uma árvore que tem perto de casa, era como se eu estivesse lá mais uma vez.

Olhei para trás, Jace já havia saído do carro, estava sentado no banquinho que tinha próximo a árvore me olhando de cima a baixo.

– O que é?

– Nada ué.

– Não fique me observando desse jeito.

– Porque? Você se incomoda?

– Claro que sim, apenas pelo fato de você ter me chamado de prostituta ontem.

– Ah deuses...sinceramente.

– Sabe Jace...você muda algo em mim todas as vezes que estou com você, mas o que você fez...não se faz com ninguém.

– Aham.

– Você! seu...

Quando eu ia bater em seu rosto, ele segurou minha mão com tamanha rapidez e força que fiquei com cara de idiota, enquanto ele me segurava.

– Porque será que todas as vezes que eu te toco, você fica vermelha como um tomate?

– Não seja ridículo.

Jace se aproximou de mim como ele faz todas as vezes que quer me beijar.

– Me solte.

– Se a senhorita deseja...

Ele se aproximou mais, até meu ouvido sussurrando:

– Eu sei que você gosta de mim tanto quanto do Dean.

– Nunca! Eu amo o Dean de forma que nunca vou amar ninguém.

Me soltei de sua mão, e dei as costas para ele, tentando me concentrar no meu objetivo.

– Bem...vamos lá, fogo!

Jace gargalhou tão alto que me assustei.

– Você acha mesmo que falando "fogo", ele vai surgir como mágica em suas mãos?

– E você tem ideia melhor?

– Qualquer uma melhor que essa, está valendo.

Olhei para ele com deboche, e tentei respirar fundo, fechando os olhos de forma que me concentrasse.

– Eu posso ajudar?

– Não, você só faz atrapalhar.

Jace não ligou muito para o que eu disse, ele se levantou e veio em minha direção, suas duas mãos seguravam forte meus braços, e de repente...fogo.

– O fogo só aparece em você quando alguém importante lhe toca, ou...quando você sente uma emoção muito forte não é?

– N-n-não.

– E isso prova que sim.

– O que prova?

– O seu gaguejar.

– Você é uma pessoa muito irritante.

– E charmoso. Agora preste atenção e se concentre.

O fogo começou a se alastrar por todo o meu corpo, Jace percebendo se afastou pra não se queimar.

– Eu...eu consegui!

– Certo, agora pare.

– Porque?

– Porque você não é forte o suficiente para aguentar tanto tempo, ou ele irá lhe consumir.

– Eu não sei parar!

– Se concentre Diana!

– Eu não sei! Jace! Jace! O que eu faço? Jace!!

– Desculpe!

– O que?

Jace esmurrou minha barriga tão forte, que fiquei sem ar. Mas o fogo havia parado com isso.

– Você...

– Tente respirar fundo, por favor.

Aos poucos fui voltando a respirar normal.

– O que você fez?

– Tentei lhe ajudar.

– Você me bateu.

– Não doeu tanto assim.

– Doeu tanto que fiquei sem ar.

– Mas você está bem agora.

– Babaca.

– Tome, um pouco de água.

Bebi a água tão desesperadamente, não imaginava que estava com tanta sede.

– Isso lhe consome muita energia, e você precisava recompor.

– Tá bom professor.

– Venha, você precisa descansar um pouco.

– É bom saber que está progredindo Diana.

Jace olhou para mim, logo se colocando em minha frente.

– Megan? O que faz aqui?