Aprendendo a viver escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 6
006


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo O/
Mudando totalmente de assunto: alguém assistiu o jogo? Que humilhação foi aquela? 7x1! Deu vontade de quebrar a televisão.



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John não havia conseguido dormir. Passara a noite inteira girando de um lado para o outro da cama, queria levantar e assisti TV, sabia que ninguém iria incomodar e nem fazer perguntas, ele sempre perdia o sono e fazia tal coisa. Mas Donna não estava em casa e Joana havia ido visitar o filho, o motivo nem era aquele, o motivo era a loira que dormia debaixo do mesmo teto que o dele.

A cena do quase beijo entre os dois não saia da cabeça dele. Ele realmente queria aquilo, queria muito. Mas ele provavelmente havia acabado com qualquer esperança de consegui aquilo naquela manhã. Como ele conseguia ser tão estúpido? John sabia muito bem que conseguia qualquer mulher, esse assunto sempre foi fácil para ele. Na faculdade ele quem arrumava as mulheres para os amigos. Mas agora ele era um idiota, estúpido!

John afundou o rosto no travesseiro, ainda era 1h13 da manhã. Demoraria muito até o sol começar a aparecer. Ele sentou na cama, caminhou até a porta, girou a maçaneta de leve e desistiu. Voltou para cama, enrolou-se até o pescoço e fechou os olhos.

Ele já estava conseguindo dormir quando escutou a porta sendo aberto. Abriu os olhos rapidamente e sentou, esperava ver a loira entrando no quarto, mas quem havia entrado era a sua sobrinha. Ela estava de pijama, seu cabelo ruivo preso em uma trança e de pijama rosa.

— Posso dormir aqui? — ela perguntou.

John olhou novamente para a Susan, ela era uma garotinha fofa que sempre queria atenção. John relaxou os ombros e falou:

— Cadê sua babá? — ele se recusava a falar o nome da loira.

— Eu não a encontrei.

John arregalou os olhos. Será que ela era maluca ao ponto de sair no meio da noite e deixar a Susan sozinha? John tinha certeza que não. Ele olhou novamente para a sua sobrinha, suspirou em frustração e a deixou dormir lá.

John esperava que Susan deitasse do outro lado da cama, afinal ele era o tio que nunca falava com ela, que nunca lhe dava atenção e que não queria ela ali. Mas Susan deitou-se ao lado dele, abraçada com seu braço. John esperou, Susan permanecia de olhos abertos, ele esperou cerca de uma hora e meia até que Susan finalmente começou a respirar devagar, indicando que ela estava dormindo.

Ele tirou o braço dos braços de Susan e saiu da cama. Já era por volta das 2h34 da manhã, Rose provavelmente já deveria está de volta do passeio noturno dela. John andou até a porta do quarto, sempre dando uma olhada para trás para ver se Susan havia acordado, mas ela nem ao menos havia se mexido.

John abriu a porta e com dificuldade andou até o centro da sala, o sol ainda não havia aparecido. John logo se acostumou com o escuro da sala, ele sempre pensava que seus olhos haviam aprendido a fazer aquilo com mais rapidez, afinal John passava a maioria das noites acordado e com a luz apagada.

Ele caminhou até chegar perto da cozinha. Escutou a porta sendo aberta e acompanhou o claro que vinha da porta da cozinha, de repente algo bateu nele, John não sabia falar o que era porque não estava conseguindo ver, a mudança brusca do escuro para o claro o havia deixado um pouco cego.

A luz foi acessa rapidamente. John não soube falar por quem, afinal só havia ele, Susan e a pessoa até então desconhecida na casa. John se levantou rapidamente, olhando para a porta da cozinha. Aos seus pés estava Rose, usando um casaco grosso, havia uma xícara quebrada ao seu lado e um pouco de sangue também. John se abaixou e ajudou à loira.

Rose olhou para uma parte do seu braço que estava ardendo, pequenas gotas de sangue saiam daquela parte. Ela fez uma careta de dor e nojo, nunca foi muito fã de sangue. Ela ergueu o olhar para John, ele estava com o seu habitual pijama folgado e as manchas ao redor dos olhos estava aumentando um pouco.

— O que faz aqui? — Rose perguntou.

John a olhou. Ela com certeza estava de pijama por baixo do grosso casaco. Ele se pegou pensando o que ela fazia fora da casa aquela hora da manhã, será que havia ido encontrar algum namorado? John cerrou os punhos, por um momento imaginou alguém a beijando e tocando em sua pele macia. Ele arregalou os olhos de leve ao imaginar se Rose já havia dormido com algum outro cara... Aquilo era ciúmes? John se perguntou. Ele negou rapidamente em sua cabeça, mas não pode deixar de ficar com um pouco de raiva.

— Susan estava te procurando — ele mentiu.

— Ah! — Rose voltou sua atenção novamente para o seu braço, o sangue parecia ter diminuído. — Onde ela está?

— Dormindo no meu quarto.

John se virou. Rose sentou na mesa e imprensou um pouco o braço, mais sangue começou a sair, para o desespero dela. John virou e viu aquela cena, novamente um sorriso apareceu em seus lábios ressecados.

— Isso não vai ajudar em nada! — ele falou.

Rose o olhou. Ele realmente estava preocupado com ela? John saiu e Rose perdeu as esperanças. Logo escutou o arrastado de pés dele. John apareceu carregando uma pequena maleta branca. Colocou em cima da mesa e sentou ao da loira. John não perguntou se ela queria ajuda, ele simplesmente queria ajudar. Pegou o braço de Rose e limpou o sangue, não demorou muito tempo e Rose estava com um curativo no braço.

Ela olhou para John. Ele estava arrumando as coisas que foram precisas para fazer o curativo nela, será que ele era daquele jeito antes da tragédia acontecer? Rose podia ver um brilho em especial nos olhos de John, mesmo conhecendo-o há pouco tempo, ela sabia que aquele brilho não existia em seus olhos há muito tempo.

John se levantou e saiu do cômodo. Rose olhou para o relógio da cozinha, já era 2h58. Teria pouco tempo para dormir e ir correndo para a faculdade, ela sabia que deveria ter ficado dormindo. Mas não havia conseguido de jeito nenhum, rolara de um lado para o outro na cama e o sono não havia chegado. A solução foi fazer uma xícara de chá e tomar um remédio para dormir que havia achado, provavelmente era do John, mas a caixa estava lacrada, talvez não tivesse nenhum problema. O remédio não tinha feito efeito nenhum, até aquele momento. Mas ela não esperava encontrar John a sua procura. Ele parecia está com raiva de alguma coisa, mas Rose não foi tola o suficiente para perguntar.

Rose arrumou a bagunça causada pela queda dos dois e voltou para o quarto. No caminho viu um monte em cima do sofá, chegou mais perto para ver era roupas, mas avisou John de olhos fechados e respirando lentamente, significado que ele estava dormindo. Rose conteve a vontade de passar a mão pelos cabelos dele. Caminhou rapidamente para o quarto e deitou, o sono chegou rapidamente daquela vez.


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