A Morte tem olhos carmesim escrita por Witches


Capítulo 12
Essência do Caos


Notas iniciais do capítulo

Alguns erros não podem simplesmente ser perdoados. O tempo não é capaz de fechar todas as feridas...
Entretanto, o destino tem seus próprios desígnios e cabe a ele unir ou desfazer laços.
Independente da vontade alheia...



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— Eu mandei você ir embora. — as mãos do serial killer apertavam a garganta de Lyanna com força, o rosto dele tão próximo ao dela que podia sentir sua respiração — Fui piedoso e magnânimo, querida. E o que você fez? Ignorou categoricamente meu aviso. Agora, terei que te matar…

— Quero ver você tentar… — ela respondeu entre dentes, a voz abafada pela falta de ar. Então, ela enlaçou as pernas ao redor do tórax dele, impulsionando para o lado. Eles rolaram pela cama e caíram no chão, onde a mercenária se desvencilhou e agarrou a arma que deixara a um canto. Com um “click” surdo, ela a engatilhou e apontou para o assassino.

Ele achou graça: — Acha que vai me matar com isso?

— Sei que não. Mas vai fazer um belo estrago, que levará um bom tempo para regenerar.

— Vai realmente atirar nesse corpinho que você tanto aprecia? — ele provocou — O B ficaria tão triste…

A caolha soergueu uma sobrancelha, tentando entender o que realmente estava acontecendo: — O que você é, afinal?

O sorriso que se abriu fez a mercenária se arrepiar até os ossos: — Ora, mas que indelicadeza a minha… Você sabe bem quem sou, embora naquele dia nosso encontro tenha sido breve. Permita-me que me apresente formalmente. — ele abriu os braços de forma teatral, e fez uma mesura exagerada — Eu sou a essência da loucura, o mal puro e simples. Eu estava aqui no início e estarei quando tudo chegar ao fim. Eu sou o que as vítimas de Beyond Birthday vislumbram antes de seus olhos se apagarem para sempre. Eu sou Deathday. E serei a última coisa gravada na sua retina antes de arrancar esse belo olho azul do seu rosto…

Lyanna engoliu em seco. A mente dela estava a mil, trabalhando freneticamente para tentar compreender. Ele seria um demônio, habitando o corpo de Beyond? Ou uma segunda personalidade? E como deveria proceder quando a isso? Matá-lo não era uma opção. Seria preferível fugir e esperar que ele voltasse ao normal?

 

Suas cogitações foram interrompidas quando ele simplesmente sumiu de seu campo de visão, como se tivesse evaporado em pleno ar. — O que…?

A frase morreu quando ela sentiu a mão fria dele novamente em seu pescoço, empurrando-a contra a parede, enquanto a outra agarrava o pulso que segurava a pistola, torcendo com força e fazendo com que ela deixasse a arma cair. A dor lancinante que veio a seguir a fez perceber que seu pulso estava quebrado.

— Nada de armas se fogo, querida. São instrumentos tão sem graça… Agora, uma boa lâmina já é outra coisa. — ela viu de relance um punhal surgir na mão de Deathday — Que tal observarmos em quantas partes esses belos seios podem se dividir?

Antes que a lâmina pudesse tocar em sua pele, Lyanna deu-lhe uma violenta joelhada nas partes baixas, ao mesmo tempo que usava a mão boa para golpear-lhe a cabeça. Por um instante, ela se viu livre do aperto dele, mas não teve tempo para comemorar, porque ele partiu para cima novamente, desfechando golpes aleatórios com o punhal, como se as porradas que levara não lhe causassem dor nenhuma. Ele era infinitamente mais rápido, mais ágil, e aparentemente imune a dor. A mercenária não tinha como lidar com aquilo.

Desviou da lâmina o quanto pode, e então resolveu usar o Dissolution para sair dali e tentar planejar algo… Mas falhou miseravelmente. Mesmo quando seu corpo já tinha se convertido em sombras, a mercenária sentiu as mãos de Deathday a segurarem, puxando-a novamente ao estado normal. Ela foi arremessada contra o chão, batendo as costas contra o piso. Quando se deu conta, ele já estava em cima dela, imobilizando-a enquanto a encarava com um ar de superioridade.

— Sombras? Sério? Eu sou as trevas, docinho, não pode me ganhar no meu próprio elemento. Você é uma gota, eu sou um oceano inteiro.

Lyanna engasgou, e soltou uma risada. Obviamente, era de nervoso. Afinal, tudo parecia um terrível pesadelo.

— Você é um alter ego extremamente irritante. — ela o encarou, petulante, mesmo sem conseguir se mexer debaixo do peso dele — Mas ainda assim, é só uma sombra do B…

Foi a vez dele rir, soltando uma sonora gargalhada: — Você se acha tão esperta, não é? Deve ser mal de família, aquela vadia de olhos coloridos também se acha a tal… Mas vocês não sabem porra nenhuma. Você pensa que só porque entrou aqui dentro sabe alguma coisa? Você só viu o que eu deixei você ver.

A ponta do punhal entrou na carne, perfurando o seio esquerdo enquanto um filete de sangue começava a escorrer. Lyanna gritou, e se sacudiu, numa tentativa inútil de se libertar, porém isso só fez a faca afundar ainda mais. Ele aproximou o rosto do dela, sussurrando: — Você vai morrer bem devagar, pedaço por pedaço… Sabe porque o Beyond veio a esse quarto naquele dia, pedindo açúcar? Porque eu quis. Estávamos entediados com essas vítimas delicadas que morrem assim tão fácil, e queríamos fazer uma nova experiência. Pretendíamos descobrir o quanto uma vampira podia durar nos nossos joguinhos…

— Porque… eu? — a voz da mercenária saiu embargada pela dor, e pelo choque da revelação.

— Porque você é um ser desprezível. Alguém que ninguém sentiria falta. Uma assassina, uma puta, um monstro que ninguém faria questão de buscar os restos. Diversão prolongada e garantida, sem interrupções.

As palavras dele doeram mais que a faca, ou que o pulso quebrado… Porque eram a mais pura verdade. A lâmina entrou mais na carne, e Lyanna desistiu de lutar.

"É mentira!” — foi a vez de Beyond gritar na cabeça de Deathday “— Eu me importo. Ela é minha, e você não vai matá-la. EU NÃO SOU UMA MARIONETE SUA!”

Foi o suficiente. A consciência de Beyond ergueu-se, sobrepujando Deathday e o empurrando de volta para a escuridão. E quando ele voltou a si, se deu conta de que estava em cima de Lyanna, segurando um punhal cravado quase até o cabo em seu peito.

— Ly… Perdoe-me… — a lâmina foi arrancada e jogada longe, enquanto ele puxava a mercenária para o seu colo. Ele se esticou para pegar a toalha que tirara dela antes de todo aquele inferno começar, e usou-a para conter a hemorragia. — Vai ficar tudo bem, logo vai começar a regenerar. Você ficará bem…

O olho azul da mercenária se focou nele por um segundo, antes dela deslizar para a inconsciência. Mas uma última frase ficou ali, antes dela apagar: "… aquela vadia de olhos coloridos também se acha a tal…" Sua meia irmã corria perigo também. E mais uma vez ela não soube porque isso importava…

No dia seguinte, bem cedo, uma garotinha entregou um bilhete endereçado a Nymeria Lindberg nos portões do castelo. Não tinha assinatura ou sinete, e dizia simplesmente: "Beyond carrega um demônio. Cuidado."



 

 

Nymeria Lindberg estava na sua sala de estar quando recebeu a mensagem, que foi-lhe entregue por Dancer. A garota lançou um olhar feio na direção do visitante que estava com sua senhora naquele momento, e retirou-se a seguir. A própria Nym não fez mais que desdobrar o bilhete, lê-lo rapidamente – afinal, não se tratava de uma mensagem grande – e guardá-lo de novo, sem expressar qualquer emoção. Embora, é claro, aquilo explicasse algumas coisas.

— Ela está zangada comigo também?

— Ela gostava dos cachorros. — respondeu a anfitriã, embora fosse claro que não era apenas Dancer que tinha afeto pelos bichos. — E eu diria que ambas não estamos zangadas, mas sim putas, com você.

Beyond Birthday encolheu-se com o olhar de fúria contida dela. Ele estava acostumado com o palavreado chulo de Lyanna, mas não se lembrava de ter ouvido nenhum palavrão sair da boca de Nym desde o instante que os dois se cruzaram. Isso adicionado ao fato dela chamá-lo de “você”… é, ela realmente parecia puta. E provavelmente estava tão puta quanto parecia estar.

— Sinto muito.

Ele teve a decência de ser sincero, pelo menos. Nym, que havia assumido uma postura bem tensa, no mínimo ameaçadora, recostou-se novamente na cadeira, sem deixar de encará-lo.

— Acha mesmo que isso basta?

— Talvez ajude um pouco? — ele permanecia encolhido contra o sofá. A pergunta era bastante retórica, e o próprio Beyond foi forçado a respondê-la. — Não, não ajuda em nada.

— Exato. — Nym ficou em silêncio. Ela considerou as palavras do bilhete, e não teve dúvidas de quem ele vinha. Só uma pessoa se daria ao trabalho de avisá-la sobre esse tipo de coisa, e ao mesmo tempo conheceria Beyond o bastante para sabê-lo. Os segundos se arrastaram enquanto ela permanecia em silêncio. Colocar a culpa em um demônio era simples. Era mais simples que admitir que havia confiado em um serial killer maníaco e havia arrependido-se dessa decisão.

O que aquelas duas irmãs tinham na cabeça, afinal de contas?

A ideia era ridícula. Ambas tinham informações o suficiente, sobre o que Beyond era, e o que fizera até então, e insistiam em sentir afeto por ele. Era uma idiotice sem limites. Certamente ele mataria as duas.

Mas havia o demônio. Nym poderia facilmente ignorar aquilo, mas Lyanna não lhe passaria uma mensagem falsa, ainda mais algo baseado apenas em conjecturas. Ela não se daria ao trabalho. E mesmo que Nymeria acreditasse naquela frase, as coisas não mudavam tanto assim de contexto. Ainda havia algo terrível sobre Beyond Birthday, algo que a ameaçava. E não apenas ela.

— Recebi uma informação sobre a sua… condição.

— Quem? — Beyond franziu a sobrancelha, mas a resposta veio em sua mente logo depois. — Ah.

Só podia ser Lyanna. Ele bem sabia que merecia aquele tratamento depois de tudo, e até entendia o lado das duas, mas estava com a justificada sensação de que elas estavam unindo-se contra ele. E aquela perspectiva não lhe agradava muito.

— Seja o que for dentro de ti que tenha causado isso… não muda o fato de que existem corpos enterrados no meu jardim. Não muda o fato de que eu tenha colocado minha confiança em ti, tolamente, eu admito. Não muda o fato que quebrou essa confiança.

— Nym, por favor, eu sei que… sei que fiz tudo errado, mas…

— Beyond. — Nymeria interrompeu-o, encarando-o com seus olhos desiguais. — Essa conversa acabou. No momento eu não estou confortável em tê-la. Não sei dizer se um dia estarei. — ela fez um sinal para que ele se levantasse, mandando-o embora.

O homem abriu e fechou a boca algumas vezes, incapaz de dizer qualquer coisa. Ele bem gostaria de colocá-la em seu devido lugar, Nym estava sendo um tanto quanto cruel e desalmada demais ali, e ele tinha assuntos importantes a tratar que nada tinham a ver consigo mesmo. Entretanto… ela tinha razão em agir daquela forma. Afinal, Nymeria Lindberg era conhecida pela sua paranoia, e ele tinha elevado-a a um outro nível com toda a situação dos cães. Beyond suspirou, sentindo-se exausto. Aquelas duas eram terrivelmente difíceis de se lidar quando estavam de mal humor.

Ele levantou-se e o bolinho de roupas que antes servira como cama para Yullie chamou-lhe a atenção. Estreitando os olhos, notou uma coisinha peluda e branca enfurnada em meio a eles. Um sobrevivente? Bem provável, embora não conseguisse entender como escapara dele… ou melhor, da escuridão profunda que habitava-o.

— Serei grata se deixá-la quieta. — Nym não estava olhando para ele naquele instante, e sim para o filhote. — Tivestes sorte.

— Por que? — ele questionou, sabendo que Nymeria estava referindo-se a ele com a última frase, e não à pequena criatura enfurnada no tecido.

— Se fosse Dancer naquele banheiro, não estaríamos tendo essa conversa.

— Tenho certeza que não. — Beyond disse, por um segundo bastante sério, e deixou o aposento. Se Nymeria não queria falar com ele, bom… ela poderia continuar sozinha naquela sala. Por hora, só lhe sobrava retornar para Lyanna e rezar para que a mulher estivesse com um humor melhor.

 

 

 

Era noite quando ele atravessou a cidade ao redor do Castelo Real e conseguiu, sem muito esforço, manter-se longe dos Olheiros do Rei. O homem escalou as muralhas externas com agilidade, e colocou dois ou três guardas que ousaram barrá-lo para dormirem quase que instantaneamente, acarretando-lhes pesadelos terríveis em seu sono. Ele planejava infiltrar-se sem ser notado e deixar o local da mesma forma, mas seus planos foram frustrados por um soldado vestindo negro. A armadura parecia pesada e era muito grande, e ele não era capaz de divisar quem poderia estar ali dentro.

Deveria ser alguém da Guarda Real, ou de um posto similar.

Seu único olho vermelho brilhou, pronto para lançar um feitiço, mas o defensor fora mais rápido. Uma manopla grandiosa fora fechada e vinha em direção ao seu rosto, provavelmente a ideia do cavaleiro era derrubá-lo com um único soco. O homem recuou a cabeça, o golpe pegando apenas de raspão em sua bochecha, tirando-lhe um pouco de sangue. Ele sacou uma adaga de suas vestes longas e girou-a entre os dedos, pronto para contra-atacar de uma maneira que destruísse um pedaço daquela armadura…

— Parem!

Ele não entendeu a própria reação ao escutar aquela voz conhecida, seu corpo simplesmente parou. Assim como o de seu adversário. Os dois se encararam e voltaram a sua atenção para a garota com orelhas de gato, que vinha correndo na direção deles e arfava. Ela parou seu avanço, inspirou e expirou profundamente, diversas vezes, para recuperar a compostura, então apontou para ambos.

— Edrik, Ruby, afastem-se um do outro agora!

— Ele estava invadindo o castelo. — Veio a explicação do cavaleiro. A voz era feminina, e Edrik uniu as sobrancelhas para fitar a armadura gigantesca a sua frente, perguntando-se o que era apenas metal e o que era carne ali dentro.

— Ele não vai causar problemas ao rei nem a família real, fique tranquila. — Nahiri argumentou, seu rosto movendo-se em direção a Edrik. — Você matou alguém?

— Ainda não. — ele respondeu de maneira soturna, embora houvesse um princípio de sorriso ardiloso em seus lábios. — De qualquer forma, meu assunto é com você.

— Mesmo? — a maga levou a mão direita ao coração, com uma expressão que simulava perfeitamente surpresa. Isso não pareceu convencer nem Ruby, nem tampouco Edrik.

— Vou colocá-lo para fora agora mesmo.

— Você pode tentar.

— Não comecem outra vez! — ela protestou, e então virou-se para Ruby. — Eu vou conversar com ele, você pode ir.

O cavaleiro de armadura – ou Ruby, mais especificamente – lançou um olhar mortal para o homem, virou as costas e deu grandes passos até chegar a uma distância específica, onde ainda conseguia vê-los. Nahiri, vendo que não conseguiria mais do que isso, apenas deu de ombros e apoiou as mãos na cintura.

— Bom. O que é tão importante que você tem de vir até o Palácio Real para me contar?

— Você está com algo que me pertence. — ele encarou-a, atentamente, dando um passo em sua direção. — E eu quero de volta.

— Esse “algo que te pertence” foi dado a mim, então, bem… — ela deu de ombros, abrindo um sorriso quase infantil. — Não é mais seu. Mas vou cuidar muito bem dele, pode deixar.

— Você sabe muito bem, Nahiri… — mais um passo, que encurtou drasticamente a distância entre os dois. A maga real era muito mais baixa que Edrik Lindberg, e perto de sua presença ela parecia sumir. Mas as aparências enganam, é claro, e Nahiri não tinha nada de inofensiva. Era preciso ter cautela perto dela. — Que eu não estou pedindo.

— E nós dois sabemos muito bem o que você quer fazer com o coração da serpente, e que isso não é uma boa ideia.

A mão direita dele subiu, os dedos fechando-se facilmente em volta do pescoço pequeno. Não havia força nenhuma sendo usada naquele gesto, porém, e Nahiri moveu a sua própria mão atrás do corpo, fazendo um sinal para que Ruby permanecesse onde estava.

— Isso não é da sua conta, Maga Real. O que minha irmã bastarda pediu em troca do coração?

— Eu lhe disse — Nahiri falou, de maneira tranquila. — Foi um presente.

— Se chama de presente ou de suborno, não me interessa. O que foi?

— Eu não aceito subornos, que tipo de pessoa acha que eu sou? — ofendida, ela segurou o pulso da mão que envolvia sua garganta. — Além disso, suponho que sua irmã bastarda está se envolvendo com alguma coisa muito séria. Ela me perguntou sobre vampiros, acho que…

Edrik não pode evitar rir. A risada dele tinha algo de perverso, que não dava margens a interpretação. Embora fosse em parte, claro, por conta da ingenuidade de Nahiri. O pirata lançou a ela aquele sorriso sombrio e aproximou-se o suficiente para que a respiração de ambos se misturasse.

— Ela de fato está envolvida em algo sério, afinal me traiu e roubou de mim. E você não sabe de nada, pequena e estúpida maga.

— Tão rude. — ela segurou mais firme, ao ponto que Edrik finalmente abria seus dedos e soltava seu pescoço. — Que tipo de jogo está fazendo desta vez, Ed?

— Lhe farei a cortesia de deixá-la descobrir sozinha. — ele deu um passo para trás, ainda observando-a com aquela expressão carregada de sombras. — Em troca de sua reticência em me devolver o que consegui com muito esforço.

A expressão levemente nervosa dela tornou-se um sorriso e então ela soltou-o. — Você vem até aqui e sai sem levar nada? Isso não é bem do seu feitio.

— Nós dois sabemos que se eu quisesse levar ao menos uma vida, eu o faria. Não abuse da minha paciência, Nahiri.

— Então tem coisas mais urgentes a fazer do que resolver isso?

— Tenho. Essa conversa ainda não acabou, ela só será adiada por um tempo. — ele girou nos calcanhares, afastando-se ainda mais. Então, ergueu um dos dedos em direção aos céus. — Aguarde e decifre seu enigma, se quiser. Estarei de volta com a próxima chuva.

E partiu. Deixando para trás uma maga receosa, uma guerreira irritada e três guardas parcialmente loucos. Considerando todo o estrago de que Edrik Lindberg era capaz, aquilo não passava de uma pequena brincadeira. Na verdade… qualquer pessoa não poderia tirar da cabeça que, se Edrik não estava causando problemas visíveis, certamente alguma coisa estava acontecendo por trás das cortinas.

E ele agindo nas sombras nunca era um bom sinal.


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