Generation escrita por Marih Yoshida


Capítulo 5
O passado obscuro de Percy


Notas iniciais do capítulo

Nossa pessoas, estou triste com vocês! Só três comentários por capítulo? Isso pode até ser "normal", mas eu acabei de terminar duas histórias que tinham pelo menos cinco comentários por capítulo, por isso é bem estranho para mim, então por favor fantasmas comentem!
Ah, hoje eu terminei de escrever essa história, o epílogo ficou tão bonitinho :3 Agora posso me dedicar totalmente a outra que estou escrevendo, que postá-la aqui logo ^^



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POV Geral

Já faziam duas semanas que Annabeth se juntou ao grupo. Juntos, eles iam de lugar em lugar, e iam cada vez ganhando mais dinheiro. Apesar da vida dificil que levavam, os quatro estavam felizes, e agora tinham um pouco mais de dinheiro sobrando.

POV Percy

Eu estou no sebo com Thalia, estamos procurando gibis para ler. Vamos trocar por gibis que pegamos no sebo da cidade que estávamos antes dessa. Olhei de relance para o lado de fora do sebo e congelei. Como ele estava ali? Como ele sabia que eu estaria aqui? Me abaixei rapidamente para trás de uma estante de livros fingindo que eu estava procurando alguma coisa, mas Thalia me conhecia e percebeu que tinha alguma coisa errada.

– O que foi Percy? - Ela perguntou. Eu a puxei para baixo e percebi que estava ofegando.

– Thalia a gente precisa voltar para o hotel logo. - Eu disse. - Nem a Annabeth nem o Nico saíram não é?

– Acho que não. - Thalia disse me olhando preocupada. - O que aconteceu?

– Eu explico depois. - Eu disse espiando por cima da prateleira. Ele não estava mais lá. Suspirei e levantei. - Acho que não vamos poder trabalhar hoje.

Eu e Thalia fomos trocar os gibis rapidamente e Thalia pegou algumas balinhas para o Nico. Eu estava nervoso e minhas mãos suavam frio. Antes de saírmos olhei para ver se ele ainda estava a vista e então puxei Thalia pelo pulso até o hotel onde estávamos, que não era muito longe do sebo.

Quando finalmente chegamos no quarto eu suspirei de alívio. Thalia, Annabeth e Nico me olharam assustados.

– Olhe, eu já explico, mas antes fechem todas as janelas e tranquem-as. - Eu disse desesperado enquanto trancava a porta.

Como eu pude ser tão burro? É claro que ele iria me procurar. Esse não era exatamente o problema, ja que eu não me importava tanto comigo mesmo, mas eu não queria colocar meu amigos em perigo. Me sentei na cama e coloquei a cabeça entre as mãos. Eu precisava pensar, mas não tinha tempo para isso.

– Acho que está na hora de vocês ouvirem a minha história. - Eu disse para meus amigos que agora se sentavam ao meu redor. Suspirei fundo. - Meu pai sumiu no mundo antes mesmo de eu nascer. Minha mãe era a melhor pessoa que eu pudia conhecer e ela sempre me tratou como um príncipe. Quando eu tinha dez anos ela se casou de novo com um homem que era estúpido. Ele tratava minha mãe como escrava e batia em mim e nela quando achava que tínhamos feito algo que ele não gostava. No dia antes de vocês dois me encontrarem, eu tinha acabado de voltar da escola e escutei gritos vindos do quarto da minha mãe. Eu fui olhar o que era, a porta do quarto estava entreaberta e eu vi meu padrasto esfaqueando minha mãe. Uma, duas, três facadas antes de ela parar de gritar, morta.

Eu estou chorando. É como se eu estivesse tirando um peso das minhas costas. Annabeth e Thalia me abraçaram.

– Quando ele viu que eu tinha visto ele veio para cima de mim. - Continuei. - De algum jeito, eu consegui escapar até meu quarto. Tirei todo o meu material de dentro da mochila e joguei qualquer roupa que via e então peguei essa corrente, a única prova de que meu pai existiu um dia, e fugi pela janela. Algumas horas depois de sair de casa, descobri que meu padrasto era um assassino perigoso e que não descansava até conseguir matar suas vítimas, sejá lá quem forem. Eu o vi na rua hoje. Tenho certeza que era ele. De algum jeito ele me descobriu, e provavelmente sabe que estou com vocês também. Desculpa, mas coloquei vocês em perigo.

Um longo minuto se passou enquanto todos se entreolhavam. Agora eu estou mais nervoso ainda, o que será que ele vão dizer?

– Eu posso ajudar a capturá-lo. - Nico disse por fim. - Conheço uma pessoa... bem, voltar para meu passado não é a coisa que mais quero fazer agora mas é preciso. Posso telefonar para ela se você quiser Percy.

– Você tem certeza que essa pessoa pode prendê-lo? - Perguntei preocupado. Não queria meter mais ninguém que corresse perigo nisso.

– Não se preocupe. - Nico disse indo até o telefone do hotel. Ele discou um número rapidamente.

Nico estava claramente nervoso, ele estava se balançando nos pés e brincando com a mola do telefone. Até que alguem atendeu.

– Oi Perséfone. - Ele disse. - Estou precisando da sua ajuda. - Ele disse as palavras como se elas machucassem sua boca. Seus olhos estavam um pouco marejados. - Estou no hotel Longview. - Ele disse e secou uma lágrima que caiu em sua bochecha e engoliu em seco. - Está bem, eu vou te esperar.

Ele desligou o telefone e ficou alguns segundos parado olhando para o nada, provavelmente se segurando para não chorar. Depois de um tempo ele se sentou ao lado de Thalia e encostou a cabeça no ombro dela.

– Calma Nico. - Ela sussurrou acalmando-o.

– Ela já está vindo para cá. - Nico disse com a voz rouca. - Chega em algumas horas.

Nico colocou a cabeça no colo de Thalia e ela sorriu.

– Eu comprei balinhas. - Ela disse. Nico riu.

Nós ficamos esperando a pessoa chegar. Agora estou mais calmo, Annabeth me deu um copo de água e me destraiu mostrando-me sua nova história. Nico está rindo com Thalia e ambos estão com cadernos na mão, e Thalia está segurando um saco de balinhas.

Recebemos uma ligação da recepção, avisando que ela já tinha chegado. Thalia, que tinha atendido o telefone, pediu para dizer a ela para subir. Um pouco depois alguém bateu na porta e Nico foi atender.

– Ah, Nico! - Ela disse abraçando-o. - Estava tão preocupada com você!

– Perséfone! - Ele disse e retribuindo o abraço. - Hades não sabe...?

– Não se preocupe. - Ela disse. - Seu pai está doente, não poderia fazer nada mesmo.

POV Nico

– Perséfone, essa é Thalia minha... - Parei para pensar. - O que nós somos?

– Depende do ponto de vista. - Thalia disse dando de ombros. - Por enquanto Nico é meu "irmão mais velho irritante".

– Então, Perséfone essa é Thalia, minha irmã mais nova irritante. - Eu disse para Perséfone, que riu. - E Thalia, essa é Perséfone minha ex-madrasta.

– Como assim ex? - Perséfone perguntou franzindo a testa. - Não me separei de Hades.

– Eu sei, mas esqueceu que não sou mais filho dele, de acordo com ele mesmo? - Perguntei. Perséfone suspirou.

– Você tinha pedido minha ajuda, o que foi? - Ela perguntou. Chamei Percy e pedi para que ele explicasse para ela.

– Qual o nome dele? - Ela perguntou para Percy.

– Gabe Ugliano. - Ele disse falando as palavras como se doessem sua boca.

– Ele é um criminoso procurado. - Perséfone disse. - Ele te machucou?

– Apenas cortou minha bochecha. - Percy disse. - Foi de raspão.

– Entendo. - Perséfone disse pensativa. - Vou ligar para a minha equipe e para a delegacia.

– Espera, o que? - Thalia perguntou franzindo a sobrancelha.

– Perséfone é uma policial especial. - Eu disse. - Ela não trabalha em delegacias, apenas anda pela rua disfarçada em certo ponto procurando criminosos. Ela é bem famosa por prender vários criminosos que ninguém nunca tinha conseguido prender.

– Você conseguiu fugir com uma mulher dessas em casa? - Annabeth perguntou. - Você deve ser realmente muito ágil.

– Na verdade, ela me ajudou a fugir. - Eu disse.

– Isso não vem ao caso. - Perséfone disse. - É bom que nenhum de vocês saia enquanto não pegarmos ele.

– Isso pode levar dias, nós não temos tanto dinheiro. - Annabeth disse. - Precisamos trabalhar.

– No que vocês trabalham? - Ela perguntou.

– Eu e Nico cantamos em praças. - Thalia disse. - E Annabeth e Percy contam histórias em parques.

– Definitivamente vocês não vão poder trabalhar. - Perséfone disse balançando a cabeça. - Se expondo desse jeito, é melhor esperarem.

– Se não trabalharmos só vamos poder ficar dois dias aqui. - Eu disse.

– Não se preocupe. - Perséfone disse. - Depois eu compenso todo o dinheiro que vocês perderem nos dias que não vão trabalhar.

Perséfone se levantou e pegou o celular. Depois de umas três ligações ela suspirou.

– Temos agentes disfarçados por todo redor. - Ela disse. - Percy, você reparou nas roupas que ele usava?

– Não. - Percy disse balançando a cabeça. - Estava em choque.

– Entendo. - Perséfone disse suspirando.

POV Annabeth

Já fazem dois dias que Perséfone pediu para que ficássemos no hotel. Dava para ver que nem Thalia nem Nico não gostavam de ficar presos. Ambos estavam toda hora tentando arrumar alguma coisa para fazer, e estavam bem irritados. Os dois são bem bipolares; Constantemente brigavam entre eles, ou então estavam fazendo brincadeiras juntos.

Percy vive andando para lá e para cá, o que irrita Thalia e ela acaba gritando com ele, que revida e os dois começam a brigar até eu ou Nico gritarmos para que eles parem. Eu passo a maior parte do meu tempo lendo, mas de vez em quando me irrito por não poder sair, nem mesmo abrir a janela para saber como o tempo está.

O telefone tocou. Nico estava dormindo, Thalia estava com os fones no ouvido e Percy estava lendo um de seus gibis, então tive que atender.

– Alô? - Disse quando atendi.

– A senhorita Perséfone está aqui. - A voz da recepcionista falou.

– Pode mandá-la subir. - Eu disse e desliguei o telefone. - Perséfone está aqui.

Ela ainda não tinha nos visitado desde que Nico ligou para ela. Thalia acordou Nico e Perséfone entrou.

– Por todos os deuses, me diga que vamos poder sair! - Thalia disse desesperada. - Me sinto em uma gaiola.

– Nós ainda não achamos ele. - Perséfone disse. - Ele deve ter saído da cidade.

– E o que isso quer dizer? - Perguntou Nico pegando uma balinha.

– Que vocês continuam sem nenhuma segurança. - Perséfone disse.

– Não me importo. - Thalia disse. - Eu quero sair daqui.

– Eu também não aguento mais. - Nico disse. - Vou sair, independente do que você diga.

– Não é seguro. - Perséfone disse.

– Eu não vou ficar presa aqui dentro até vocês acharem ele. - Thalia disse irritada. Ela se levantou e saiu empurrando Perséfone enquanto passava.

– Thalia! - Nico disse enquanto corria atrás dela. Deu para ouvir os dois gritando enquanto desciam as escadas.

Perséfone suspirou.

– Pelo menos eles vão voltar. - Eu disse consolando-a. - Os dois deixaram as coisas aqui.

– E eu pensando que a teimosia do Nico era impar. - Perséfone disse.

– Foi praticamente insuportável dois dias com eles presos aqui. - Percy disse. - Eles não param de brigar.

– Eu imagino. - Perséfone disse. - Nico não gosta de ficar preso.

– Percebi. - Eu disse. - Bem, o que você espera que façamos enquanto vocês não acham ele?

– Eu acho que vocês podem ir trabalhar. - Perséfone disse. - Eu peço para dois agentes ficarem por perto, não se preocupe ninguém vai perceber, eles vão se misturar nas pessoas.

– Alguém deveria avisar isso para Nico e Thalia. - Eu disse.

– Não deveríamos ir atrás deles? - Percy perguntou.

– Tem agentes por aqui. - Perséfone disse. - Eles não estão correndo tanto perigo.

POV Thalia

– Deveríamos voltar. - Eu disse. Nico olhou com o canto do olho para mim.

– Se Perséfone ainda não veio atrás de nós é porque não estamos em perigo. - Nico disse calmo. - Gosto de estar livre.

– Eu também. - Eu disse.

– Hey, o que acha de uma corrida até aquela praça que tocamos a alguns dias atrás? - Ele perguntou. - Preciso alongar as pernas.

– Se eu ganhar você vai ter que ficar sem balinhas por dois dias. - Eu disse.

– E se eu ganhar você carrega o meu violão por dois dias. - Ele disse. Eu ri.

– Feito. - Eu disse e comecei a correr.

Ele me xingou e começou a correr atrás de mim. Eu desviava das pessoas em alta velocidade e em algum momento ele conseguiu me passar. Comecei a correr mais rápido e acabei batendo em uma mulher, que me xingou. Pedi desculpas e continuei correndo, Nico já estava bem na minha frente.

Quando cheguei na praça ele já estava lá, rindo de mim. Parei ofegante e olhei feio para ele.

– Vai ter que carregar meu violão por dois dias! - Ele disse fazendo uma dancinha. Eu ia responder, mas alguem segurou minha cintura por trás e tapou minha boca. Nico parou de dançar.

– Isso se ela estiver viva nos próximos dois dias. - Uma voz de homem falou. Nico gritou meu nome e tudo ficou negro.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^^ Eu onsegui fazer suspense? Espero que sim.
Por favor, deixem reviews, eu sou carente! E também agradeço aos que comentaram, vocês são tão fofos :3
~Kissus