Abri os olhos e levantei num salto, não reconhecendo o quarto. Ah, é mesmo. Little Guardian. Passei a mão pelo meu rosto e bocejei antei de levantar e perceber que ontem eu estive cansado demais para sequer trocar de roupas e tomar banho.

Fui para o banheiro da suíte e me olhei no espelho. Essa com certeza era uma vantagem (e talvez a única) de ser imortal. Meu rosto parecia a de um modelo maquiado e pronto para ser fotografado.

Suspirei e fui tomar banho.

Vesti uma camisa sem manca lisa branca meio justa demais e uma bermuda jeans até o joelho. Coloquei uma camisa com a manga dobrada até o cotovelo e chinelos havaiana. Depois peguei minha carteira e óculos de sol e desci apressado.

–Não vai tomar café, Sr. Nathan? –perguntou a empregada da casa.

–Quando eu voltar! –gritei, já na porta.

Entrei no meu lamborghine preto e dirigi até a Paróquia de Vita.

Estacionei na estrada e sai olhando em volta. Do outro lado da rua tinha um bando de adolecentes olhando para mim e para o meu carro.

Até que tinha umas garotas bonitas por aqui...

Entrei na Paróquia.

Como eu já tinha dito que precisava falar com a Irmã Bernadeth ela estava me aguardando uma sala atras da Paróquia.

–Sejá bem vindo, irmão.

–Obrigado, irmã –murmurei.

Sentei na cadeira que ela me indicou.

–O que deseja, meu filho?

–Vou direto ao ponto se a senhora não se a senhora não se incomoda, irmã. Bem, em uma noite chuvossa de trinta e um de outubro à 15 anos atras uma menina foi deixada aqui na Paróquia?

–Não...

–Tem certeza?

–Qual o seu interresse nisso...

–Bem... É que... A família dela está a procurando. Foi... Foi sua mãe que fugiu com a criança e... Bem, foi muito difícil conseguir achar o lugaar...

Mentindo horrivelmente, eu parecia um gago. Me interrompi, suspirei e continuei minha mentira:

–Olha, depois que a mãe dessa menina fugiu com a garota a família entro em desespero. Procuramos por ela esses anos todos e uma fonte dissee que tinha visto ela vir para essa cidade.

–Olhe me rapaz. Sim, realmente foi deixada uma garotinha aqui mas ela nem sabe que foi adotada, okay? E isso pode trazer poblemas com a justaça para a família...

–Só preciso do nome.

–A família vai querer a garota de volta e...

–Talvez não.

–Mas...

–Confie.

Tirei os óculos e capturei o olhar dela. Automaticamente seus olhos ficaram sem foco e sem vida.

–Pode confiar em mim. Diga.

–Rose. Rosalinda del Marcco.

–Conte-me sobre ela.