I'm Lost Again escrita por Julia


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

GENTE HOJE É O ANIVERSÁRIO DA LANA!!!! UHUUUULLL!!! Happy B-Day Queen!!!
Agora voltando a história, eu espero que gostem desse capítulo e como eu prometi foi o mais rápido que eu conseguir postar pra vocês, até porque a minha internet ultimamente anda tipo à 0,5km por hora, mas enfim... Tem algumas surpresinhas nele, espero que gostem delas também.
Ah! Quase me esqueci de explicar, o passado do personagem Collin (aquele amigo da Regina lembram?) vai ser introduzido, mas pra não confundir vocês eu pus "PASSADO - COLLIN" e o passado dele vai ser sempre narrado por ele ao contrário do da Regina que é narrado por um narrador (sim, eu lembro que ele ainda não acabou). O PASSADO DE COLLIN SE PASSA DEPOIS DO PASSADO QUE EU TO NARRANDO DA REGINA! -não se esqueçam disso! É importante pro compreendimento.
Boa leitura amores



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Eu havia feito um almoço caprichado, com as batatas de Roland, a lasanha de Henry e algumas outras gostosuras que eu imaginei que o povo fosse gostar. Eu nunca havia visto a minha casa tão cheia, mas de fato, tinha espaço para todos eles.

–Tem comida para todos os gostos e pra sobremesa, minha especialidade... Torta de maça!

Eu disse entusiasmada colocando um frango em cima da mesa.

–A gente já pode atacar? – Roland perguntou arrancando alguns sorrisos.

–Claro querido.

Me sentei a mesa, mas antes que pudesse por a primeira colherada na boca eu fui interrompida pelo auto som da campainha que soou pela sala de jantar. Fui em direção à porta e quando a abri um homem alto, de pele clara, cabelos negros e olhos verdes apareceu de pé em minha frente, acompanhado por uma pequena menina de cabelos ruivos, sardas e olhos tão verdes quanto os dele. Ele me pareceu familiar, mas não soube dizer de imediato se o conhecia ou não.

–Boa tarde. –Ele disse.

–Boa tarde.

Um silêncio pairou entre nós e eu o encarava com uma expressão duvidosa.

–O que deseja? –Resolvi questionar.

–Não está me reconhecendo Vossa Alteza? –Ele deu um charmoso sorriso de canto para mim.

–E eu deveria? –Ele riu e iniciou uma reverência.

–Collin de Hudson, ao seu dispor.

Minhas pernas começaram a tremer, foi como se o meu cérebro estivesse dando voltas dentro da minha cabeça e foi como se tivessem feito um nó em minhas cordas vocais.

–Espere, Collin?! É você? Aquele pirralho? Não pode ser.

Ele sorriu e assentiu com a cabeça. Lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto.

–Pra você ver o que um pouco de comida e água podem fazer com um moleque.

Eu não consegui nem pensar em mais nada, me atirei nos braços dele o dando um forte abraço. Ele estava ali, Collin estava ali, eu podia abraça-lo mais uma vez e eu o veria sorrindo mais milhares de vezes.

–Mas... mas como isso é possível? Eu pensei que você... pensei que minha mãe tinha te matado. –Eu disse pondo as mãos em seu rosto.

–Não foi uma época muito fácil, mas eu estou aqui, agora, e acho que devemos esquecer esse passado triste.

–Sim, claro! Mas depois eu quero saber essa história direito. Aliás, entre. –Eu me afastei da porta dando espaço para eles entrarem- E essa menina linda, quem é? – Eu disse segurando as mãos pequenas dela. No máximo, ela tinha uns oito anos.

–Ela é o meu maior orgulho, minha pequena, minha filha.

–Mentira?! – Eu fiquei um pouco assustada, não imaginava que Collin um dia, seria pai, digamos que não fazia muito o tipo dele.

–Verdade. Eu a achei na floresta há alguns anos atrás. Ela estava sozinha, perdida, com frio e com fome, então resolvi que eu cuidaria dela.

Eu dei um sorriso para ele e me abaixei ficando do tamanho da pequena.

–E como você se chama meu amor?

–Anna. – Ela disse timidamente. – E você?

–Eu me chamo Regina e eu espero que você fique muito à vontade em minha casa. Nós podemos ser amigas não é?

Ela assentiu com a cabeça e me deu um sorriso. Eu levantei e me virei para Collin.

–Você deve estar com fome. Venha, deixa eu te apresentar ao pessoal e te dar o que comer. Depois nós temos muito que conversar.

Nós caminhamos lentamente até a sala de jatar, que por sinal estava com muito barulho, mas quando cheguei com Collin a grande maioria se calou. Ainda pude ouvir alguns baixos comentários como: “Quem é esse? Achei ele muito gatinho” e acho que Collin ouviu também porque deu um leve sorriso e as suas bochechas coraram.

–Gente, esse é um velho amigo meu, se chama Collin e essa – disse pegando a Anna no colo – é a sua filha, Anna.

–Sejam bem-vindos a Storybrooke – disse Emma olhando o rapaz e sorrindo para ele. Acho que Hook não gostou muito disso.

–Sentem-se. – Eu puxei uma cadeira para Anna e ele se sentou ao lado dela.

Me sentei na minha, mais feliz do que nunca.

x.x.x.x.x.x.x.x

Depois que acabamos de comer todos foram para o seus quartos e eu pedi para Collin que conversamos na sala da lareira. Eu queria realmente entender o que houve com ele durante todo esse tempo que passou longe e como ele conseguiu me encontrar.

Collin não queria que Anna ouvisse, mas antes que propusesse adiar a conversa, Emma disse que poderia levar a menina para o passeio que faria com Henry, Roland e Hook. Num primeiro momento Collin pareceu um pouco desconfiado, mas quando eu lhe assegurei que a moça de fato era de confiança, ele relaxou e deixou Anna ir.

Antes de entrar para sala, Snow me puxou para um canto.

–Regina! O festival das flores você esqueceu?

–Não! Iremos fazê-lo como em todo ano.

O festival das flores acontecia todo ano, na rua principal e era um evento onde as pessoas podiam expor os seus produtos e vende-los e a rua era sempre coberta de vasos e pétalas de flores. Também havia algumas apresentações teatrais, com músicas, danças e até mesmo um curto teatro. Isso tudo sem falar na deliciosa comida que as barraquinhas sempre colocavam à venda. Era sempre uma enorme alegria organizá-lo e o povo sempre se divertia muito. Acho que de longe era o evento mais animado de Storybrooke.

–Regina, acontece sempre na noite de amanhã.

–O que? –Eu disse espantada- Eu não lembrava que já estava ai! Mas faça o seguinte, já que mais tarde não vai sair para procurar Elsa por causa de Neal, pode organizar os detalhes para mim? Tem a verba que precisar para isso, é só me explicar quanto precisa depois.

–Certo! Será um prazer!

–Obrigada, de verdade.

Eu dei um sorrisinho e segui para perto de Collin.

Sentamos em frente a lareira e ainda com pedaços de torta de maça na mão ele começou a contar como as coisas tinham chegado aonde estão.

PASSADO - COLLIN:

–Eu quero o menino, e vocês fora daqui, agora!

Cora entrou gritando furiosa no quarto dos meus pais e eu não sabia por que, mas ela me olhava com ódio.

–Mas por quê? Nós a desagradamos de algum modo? Perdoe-nos se for o caso, faremos o preciso para nos redimir. – Meu pai tentava falar enquanto no rosto de minha mãe já era possível ver lágrimas.

–Vocês não, são dois criados tão inúteis quanto os outros e pra mim isso pouca diferença faz. Agora esse moleque... – Ela se aproximou de mim e colocou o dedo em meu rosto – Quem você pensa que é para cortejar a minha filha? Você nunca estará à altura dela!

Eu não conseguia entender, eu nunca havia cortejado Regina, aliás, eu gostava de Elise e apesar da beleza incomum de Regina e do fato de Elise estar sumida, era só pra ela que batia o meu coração.

–Me desculpe senhora, mas eu não fiz isso.

–Ora, além de assanhado, ainda mentiroso? Vai ter uma boa lição.

Ela me puxou pelo braço e me levou para fora da pequena e velha casa. Meus pais tentaram interver por mim, mas com apenas o balançar de seus braços ela fez os dois voarem para longe e perderem a consciência.

Eu não me lembro se tomei alguma coisa ou se ela simplesmente me enfeitiçou com suas mãos, mas acho que perdi a consciência por um tempo e acordei com ela tirando um saco preto do meu rosto. Nós estávamos em um lugar muito alto, perto de um penhasco, um lugar que eu nunca havia estado antes, que não fazia ideia de onde era e apesar de ter uma vista muito bonita fez com que um frio me corroesse a espinha. Seja lá o que ela fosse fazer comigo não seria algo bom.

–Garoto a vida não é fácil, a gente luta, batalha a vida toda e então chega uma fase que resolvemos, por algum motivo, ter filhos. Nós os criamos, educamos e sempre buscamos o melhor para eles, mas muitas vezes nossos filhos não dão valor a todo nosso esforço. Regina já é uma menina difícil, cheia de manhas e você ainda a oferece uma história de amorzinho boba.

–Mas senhora eu já disse que...

Ela me interrompeu com um tapa em minha cara. Eu imaginei o que Regina passaria com essa mulher perversa mandando nela todos os dias.

–Cale a boca! Só quem fala aqui sou eu, aliás, eu já falei demais.

Ela pôs o saco de novo em minha cabeça, senti as suas mãos tocando minhas costas e logo em seguida me empurrando. Eu estava rolando, caindo, e era uma queda que parecia não ter fim. Ela havia me jogado lá de cima, e eu nem ao menos conseguia ver para tentar me desviar do que aparecesse. Ela tentou me matar. Eu não sei ao certo em qual parte da gigante e dolorosa queda eu perdi a consciência, mas sei que foi depois de uma pancada muito forte na cabeça, talvez eu tivesse chegado ao chão, ou talvez era só mais uma pedra.

PRESENTE:

Eu não sei em que parte da história as minhas lágrimas começaram a rolar, mas sei que agora eu já não conseguia controla-las.

–Regina – Ele disse enxugando as minhas lágrimas – eu disse que isso seria doloroso, eu disse que era melhor esquecermos tudo isso.

–Como esquecer Collin? Se foi tudo culpa minha, eu tive culpa do sofrimentos de pessoas antes mesmo de existir maldade dentro de mim. Tudo o que você passou e isso é só o começo, tudo foi culpa minha, o sumiço de Elise antes de tudo isso provavelmente também e a morte de Daniel.

–Espere! Daniel está morto?

Lágrimas começaram a brotar em seus olhos e isso fez com que as minhas ficassem mais incontroláveis. Ele me puxou para um abraço e eu o apertei contra mim, eu precisava daquele conforto fazia muito tempo.

Quando escutei as portas se abrindo com ferocidade me desvinculei dele e olhei para elas. Robin tinha as aberto e ele estava mais sério do que nunca.

–Desculpe atrapalhar a festa, mas temos uma bruxa para procurar Regina.

–Sim. –Eu enxuguei as lágrimas. – É que o tempo passou muito rápido, eu acabei me esquecendo. – Eu me levantei.

–Acho que é porque considerava esse seu encontro especial muito mais importante do que todos nós.

Ele se virou para sair da sala, mas antes de atravessar a porta ele gritou:

–E não demore! Storybrooke não pode mais esperar, ao contrário desse seu namoradinho.

Se não o conhecesse bem diria que ele estava com ciúmes e isso fez um sorriso suave surgir em meu rosto e uma pura felicidade invadir um pedacinho do meu coração.

–Uma bruxa pra caçar? Eu posso ajudar!

Collin disse colocando a mão em meu ombro.

–Não será fácil... –Eu o preparei.

–Melhor assim! As coisas fáceis não tem graça.


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Notas finais do capítulo

E então gostaram? Opiniões? Sujestões?
Obrigada por lerem, vocês me deixam muito feliz