Annabella Starks

Fui até a piscina como se eu tivesse todo tempo do mundo, mas chegando lá, meu queixo caiu. Os quatro meninos estavam dando risada. Isso significava que...

— ANNABELLA STARKS! — Peter gritou novamente.

Ah, você está de brincadeira comigo?

Eu gastei meu maquiavélico sabão no meu próprio irmão?

Que merda.

Peter estava só de toalha e percebi que ele tinha ganhado um belo corpo ao passar do tempo. Por isso as meninas gostam tanto assim dele, mesmo sendo tão descartáveis como papel higiênico...

Falar que ele estava sujo era um entendimento. Peter tinha tinta preta escorrendo por todo seu corpo e até estava sujando sua toalha branca. Se a pegadinha fosse pra ele, eu até teria rido.

— Ah, que saco, Peter, você acabou com meu plano — disse, emburrada — falando nisso, por que diabos você estava tomando banho na ducha?

Ele bufou.

— Meu chuveiro está com um dos canos quebrados, então decidi tomar aqui, já que tinha vindo dar um pulo na piscina também.

— Hm — disse mal-humorada.

Meu humor mudou constantemente para “estou babando por corpos masculinos” quando eu virei para olhar os meninos.

Todos eles, TODOS mesmo tinham um corpo esculpido pelas divindades. Tommy e Rory tinham um corpo esculpido, mas nem tanto, talvez por causa da altura. Como Dylan era alto, sua aparência sexy dava mais destaque além do fato que – assim como Leon – ele tinha um belo tanquinho. E com Leon - quase caiu meu queixo - Leon tinha tanquinho e seus braços eram um pouco musculosos, não era nada exagerado e era muito sexy.

Meu Deus, vou pro inferno depois dessa.

Tentando esconder toda a minha baba, decidi me desculpar com Peter e falar que o meu alvo era algum dos meninos. É lógico que eles perguntaram porque e eu respondi apenas que eu estava entediada e porque achei que seria divertido.

E seria. Ninguém podia negar.

*

No dia seguinte, achei que eu iria morrer de tédio e irritação.

O clima de Londres me irritava, ele mudava constantemente. Por exemplo, ontem estava sol, hoje está chovendo e amanhã adivinha? Estará sol de novo. Por causa da porra da tempestade que teve pela madrugada estamos sem luz faz umas quatro horas. A previsão da volta da energia era daqui mais quatro horas, pois nossa rua não era a única sem luz.

E por causa disso eu estava sem nada pra fazer.

E por isso eu estava observando as gotas de chuva escorregarem pela janela do meu quarto.

Os meninos estavam lá em baixo fazendo sabe Deus o que.

No dia anterior eles tinham saído para finalizar uns papéis, algo sobre um novo álbum. Como tudo estava pronto, hoje eles iriam ficar em casa.

Nessas três horas (pois durante a 1ª hora eu estava ainda dormindo) em que eu fiquei sem energia eu toquei piano e li uns quadrinhos que eu achei no meio das coisas do meu irmão sobre os vingadores. Depois que eu cansei vim parar aqui.

Observando a chuva.

Tédio tediosamente tedioso.

Ouvindo meu estômago roncar afinal já passava do meio-dia, desci as escadas para comer alguma coisa.

Os quatro garotos estavam sentados como índios, jogando “verdade ou desafio”.

Com certeza foi ideia do Tommy.

— Hey Bellinha — Rory disse ao me ver — quer jogar?

— Hm não — respondi sem hesitar.

Eu simplesmente ODIAVA esse jogo. Desde o que aconteceu quando eu estava na quarta série.

Uma pequena eu estava durante o intervalo com suas amigas. Nessa época, Henry e Jack não eram da mesma classe que eu, por mais que fôssemos amigos, então não passava o intervalo com eles.

— Vamos jogar verdade ou desafio! — disse uma das crias do demônio.

Todos concordaram. Eu aceitei já que não tinha nada melhor pra fazer.

Na minha terceira vez, decidi ir por desafio, pois as pessoas já estavam começando a me encher o saco. Eu não deveria ter feito isso.

O resultado disso foi eu ter que me confessar pro garoto que eu gostava, Elliot, na frente de todo mundo. E o resultado disso foi eu ter sido feita de piada pelo próprio garoto que eu gostava na frente de todo mundo.

Estremeci ao lembrar dos acontecimentos. Outro motivo que eu não gostava de verdade ou desafio era o fato das pessoas não entenderem o que é brincadeira e decidirem que “verdade ou desafio” é o mesmo que “beijo na boca”. Ah, por favor.

Peguei na cozinha um pacote de “Orios” e uma xícara de café com leite. Depois que eu terminei, decidi ir ver os meninos jogar.

Quando cheguei na sala, Leon estava com uma cara vermelha, Tommy ria, Dylan estava com um sorriso malicioso e Rory também. Peter estava com uma cara estranha entre uma careta e um sorriso malvado.

Fiquei olhando para Dylan. Era a primeira vez que eu o via sorrir daquele jeito. E eu precisava admitir que era bem sexy.

Meu Deus, estou me tornando uma pervertida.

Passei as outras quase 4 horas tentando me ocupar. Arrumei meu quarto – eu sei, milagre! – e decidi procurar algum livro de Peter pra ler.

Ele também gostava de ler, mas não tanto quanto eu. Fui até o quarto dele que era bem mais organizado que o meu.

Na parede tinha um quadro com fotos. Fotos nossas e dele com os meninos. Na outra parede tinha uma escrivaninha com alguns papéis e pastas em cima, um telefone e um Ultrabook. Ao lado tinha uma cômoda com 4 gavetas e uma TV em cima. Na 3ª parede, tinha um armário não muito grande e na última parede ficava sua cama box de casal. Em cima da escrivaninha percebi que tinha duas prateleiras. Uma tinha uns enfeites. Um era uma garrafa daquelas de madeira de tavernas muito escura, tão escura que parecia preta, um cofre de metal, uma mini Ferrari preta e um relógio digital.

Sorri ao ver a Ferrari, foi um presente meu de despedida quando ele tinha saído de Cambriage. Ele falava desde pequeno que gostaria de andar numa Ferrari.

Na outra prateleira tinha DVDs e livros. Comecei a olhar os livros e achei um que eu já tinha ouvido falar sobre. “Game of Thrones”.

Peguei o livro e fui até o meu quarto ler.

Três horas depois de leitura e eu já queria matar um tal de Joffrey. Aquele cara simplesmente irritava até a minha última célula e toda vez que eu ouvia falar sobre ele, queria atirar ele num poço bem fundo e deixar ele já, apodrecendo.

Ainda estava chovendo então os carinhas que iam consertar a luz disseram que assim que a chuva parasse eles iam começar a arrumar tudo.

Sentindo um sono enorme, decidi dormir um pouco. Fechei as janelas, deixei o livro ao lado da cama e me cobri com uma coberta que achei na casa de Peter roxa.

Depois de dez minutos eu já estava dormindo.

Eu estava de volta em Cambriage, na minha faculdade. Achei estranho, mas não questionei nada. Andei pelos corredores procurando minha sala de aula, quando cheguei lá vi os 4 garotos. Estranhei e outra coisa me fez estranhar COMPLETAMENTE.

Eles estavam vestidos de coelhinhos.

— Mas que diabos...

Minha cara deveria estar parecendo a de um peixe com os olhos esbugalhados e a boca aberta esquisitamente.

— Hey Annabella — eles disseram. E todos estavam sorrindo. O LEON ESTAVA SORRINDO.

Pergunto de novo: mas que diabos?

Tommy veio ao meu lado e abriu a boca pra falar alguma coisa. Mas tudo que ouvi foi um barulho de gaveta se fechando.

PÁ!

Acordei silenciosamente e abri meus olhos. Ao ajustarei na escuridão peguei o vislumbre de um vulto saindo do meu quarto. Fui até a porta silenciosamente e vi Leon se esgueirando silenciosamente pela casa.

Arqueei uma sobrancelha estranhando e fui ver o que ele mexeu nas minhas gavetas. Foi fácil de saber qual era, pois a gaveta que ele mexeu tinha um pedaço de roupa preso pra fora. Abri a gaveta e percebi que era onde ficava minha roupa íntima.

Comecei a xeretar e vi que faltava uma calcinha minha de bolinhas verdes.

LEON RIDER ACABOU DE ROUBAR MINHA CALCINHA?!