Aprendendo a viver escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 12
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A ruiva sorriu.

Rose a observou por mais tempo. Ela havia mudado, de morena havia passado para loira, sua pele estava mais branco e os olhos verdes. A Beth que Rose conheceu não era daquele jeito, era morena, bronzeada e com olhos castanhos, era uma típica mulher afro-americana.

— O que foi, querida? — Beth perguntou. Sua voz fez Rose tremer, ela se aproximou da loira e colocou a mão no braço dela, Beth imprensou, Rose gemeu de dor.

— O que faz aqui? — Rose perguntou tentando esquecer a dor.

Beth soltou o braço dela. Ficou analisando o rosto de Rose.

— Vejo que o Dr. Smith fez um ótimo trabalho no seu rosto... Que pena!

Rose novamente arregalou os olhos. Ela sabia que John era o melhor médico da Inglaterra, mas nunca iria imaginar que uma mulher como Beth o conhecesse. Ela ficou apavorada, não deveria ter ficado tão próxima de John, é claro que ela descobriria.

— Eu passei bastante tempo naquela prisão por sua causa, loirinha! — Beth disse.

O coração de Rose tremeu. Já havia se passado muito tempo que aquilo havia acontecido, mas ela ainda não esquecia o grito daquele homem e o gelado do metal contra a sua mão. Ela se arrependia a cada minuto da sua vida por ter feito aquilo, mas ela havia sido obrigada, uma das pessoas tinha que morrer. Ou sua mãe, ou a mulher no carro.

A coisa que mais incomodava Rose, é que ela nunca havia descoberto quem era a mulher, qual o seu nome, quantos anos ela tinha e quem era o homem que gritou. Rose havia esquecido o impacto do grito, mas agora ele havia voltado com força total, se repetindo diversas vezes em sua mente.

— Você me entregou. Acha que isso diminuirá a sua culpa, loirinha?

Rose cerrou os punhos.

— Eu sei que não vai — Rose respondeu. — Mas eu ajudei a policia, eles sabem toda a história, sabem o que fiz de errado e o que fiz de certo. Sou uma mulher inocente. E caso não saiba, eu também fui para a prisão.

Aquilo surpreendeu Beth. Ela sempre havia planejado matar a loira pelo que ela havia feito, Beth havia deixado Jackie viver, Rose deveria está grata. Mas Rose a havia entregado, e Beth a amaldiçoava Rose todos os dias por causa disso.

As lágrimas começaram a cair sobre o rosto de Rose. Ela só conseguia pensar em John, no quanto ela se sentia culpado por coloca-lo em sua vida, por tudo está dando certo no momento errado.

— Soube que está na igreja! — Beth sentou na cama, ela olhou para as unhas vermelhas e sorriu. — Seu pastor sabe o que fez?

Rose serrou os punhos, é claro que ele sabia!

— Ele sabe que você nem ao menos piscou no momento?

— CALE A BOCA! — Rose berrou.

Ouve certa agitação, a cortina foi aberta rapidamente. Beth saiu correndo, atravessando a cortina para a outra ala, ouve-se uma agitação ao lado. Jackie entrou correndo, atrás dela estava John e o Dr. People.

— O que aconteceu? — Jackie perguntou preocupada. John também parecia incrivelmente preocupado. — Você está branca!

Rose ergueu a mão. Ela tremia.

— Mãe, ela estava aqui.

Jackie arregalou os olhos, ficou tonta, caindo na cadeira atrás dela. John observou aquilo, quem era a mulher?

— Por favor, saiam. Preciso conversar com a minha filha! — Jackie pediu.

John relutou, mas foi arrastado por alguém que ele não sabia quem era.

Já sozinhas, Jackie se aproximou da filha. Rose continuava tremendo e branca como uma folha de papel.

— Como ela conseguiu entrar? O que ela te disse? — Jackie disparou as duas perguntas.

Rose ainda estava em choque.

— Eu não sei... Ela perguntou coisas inúteis. Sobre a igreja, se eu achava que a minha culpa ia diminuir por ter entregue ela a policia. Coisas desse tipo... mãe, eu estou com medo!

Jackie apertou a mão da filha.

— Seria uma tola se não estivesse — Jackie resmungou.

Rose sorriu.

* * *

Beth saiu correndo do hospital. Rose com certeza era culpada, mas ninguém iria acreditar na história dela, todos que a olhassem teriam certeza que Rose não faria mal a nenhuma formiga. Mas Rose fez...

Beth chegou ao seu apartamento, tirou sua roupa e entrou no banheiro. Seu pensamento voou longe, em direção ao dia 12.09.2010. O som do grito a fez voltar a realidade, Beth sabia muito bem quem era aquele homem, ela não tinha raiva dele, o conhecia somente porque ele era casado com a sua inimiga.

Beth sorriu criando um perfeito plano para acabar com a felicidade da loira.

* * *

Ao chegar em casa, a primeira coisa que John fez foi ligar para um restaurante e reserva uma das melhores mesas. Ele estava nervoso, afinal, aquela era a primeira vez em 14 anos que John não saia com alguém.

Ele tomou um banho demorando. Escolheu a melhor roupa e se perfumou. Arrumou o cabelo, deixando-o perfeitamente arrumado, nenhum fio fora do lugar. Ele queria ficar maravilhoso para a loira, queria que ela gostasse dele.

John sorriu com aqueles pensamentos.

Ele pegou uma gravata, fez o nó rapidamente e olhou no relógio. Já estava perto das 7h00. Ele apressou a arrumação e colocou o celular dentro do bolso, pegando a chave do carro. Ele chegou a garagem correndo, entrou em seu Volvo híbrido plug-in Cupê. John nem ao menos sabia quando havia comprado aquele carro. Deu de ombros e entrou.

Acelerou sobre os olhares das outras pessoas sobre o carro. Parou na rua da casa da loira, ela havia lhe passado horas antes. John desceu do carro, travou-o e subiu até o número que Rose havia dito que morava.

Jackie abriu a porta, ela sorriu e disse para ele entrar. Escutou barulhos vindo de dentro de um dos quartos, ficou com vontade de entrar, mas se conteve em esperar. Depois de alguns minutos e uma xícara de chá, Rose apareceu na sala. Ela estava linda*

Ao chegarem ao carro, John abriu a porta para a loira que se acomodou no banco do passageiro rapidamente. John segui em uma velocidade normal até chegarem ao restaurante, Rose ficou surpresa ao chegar ao restaurante.

Eles desceram, foram acompanhados por um garçom muito bem vestido. A mesa deles era em um lugar reservado, longe do barulho de conversa. Foi servido um vinho, provavelmente incrivelmente caro.

Rose o olhou. Estava o colocando em um grande perigo, Beth poderia está em qualquer lugar os observando, ela tremia de leve. Rose o analisou, deixando de lado um pouco do nervosismo. John havia feito a barba, arrumado o cabelo que parecia 1000x mais bonito que antes, usando um terno juntamente com uma gravata clara. Ele tinha um leve sorriso nos lábios e também observava Rose.

Ela estava perfeita aos olhos de escocês. Estava com o cabelo solto e deslumbrante, o vestido era incrivelmente bonito. Azul! Era a cor preferia de John. Ele olhou para os lábios dela, ele queria muito beija-la.

Eles conversaram enquanto o jantar chegava. Rose não tocou em nenhum assunto delicado e John fez perguntas curtas. Ela gostava dele, era certo, e finalmente podia ver alguma mudança em seu humor. Ele não tinha mais os olhos cansados e nem as manhas pretas ao redor de seus belos olhos castanhos. Rose sorriu.

— Do que está rindo? — John perguntou.

— Você mudou! — Rose respondeu.

John a olhou. Ele também sorriu.

O jantar foi silencioso. Eles não trocaram nenhuma palavra.

Não havia mais nada a ser feito depois do jantar naquela noite. John levou Rose de volta para casa, já era mais ou menos 23h40 quando ele parou em frente ao prédio onde Rose morava. Eles deram uma volta pelo centro de Londres, conversaram, brincaram um pouco. John nunca tinha rido tanto em sua vida.

Rose desceu do carro e John acompanhou-a. Eles ficaram lado a lado, até que Rose o abraçou. Um abraço de surpresa, que deixou o coração de John batendo mais rápido do que nunca. Aquela era a hora!

John colocou as mãos em volta do rosto da loira. Ela sorriu, John sorriu também. John aproximou o seu rosto, deixando Rose chegar mais perto deles. Seus lábios se encontraram, o coração de ambos foram a loucura. John desceu as mãos pelo corpo de Rose, finalmente podendo-o explora-lo, mas ele só estragou tudo. Rose se afastou bruscamente dele, com os olhos arregalados.

— O que foi? — John perguntou preocupado.

— Não foi nada... Ah, eu preciso entrar. Obrigada! A noite foi maravilhosa!

Rose correu para dentro do prédio. Ficou olhando a loira correr até desaparecer, ele chutou o pneu do carro se auto-xingando.

* * *

Jackie esperava a filha dormindo na sala. Rose a acordou com violência.

— E então? — Jackie perguntou animada. — O que aconteceu? — ela perguntou olhando para a filha, ela estava branca.

Rose sentou no sofá. Jackie a entregou uma xícara de chá, tremendo Rose conseguiu dizer:

— Ela me seguiu... A Beth!


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Notas finais do capítulo

E o beijo saiu O/
Comentem U_U
* http://www.polyvore.com/cgi/set?id=128443913&.locale=pt-br
Esse aí é o link da roupa da Rose.

Beijo :* :3 ^^



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