Era um dia comum para mim, Rose, um dia com qualquer outro.

Estava tomando café da manhã com minha família minha mãe, meu e irmão mais jovem.

A vida em Little Guardian era calma e pacifica, uma cidade em que as pessoas gostariam de morar quando se aposentam. Onde há poucos roubos e menos ainda assassinatos, onde um dia é igual ao outro, nada demais acontece ali.

– Mãe? Por que não nos mudamos para uma cidade grande? - perguntei curiosa.

Ela passou a mão pelos meu cabelos e disse:

– Meu anjo!- exclamou - Não podemos, não temos dinheiro suficientes.

– Mas existem empréstimos bancários... - implorei.

– Filha não podemos! - Mamãe sempre teve esse jeito carinhoso e delicado.

– Mas mãe... - Tentei novamente

– NÃO! ROSALINDA NÃO OUVIU SUA MÃE!

Já meu pai não era tão sensível assim...

– Não grite com ela querido! Ela só quer se mudar! - Falou mamãe com sua doçura de sempre.

– Desculpe mãe... - disse.

Ela sorriu como se dissesse tudo bem. Eu sorri para ela.

Eu odiava quando o meu pai se intrometia quando eu conversava com minha mãe, por isso se desculpou, não queria ver os dois brigando.

Olhei para meu irmão Michael, que olhava tudo como se fosse uma Tv, ele sempre foi assim, não acontecia nada nessa maldita cidade, então cada coisa fora do comum era super estimado. Eu odiava ver ele assim, olhando para o que acabou de acontecer como se fosse um show de Circo. Nas cidades grandes aconteciam tanta coisa, tantas historias e sonhos realizados, viver lá, é viver aventuras, tantas noticias, e coisas legais. Viver aqui é viver um dia como o anterior.

–Pai? - Chamei cautelosa.

Ele sorriu e disse:

– Que foi filha?

– Hã...ér... o senhor poderia me ensinar a dirigir?

Ele arregalou os olhos, e me olhou como se eu fosse louca, suspirou e engoliu a seco:

– Você está louca? NÃO!! Você é muito jovem, e ainda é uma garota. Não!!

Suspirei derrotada e murmurei:

– O que vale é tentar..

Eu observei meu irmão e percebi que ele era mais moreno que eu, e eu era a unica da casa que havia herdado os olhos verde do meu bisavô, isso é oque eles haviam me contado. Eu era bonita, tirando as espinhas inconvenientes aqui e ali, mas eu era uma garota normal com um sonho esmagado pelas despesas. Eu trabalhava de segunda a sexta numa loja de roupas, ajudava na despesa mas eu ainda não podia ter meu amado carro ou uma vida na cidade grande.

Já que o mundo nem sempre é justo, hoje tem escola.

Terminei meu cafe da manha e esperei eles comerem tudo. Quando acabaram eu disse:

– Vou me arrumar! Pai me leva para escola??

Ele nem mesmo levantou os olhos da torrada e disse:

– N'ao vai da filha, vou ter que ir em uma conferencia! - Falou com carinho.

– Com licença? - Pedi

Todos responderam ao mesmo tempo :

– Toda!

Alem de tudo, fomos criados com os antigos modos...

Subi para o meu quarto que era lilas com cortinas vermelhas, uma cama de casal de madeira e bem rustica, com lençol azul e travesseiros roxos.

Peguei minha toalha e fui tomar banho.

10 minutos depois, eu estava colocando Minha all-star de cano alto, minha jeans azul e uma camiseta xadrez vermelha e branca. Coloquei lápis de olho preto e um gloss cintilante!

Desci as escadas e peguei meu celular em cima da mesa de centro da sala, e disquei o numero da Kelly minha melhor amiga:

– Alo?? - Atendeu ela.

– Kelly Laurence esta sendo tendo a honra de ser convocada para me levar para a escola.

Ela riu alto e disse:

– Honra?? - Zombou. - Ta vamos para a escola juntas.

– Ate daqui a pouco!

Desliguei o telefonema e avisei minha mãe que a Kelly ai me levar.

Sentei na escada varanda, havia algo misterioso na maneira em que o ar se movia, Michael correu quase me atropelando, casa a fora, espantando os pombos.

Kelly andou ate a Giovana(minha vizinha), me levantei e peguei a bolsa, e fui ate ela, mas ouvi a conversa:

– Kelly! Você ouviu sobre oque aconteceu?? - Perguntou Giovana.

– Não o que? - Respondeu a Kelly

– Tem um garoto novo na cidade!

– Novo? - exclamou surpresa a Kelly.

–Sim! esta na nossa escola! Lindo e Sexy!

– Ele tem namorada? - N'ao perdeu tempo Kelly.

– Acho que não! Mas o nome dele é Nathan!

Agarrei o braço de Kelly e a puxei para andarmos logo eu gritei:

– Oi Gi! Tchau Gi!

Andamos durando uns 15 minutos.

Havia uma Lamburghine preta na frente da Igreja, com um garoto com cabelos louro escuro e óculos escuro. Kelly exclamou algo que não ouvi e disse:

– Estou apaixonada ele é lindo! Deve ser o Nathan!

Andamos até a escola, mas Kelly não calava a boca sobre o novo menino na cidade.