Erchomai escrita por EmillyFaith, Uzumaki Neris


Capítulo 5
Capítulo 5 - Infiltrada


Notas iniciais do capítulo

Sweet dreams are made of this.



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Meu nome? Dakota Denvers. Minha idade? Não interessa, não é hora de apresentar minha ficha ainda, o meu nome está de bom tamanho para o momento. Vocês devem se perguntar o que eu estou fazendo no momento, não estão? Ah, então me perguntem. Anda, estou falando sério, me perguntem.

"Mas Dak o que você está fazendo?"

Olha, vocês são tão simpáticos, estão até me chamando por apelidos. Bom, agora é a hora mega importante que digo o que estou fazendo. A resposta é simples, poucas palavras: NADA!

Ok, eu estou fazendo alguma coisa. Veja bem, eu sou especialista em espionagem e camuflagem, uma combinação perfeita, certo? A parte de eu não estar fazendo nada é verdade, mas eu estava fazendo nada enquanto olhava o treinamento dos Chainsers. Era um complexo de treinamento robusto, estou no ano de 2059. Vejam que hipócritas, nos chamam de aberração por conseguir brincar na linha do tempo e eles podem fazer a mesma coisa e desfrutar disso.

Estou observando o complexo encontrado dentro da Floresta Amazônica em meio a território brasileiro, a contingência estava grande. Pelos meus cálculos, só ali abrigavam cerca de 5 mil soldados, dentre eles 1.500 recrutas, na minha matemática isso faz com que isso seja um crescimento de 60% o que não ajuda com o nosso crescimento de míseros 30% e diminuindo.

—Relatório do dia 765 do diário. - Apertei o gravador. - Força aumentou para 1.500 recrutas, 500 na administração, 500 na informática e informação o restante ainda não detalhado sobre seus serviços.

Vocês devem estar achando que minhas habilidades me trouxeram para ca e estou espionando de uma arvore distante, pintada de verde, contra a luz. Enganados, isso é espionagem e camuflagem de alguns jumpers amadores que eu conheço por ai. Você mesmo Hitman, sei que sente minha falta. Deixando os recados de lado, para quem ainda não entendeu. Prazer sou Dakota Denvers, Chainser Classe S, sou uma agente infiltrada há muito tempo, consegui ajuda com um amigo ou outro pra deletar meus registros, que eram poucos, sobre minha existência. Forjei minha morte e ressurgir das cinzas e me clamufei aqui dentro.

Sou uma das Generais que é responsável pelos treinamentos dos recrutas, sou também umas das líderes que tem acesso a prisão. Estar dentro do sistema me ajuda a prever muitas coisas e passar informações e como uma das poucas de Classe S, tem um jumper especial para cuidar. Não tem estado a ativa um bom tempo no ponto de vista da corporação, mas tivemos na ativa por um bom tempo, nossa caçada era outra no momento.

Como posso dizer? Tínhamos uma relação que se encaixava bem, gostava de chamar ele de Hitman.

O Sinal para o almoço tocou e os recrutas seguiram organizadamente para seus afazeres, estávamos nas épocas de chuvas, o que tornava as chuvas de raios muito comuns naquela região, então de forma rápida o tempo fechou e com ela veio a chuva. Era meu tipo de clima favorito para ser sincera.

—General Denvers? - Me virei para o informante. - Temos uma atividade, é ele.

—Mande as informações, estarei no meu caminho.

Esse era o tipo de sinal que eu recebia de tempos em tempos, me providenciaram todo o equipamento necessário para a caçada. Recebi as coordenadas no meu sistema de GPS e como mágica o equipamento criou uma fenda me levando até o local da atividade. Estava numa floresta nada estranha para mim, apertei o timer e sincronizei o relógio, comecei desligando todos os equipamentos de rastreamento, puxei a arma do coldre e comecei a caminhar.

Olhei para o céu, ainda era de manhã, não havia jeito de saber em que época eu estava. Entretanto eu estava em rota de aviões, pelos modelos, não eram tão antiquados. Curiosamente isso afetava o GPS do meu relógio, o jumper estava perto e ele era muito bom, são poucos que sabem esses pequenos truques de embaralhamento de sistemas, estava começando a suspeitar quem seria a minha presa.

Continuei procurando por algum sinal humano, foi quando senti algo nas minhas costas, já virei atirando, mas a pessoa conseguiu pegar meu pulso e erguer a arma antes do tiro, ele usava boné e uma bandana de caveira no pescoço, mas que estava cobrindo a cara. Usava também um óculos de aviador comuns entre os atiradores.

Levantei meu joelho na região da sua costela, mas ele afastou do golpe, puxei minha faca de modo invertido e fui para os ataques, o rapaz desviava de forma ágil apesar do tamanho que ele possuía, consegui encurralar ele contra a parede, mas ele travou meu golpe usando um gancho de braço.

Então o relógio disparou, mas não era o meu e sim o dele e então senti o repuxo no estômago, ele havia feito uma fenda e pulamos. Ele acabou caindo no chão e minha faca no pescoço, ficamos imóveis e dei um sorriso saindo de cima do garoto, bom ele havia se tornado um homem com certeza.

—Você continua nada sutil Hitman. - Guardei a faca. - Podíamos ter evitado a luta.

—Sabe que sou cauteloso demais para essas coisas. - Ele abaixou a bandana, colocou o boné para trás e tirou o óculos. Os olhos negros continuavam intensos. - E não chamaria você se realmente não fosse o Apocalipse.

—Uma pergunta importante, se eu ouvir as informações poderia voltar ao meu posto?

—Depende se você quer continuar viva ou não.

—Da última vez que você disse isso...

—Eu sei Dakota. - Como pensei, ainda sensível sobre o assunto. - Faria sozinho se pudesse.

—E do que você precisa?

—De um time e preciso muito de você nele. Os detalhes ficam para depois, mas você vai ficar na corda bamba dessa vez. - Suspirei e coloquei a mão na cintura colocando o dedo no peito dele. - Dak?

—Não me chame assim como nos velhos tempos. - O cutuquei forte. - Quando me infiltrei na corporação você disse que logo acabaria, agora o que mais você quer?

—Como eu disse Agente Denvers. - Ele voltou a colocar os óculos escuros. - Acabar com isso de vez.

Para vocês que ainda não reconheceram a simpatia em pessoa, o meu garoto Hitman é o Jumper Classe S: Mason Puller. Nós dois temos um passado, que às vezes relembramos, não mais nos últimos tempos, mas eu consigo ver nos olhos dele... O Hitman ainda quer os velhos tempos.

Na maior parte do tempo o garotão é um cabeça dura e egocêntrico, gostava quando as coisas eram apenas para ele. Quando foi de apelidado de Lenda pelos eventos passados, quase se achou o salvador, mas acabou fazendo ao contrário e causou o crescimento dos nossos caçadores. Mason nunca disse o que fez e sempre insistiu que resolveria as consequências sozinhos e foi para a caçada, eu resolvi me infiltrar e acabei me tornando sua informante e fui crescendo na organização.

Devo admitir que para o ego de um cara como ele, resolver montar um time não trás boas prospectivas, continuei seguindo ele pela trilha da floresta, até que chegamos numa casa no meio do lada. Eu não daria nada para ela, mas havia ajudado a montar aquele lugar, a camuflagem era perfeita, porque obviamente eu montei e isso queria dizer que uma pessoa estava aqui.

Descemos a escada para o porão e como esperado, lá estava o esquisitão do grupo. Tate Sacker, outro Classe S, ele realmente estava desaparecido por anos, quase dado como morto, até que o encontraram bem escondido na Idade Média. Suas qualidades eram quases inexistentes como pessoa, sua única relação pessoal era com o seu irmão adotivo Mason, mas naquele momento a cara dele não indicava nenhum pouco de saudade.

—Certo Mason. - Disse o esquisito rasgando logo a seda. - Você disse que tinha tudo resolvido, me chamou e agora... - Ele olhou para mim. - Ela. Você é um idiota, fez uma merda muito grande.

—Cale a boca, já estou me arrependendo de ter avisado sobre o ataque que sofreria. - Hitman cruzou os braços, só fazia isso quando estava irritado. - Temos que encontrar duas garotas, antes que elas fujam para qualquer outro lugar e sejam pegas.

—E qual o valor delas posso saber? - Me sentei e me servi de café logo bebendo. - Nossa... Quem bebe isso assim?

—Eu. - A voz do Tate realmente era grosseira por si só. - Tem açúcar se quiser.

—São as últimas Jumpers nascidas, não existe mais nenhuma.

—Espera ai! O que você quer dizer com isso? - Me exaltei, onde havia me perdido na história. - Últimas nascidas?

—Basicamente, elas são as únicas com o registro de nascimento de 2074. - Ele digitou algo e um holograma na mesa indicou a ficha delas. - Os únicos vivos são os anteriores desse ano, e aos poucos somos exterminados. O que estou dizendo é que nossa raça agora tem prazo de validade.

—E se os chainsers matarem elas, isso quer dizer que nenhum de nós chega em 2074 vivos. Extinção. - O garoto bebeu o café amargo e sem fazer careta, isso que era amor por café. - E sem um jumper do futuro, não conseguiremos pular até lá e resgatar quem quer que seja.

—Bom, elas estão na Carolina do Sul, vou precisar de uma brecha pra sumir do mapa com elas.

—Já saquei Hitman. - Me levantei. - Faremos a missão de resgate e partiremos daí.

Os três se silenciaram olhando a foto das duas garotas, Margo Scoot e Emilly Scooper, era estranho pensar que o meu futuro estava na mão daquelas garotas. Terminei meu café com açúcar e sai do porão deixando os dois sozinhos, tinha muitos preparativos para fazer no resgate.

Devo confessar, estava curiosa pela história das duas garotas e saber ainda mais como o meu Hitman descobriu isso antes de mim. Assim que me afastei o suficiente, me fiz alguns arranhados, disparei algumas balas e usei o aparelho para voltar na base, sem nenhum sucesso da missão.

A verdadeira estava apenas começando.


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Notas finais do capítulo

Mais um pra vcs



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