A ópera do Tordo escrita por Astral Plane


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeyyyyyyy galera voltei como prometido ... e queria dizer que estou muito feliz porque a fic teve mais de 270 visualizações.......... mas um pouco triste também por que só tive um comentário no ultimo cap, de Thank You THG obrigada viu querida .
Poxa gente tá tão ruim assim ? e mesmo que esteja podem falar eu aceito criticas construtivas numa boa ....... Quero muito saber a opinião de vocês ,se eu estou indo no caminho certo... é pra vocês que eu escrevo....
Acho que estão sentindo falta de Evellark acertei ? Prometo que no proximo Cap nosso padeiro favorito irá aparecer...... UHHULLLLLLLL ALELUIA HHAAHA
Mas isso só vai acontecer se eu tiver um pouco mais de retorno da parte de vocês..... então se voces quiserem Peeta no próximo cap comentem !!!!!!!!
Chega de desabafo boa leitura galerinhaa.........



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“ – Vou para a Capital.”

Haymitch me olha espantado como se as palavras que acabaram de sair de minha boca fossem a maior loucura dita de todos os tempos, e talvez seja. Nem eu acredito que as proferi, mas assim que elas saem de meu pensamento e preenchem o ar alcoólico da casa de meu mentor percebo que elas também parecem inacreditáveis aos meus ouvidos. Só de me imaginar novamente naquele ninho de cobras, o lugar que tirou as pessoas que mais amei de mim, o lugar que transformou uma caçadora em uma peça assassina em seus jogos , o lugar que me deixou tão marcada por dentro e por fora que não consigo sequer olhar no espelho pois sei que ali verei um colcha de retalho humano, um bestante do fogo, o lugar que transformou uma sobrevivente em alguém que não ver mais razão pra sobreviver. Um arrepio percorre minha espinha e meus sentidos ficam alertas, pronto para atacar a qualquer perigo. Mas é claro que esse perigo não existe, pelo menos não mais, mais meu corpo não parece entender esse fato.

Logicamente Haymitch percebe minha reação e pode ver em meus olhos a falta de credibilidade que minhas palavras tem. Ele se levanta e solta uma risada afetada pelo o álcool desiquilibrando-se e diz:

– Ah claro Docinho quando você for só me avise para eu poder assistir sua execução ao vivo.– ele levanta a garrafa pra mim e já começa a subir as escadas para o seu quarto, ou melhor engatinhar nas escadas.

Eu já estava ciente daquilo , estou confinada no 12 se eu aparecer na Capital ,bem eu não sabia exatamente o que iria acontecer comigo porque realmente não me interessava e esse tipo de informação não foi fornecida á mim, até agora : Execução. Minha cabeça estava a premio na Capital, o a arrepio voltou a percorrer meu corpo mas não pelo risco de morte, mas sim por isso ser tão terrivelmente familiar.

Me contive respirei fundo e não deixei transparecer o pânico crescente em meu peito, minha decisão já estava tomada só precisava convencer Haymitch a me ajudar.

–Espere, por favor Haymitch – agarrei seu braço- Eu preciso da sua ajuda– meu aperto aumentou e já pude sentir as lagrimas virem a tona , pois se ele se negasse a me ajudar estaria perdida novamente- Preciso.

Acho que ele sentiu toda a urgência no meu toque, aquilo o fez parar e olhar atentamente em meus olhos, me fitando , analisando, como se quisesse ler o que estava escrito em minha alma. Me perguntei se ele conseguiu ao menos me focalizar ou se a bebida já tinha tirado totalmente seu reflexo. Mas parece que Haymitch encontrou o que tanto queria pois seus lábios formaram um breve sorriso silencioso, um sorriso de confirmação de algo que ele já sabia a muito tempo.

– O que quer de mim ?– Disse voltando a se sentar no sofá , dessa vez com a garrafa agarrada em seu braço.

– Quero que me ajude a chegar até Peeta. – ele estreita seus olhos ao falar:

– Você sabe que não pode por os pés na Capital ou será condenada não sabe? Sabe que está viva porque está aqui no 12 não é ?

Ver meus pensamentos se confirmarem me assustam um pouco, porem continuo firme, tremendo, porem firme.

– Agora sei – digo a ele .

– E mesmo assim quer que eu te ajude a ir lá ? – Haymitch parece indignado , quase ofendido .

– Sim – digo impacientemente, não entendo a reação dele.

Meu mentor se levanta exasperado e joga as mãos pro alto.

– Meu Deus Katniss você pirou de vez ? Voce tem alguma noção do quanto eu , Dr. Aurelius e Paylor ralamos para te tira de lá com vida ? e agora você quer voltar ? – ele grita com os olhos arregalados.

– Sim – respondo novamente.

Haymitch se senta no sofá cansado :

– Você não cansa de arrumar problemas não é Docinho – diz ele- Mas eu não vou te ajudar, não quero o peso da sua morte adicionada nos meus ombros , fazendo companhia aos outros durante a noite.

É então que percebo novamente o quanto eu e Haymitch somos iguais, ele tem medo de ser responsável pela minha morte pois sabe que se isso acontecesse eu iria me juntar ao coral de mortos em seus pesadelos que agora sei, jamais irão embora e pelo visto a culpa também não. Por isso em vez de ficar com raiva por ele ter gritado ou me negado ajuda me ajoelho diante do sofá e pego em suas mãos , o gesto o surpreende mas ele não me afasta apenas me encara:

– Haymitch – começo como um sussurro não sou boa com palavras e detesto me expor mas tenho que fazer isso se quiser que ele me ajude.- Me ajude a salvá-lo , nós fizemos um acordo para manter ele vivo – minha voz começa a ficar embargada e percebo que os olhos dele estão cheio de lágrimas também- Todas as vezes nós o abandonamos, nos Jogos, no Massacre e na Revolução não podemos deixa-lo de novo, por favor nós PRECISAMOS ajuda-lo , você sabe tanto quanto eu que se fosse um de nós dois naquele hospital a beira da loucura ele já estaria lá mesmo com a cabeça á premio, temos que manter Peeta vivo e bem.

Termino meu pequeno discurso surpresa por ter falado tanto e quando acabo vejo algumas lagrimas escorrendo teimosamente pelo rosto envelhecido e maltratado de Haymitch sem a permissão dele, é claro.

– Tudo bem- ele diz por fim – Vou te ajudar.

– Obrigada, Haymitch.- Me sento no sofá novamente .

– Voce pensou em alguma coisa ? – ele me pergunta.

– Claro que não por isso vim aqui, pensei que você pudesse me dizer como chegar a Capital sem ser pega.

Ele ri – Por que será que isso não me surpreende em ?

Haymitch se levanta e me enxota:

– Vá pra casa prometo que penso em algo e te procuro. Preciso fazer algumas ligações.- Ele diz me empurrando porta a fora.

– Mas Haymitch eu ia te chamar pra almoçar.

– Não, Obrigada – e bate a porta na minha cara. Fico vermelha de ódio penso em entrar novamente e ensinar a ele como fechar a porta na cara das pessoas, mas respiro fundo pensando que se eu esmurra-lo não vou a lugar nenhum.

Volto pra casa e não encontro Greasy mas ela deixou um bilhete em cima da mesa dizendo que teve que sair as pressas pois tinha acontecido algo com sua netinha especial, mas que amanha cedo ela estaria aqui. Vejo que as panelas do almoço estão em cima do fogão ainda quentes, destampo e encontro uma sopa com um cheiro maravilhoso e em uma quantidade um pouco exagerada também mesmo que Haymitch tivesse vindo comigo.

Pego o prato e me sirvo de maneira generosa agora que tenho uma missão a cumprir preciso ficar saudável e isso inclui deixar de parecer um esqueleto ambulante.

Depois do almoço procuro algo para fazer, penso em ir caçar mas tenho medo que Haymitch venha aqui em casa com a solução dos meus problemas e não me encontre aqui, penso em ir ao escritório mas paro na metade do caminho porque sei que mesmo sabendo que Greasy já limpou o cômodo dezenas de vezes sentirei o mesmo cheiro de rosas e sangue que senti quando tive o meu tenebroso encontro com o Presidente Snow. Então me sento no sofá, encosto a cabeça de modo que eu fique olhando o teto. Espero. Espero. Espero. E nada do Haymitch aparecer começo a pensar que ele se embebedou tanto que acabou esquecendo da nossa conversa. Quando ouço um barulho na porta, vejo meu mentor de banho tomado barba feita e para minha completa perplexidade sóbrio.

– Achei que não viria – disse

– Falei que viria apressadinha.- sóbrio mas irônico como sempre, já me acostumei .

– Teve alguma ideia ? – pergunto apreensiva.

– Sim, só uma e temo que a única– diz- mas antes quero saber se você tem certeza disso.

Penso em Finnick no esgoto sendo devorado pelos bestantes, em Cinna sendo espancado diante de meus olhos e eu ali atrás daquele vidro completamente inútil, em Prim virando uma tocha humana diante de meus olhos, e penso seriamente se quero voltar para o palco central desses horrores. Mas ai penso nele novamente, em seu sorriso em seus fortes braços em suas doces palavras e em quanto ele deve estar se sentindo abandonado.

– Sim – digo firmemente- Já disse isso agora desembucha logo Haymitch.

– Tá bom poço de delicadeza – diz revirando os olhos- Olha já sabemos que você não pode dar as caras na Capital mas e se não fosse você que estivesse lá ?

– Como assim ?

– Tá devagar hoje em Docinho, estou dizendo um disfarce- diz – e se você fosse disfarçada ? Um disfarce que ninguém sequer suspeitaria que fosse você ?

– Não sei parece muito arriscado, a última vez que eu me disfarcei lá fiquei com medo de cada pessoa que me lançava um olhar.

– É mas agora não há muitas pessoas te procurando, aliás ninguém pensa que você voltaria, mesmo por Peeta.

Isso me machucou e mostra como as pessoas me conhecem, que sabem que sou um monstro assassino.

– Bom se não tem outro jeito- digo dando de ombros- Como vai fazer isso?

– Tive que ligar pra duas pessoas pra me ajudarem : Dr. Aurelius que de ínicio ficou desesperado com a possibilidade de Katniss Everdeen na Capital, mas eu o convenci que talvez essa fosse a única chance de Peeta melhorar, e também liguei pra Effie Trinket .

Arregalei os olhos :– A Effie ? Por que ela ?

– Ora Docinho você achou que ia colocar um disfarce em você ? Effie com certeza vai te deixar irreconhecível . – ele da um sorrisinho irritante.

Dessa vez meu medo vem ao imaginar que terei que encarar Effie e seu estilo extravagante e pior terei que deixar ela fazer o que quiser comigo para me tornar irreconhecível segundo as palavras de Haymitch, já consigo me ver andando de pompons rosas pelas ruas da Capital. Estremeço.

–Relaxa, ela não vai te transformar numa Arvore de Natal rosa ok ? ela sabe o que tem que fazer, já disse a ela.

– E o que ele tem que fazer? – pergunto ansiosa

– Isso é surpresa, mas você vai descobrir logo, já que ela chega amanha.

– Amanha ? – me levando surpresa do sofá.

– Isso e daqui três dias você embarca para a Capital, já comprei sua passagem.

– O que ?- Pergunto atônita não imaginei que ele fosse ser tão rápido.

– Não se faça de surda Docinho, sei que não é. – disse e me deixou plantada na minha sala tentando associar a informação que acabara de dar .

Três dias ?!! Três dias ? Três dias. Três dias para reviver meus piores pesadelos, para novamente correr o risco de morrer a qualquer instante. Minhas pernas ficam com a espessura de uma gelatina e desabo no sofá e só não entro em pânico por uma única razão : Daqui três dias verei Peeta.


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Notas finais do capítulo

Leia as notas iniciais e importante!!!!
Bjkass galera
vou postar sábado que vem ou domingo MAS isso depende de vocês...
até mais ..........