Aprendendo a viver escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 15
015


Notas iniciais do capítulo

Dois capítulos no mesmo dia, estou completamente perdoada? :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/521539/chapter/15

Ao acordar, Rose não viu John ao seu lado, aquilo a deixou um pouco preocupada, mas ela resolveu ignorar, sabia que ele provavelmente havia saído para tomar café da manhã e resolveu deixar ela dormindo.

Ainda com a camisa do namorado, Rose saiu do quarto e seguiu para a cozinha. Já era 10h00 da manhã, ela não encontrou John em nenhum lugar, era uma manhã de sábado, talvez ele tivesse ido para o trabalho atender algum chamado, mas por que ela estaria sentindo um aperto no coração?

Ela tomou uma xícara de café, voltou para o quarto rapidamente. Viu o celular do namorado com o ecrã ligado. Ela pegou, era uma ligação, ela atendeu. Era uma ligação do hospital, John não estava lá. Ela olhou as mensagens, arregalou os olhos ao ver o número da última mensagem.

— Beth... — Rose sussurrou colocando a mão na boca.

Havia vários cemitérios em Londres, ela não sabia quem era essa tal preciosa e nem qual era o cemitério. Vestiu uma roupa rapidamente, saiu e acordou Donna. Rose sabia que se John fosse para onde Beth ela estava correndo perigo. Não ligava para o fato de que John iria descobriria sobre o passado, sobre o que ela havia feito quatro anos atrás.

— Você precisa me levar ao galpão ao lado do cemitério onde uma tal de preciosa está enterrada. — Rose falou rapidamente para uma Donna sonolenta.

— Por quê?

— John está correndo perigo! Muito perigo mesmo.

Donna levantou rapidamente. Pegou um objeto metálico que Rose não conseguiu saber o que era e correu em direção para onde as chaves do carro eram colocadas. Pegou uma chave qualquer, era um carro de luxo e Rose não sabia qual era. Ela não ligou, apenas queria salvar o namorado.

Antes de ir Rose pediu para passar em casa. Ela ainda tinha a arma guarda, para precaução. Ela guardava para usar na antiga amiga.

Uma hora depois elas chegaram ao galpão. A enorme porta de metal estava aberta, como se Beth quisesse que Rose entrasse e visse tudo. Rose entrou, Donna entrou atrás dela. O centro do galpão estava iluminado, uma das paredes estava iluminada por um vídeo pausado.

— Olhe quem chegou! — Rose escutou a voz da velha amiga.

Donna chegou ao lado da loira. Ela olhou para o irmão, ele parecia não está entendendo nada. Olhou para a mulher ao seu lado, arregalou os olhos.

— Beth? — Donna chamou em um sussurrou perplexa.

Todos olharam para Donna.

— A conhece? — Rose perguntou.

Donna assentiu.

— Pensei que você tinha morrido... todos pensaram.

Rose não estava entendendo mais nada.

— Sei que ninguém está entendendo porra nenhuma. — Beth disse. — Cinco anos atrás, enquanto estava na faculdade, eu e algumas amigas fomos a uma festa. Fui convidada pelas garotas mais velha para sair... Elas não foram legais comigo! Deixaram-me em uma cabana velha, um incêndio provocado pela mais velha do grupo — ela deu uma pausa, olhou para John e disse: — a sua Laura começou o incêndio. Meu rosto foi completamente queimado, você o consertou. Eu, claro, quis vingança, por isso arrumei a Rose.

Ela apertou o play, o vídeo começou. Rose e todos fixaram os olhos na tela. O carro de quatro anos atrás veio na estrada, a música estava alta, o choro de uma garota de apenas 20 anos foi escutado, a arma prateada e pequena apareceu na tela, a perfeita mira, ela atirou, furando o pneu do carro. O casal, que Rose sabia ser Laura e John desceram. Ela mirou novamente, dessa vez na mulher loira e alta. O som do tiro novamente foi escutado, um perfeito tiro, a mulher caiu no chão. E então veio o grito, o grito que perturbou os sonhos de Rose por longos anos. O vídeo parou.

Rose caiu no chão, o nó em sua garganta crescendo, as lágrimas saíram como cachoeiras de seus olhos. Os soluços vinheram logo em seguida, Rose havia causado toda a dor de John.

— Você... — John disse.

Ele não acreditava no que havia visto naquele vídeo. Até o final do vídeo ele tinha a esperança de que tudo aquilo fosse mentira, mas ao ver Rose cair no chão e chorar, ele acreditou em tudo. Rose realmente tinha feito aquilo.

— Desculpe-me, por favor! — Rose disse entre soluços. John sentiu uma dor no peito, queria abraça-la, mas permaneceu parado. — Eu realmente não queria ter feito aquilo.

— E você... Donna Noble! — Beth disse. Donna estremeceu ao escutar o nome dela saindo da boca daquela mulher. — Eu não a matei... mas cheguei perto! — Beth gargalhou. Donna fez uma cara estranha.

— Como assim?

— Eu conheço o Lance — Beth disse. Donna arregalou os olhos. — Eu o mandei, eu planejei tudo. Você se apaixonou, como a idiota que sempre foi, abriu suas pernas para ele e teve a Susan. Lembra? Você fez a mesma coisa comigo. Roubou o homem que eu amava. Lembra-se do Mike?

Donna arregalou os olhos. Não se permitiu chorar.

— O que fez com a Jennifer e com a Lucy?

Beth riu. Donna estremeceu com aquela risada.

Donna lembrava que quando terminou a escola, Jennifer e Lucy desapareceram. Elas eram melhores amigas, era o quarteto da escola. E de repente duas param de falar repentinamente. Donna tentou argumentar com Laura, mas ela parecia envolvida demais com o seu novo relacionamento. Depois de muito procurar, Donna recebeu uma ligação do pai da Jennifer, ele explicou que ela havia arrumado um emprego de modelo. Donna estranhou, Jennifer nunca havia se interessado em ser modelo. Mas mesmo assim deixou quieto. Anos haviam se passado e elas nunca entraram em contato, nem mesmo quando a Laura morreu.

— Você realmente acha que a Jennifer iria virar modelo? — Beth perguntou. — Eu a conheço melhor que você? Será?

Donna negou com a cabeça. Sentiu as lágrimas encherem seus olhos, não iria admiti que Beth houvesse matado um das suas melhores amigas. Donna cerrou os punhos, Rose ainda estava caída no chão chorando. John a olhava, seus olhos estava arregalados e os punhos cerrados, ele ainda estava tentando juntar todas as peças na sua cabeça. A arma que Rose trazia nas mãos estava caída, ela realmente iria ter coragem de matar Beth?

— Eu sei que você não vai fazer isso! — Beth falou. Ela tinha um sorriso no canto do rosto. — Você é uma fraca!

Donna olhou para Beth. Lembrava muito bem do que havia feito a ela, sabia que se Beth saísse viva os resultados seriam terríveis. Já havia visto o que ela era capaz de fazer, mas ela realmente seria capaz de matar alguém?

Donna caiu de joelhos no chão. As lágrimas finalmente caíram, ela só conseguia pensar na sua filha, em Susan, sua garotinha que ela tanto amava mais que ao mesmo tempo ela rejeitava.

Rapidamente a dor a atingiu. Donna se viu caída no chão.

— Sabe — ela escutou a voz de Beth distante — eu cansei de vê-la vivendo sua vidinha. Eu já me livrei de todas, só faltava você. Já que estamos aqui é melhor não perder a viagem! — Beth riu e ergueu a arma. Donna fechou os olhos, esperando a dor e a morte.

John finalmente havia saído do transe. Rose continuava de joelhos, as lágrimas dela pareciam não ter fim. Ele ergueu o olhar, viu sua irmã caída no chão. Donna sempre foi a única coisa que ele tinha, a única pessoa que o escutava. Ele viu o sangue, era o sangue dela. Quantas vezes Donna havia o salvado? Em passos largos John pegou a arma caída ao lado da loira. Ele nunca havia usado uma arma, nem mesmo pegado em uma. Ele ergueu a arma, colocando-a na nuca da ruiva.

— Não ouse fazer isso! — John disse.

Donna ergueu o rosto, olhando-o. Ela sabia que podia confiar nele, um sorriso apareceu no rosto de Donna, somente para desaparecer novamente.

Beth virou a arma ficando em sua garganta. Ela riu, sabia perfeitamente bem que John não seria capaz de fazer aquilo. Ele era gentil demais.

— Eu andei pesquisando por você! — Beth disse. — Eu não sabia quem você era até te ver com a Rose — o nome da loira fez John tremer de leve, Beth não deixou aquilo escapar. — Observei seu comportamento por dias, você não vai ser capaz de me matar. Nem para salvar a sua própria irmã.

John abaixou a arma.

— Tem razão — ele disse.

John ergueu a arma e com toda a sua força atacou sua própria obra de arte. Beth caiu, levando sua mão para o nariz que sangrava. John chutou a arma da ruiva para longe, puxando Donna pelo braço e correndo.

— E a Rose? — Donna perguntou enquanto era puxada pelo irmão.

— Vá! — John gritou.

Enquanto corria de volta John pensava. Ele amava Rose, amava de verdade. Ele havia dito que a amava, mas ele estava com raiva. Ela havia atirado na Laura, John nunca pensou que fosse se apaixonar pela pessoa que havia feito tal coisa com a sua esposa.

Ele encontrou Rose caída no chão. Ela tinha a mão na perna, John chegou e escorregou em direção a loira, abraçando-a. John olhou para a perna da loira, ela estava sangrando, Beth tinha a arma na mão, a outra continuava na mão de John. Ele apontou para a ruiva.

— Ainda? — ela perguntou para John. Seu nariz estava em uma posição engraçada, mas John não prestou atenção nisso. Estava juntando coragem para acertá-la, bem no coração. — Você não vai conseguir!

O barulho foi escutado, John caiu no chão a dor o fez girar e gritar. Ele escutou mais barulhos de tiros e tudo ficou escuro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Gostaram das revelações desse capítulo? Foi boa como pensaram que ia ser?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Aprendendo a viver" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.