Erchomai escrita por EmillyFaith, Uzumaki Neris


Capítulo 4
Capítulo 4 - O Cavaleiro


Notas iniciais do capítulo

“Arriscar a vida e desperdiçá-la totalmente em vão, são coisas distintas.”



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Apesar de ser um hack convicto, o mundo moderno nunca atraiu minha atenção. Desde criança eu era fascinado pelas histórias de cavaleiros, heróis com honras, outros apenas inteligentes para não morrer. Os cavaleiros inteligentes eram os meus favoritos, a honra era superestimada.

Quando me vi livre do mundo moderno, quando nada mais me pretendia eu fui viver minhas fantasias. Eu era um cavaleiro que servia uma casa nobre no Norte da Inglaterra, era o fiel Sir da Família Brookmont.

Era como estar nos livros de fantasia, estava montado em meu cavalo quando cheguei nos domínios da família, um escudeiro veio cuidar do meu cavalo e desci para falar com meu senhor, era ele Edmond e sua mulher Cecilia.

— Sir Tate, é um prazer vê-lo bem e vivo. - Me curvei. - Algum problema no trajeto?

—Nenhum que minha espada não resolvesse. - Bati na bainha. - Meu senhor.

—Iremos festejar essa conquista, você acabou com uma rebelião.

—Agradeço… E sobre a Senhorita Adeline? - Edmond sorriu.

—Ela está o aguardando ansiosamente para a fes, Sir Saint. - Cecilia me indicou o caminho. - Vamos para o salão, o povo lhe aguarda.

E como prometido uma grande festa começou assim que passei pelo salão, não era comum eles terem tudo preparado, mas eu possuía a fama de nunca falhar numa missão. Recebi uma horda de vinho e brindei com as pessoas e começaram a cantar sobre o massacre que ordenei sobre a família rebelde alguns anos atrás, quando havia chegado.

As cores azuis foram pintadas com o vermelho do sangue.

E quem é você o orgulhoso lorde falou.

Sou o terror enviado pelo seu senhor.

A chuva vermelha na terra salpicou.

E um único homem a sua sorte esmagou.

A espada que antes se ergueu é a mesma que está no chão.

E foi o cavaleiro santo e solitário.

Que com a justiça fez suas próprias mãos.

E a espada que se ergueu, agora está no chão.

O Cavaleiro em seu castelo

Fez justiça com suas próprias mãos.

O canto foi encerrado com vários vivas, eu não ligava para essas glórias, mas as músicas em minhas honras não eram assim tão ruins. Entretanto o que fez melhorar foi a visão da ruiva em seu vestido amarelo correndo e girando na direção, a segurei pela cintura e a girei no ar dando-lhe um beijo.

—Voltou meu Lorde. -O sussurro da voz dela me viciava. - Estava rezando pela sua volta.

—Devemos aproveitar então.

Nos dois sumimos pelos aposentos até que encontrarmos um quarto vazio, a ruiva ia tirando minha cota de malha enquanto beijava a pele exposta. Senti o calor me dominar, a joguei na cama enquanto desatava os laços de seu vestido amarelo.

Naquele dia de festa nos dois se amamos num dos quartos de meu senhor Edmond, ainda não éramos casados, mas era algo que iria resolver logo. Pedira para Edmond permissão para pedir a mão dela e de bom grado ele cedeu e também um pedaço de terra para desenvolver a família.

Nunca planejei isso, mas não havia problema em fazê-lo também. Talvez isso pudesse consertar as coisas e deixar o passado no passado, deixando certos pensamentos de lado, adormecemos depois do ato sexual.

Entretanto, algo no fundo do meu cérebro incomodava. Antes mesmo do sol nascer, me levantei e deixei Adeline em seu sono profundo, vesti uma cota com emblema dos Brookmont e segui pros meus aposentos dentro do castelo do senhorio.

Peguei uma cerveja preta no caminho e uma frita e caminhei pelos jardins enquanto comia e bebia, subi até meu quarto e olhei para um antigo baú que estava preso num cadeado. Não sei porque não havia jogado fora, mas prometi que não o faria quando vim para cá.

Segui até a caixa e com um pequeno passar do meu dedo e o giro da chave que carregava o cadeado se abriu, um relógio e um pequeno aparelho celular estava escondidos no fundo e curiosamente ligados, isso só aconteceria por um motivo.

—Qual é a merda de agora… - Reclamei comigo mesmo e analisei os aparelhos. - MP.

“Você foi localizado e será executado. MP.”

Suspirei e coloquei os pertences na mochila, não queria ir embora ainda, mas sabia que precisava estar preparado. Assim que fechei o baú, ouvi minha porta abrir. Rapidamente me virei e encarei minha futura noiva e sorri para logo depois suspirar e terminar o resto da cerveja que tinha.

—Não te vi quando acordei.

—Não queria te acordar antes do sol, Adeline.

—Sabe que não me importo, acordar nesses tempos parece ser melhor.

—É, aqui parece bem melhor. - Me aproximei dela e dei um beijo. - Mas não estarei aqui para a próxima.

—Como…

Minha companheira percebeu tarde demais, antes que conseguisse puxar qualquer arma, segurei os pulsos dela e a desarmei, consegui fazer um mata leão e rapidamente a fiz desmaiar. Peguei minha mochila e xinguei aquele garoto mentalmente, abri uma fenda e pulei, sumindo da minha nova vida e voltando pra antiga.

Apareci numa antiga casa segura de quando era mais novo, digitei  minha senha e entrei. Algumas camadas de pó estavam nos móveis, mas logo desci pro porão ligando a chave de energia, um QG estava montado lá embaixo. Preparei o café e liguei o computador para mandar a mensagem.

“Estou no local. TS.”

—Que merda você fez dessa vez? - Analisei o computador e vi as ultimas notícias. - População em queda… Hades, relatório.

“Desculpe Senhor Tate, recebi ordens para que só o Senhor Mason contivesse essa informação para não sofrer risco de serem roubadas. O que posso te dizer é que um detalhe importante deu errado e eles voltaram, somos poucos.”

Isso eu já notei. - Apertei um botão e desliguei o sistema. - Melhor dormir enquanto posso.


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Notas finais do capítulo

O time está quase acabando... Falta só mais um(a)!



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