I'm Lost Again escrita por Julia


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Desculpa ter passado um tempinho maior sem postar é porque eu estou viajando, ai dificulta um pouquinho, mas pode deixar que vou continuar postando de uns quatro em quatro dias. Eu quero dedicar esse capítulo a leitora The Oracle (Victória Marins) que deu a primeira recomendação da fic, menina você me fez chorar!! Obrigada mesmo, você não tem noção de quanto isso me deixou feliz. Obrigada á todos os meus queridos leitores também, que comentam e favoritam a história, vocês me deixam com um sorriso grandão!
Esse capítulo, traz um pouquinho de OutlawQueen, eu espero que vocês gostem.
Beijos e boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/521639/chapter/4

Rumple pediu para que eu, Belle, Snow, Charming, Emma, Hook e Robin esperássemos toda a multidão ir para suas casas se arrumarem para que pudéssemos conversar a sós, então assim fizemos. A multidão ainda estava agitada, por isso estavam enrolando um pouco para sair. Então resolvi sentar perto do balcão e pedir algo para comer, afinal ainda estava em jejum.

–Uma panqueca e um chocolate quente, por favor.

Pedi a Ruby que anotou o pedido e seguiu para a cozinha. Enquanto eu esperava me distrai pensando em Elsa e em toda aquela multidão que estava ali amedrontada. Seja lá o que ela queria, estava conseguindo nos atingir.

Eu fui cortada dos meus pensamentos quando eu percebi que Robin estava se sentando ao meu lado. Meu coração acelerou ao perceber a sua presença e um frio envolveu minha barriga. Um silêncio rondou por algum tempo, até que ele resolveu quebrar o gelo:

–Acho que você foi muito bem hoje. O povo pareceu mais tranquilo depois do que disse. –ele me encarava, mas eu não conseguia agir como se tudo estivesse bem.

–Ainda bem. –Eu disse ríspida e aparentemente mais aliviada.

Ele parecia querer dizer alguma coisa e hesitou algumas vezes, até que enfim as palavras saíram.

–Acho que precisamos conversar...

Ruby chegou com a comida, a agradeci e bebi um gole do chocolate.

–E não estamos o fazendo? –Eu disse.

Eu sabia que ele não se referia a uma conversa assim, informal em um balcão de um restaurante. Ele queria uma conversa séria, mas eu a evitaria ao máximo.

–Regina... –Ele segurou minha mão que estava em cima do balcão.- Você sabe do que eu estou falando... Temos que conversar sobre nós.

Eu afastei a minha mão da dele.

–Robin, eu não preciso das suas explicações ou de sua pena –eu falava olhando para o chão e segurando ao máximo as lágrimas- Eu já entendi. Marian voltou, e agora você vai ser feliz com ela e eu realmente fico muito feliz, vocês merecem isso.

Antes que ele pudesse falar alguma coisa eu me afastei, eu não queria que ele tivesse pena de mim ou que viesse com explicações, era hora de ele ser feliz e eu respeitava isso. Ele me seguiu, mas assim que tocou o meu ombro, Rumple fechou a lanchonete e começou a falar.

– Bom, como todos vocês sabem Elsa está à solta e fazendo estragos. Temos que detê-la e eu vou precisar da ajuda de todos pra isso. Perguntas?

Todos nós nos entreolhamos, ele tinha apenas jogado obrigações, se restringiu ao máximo a comentar sobre o que estava havendo, não nos deu explicações. Eu tirei o bilhete do bolso e entreguei a ele.

–Me explique o quem tem ai. O que essa Elsa quer comigo?

Ele pareceu assustado quando leu, mas como se tivesse recobrado a consciência e percebido que estava cercado de gente, melhorou a sua expressão.

–Onde estava isso?

–Estava no meu carro hoje de manhã. Me explique Rumple! O que Elsa quer com a gente? Algum tipo de vingança?

–Eu também não sei Regina – eu sabia que ele estava mentindo.

Eu peguei o bilhete de suas mãos.

–Então eu não tenho mais nada para fazer aqui.

Eu já me virei, pretendia sair de lá e acho que algumas pessoas iriam sair comigo.

–Espere, e Roland? –Robin disse assustado.

Eu me virei para ele.

–O que Roland tem haver com tudo isso? Rumple me falou algo de manhã, mas não entrou em detalhes.

–Ele viu Elsa.

–O que? Onde?

–Nós acordamos bem cedo, o Sol não estava no céu ainda, mas eu tinha prometido a ele que iria caçar e você sabe como são as crianças. Estávamos na floresta, eu o deixei um pouco sozinho enquanto coletava gravetos para uma fogueira porque estava muito frio. Quando eu voltei ele estava pálido, parado e me disse que uma moça estranha, com um longo vestido azul, se aproximou e fez carinho em sua cabeça. Quando ele se afastou assustado ela disse pra ele se acostumar com ela, pois logo eles passariam muito tempo juntos.

–Robin, você tem certeza? Ele é uma criança, pode estar assustado e imaginando coisas...

–Regina, tinha um caminho de gelo pela floresta.

Eu fiquei algum tempo em silêncio, pensando o que Elsa queria comigo e ainda pior, o que queria com Roland. Acho que todos ali pensavam a mesma coisa, estávamos sérios.

–Temos que achá-la! –Eu disse preocupada.

–Hum, agora NÓS temos que acha-la? –Rumple disse irônico.

–Acredite Rumple, não é por você... –Ele entortou o rosto.

–Acho que podíamos fazer grupo de busca depois de arrumarmos as pessoas, o que acham? –Sugeriu Emma.

Eu não estava bem com Emma, e acho que ela sabia disso.

–Certo. Então depois nos encontramos na loja do Gold. –David finalizou.

x.x.x.x.x.x.x.x

Em minha casa ficaram as mulheres e seus filhos, e os homens ficaram no Granny’s. Dividimos assim para que o povo ficasse mais confortável. Os únicos homens da casa além dos pequenos rapazinhos, eram David, que resolveu ficar com Snow por mais comodidade e proteção ao pequeno Neal e Robin, já que Marian insistiu em ir para minha casa com Roland, e ele não desgrudaria do filho por nada. Que ótimo, Marian estava em minha casa...

Portanto a liderança do grupo que estava no Granny’s passou para Hook e Rumple (eu esperava de verdade que eles não se matassem), mas nós combinamos de sempre ir lá dar apoio.

–Bom vamos arrumar as coisas. Temos cinco suítes disponíveis aqui em cima. Uma ficará com David e Snow que por terem um filho bem pequeno e estarem os dois é melhor que fiquem sozinhos e uma outra pro senhor Hood. Serão as duas primeiras do corredor. -apontei para as portas.- Em relação as outras, vocês podem ocupá-las e caso necessário também tem bastante espaço em umas salas lá em baixo. Se precisarem de ajuda é só chamar okay?

Acabou que David, Robin, Henry e Roland ficaram no mesmo quarto, o que deixou mais um quarto disponível. As mulheres se arrumaram rápido e ocuparam todos os outros, mas no quarto ficou bem tranquilo, eu, Snow, Tinker, Emma e Belle. Pelo menos eu conhecia todas elas.

Eu estava na cozinha, dando uma olhada no que tínhamos para comer e o que seria necessário fazer aparecer. Eu escutei que alguém descia as escadas, mas eu não me importei.

–Regina...er...eu estou com frio.

Uma voz tímida suava atrás de mim e eu me virei para olhar.

–Roland! –O peguei no colo. Ele estava frio.- E onde estão o seus agasalhos?

–Mamãe os tirou para que eu tomasse banho e acho que se esqueceu de me devolver. –O menino se aconchegava em meus braços.

Rapidamente fiz com que um grosso casaco de lã aparece em torno de seus braços e pus meias em seus pés.

–Pronto, assim vai ficar bem quentinho. –Ele sorriu olhando para o que tinha aparecido. - Está com fome?

–Sim!

–E o que acha que devemos ter para o almoço de hoje?

–Que tal batata frita? –Ele disse entusiasmado.

–Acho que eu vou encher o seu prato é com uma boa salada. –Disse fazendo cosquinhas em sua barriga. Ele soltava gargalhadas gostosas.

–Acho que ele não comeria. – A voz vinha de trás de mim. Era Robin. Quando me virei soube que ele já nos observava por um tempo, mas não sei ao certo quanto. Ele estava com um sorriso, aquele lindo sorriso, estampado em seu rosto. – Acredite em mim, Roland não é muito bom de boca.

Eu deixei Roland no chão e ele correu para perto do pai.

–Olha papai! A Regina me deu esse casaco, ele é tão quentinho.

–É lindo meu filho. Porque não vai lá pra cima brincar um pouco com Henry? Acho que ele estava te esperando para jogarem aquele jogo de tabuleiro.

Roland concordou e subiu correndo as escadas, cheio de animação.

–Tome cuidado querido. – Eu disse.

Robin sorriu pra mim e começou a se aproximar lentamente, acho que por medo de que eu o impedisse de chegar perto. A cada passo que dava o meu coração começava a pulsar mais rápido e um nervosismo tomava conta de mim. Nós estávamos a centímetros de distância, nossos narizes estavam quase se tocando. Ele passou a mão fazendo um carinho em meu rosto e desceu até o pescoço. Ai meu Deus, como ele conseguia me deixar assim? As minhas pernas tremiam, eu não tinha forças para empurrá-lo. Sentir a sua respiração me deixava arrepiada e o cheiro dele... ah, era o melhor cheiro do mundo.

–Obrigada por ser tão cuidadosa com Roland. –Ele disse em um sussurro. – Nós dois somos alucinados por você.

–Imagina, é um...

Ele se aproximou mais de mim deixando nossas bocas a centímetros, me impedindo de terminar a frase.

Segurou com a força a minha cintura, me olhou nos olhos e em seguida para minha boca. A sua mão em meu pescoço se esticou até a nuca, e ele a enfiara entre o meu cabelo. Eu iria me deixar levar. Naquele momento eu não tinha intenção de ser forte e nem pensaria no que estava fazendo. Eu o queria e não precisava negar isso. Mas em fração de segundos as imagens dele ao lado de Marian, feliz por ela ter voltado, ele me falando o quanto a amava antes de morrer vieram em minha mente, me cortando do meu total encantamento me fazendo o afastar.

–Eu preciso terminar de separar as comidas para o almoço. –eu virei o meu rosto e sai de seus braços.

Ele ia falar alguma coisa, se aproximaria de mim de novo, mas Snow desceu as escadas com Neal no colo e se aproximou de nós, o que graças a Deus, nos cortou daquele assunto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Opiniões? Sugestões? Estou aberta á tudo. Beijinhoos