Aprendendo a viver escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 5
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Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo o/
Bom, não sei os antigos leitores estão aqui, mas de qualquer jeito vou agradecer por esperar esse capítulo. Prometo que não vou demorar mais tanto tempo, mesmo estando trabalho de manhã e de tarde eu prometo que não vou mais demorar.
Boa leitura! Quero comentários u_u :3



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Quando Donna saiu do quarto, Rose sentou na cama. Ela ainda estava enrolada na toalha de algodão que Donna a havia dado. Ela não sabia o que estava acontecendo com ela. Ela sabia muito bem que John era um homem fechado, mas eles iam se beijar, isso Rose e ninguém podia negar. E ela queria aquele beijo mais que qualquer outra coisa, eles estavam na piscina e estavam incrivelmente perto um do outro. Rose podia senti o cheiro de café no halito dele, a pele dele mesmo molhada continuava macia e Rose tremeu ao toque dele.

Ela ficou de pé, se enxugou e vestiu um vestido. Ela sabia muito bem o corpo que tinha, mas não podia mudar ele, aquilo era um trauma que tinha que levar para o restante da vida. Ela se olhou no espelho, seu joelho estava um pouco inchado, tudo graças ao acidente que o Dr. Smith havia causado nela. Ela não podia negar que ele mexia com ela, mesmo quando não estava junto coisa que acontecia raramente.

Ela deixou os cabelos soltos e molhados, saiu do quarto em direção a cozinha. Lá ela encontrou a Susan, tomada banho e comendo. Rose havia aceitado ser babá dela, afinal Donna havia começado a trabalhar e Joana não podia cuidar daquela casa enorme e de uma criança como Susan. Rose sentou ao seu lado, elas ficaram comendo.

Rose ergueu a cabeça ao escutar pés sendo arrastados em direção a mesa. Ela ergueu a cabeça, John estava parado de frente para a mesa. Ele usava uma calça de moletom folgada e uma camiseta branca também folgada, seus cabelo estavam tão bagunçado que Rose se perguntou como ele conseguia arruma-los depois, seus olhos estavam rodeados por enormes machas pretas, seus lábios ressecados e ele com toda a certeza estava mais magro que o dia em que Rose o vi pela primeira vez.

— Bom dia tio! — Susan disse. John a olhou, abriu a boca e a fechou. Deu a volta e voltou para o quarto. Susan olhou para Rose, ela sabia que Susan era uma garotinha que precisava de bastante atenção, a Donna era uma mulher constantemente ocupada, quase nunca olhava para a filha e perguntava como ela estava. Talvez ela pensasse que o com o John seria diferente.

Rose passou a mão pelos seus cabelos ruivos. Ela voltou a comer, o café da manhã dela não demorou muito e ela logo correu para o quarto, provavelmente para brincar com as suas várias bonecas. Rose levantou, arrumou os poucos pratos e levou para a cozinha, Joana estava arrumando um pequeno café da manhã em uma daquelas mesinhas que os homens levam café da manhã na cama para a namorada.

— Isso é para o John? — Rose perguntou.

Joana ergueu o olhar na direção da loira.

— É sim. Faz exatamente quatro dias que ele dorme, não comeu nada.

— Se quiser eu posso levar... — falou Rose um pouco tímida. Era claro que ela queria passar um tempo com o John, mas ela não queria que todos soubesse. Joana parou o que estava fazendo e olhou para a loira. Joana analisou Rose, ela era tão nova e tão bonita, não merecia está se envolvendo e entrando no mundo complicado que era a cabeça do John — eu só quero ajudar! — Rose completou.

Joana suspirou. Ela realmente queria ajudar, mas Rose era jovem, não iria escutar os conselhos de uma mulher como Joana. Ela não era uma pessoa ruim, mas tinha experiência própria com pessoas daquela idade, eles nunca escutavam. Joana perguntou a bandeja de madeira e entrou para a Rose, iria esperar e ver quanto tempo iria levar para que John falasse as verdades que ela queria falar para Rose.

Ela pegou a bandeja e saiu. Rose parou em frente a porta de madeira do John, bateu com certa dificuldade, vendo que ninguém ia abrir ela girou a maçaneta da porta. O quarto estava escuro e frio, Rose colocou a bandeja no canto da cama, abriu as enormes cortinas revelando um quarto grande com moveis caros. Rose ouviu a porta do banheiro sendo aberta, de lá John saiu. Ele estava vestido com roupas novas, jeans gastado e camisa branca. Ele olhou diretamente para a loira parada de frente para a janela.

— O que faz aqui? — ele perguntou. Aquela era a primeira vez que ele falava em cinco dias. A voz do John estava rouca, ele bebeu um copo de água e voltou a encarar a loira.

— Joana vinha deixar o seu café da manhã...

— E por que não veio? — John a interrompeu.

Rose olhou para John. Ele não parecia ser o homem que havia caído juntamente com ela na piscina, aquele homem havia sido bastante carinhoso, mas aquele era rude e frio. Rose observou novamente ele, os cabelos castanhos haviam voltado ao normal, estavam baixos e devidamente penteado, havia uma barba rala e castanha escura nascendo. Rose então percebeu pela primeira vez que John tinha costeletas.

— Porque eu pedi para vir deixar!

John a olhou. Ele não sabia exatamente o que aquela garota queria com ele. Tudo bem! Eles haviam quase se beijado, John queria aquilo, queria saber qual a sensação de beijar aquela garota de lábios chamativos e de uma pele incrivelmente macia. Queria saber qual a sensação de passar as mãos pelas curvas do seu corpo e de ter as mãos dela em seus cabelos. Mas aquilo havia passado, ele não queria mais aquilo, queria apenas voltar para o trabalho, se é que ainda tinha emprego.

John se aproximou de Rose, ela se afastou um pouco. John parecia um felino se aproximando de sua presa. Ele tocou o braço da loira e desceu alisando sua pele até chegar a mão, um pequeno e impercebível sorriso surgiu no rosto dele, Rose olhava fixamente para os cabelos castanhos do homem. John ergueu o rosto, encontrou os olhos castanhos esverdeados da loira. Ela engoliu em seco.

— Por que pediu para deixar o meu café da manhã? — ele perguntou.

Rose que antes olhava para os lábios de John, ergueu o olhar. John a olhava fixamente.

— Porque eu quis ajudar.

John se afastou. Ele não esperava aquela resposta em especial, sabia que esse era um dos motivos, mas esperava algo tipo: “porque eu queria te ver”. É claro que não iria recebê-la, mas não custava imaginar Rose disse isso.

Rose olhou para John. Ele se afastou e sentou na cama, pegando a xícara de café e levando aos lábios.

— O que está fazendo aqui ainda? — ele perguntou sem olhar para a loira.

Rose trocou o peso do corpo para o outro pé. Ergueu a cabeça e saiu do quarto rapidamente. Joana a esperava na cozinha, Rose já estava tempo demais dentro daquele quarto, mas logo viu a loira passando em direção ao quarto onde a Susan assistia televisão. Mesmo triste, um pequeno sorriso surgiu no rosto da britânica, sabia que aquele era o melhor para Rose.

Ele era uma pessoa diferente”, pensou Rose olhando Susan assisti um desenho animado. Rose também era uma pessoa diferente antigamente. Mas ela mudou, John também podia mudar e ela não iria desisti dele. Afinal, Rose não desistia de algo que gostava!


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