Aprendendo a viver escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 17
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Donna chegou em casa por volta das 9h00 da manhã, havia um homem na calçada. Ela estranhou, Joana sempre antedia. Ela olhou para o banco de trás, Susan dormia tranquilamente no banco, suas bochechas levemente corada. Donna saiu do carro, travando-o, o ar-condicionado estava ligado, Susan não iria acordar.

Ela se aproximou do homem. Ele tinha o cabelo escuro e um pouco encaracolado, sua pele era um pouco escura e seus olhos pretos. Era um pouco mais alto que Donna, estava usando roupas simples e parecia nervoso.

— Olá? — Donna disse chegando perto do homem.

Ele levou um pequeno susto, como se não tivesse a visto. Donna ficou um pouco desapontada, esperava que ele tivesse a visto. Ela não fazia o tipo dele? Ele a encarou e sorriu. Ele é bonito, Donna pensou.

— Pode me ajudar? — ele perguntou. — A minha bicicleta quebrou. Você mora aqui?

— Isso mesmo. Sou a Donna, e você?

O homem sorriu, revelando dentes brancos e arrumados em uma perfeita fileira. Não, ele não era bonito, ele era muito bonito. Donna sorriu de volta, fechou o sorriso ao lembra-se que seus dentes não eram tão arrumados assim.

— Sou o Lee! — ele respondeu. — Prazer em te conhece... — Lee passou algum tempo tentando, mas o nome da ruiva simplesmente não saiu. Ele continuava a fazer um esforço, por fim Donna o cortou.

— Prazer Lee!

Lee sorriu, um leve tom de vermelho apareceu em suas bochechas.

— Espere um pouco, abro já o portão pra você! — Donna falou correndo de leve para trás.

* * *

Fazia algum tempo que o Dr. People havia falado que John queria vê-la, Rose estava realmente com medo, medo de descobri que John a abandonaria, assim como seu último namorado havia feito ao descobrir o seu segundo segredo. Rose nunca havia contado-a a ninguém, nem mesmo para a sua mãe.

— Você vai? — Johnny perguntou, fazia algum tempo que ele estava ali, mas ela havia se esquecido dele.

— O que ele quer comigo? — Rose perguntou. — O que você quer comigo? Eu matei a sua irmã, eu atirei na clavícula dela. Eu sou a culpada por quatro longos anos do sofrimento do John, eu sou culpada por ele está em depressão e por ele está ali naquela cama de hospital.

Um pequeno sorriso apareceu nos lábios rosados do Dr. People, Rose estranhou aquilo. Ela realmente era culpada, o pequeno sorriso se transformou em uma gargalhada. Rose se irritou com aquilo!

— Qual é a graça? — ela perguntou.

Johnny a olhou.

— Foi isso que o John te falou? — ele riu novamente.

— Foi! Por quê?

Johnny sentou ao lado dela. Ele tinha os mesmo cabelos castanhos que o John, mas seus olhos eram em um leve tom de azul.

— Ele te contou a história um pouquinho errada. Eu não vou te falar nada, isso é o John que tem que te falar. É algo entre vocês dois — ele pegou a mão da loira. — E Rose, saiba que eu não te odeio. No seu lugar eu teria feito a mesma coisa!

Johnny foi embora, deixando Rose pensativa. O que John havia deixado de conta-la? Ela resolveu ir falar com ele.

Ao entrar no quarto John estava dormindo. Ele parecia bem mais novo do que realmente era, seus cabelos castanhos estavam bagunçados e precisando urgentemente de um corte novo, a barba já havia começado a aparecer. Sua boca estava entreaberta, Rose achava aquilo sexy.

John continuava com vários fios ligados ao seu peito. Rose relembrou a cena, ela nunca havia se sentido tão desesperada.

“Enquanto Rose via John e Donna saírem correndo, Beth a agarrou pelo braço, puxando-a com tanta força que a fez soltar um leve gemido de dor. Rose simplesmente odiava aquela mulher.

Beth pegou a arma, colocou sobre o pescoço de Rose. Ela não queria morrer, não pelas mãos imundas daquela mulher nojenta, ela conseguia escutar a respiração calma da ruiva, ela era fria, simplesmente fria. Rose atacou Beth, a loira era frágil, mas sabia se defende quando era necessário, seu pai a havia ensinado tudo o que ela sabia.

Ela se soltou dos braços da ruiva e correu, mas Beth sempre havia sido mais rápida, pegou a arma e disparou, a bala penetrou na perna da loira que caiu por cima do braço, Rose não se permitiu gritar, não daria esse prazer a Beth. Por fim ela ouviu passos.

John apareceu na linha de visão da loira que estava caída, ela conseguia ver a expressão no rosto dele, mas Rose não conseguiu identificar qual era. A única coisa na qual ela estava completamente concentrada era em prender o sangue que saia de sua perna. John correu, escorreu e se chocou contra o corpo da loira, o coração de Rose se acalmou um pouco ao senti o cheiro que vinha de John. John levantou, levando a arma na sua mão.

— Ainda? — Rose escutou Beth perguntando. — Você não vai consegui!

Rose viu quando John abaixou o braço, Beth se aproximou e atirou. O som de sirenes da policia ecoou no galpão, John gritou ao cair. Rose se arrastou até ele, colocando sua cabeça na perna não machucada. John desmaiou.”

— Rose?

A loira ergueu o olhar, John a observava fixamente. Ela se assustou um pouco com o olhar, não esperava que ele acordasse tão cedo. Ele estava tomando mofina, Johnny havia dito. Ela suspirou e conseguiu sorrir.

— Não precisa fingi um sorriso — John disse. — Sei muito bem que você tá com raiva! Sei que te magoei.

— Na verdade não! — Rose respondeu.

John arregalou os olhos, erguendo uma das sobrancelhas grossas. Ele realmente esperava que tivesse magoado a loira, não por querer realmente fazer aquilo, e sim porque as palavras haviam sido fortes. Rose o amava, o óbvio seria ela ficar magoada, no mínimo chateada com ele.

— Tudo o que você falou foi verdade! — Rose disse, ela não olhava mais para John. — Vou entender se nunca mais quiser me ver!

John realmente havia pensado naquilo, mas só em pensar sua vida sem a loira uma dor começava a crescer em seu coração. John não iria aguentar perder outra pessoa que amava, ele não poderia de se dar ao luxo de perder a Rose. Ele sentou, uma forte pontada no ombro o fez gemer de dor. Rose o deitou novamente.

— Fique deitado. Seu maluco! — ela resmungou, John se deu ao pequeno luxo de sorrir. — Não ria. Você tem uma bala perto do coração. Em nome de Deus fique deitado! — ela gritou novamente ao ver John sentando.

Ele arregalou os olhos.

— Uma bala?

— Johnny não te contou?

— Não. Ninguém me falou nada, por que não a tiram daqui? — John já estava ficando desesperado.

— Não podiam. A cirurgia é delicada, cara e não a médicos aqui para fazer isso.

John sussurrou um palavrão que Rose não conseguiu identificar, ela riu com aquilo. John estendeu a mão, puxando Rose para deitar ao seu lado. Ela podia escutar as batidas do coração de John, ela se perguntava apenas se ele ainda continuaria batendo. Rose não queria o perder, não mesmo, ela não podia. John beijou o alto da cabeça da loira.

Talvez Deus realmente exista, John pensou.


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Notas finais do capítulo

Sei que o capítulo ficou meio chatinho, principalmente o começo. Mas me perguntaram se o Lee ia aparecer, eu achei uma ótima ideia. Então aí está, Lee pra vocês :3
Mereço comentários? Podem falar o que vocês não gostaram também, eu aceito!



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