Nathan estacionou seu lamborghini preto em frente a uma velha mansão que já abrigou muitos membros da realeza muitos anos atras. Era enorme com o jardim da frente amontoado de enormes palmeiras e canteiros com flores. Ele andou pela estreita trilha e parou em frente ao alto portão depois virou para olhar a cidade pelo qual acabou de passar. As primeiras casas pareciam de uma cidade harmoniosa, mas todas juntas formavam quase um contraste com a rica masão.

–Bem vindo a Little Guardian!

Nathan virou para a porta, lá estava a mulher que lhe vendeu a casa, Aprill Donn. Ela havia crescido nessa casa, mas resolveu que queria ir para a cidade grande. Esse deve ser o sonho de todos os moradores dali...

–Obrigado, Aprill

–Aproveite bem a casa, Nathan

Ela saiu e ele entrou na casa ricamente decorada e iluminada. Na verdade, a iluminação era até meio exagerada e a decoração fora de moda.

"Da para o gasto" -pensou Nathan

April queria se livrar de tudo o mais rápido possível, então Nathan pagou pelas mobílias também. "Pelo menos não vou precisar peder tempo em lojas..."

Ele subiu as escadas até o seu quarto enquanto traziam as coisas dele para dentro.

A suíte principal era bege, branco e dourado. A enorme cama arredondada de casal tinha a roupa de cama avermelhada com desenhos feitos a mão dourados. Não fazia o estilo dele mas... Como já disse, da para o gasto. Afinal, não pretendia ficar por muito tempo

Ele se jogou na cama antes até de tomar um banho para se livrar da sujeira da viagem. Estava morto, não dormia a semanas. O motivo era quase que de vida ou morte.

Dois meses antes, Nathan havia ido procurar por Galehin. Um dos poucos alquimistas que ainda existiam no mundo. Nathan precisava da cura.

–Nunca ouvi falar disso, Nathan -disse Galehin- É o sonho de muitas pessoas ser imortal!

–Não o meu -disse Nathan, secamente.

–Mas o que é tão ruim para que você desista de tudo?

–É facil para você falar já que não precisa ver todos morrerem a sua volta!

–Eu me sentiria uma Deus!

–Deus?!

Nathan já estava furioso quando gritou:

–Conte-me como suportaria viver assistindo todos aqueles que você ama morrer! Me diga o quão bom é não poder manter relação com quem você gosta por que ela um dia vai estranhar que eu não envelheço ou vai morrer de alguma doença! Me mostre o quanto ficaria feliz sabendo que, quando morrer, você não vai para o céu o inferno independente do que aconteça nessa vida!

–Não devia pensar na morte agora... -disse Galehin, pálido

–Você não sabe nada, não é? Ser imortal é a pior coisa que já podia ter acontecido comigo. Meus pais morreram, meus irmãos morreram, minha noiva morreu, meus amigos morreram... e eu continuo aqui! Sozinho!!

Galehin suspirou e olhou para as estrelas através da janela

–Nem as estrelas são imortais... Só você, em todo o Universo, é imortal.

–Que se dane isso -resmungou Nathan

–Está desperdiçando essa dádiva...

–Isso não é uma dádiva, é uma tragédia

–É um produto da ciência

–Talvez isso torne... meu problema... Ainda pior. Cientistas, sejam os químicos, físicos ou alquimistas, seriam intelectuais! Como pode uma pessoa dotada de um raciocínio lógico avançado não ver que o ser humano não nasceu para ser imortal?

Galehin suspirou como que compreendendo o que o outro quis dizer

–Tudo bem -disse.

–Tudo bem...?

–É, tudo bem, vou te ajudar

Galehim havia dito que havia uma cura. O sangue de uma fada especial. Uma fada de uma geração especial que vem de tempos antigos e se cruzaram lá pela idade média.

Não muito longe de Little Guardian havia uma cidade chamada Portfal. Lá, na idade média, era um lugar muito habitado por bruxas por que, nesse lugar, havia toda uma aura mágica que amplificava os poderes.. Em uma noite de Samhain, dia em que os portais entre os mundos era mais fino, uma linda fada veio ao mundo humano. Ela ficou aqui um ano, isso é, até o proximo Samhain.

Nesse meio tempo ela engravidou. O pai era um mago poderoso que morava em Avalon. Seu nome era Merlin. A fada e Merlin ficaram juntos durante um ano inteiro e então a fada teve que voltar para o seu mundo levando consigo sua filha.

Fruto que duas linhagens

De uns tempos para cá jovens tem feito seus rituais de modo descuidado

E, um dia, abriram um portal.

Era 31 de Outubro, Samhain.

Era o dia em que havia uma criança nascendo, às 23:55

Era o horário em que os jovens abriram o portal e acabaram sugando Mirelle (princesa das fadas).

Mirelle era descendente da linhagem de mais poder entre as fadas. Eram as fadas bruxas. Descendentes de Merlin.

Mirelle estava dando à luz a uma menina na hora em que foi sugada para o portal. Para proteger sua pequena indefesa, ela mandou o portal pra uma igreja, onde deixou a menina.

Nathan tinha que achar essa menina

Essa menina, de acordo com suas fontes, havia sido mandada para a Paróquia de Vita, em Little Guardian

A única coisa que podia acabar com essa maldita imortalidade ela matar essa menina e fazer um ritual com seu sangue. Apesar de Nathan achar isso meio macabro e sem noção, essa era a unica pista para o fim da imortalidade... E havia apenas uma menina no meio.

Algo dizia a Nathan que não seria não fácil assim...