I'm Lost Again escrita por Julia


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi queridos (a) leitores (a) -ai que formalidade hahaha- Eu quero agradecer muito a todos vocês pelos favoritos, por todos os comentários que eu amo muuito ler e por estarem acompanhando, vocês me fazem muito feliz. Espero que gostem desse capítulo, eu gostei bastante de escrever.



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Rumple tinha me deixado nervosa, ele pareceu realmente tenso e desesperado durante nossa conversa e isso de certa forma me deixou aflita. Não, eu não o ajudaria, mas ele falou de um jeito, ele falou de Roland... Era meu dever ir ao menos checar o que estava acontecendo.

Assim que ele se foi, subi as escadas correndo, liguei o aquecedor da casa, o qual eu quase nunca havia usado até então, e fui até o banheiro. Olhos inchados e vermelhos eram as únicas coisas que me chamaram a atenção no meu reflexo no espelho. Rumple com certeza havia percebido que eu passei a noite chorando e que estava muito abatida, mas eu não me importei, não era a primeira e nem seria a última vez que ele me veria assim, destruída. Tomei uma ducha rápida e quente, coloquei um vestido azul, com uma meia preta grossa por baixo, luvas e um casaco da mesma cor. “Salto agulha não me servirá com toda essa neve” pensei, então me contentei com uma bota preta pequena, um pouco acima do calcanhar, sem salto. Finalizei com uma maquiagem suave, que conseguiu disfarçar um pouco as olheiras de uma noite mal dormida.

Estava muito frio para caminhar, então resolvi que iria de carro. Me aproximei do automóvel e reparei em um bilhete na poltrona do carona, que dizia o seguinte:


“Mal posso esperar para te reencontrar e quem sabe até testar os nossos limites.Não esqueça de sair bem agasalhada, eu sei bem o que toda essa neve pode fazer.

Elsa”

Milhões de coisas se passaram pela minha cabeça, mas três perguntas se mantiveram em destaque. A primeira, era o “reencontrar”. Eu nunca tinha a visto, como poderia reencontra-la? A segunda, testar nossos limites? Uma briga de bruxas talvez? E a terceira, que momentaneamente era a que mais me perturbava, como Elsa soube onde me encontrar? Guardei o bilhete no bolso, mostraria a Rumple, ele com certeza saberia me orientar quanto a isso. Entrei no carro e segui até o Granny’s.

PASSADO:

Cora puxou Regina pelo braço e sem mais delongas a levou para dentro da casa. Os três amigos permaneceram imóveis e assustados.

–Será que Cora baterá muito nela?

Elise perguntou com os olhos cheios de lágrimas.

–Eu espero que não Elise, eu realmente espero que não.

Collin disse e abraçou forte Elise.

Dentro da casa, Regina tentava se livrar das brigas da mãe.

–Mãe, por favor, me deixe explicar.

–Explicar o que? Você não tem jeito Regina, não tem juízo algum. E se alguém importante chegasse de repente e lhe visse desse jeito? Olha esse vestido, todo rasgado, esses cabelos mal penteados e você está suada. Não percebe que está ridícula? Suba para o seu quarto e se arrume, quero você pronta em dez minutos para aula.

Regina abaixou a cabeça e engoliu o choro.

–Certo mãe, e me desculpe, eu apenas queria me divertir com meus amigos, o que tem de tão ruim nisso?

–Amigos? –Cora soltou um sorriso debochado- Que pena de você menina, ainda tem muito que aprender na vida. No máximo esses pobretões estão interessados no nosso dinheiro ou então em minha mágica. Isso não é real Regina. –Regina já não continha as lágrimas- Engula esse choro! Uma rainha nunca deve chorar.

Regina estava farta, farta dessa história de ser rainha e de sua mãe sempre a maltratando-a.

–Só porque a senhora não tem amigos, não quer dizer que isso não seja real.

Regina disse em um tom de voz elevado. Antes que pudesse pensar no que havia dito sentiu a mão pesada de sua mãe atingir em cheio o seu rosto. Pelo impacto ela se curvou um pouco para trás. O seu rosto ardia, e pode sentir que um fino canal de sangue escorria no canto de sua boca.

–Isso é pra aprender a nunca mais gritar comigo.

Cora virou-se e antes de sair a lembrou.

–Corra, você tem dez minutos.

PRESENTE:

Cheguei no Granny’s alguns minutos depois. O local estava abarrotado de gente, era uma gritaria e um empurra-empurra insuportável. Percebi que David tentava falar algo, mas a multidão não o deixava. Quando eu entrei, eles se viraram para mim. Eles queriam soluções, e nesse caso, ninguém melhor do que a prefeita para dá-las.

Robin estava lá, eu pude vê-lo de canto de olho. Ele estava em pé ao lado de uma mesa e Roland estava aconchegado em seu colo. Pude perceber que o menino parecia com medo e Robin o segurava com força, como se tentasse protege-lo. Marian não estava perto deles.

–Majestade, nós estamos congelando!

–Nossas casas não são preparadas para esse frio, é impossível se aquecer dentro delas.

–Os frutos do campo congelaram, os supermercados estão fechados, logo logo acabarão os alimentos!

–Majestade, nossos agasalhos não conseguem nos aquecer com todo esse frio, faltam cobertas e até mesmo meias.

–Ai meu Deus! Vamos todos morrer!

Em meio à confusão, foram alguns dos comentários que consegui ouvir e logo entendi do que se tratava. StoryBrooke tinha um inverno bastante frio, mas o frio trazido por Elsa era muito além do que todos nós estávamos acostumados. Olhei para David e Snow, ele coçou a nuca e ela levou as mãos ao rosto. Pareciam perdidos.

–Acalmem-se, por favor, não há necessidade de desespero e ninguém morrerá, mas eu preciso que me escutem.

Tomei a palavra. A multidão se calou.

–Eu sei que esse frio é inesperado para todos nós, e suas casas e roupas não são preparadas para tal, por isso faremos o seguinte: Quero que se dividam em dois grupos, metade se instalará aqui no Granny’s Dinner, isto é, se a senhora não se importar... -Eu me virei para vovó.

–Claro que não, use o espaço que precisar. – primeira vez que demonstrara respeito por mim.

Rapidamente eu fiz todas as mesas desaparecem.

–Eu as trarei de volta –olhei para vovó rapidamente, mas logo me voltei para a multidão- Tragam os seus colchões, todos os que tiverem em casa e se organizem por aqui, eu arrumarei os agasalhos necessários. A lareira e o aquecedor do ambiente os manterão aquecidos. Granny, distribua a eles todo o seu estoque de alimentos, quando isso chegar ao fim –o que eu esperava não custar muito- eu lhe reembolsarei. O outro grupo quero que organizem suas coisas e também seus colchões e partam comigo para a minha casa. Lá eu tenho comida para alguns dias, mas assim que acabar eu posso fazer aparecer mais –balancei as mãos para fazê-los entender do que eu falava, mágica.

A multidão se agitou de novo, a ideia de ir para minha casa não lhes pareceu muito segura.

–E quem teria coragem de ir para o covil da Rainha Má?

Um grito da multidão. Aquilo me afetou um pouco, meus olhos até ameaçaram soltar algumas lágrimas, mas além de não ser o meu maior problema, eu não os deixaria perceber.

–Eu sei que eu errei muito durante muitos anos com todos vocês, mas lhes peço uma chance. Eu quero ajudar, do fundo do meu coração. Eu quero o bem do nosso povo, mas para isso, preciso que confiem mim.

Eles se olhavam confusos, acho que era difícil para eles me ver na liderança de algo bom e eu não lhes tirava esse direito.

–Pessoal, Regina não é mais a Rainha Má, ultimamente tem feito coisas para nos ajudar e agora está fazendo de novo, por que não daríamos a ela esse voto de confiança? –Grumpy disse.

Eles pareciam concordar, ficaram mais calmos. Isso me fez muito feliz, eles me deram uma segunda chance...

–Parece que tinha razão quando me disse que um dia eles te amariam- Rumple disse em um sussurro atrás de mim. Eu revirei os olhos.

–O meu grande problema naquela época, eram as más influências.

Sai de perto dele e me aproximei de Snow e David.

–Acho que eles estão começando a te ver de outra forma, a conhecer a você, Regina. –Snow disse animada. Eu sorri.

–Vocês se importam em liderar o grupo daqui?

–Será uma honra, alteza. – David disse fazendo graça.


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Notas finais do capítulo

E então ideias? Sujestões? Eu sei que o capítulo foi meio parado MAS necessário. Espero que tenham gostado. Beijos e até o próximo capítulo