Aprendendo a viver escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 8
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Naquela manhã de sexta-feira, Rose acordou em seu quarto completamente bagunçado. Ela sabia que teria de ir cedo para a casa do John, seu coração havia quase parado ao ver o número da casa dele brilhando no ecrã do celular, ela não conseguiu esconder a frustração ao escutar a voz da irmã dele.

Ela pegou um táxi, ele parou de frente para a casa do Dr. Smith. Era uma casa grande, a segurança era reforçada, com câmeras, cerca elétrica e outras coisas que Rose não sabia o que era.

Ela tocou o interfone. Joana atendeu e a deixou entrar antes mesmo dela falar o motivo. Ela caminhou pelo enorme jardim, com gramas e flores incrivelmente grandes e coloridas. As árvores faziam enormes sombras na passarela que levava até a entrada principal da casa. Rose amava aquela casa, mesmo sem saber o porquê.

Ela entrou. A porta principal sempre estava aberta, talvez ninguém ali se preocupasse tanto porque ninguém nunca tivesse invadido a casa. Rose riu daquele pensamento.

A primeira pessoa que ela encontrou foi o John. Seu coração bateu um pouquinho mais rápido que o normal. Ele a olhou, mas por pouco tempo. Arrastou os pés até o quarto e se trancou lá, ele gritou algumas coisas dentro do quarto e se calou.

Donna logo apareceu. Ela estava com os cabelos ruivos presos, usava um pijama branco. Ela sorriu ao ver Rose, mas a loira percebeu que foi um sorriso nervoso.

— Queria falar comigo? — Rose perguntou.

— Isso mesmo. Sei que tá atrasada para a faculdade então vou direto ao assunto. Não quero que seja mais a babá da Susan.

Rose arregalou os olhos. Aquilo significava que ela não iria mais ir para a aquela casa e o principal: não veria mais o John.

— Mas por quê?

— Sinceramente?

— Claro!

— Não a quero perto do meu irmão.

— Mas...

— E ele não a quer perto dele — Donna interrompeu a loira mentindo.

Rose sentou no sofá, ela queria acreditar que aquilo era mentira, mas não podia ir perguntar ao John, ele realmente parecia não a querer por perto. Mas eles iam se beijar, não era somente por causa do beijo, ela realmente acreditava que algo acontecia entre eles dois. Mas era tudo ilusão, tudo ilusão de uma mulher com sonhos de uma adolescente.

Rose pegou a mochila e saiu correndo. O táxi ainda a esperava, ela abriu a porta e mandou o táxi ir embora. Ela não foi para a faculdade naquele dia, ao contrário, desceu do táxi e ficou em uma praça qualquer.

* * *

O celular da casa do Dr. Smith tocou exatamente as cinco da tarde. Ele atendeu ainda sonolento graças aos remédios que estavam tomando. Era o seu cunhado no telefone.

— O que houve? — John perguntou com a voz rouca graças ao sono.

Johnny riu um pouco.

— Lembra-se da garota que você atropelou? A loira, Rose Tyler!

— O que tem ela? — John perguntou sentando na cama. Ele começou a se preocupar, se Johnny estava ligando para ele, do telefone do hospital significava que algo havia acontecido com ela.

— Ela sofreu um acidente e estamos precisando de você. É urgente! Qualquer coisa eu pago as multas!

John arregalou os olhos. Rose havia sofrido um acidente e precisavam dele. Ele era um médico-cirurgião, especializado em plástica e em reparar alguns danos, se ele estava sendo chamado era porque a coisa era incrivelmente séria.

John levantou da cama, tropeçou em alguns moveis, pegou a chave de qualquer carro e entrou em um deles, John não notou que havia pegado o Bentley Mulsanne. John olhou para o carro, não lembrava quanto ele havia custado, mas ele raramente saia nele.

John entrou com pressa no hospital. Encontrou Jackie sentada chorando.

— O que aconteceu com a Rose? — John perguntou. Ele estava nervoso, não sabia o que estava acontecendo. Ele a havia visto de manhã na casa dele, não havia falado com ela de idiota e agora ela provavelmente estava morrendo.

— Ela sofreu um acidente. — Jackie disse chorando.

John andou até a ala da emergência, o local estava agitado. Encontrou o Johnny olhando alguns papeis.

— Até que enfim você chegou! — Johnny pegou John pelo braço e levou até uma das cabines. — O que acha que podemos fazer?

Deitada na marca estava a loira. Ela estava com os olhos fechados, mais branca que o normal. Mas aquilo não foi o que assustou, o que assustou o cirurgião foi o maxilar da loira, em especial o lado direito. Estava amassado.

— Quem fez isso com ela? — John perguntou. Ele sentiu a raiva crescendo, ele cerrou os punhos e saiu da sala. Encontrou dois policiais. — Você quem a trouxeram pra cá?

— Positivo! — respondeu o policial loiro.

— Pode me dizer como foi o acidente?

— Quem é você? — o policial perguntou.

— Sou o Dr. John Smith. Agora pode me dizer o que aconteceu?

— Ah, quando chegamos ao local já a encontramos desse jeito. Mas um morador disse que ela estava sozinha na praça e foi abordada por dois sujeitos, ela reagiu ao assalto e um deles socou a cara dela.

A raiva cresceu um pouco mais. Johnny observava John do lado de fora, percebeu que ele estava com raiva e correu até ele, o tirou dali o mais rápido possível.

— Controle-se! Você tá quase voltando a trabalhar aqui, não estrague tudo! Por favor.

John respirou fundo. Ele vestiu as roupas necessárias e examinou o rosto da loira. Em menos de alguns minutos Jackie assinou o termo de responsabilidade e Rose foi levada para a sala de cirurgia. A cirurgia foi perfeita.

John estava no refeitório do hospital, comendo sozinho como sempre quando Johnny chegou e sentou junto com ele.

— O que foi? — John perguntou tomando um suco.

— Ela acordou. Não quer falar com ela? — John negou.

Ele levantou e foi embora. Ao chegar em casa, Donna estava deitada no sofá dormindo. John sentiu vontade de acorda-la e falar umas poucas e boa, mas percebeu que não estava preparado para aquilo. Ele sabia que iria perder a loira, assim como havia perdido a outra. Mas aquilo fazia parte, as vezes John imaginava que havia nascido para sofrer.

John entrou na cozinha e tomou todos os seus remédios. Ele deitou na cama e fechou os olhos, o sono logo apareceu e juntamente com ele os sonhos e em todos eles estavam a loira.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo ficou fraquinho, eu sei! Mas o próxima tá até fofinho, vocês vão gostar. Lá pelo final da noite eu estarei postando o capítulo 9.
Ah, não sejam tímidos, comentem!

Beijo e abraço! :3



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