A ópera do Tordo escrita por Astral Plane


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Ei galera voltei... gostaria de agradecer as pessoas que dedicaram um pouco do seu tempo lendo a fanfic, mesmo que não tenham gostado eu agradeço. E aqueles que curtiram um poquinho, desculpa pela demora.... como já disse estou aberta a sugestões e criticas tb galera.....
e antes de vcs lerem mas um capitulo queria dizer : MEU DEUS QUE TEASER FOI AQUELE GENTE..... EU FIQUEI TIPO O TORDO ESTÁ VIVO E EU QUE INFARTEI .... PEETA SOFRENDO E A JOHANNA MEU DEUS QUE PERFEITO NE GENTE ...TA PAREI
Boa leitura espero que gostem ................



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“ Mesmo Peeta que está a um passo de enlouquecer “

Foi como se o mundo tivesse parado de girar e de repente todas as coisas estivessem fora do lugar, senti como se o chão estivesse abrindo, estava flutuando, como se aquilo que acabei de ouvir não passasse de mais uns dos meus pesadelos. Evitava pensar em Peeta, pra mim ele fora mais uma pessoa que foi brutalmente tirada da minha vida, não literalmente já que ele está vivo mas, nunca mais seria o Peeta,o velho Peeta, o meu Peeta. Já tinha me conformado com este fato, ou pelo menos era isso que dizia a mim mesma todas as noites quando eu acordava, gritando e chorando e involuntariamente procurando por ele na cama. A minha luta era interna, não me permitia dizer o nome dele em voz alta pra ninguém nem a mim mesma, pois tinha certeza que se o fizesse um buraco no meu corpo iria se abrir como se faltasse alguma coisa na minha vida e iria ficar por horas tentando lembrar como se respira, Greasy parece ter feito um acordo silencioso comigo pois nunca me perguntou por ele ou me deu noticias, acho que ela sabia que ia ter mais trabalho comigo se o nome de Peeta fosse citado, provavelmente fez isso por mim e por ela ,sei como é difícil ser minha babá, Haymitch que o diga. Mas agora lá estava eu tentando respirar, porque imagens de um Peeta louco, em uma sala branca com uma camisa de força, assustado, com medo e mortal, invadiam minha mente sem permissão, seus olhos azuis como o céu no verão, substituídos por um negro mais profundo do que a noite mais fria, e o que mais me destruía é a conclusão que cheguei: Ele ainda quer me matar, porque se ele está a beira da loucura é porque mesmo depois de morto Snow venceu, por um momento achei que ele tinha perdido, que Peeta mesmo longe de mim estava reconstruindo sua vida na nova Capital e quem sabe até sendo feliz apesar de tudo, com outra ..... pessoa , pensar nisso também me deixava sem ar, mas era mais fácil , afinal sempre foi Peeta que mereceu um futuro e não eu. Pude sentir o cheiro de sangue e rosas a minha volta com sua voz de víbora dizendo : Eu venci Senhorita Everdeen, eu venci, sempre venço. Minhas pernas ficaram bambas e meu estomago deu varias cambalhotas, quando dei por mim estava encolhida na parede com os joelhos na barriga e as mãos no ouvido, tentando parar as imagens que estou tentando apagar a dois meses da minha memória: Prim , Finnick, Cinna , Rue e Peeta , o vejo varias vezes preso com seu olhar noturno mortal tentando me matar e outras onde ele ainda é ele e está na mesma posição que eu, tentando entender o que está acontecendo, com medo, sozinho. E essas últimas me dão mais medo do que todas juntas, imaginá-lo assim sabendo que a culpa é minha me destrói, me quebra de uma maneira que pensei que ninguém conseguisse “ Ele fará o que for preciso para quebrar você” as palavras de Prim ecoam na minha mente e aqui estou eu mais uma vez, quebrada.

Katniss o que você esta fazendo aqui ?– Haymitch olha pra mim assustado

Ainda de cabeça abaixada demoro pra responder porque eu ainda estou sem ar e tentando me livrar do cheiro de sangue e rosas.

Anda Docinho deixa de drama levanta dai.- ainda estou me sufocando não consigo achar ar puro, entro em desespero pensando que vou morrer sem ar lagrimas escorrem no meu rosto , Haymitch se abaixa preocupado.

– Katniss o que isso você está bem? Fala comigo.- Pela primeira vez em dois meses olho em seus olhos e vejo sinceridade e não a ironia que o acompanhou desde que nos conhecemos ele está realmente preocupado comigo e do jeito dele ainda está me mantendo viva nessa arena que virou a minha vida e apesar de seus erros é único que está aqui é por isso que num ímpeto eu o abraço, mesmo com aquele cheiro horrível de álcool o abraço fazendo que ele quase se desequilibre, o abraço já preparada para o momento que irá me afastar. Mas Haymitch continua me surpreendendo e me abraça de volta, no inicio timidamente depois com força como se ele precisasse tanto quanto eu.

Você ouviu– ele sussurrou no meu ouvido me afastou um pouco me olhando atentamente- ouviu não ouviu ?

Não havia ironia ou raiva em sua voz por eu ter invadido sua casa e escutado uma conversa particular dele, só estava querendo ter certeza se era por isso que eu estava naquele estado, mas mesmo assim desviei o olhar.

Haymitch soltou um profundo suspiro e se sentou na minha frente avaliou- me por um minuto decidindo se iniciava ou não aquela conversa provavelmente com medo de eu arrumar outra crise de asma ou sair correndo, me sentia assim mesmo, se ele falasse do Peeta ia sair correndo ,mas ao que me parece Haymitch me achou suficientemente forte pra essa conversa.

Katniss , Peeta – parei de respirar ao ouvir o meu nome e o dele na mesma frase- Haymitch olhou-me mas pareceu ignorar minha reação não antes de se certificar que eu não iria sair correndo- Ele não está nada bem.

– Isso eu ouvi.

– Não quer saber como ele está ?– Ele me olhou com incredulidade como se eu fosse o ser humano mais horrível do mundo. Bom a essa conclusão eu tinha chegado sozinha. Mas ve-lo me olhando daquele jeito me deu raiva, sem pensar me levantei e já com os olhos cheios de lágrimas gritei:

– Não, não quero saber como ele está, sabe porque ? – perguntei apontando meu dedo na sua face, ele me olhou sem saber ao certo como reagir, se me segurava , se gritava comigo também e ao que me parece ele escolheu ficar imóvel. Não esperei ele me responder:

– Porque não consegui salvá-lo Haymitch, não consegui– gritei- não tirei ele daquele Massacre , não consegui impedir que Snow o torturasse, e advinha eu não posso salvá-lo agora– lagrimas desciam copiosamente pela minha face que devia estar vermelha por causa da raiva. Haymitch mudou seu olhar de incredulidade para pena e antes mesmo dele dizer alguma coisa, finalmente sai correndo dali, sem rumo.

Quando me dei conta já estava no único lugar onde eu poderia ser eu mesma, se é que restou alguma parte de mim que lembrasse aquela garota de antes da colheita. A floresta me acolheu como uma mãe e lá chorei e gritei mais uma vez tudo que eu perdi , todos que eu perdi, principalmente a perda daquele que nesses momentos era o único que me confortava , eram os braços dele que meu corpo pedia e agora eu estou perdendo ele novamente pra loucura. Para o veneno. Para o Telessequestro. Estou perdendo-o para Snow.

Passei o dia aqui e quando cheguei em casa já estava e escuro, pensei que iria encontrar Haymitch ou Greasy , talvez preocupados comigo, mas tudo que me acolheu foi o silencio e a escuridão mórbita da minha casa. Subi as escadas e fui direto para o meu quarto, mas um dia sem banho e sem comida, mas já não faz muita diferença. Olhei para minha cama e soltei um profundo suspiro porque sabia que mais tarde eu encontraria meus companheiros da noite, meus pesadelos.

Deitei e logo o sono veio, mas diferente de todas as madrugadas essa não me trouxe um pesadelo. Mas sim um presente.


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Notas finais do capítulo

E isso galera espero que gostem .... e se não gostarem envie sugestões....
Até o próximo cap. bjkass