O Colar do Parvo escrita por Marko Koell


Capítulo 42
Saindo de Assis


Notas iniciais do capítulo

Bem. Semana que vem tem mais.... Fico no aguardo ja ajuda de divulgação. Para quem está acompanhando e se conhece alguém que curte esse tipo de conto, não perca tempo e me ajudaaaa!!!!!!



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Surgi em frente à casa de Mario, caindo no chão, onde um dos soldados de Gaion, o mais alto deles veio me ajudar a se levantar. Ainda com enjôos e meio tonto, Gaion me segurou por debaixo das axilas e me levou até em frente à porta da casa de Mario, ali Kauvirno já me aguardava.

– O que houve? – perguntou ele aflito.

– Ele... ele...

– Ele quem? Diga garoto... não enrole!

– Átimos... era Átimos... ele está por aqui!

A sensação que eu tive era que Kauvirno tinha ficado pior do que eu. Eu pude ver sua pele branca, ficar quase translúcida, de tanto pânico que ele entrou. Atrás estava Marcelo, que junto com os pais de Mario e Sara arrumavam algumas coisas, colocando em malas.

– Átimos então realmente está vivo! – disse Marcelo surpreso – Precisamos sair daqui imediatamente.

Após falar todos ficaram em mais pânico ainda, ouvimos uivos de lobos que pareciam ecoar por toda a cidade.

– Precisam ir, meus amigos! – disse Gaion – Agora!

– Vou ver se consigo criar um portal. – disse Kauvirno indo até a parede da sala, onde tinha um quadro de um casebre.

Sacudindo a mão, e com a outra seu cajado ele ficou enraivecido por não conseguir.

– Talvez este tipo de magia esteja bloqueada, aqui na cidade. – disse ele.

– Mas então como fizeram no centro da cidade? – perguntou Eduardo.

– Provavelmente porque eles encontram alguma falha...

– Então vamos para o centro da cidade. – disse a mãe de Sara.

– Mãe, eu estou com medo. – disse Mario, abraçando-a.

– Deixem suas coisas, não teremos tempo para carregar nada... vamos! – disse Marcelo, já defronte a porta.

– Vocês devem ir o mais rápido possível, nós iremos garantir sua segurança. – disse Gaion.

Nesse ponto, eu já me sentia melhor. Então todos saíram da casa de Mario e saímos correndo pela rua escura, apenas iluminada com algumas luzes fracas que vinham do poste e da lua. Gaion e seus soldados corriam atrás de nós sempre observando, para garantir que nada estivesse atrás de nós.

Como já dito, a casa de Mario não era longe do centro da cidade, onde ficava o Museus de Assis, mas o caminho parecia incrivelmente longo, mesmo com nós correndo. Ouvíamos mais e mais uivos, que nos davam arrepios em todo o corpo, e aquilo estava nos deixando apavorados.

Chegamos então em frente ao museu, Kauvirno se posicionou mais a frente e fez os mesmo movimentos de sempre, para se criar um portal, mas não conseguiu absolutamente nada. Marcelo então chamou os pais de Sara e Eduardo para ajudar a abrir um portal: o foco era a casa de Kauvirno.

– Mas como verão a casa, se eles não a conhecem? – eu perguntei no meio do desespero.

– Kauvirno falou muito da mansão enquanto você estava fora... – disse Sara.

Eu, Eduardo, Sara e Mario estávamos atentos a qualquer movimento estranho. Dois dos soldados de Gaion estavam ao lado dos mais velhos que tentavam abrir os portais enquanto os outros estavam nos cercando. A mãe de Mario e Sara, correram até eles para ajudar.

– Senhor Kayo... devem ser rápidos... – dizia Gaion.

– Eu sei Gaion, mas não depende de mim... eu abri dois portais em minha vida, e me levaram para lugares muito estranhos. – eu disse – Não é o tipo de coisa que eu sei fazer. Mas eles irão conseguir.

Vários círculos luminosos se abriam e fechavam conforme eles iam abrindo os portais, mais logo em seguida todos eles fechavam. Ouvimos mais um forte uivo, até que tudo ficou em silêncio.

Ao longe eu avistei terríveis olhos verdes, no meio da escuridão, que conforme caminhava sorrateiro ganhava forma. Era um imenso cachorro, um cachorro escuro com dentes afiados e que começou a rosnar. Eu senti tanto medo naquele momento que minhas pernas até cambalearam. O lobo então foi se aproximando e o pai de Mario, que ainda estava com sua espingarda atirou no animal. Um tiro certeiro.

– Eu disse que a uma boa arma esses animais não resistem... – disse o pai dele, alegremente.

Mas quem dera que aquela arma fosse tão poderosa que pudesse se carregar sozinha, pois agora mais três lobos saíram do meio de grandes arbustos que tinha em um jardim em frente à praça, e após avaliar a condição do lobo morto, nos olharam e começaram a rosnar furiosamente para nós. Mais cinco lobos então chegaram, e se juntaram aos três.

– Protejam-se! – gritou Kauvirno.

Gaion então ordenou que seus soldados ficassem em posição de ataque, foram uma fila, um do lado do outro. Nesse momento mais seis lobos surgiram. Todos escuros e enormes, sempre rosnando. Gaion e os outros ficaram ali parados os observando. Eu não sabia o que eles iriam fazer.

– Andem com isso, criem logo esse portal... – gritava Mario.

– Não esta sendo tão fácil, filho...

Eu olhei para o alto e bolas de fogos se aproximando. Eram os Soberanus, ou talvez Melissa. Naquela altura eu já estava perdido em saber com quem estávamos lutando. Eu só tinha uma chance, e teria que ser naquele momento. Eu tinha que fazer e conseguir, senão eu poderia matar a todos se eu errasse. Eu tinha que saber se o colar realmente estava confiando em mim. Fechei meus olhos e me concentrei em meu soldado de fogo e logo ele surgiu.

– Como pode me ajudar? – eu perguntei a ele.

Ele mexeu a cabeça e depois olhou para os lobos, tornando a olhar para mim novamente. Nesse momento os lobos começaram a correm em nossa direção. Mais dez lobos haviam surgido de repente. Gaion e seus soldados então pareceram triplicar seu tamanho, quando raízes saiam de seu corpo e atacavam os lobos, jogando-os para os todos os lados. Agora víamos virando a rua logo a frente mais uns quinze lobos.

Meu soldado de fogo fez um sinal com as mãos pedindo que nós nos aproximássemos uns dos outros. Eu mandei que todos ficassem juntos, ele então ficou maior e logo depois nos circulou com fogo, evitando que os lobos atravessassem o circulo. Enquanto isso Gaion e seus soldados ainda lutavam contra lobos. Três deles pularam em cima de um dos soldados e começaram a mordê-lo, outro soldado lançou fortes galhos em direção aos lobos e os segurou, apertando até a morte.

– Andem logo com isso... eles estão sendo atacados. – gritava Sara.

Eduardo estava do meu lado, e chorava sem saber o que fazer. Mario então retirou sua varinha do bolso e lançava raios em direção aos lobos que de nada adiantava. Apenas os distraia. Podia não matá-los mais parecia incomodar quando os raios tocavam em seus corpos. Sara começou a fazer a mesma coisa, assim como Eduardo, enquanto os outros ainda tentavam criar o portal.

Mais um vez eu olhei para o céu e vi que as bolas de fogo se aproximavam cada vez mais. Eu tinha que tentar, eu não podia demorar.

– Gaion, se formos embora, você consegue sair daqui antes que mais deles surjam? – eu perguntei aos gritos.

– Sim, senhor... vá... AGORA!

Eu senti um forte calafrio quando eu comecei a pegar fogo. Eduardo pareceu impressionado ao ver aquilo. Eu cheguei a levitar e com o meu corpo ardendo em chamas eu senti uma coisa explodir. Eu sentia meu corpo emanar um poder tão grande, e mesmo assim aquilo não parecia me cansar. O circulo que meu soldado havia feito para nos proteger dos lobos pareceu se intensificar até que de sua cor avermelhada ele ficou azul, assim como o fogo em meu corpo, foi então que de repente estávamos um olhando para o outro, atônitos.

Não havia mais Gaion e seus soldados, não havia mais lobos. Nem estávamos mais na cidade. Ao me virar vi uma bela casa. Era a casa de Kauvirno.


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Notas finais do capítulo

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