Aprendendo a viver escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 22
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É claro que Rose sabia onde a ruiva estava, Rose sempre soube. Ela estava no carro, John ao seu lado e Joana também. Rose não sabia porque Joana estava lá, mas também não tentou reclamar.

Ela acelerou para fora da cidade, as mansões começaram a passar como vultos na janela do carro, Rose ainda conseguia escutar os soluços da Joana, ela visualizava a lágrima de John. Rose não tinha ciúmes, sabia que ele a amava, eles se mereciam, mesmo Laura não sendo a pessoa que Rose pensava que era.

A mente de John continuava trabalhando a mil por hora, ele nunca iria desconfiar que a Laura, a doce garota por quem ele havia se apaixonado, tido o primeiro beijo, perdido a virgindade e tipo as primeiras experiências de sua vida fosse a garota cruel que Donna havia falado. Mas ele não iria desconfiar da palavra da irmã, Donna era a pessoa mais sincera de todo o mundo, ela sempre falava a verdade para John. Mas no fundo ele sentia raiva, sentia raiva por um de seus amigos ter feito aquilo com uma garota inocente, sentia raiva da Laura que havia feito aquilo, sentia raiva de Donna por nunca ter contado ou ter chamado ajuda naquele momento, sentia raiva dele mesmo por nunca ter tentado ser amigo da garota loira cheia de espinhas que era sua parceira na aula de biologia. Talvez ele mesmo atirasse na cabeça da ruiva, mata-se a do mesmo jeito que ela matou Laura.

As mansões rapidamente se tornaram plantas verdes e depois apenas mato. John estava prestes a perguntar para onde Rose estava indo, mas desistiu ao ver, no mais distante possível uma velha casa, era feita de madeira com uma pintura acabada, havia um caro na frente da casa. John o avaliou, ele era caro, bastante caro.

Rose pisou no acelerado, seus olhos ficando embaçado por causa das lágrimas, ela não sabia ao certo porque estava quase chorando, ela não conhecia Laura, não gostava da Beth. Ela apertou as mãos contra os volantes, sentindo a raiva crescer. Eles estavam perto da casa, Rose levou sua mão ao porta-luvas, retirando a arma que havia herdado do pai.

Ela parou distante do carro, desceu do carro, John e Joana desceram também. A loira olhou para o noivo e para a amiga.

— Vocês ficam aqui! — Rose disse.

John arregalou os olhos.

— Você não vai entrar ali sozinha, de jeito nenhum!

— John, ela atirou em você, você quase morreu. Eu não vou deixar você entrar lá dentro. Ela pode matar você! Eu não quero te perder, eu não posso!

John sorriu de leve com a declaração.

— E quem vai proteger você?

Rose suspirou.

— Tudo bem!

John e Joana seguiram atrás da loira, ela levava a arma, segurando com suas duas mãos. Decididas do que iriam fazer. A casa estava mais próximo, era exatamente como Rose sabia que era, ela já havia estado naquela casa. Beth a havia chamado quatros anos atrás naquela mesma casa para negociar o resgate da sua mãe, negocia como Rose iria matar Laura.

Eles então chegaram a casa, Rose pisou no chão de madeira, ouvindo-o estralar sobre os seus pés, eles continuavam estralando quando John e Joana pisaram. A porta foi aberta, Beth saiu com um enorme sorriso no rosto.

— Stra. Tyler? — Beth falou sorrindo.

Rose engoliu em seco, ela estendeu a arma em direção a testa da ruiva. Beth revirou os olhos.

— Vocês realmente não desistem!

Em alguns segundos Rose estava no chão, sangue saia do seu nariz. Joana ficou encarando Beth enquanto ela ria. John caiu de joelhos ao lado da loira que segurava o nariz. Joana se abaixou e pegou a arma, colocando-a de frente para Beth.

— Diferente deles — ela falou —, eu tenho coragem.

Rose e John ergueram os olhares. Joana estava firme, Beth havia arregalado os olhos, seu lábio tremeu de leve.

— Sei que tem coragem! — Beth disse. Rose arregalou os olhos ao escutar a voz da ruiva tremendo, seus olhos brilhavam. — Você sempre quis fazer isso! Entrem!

Beth deu espaço, John e Rose entraram dentro da cabana, Beth ofereceu duas cadeiras. John e Rose sentaram nas cadeiras, Rose não estava entendendo nada, a cabeça de John já havia aumentado de velocidade, ele tentava juntar as peças mas elas nunca se encaixavam e John já estava ficando com dor de cabeça.

— Preciso de algodão, álcool e curativos! — John disse de repente.

Joana movimentou a mão rapidamente com a arma, Beth xingou e se arrastou para longe deles. Rose temeu que ela fosse explodi tudo, Beth voltou trazendo o que John havia pedido.

— Sente-se! — Joana ordenou.

Beth obedeceu.

Rose conseguiu escutar o barulho de um carro, será que Beth havia avisado a alguém? A porta foi aberta com violência, Rose relaxou ao ver que era Johnny. John continuava limpando o ferimento dela, ele parou ao ver Johnny parado na entrada.

— O que faz aqui? — John perguntou.

Johnny suspirou.

— Você vai ficar com raiva, mas eu também não sabia, faz pouco tempo que eu descobrir. — Johnny respondeu. — Mãe, o que ela faz aqui?

John arregalou os olhos. Joana era a mãe do Johnny? Isso a fazia sua sogra! Joana olhou para John e deu de ombros, ela continuava com a arma estendida com a arma apontada na direção da cabeça da ruiva. Ela tinha os olhos fixos no Johnny, um leve sorriso nos lábios.

— Conte a eles! — Johnny pediu.

Joana suspirou.

— John, eu não enganei você, eu juro! Quando eu tive a minha última filha, eu fui expulsa do país. Na época eu morava nos Estados Unidos, juntamente com o pai dos meus filhos, eu perdi totalmente o contato. Quando descobrir onde eles estavam eu fui correndo. Conheci sua mãe e ela me ajudou, eu fiquei tão feliz na época. Consegui encontrar os meus filhos, vi o sucesso deles, mas nunca tive coragem de contar pra eles. O que eu iria falar?

— Quantos filhos você tem? — John perguntou, juntando todas as peças de repente.

— Vivos? Dois.

— Beth é sua filha mais nova? — John perguntou, um nó se formando em sua garganta.

— Infelizmente.

John virou o rosto na direção da ruiva, ela sorria.

— Por favor, mate-a! — John pediu.

Ele ergueu Rose da cadeira. Tudo aquilo era complicado demais para ela, elas eram irmãs, Joana era a mãe que queria matar a filha, ela era noiva do viúvo da mulher que ela iria matar. Sua cabeça estava quase explodindo. As lágrimas finalmente caíram.


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Notas finais do capítulo

Ficou meio confuso, eu sei, perdão por isso!



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