Aprendendo a viver escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 20
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Anne e Rose pareciam competi entre si, mas não estavam. Anne conversava bastante com Rose, ela havia falado que sabia de tudo, mas não havia ficado com raiva. Basicamente falou as mesmas coisas que o Johnny.

Rose queria gritar, gritar como todos que falavam aquilo. Ela havia matado alguém, ela havia matado a preciosa Laura, havia deixado John doente. Era culpada de tantas coisas que nem numera todas elas Rose conseguia. Ela encheu a xícara de café novamente, colocando uma boa quantidade de leite e tomou o primeiro gole, olhou novamente para o relógio, fazia três horas que John estava na cirurgia, Johnny avisava como estava indo as coisas a cada meia hora. Rose quase enfartou ao vê-lo correndo carregando consigo algumas bolsas de sangue. Mesmo não acreditando e sabendo que não funcionaria, ela pediu para Deus fazer algo e de preferência que o salva-se.

O cansaço finalmente venceu Rose, a loira acabou dormindo na poltrona da sala de espera. Ela fechou os olhos e rapidamente foi transportada para um sono sem sonhos.

* * *

Johnny foi o primeiro a sair da sala de cirurgia correndo em direção a sala de espera. Ao chegar ele encontrou Rose dormindo com a cabeça encostada a parede, alguém havia colocado um cobertor sobre ela e suas pernas estavam sobre a poltrona. O cabelo loiro caia sobre o lado esquerdo do seu rosto. John teria bastante sorte se Rose aceitasse o pedido de casamento, ela era realmente muito bonita!

Anne e Donna ao perceberem que Johnny estava na sala ficaram de pé. Anne vindo em direção ao médico rapidamente, colocando a bolsa debaixo do braço. Johnny sempre ficava impressionado, Anne havia literalmente parado no tempo, ela não parecia ter seus 60 anos.

— E então? — ela perguntou, seus olhos ficaram um pouco mais arregalados do que já eram. Johnny achava aquilo engraçado.

— Tudo deu certo! — todos sorriram. — A bala foi retirada com sucesso, ele perdeu bastante sangue mas nada com que devam se preocupar. Não acorde-a agora, eles precisam descansar.

* * *

Rose acordou somente no outro dia, seu pescoço matando-a por causa da dor que sentia. Ela acordou somente por causa de um barulho, mas ainda estava bastante cansada e poderia dormir por dias seguidos. Donna estava olhando-a.

— Cadê o John? — ela perguntou, ficando de pé rapidamente.

Donna ficou de pé, levou Rose até o quarto. Ela entrou, John ainda dormia. Rose correu e o abraçou, fazendo dessa forma John se acordar assustado. Ele passou a mão pela cintura de Rose, sentindo o cheiro que vinha de seu corpo, algo parecido com limão.

— Eu aceito! — Rose sussurrou. A dor no peito finalmente desapareceu ao saber que John estava vivo, que ele estava ali, segurando-a com força sobre o seu corpo. Era daquele jeito que ela queria ficar para o resto da vida.

John também sorria, mesmo que Rose tivesse sobre o seu ferimento, a dor não era nada em comparação a felicidade que ele sentia. John estava mais feliz do que no dia em Laura havia lhe falado as mesmas palavras. Talvez Deus e o destino trabalhassem juntos. Ele abraçou Rose com um pouco mais de força. John a soltou, olhando para Donna, sua consciência humana desde os 14 anos.

— Obrigado! — ele disse.

Donna deu um leve sorriso.

Anne entrou no quarto. Ela realmente gostava de Rose, ela parecia ser uma garota legal que lutaria por aquilo que achasse certo sem pensar duas vezes, Anne era um pouco parecida com Rose.

Rose saiu da poltrona. Sabia que Anne precisava de um momento com o filho, ela era a mãe. Rose então se lembrou de Jackie, fazia quase três dias que não falava com ela. Sentia saudades da mãe, sentia saudades da sua casa, sentia saudades de tudo.

Rose foi até sua bolsa, vasculhou-a até encontrar o seu celular. Ligou-o, havia milhares de ligações da mãe, Rose fez uma careta, apertou o botão e levou a orelha, saindo do quarto. Sua mãe não atendeu. Rose entrou novamente no quarto. Anne não estava mais lá, ela avisou a Donna que iria para casa.

— Não vá! — Donna pediu.

— Por quê? — Rose ergueu uma das sobrancelhas, achando estranha a atitude da ruiva.

— Beth pode está na sua casa — Donna disse. Rose então percebeu que aquilo era óbvio, havia passado tanto tempo juntamente com o John que não havia pensado onde Beth estaria.

— Mas e a minha mãe? — ela perguntou já ficando apavorada. Anne ergueu seus olhos castanhos em direção a loira e a ruiva.

— Já cuidei dela — Donna disse, Rose respirou fundo, olhando para Donna e agradecendo mentalmente. — Ela está com a Joana, tirei o celular dela. Beth é perigosa, não podemos da ao luxo, ela pode rastrear.

— Mas ela já sabe onde o John mora.

— Sei disso — Donna respondeu revirando os olhos —, mas ela não sabe onde a Jackie está. Susan está naquela casa, Joana também, elas não podem se defender.

Rose sentou na poltrona, sentindo-se uma inútil. Havia feito algo quatro anos atrás, mas agora ela não podia fazer nada. Se matasse Beth, ela iria para a prisão, Beth sairia vitoriosa, se desistisse, Beth iria caçar outra pessoa, ela novamente sairia vencedora.

— Isso é uma grande porcaria! — Rose murmurou.

* * *

Rose novamente havia dormido. Nesse tempo John havia acordado, reclamado de dor, dormido novamente, comido e reclamado. Rose novamente estava dormindo e não sonhando, ela não sonhava fazia bastante tempo, talvez desde o dia em que havia conhecido Beth na faculdade.

Ao abrir novamente os olhos John estava acordado. Ele comia algo, Rose percebeu que pela sua cara a comida estava terrível. Ela sentou direito na poltrona, John a olhou e sorriu, seus dentes estavam roxos graças a comida.

Anne levantou, seus cabelos loiros levemente bagunçados. Ela pegou a bolsa, bocejando e saiu do quarto. Deixou Rose e John sozinhos dentro do quarto. John estendeu a mão, Rose a pegou, foi puxado em direção à cama. Ela deitou ao lado de John, sentindo seu cheiro, ela se sentia no paraíso quando sentia aquele cheiro. John apertou-a em seus braços, fazendo uma leve careta de dor.

Rose o olhou, sua barba estava grande, exatamente do jeito de quando eles haviam se conhecido. Rose ainda se lembrava do seu rosto triste e do modo com seus belos olhos castanhos analisaram todo o seu corpo. Rose simplesmente não conseguia esquecer aquele dia, o dia na qual ela havia conhecido o homem que agora era seu noivo.

John chegou os cabelos da loira, Rose sentiu seu rosto esquentar. Fazia quanto tempo que ela não se dava ao luxo de tomar um bom banho e de lavar os cabelos de uma forma mais digna? John deu um leve sorriso ao notar o rosto de Rose vermelho.

A porta foi aberta, John retirou o rosto dos cabelos da loira rapidamente. Amy e o Dr. People entraram, ambos sorrindo. Fazia bastante tempo que John não via Amy, ela estava bastante diferente.

— Temos boas notícias! — Johnny anunciou. John e Rose ergueram a cabeça de leve. — Você vai poder ir para casa amanhã!


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Notas finais do capítulo

Bom, sei que esse capítulo foi meio parado, mas isso foi apenas uma leve introdução para o próximo capítulo. Vou revelar mais algumas coisinhas sobre a morte da Laura!
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