Innocent MaDnEsS escrita por ApplePie


Capítulo 2
Chapter 1 - Hey Brother


Notas iniciais do capítulo

Hello muchachas!!!
Quero agradecer à “Drama of the Curls”, à “Alice Bass”, à “Eleanor” e à “rosy silva” por terem favoritado minha história.
Para quem estiver na dúvida, a música que a Annabella estava cantando no quarto no começo do prólogo se chama “Diary of Jane” da banda “Breaking Benjamin” =D É uma ótima música, já a música do “Innocent MaDnEsS” como eu já havia dito, são escritas por mim,
I hope you enjoy,
Kissus



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Annabella Starks

Depois de uma longa e cansativa viagem, eu finalmente tinha chegado a Londres.

Inspirei o ar. Ah, a gostosa sensação de poluição.

Decidi ligar para o Peter, avisar que eu estava chegando. Eu peguei um táxi e fui até o endereço que meu irmão havia me dado.

Mandei uma mensagem dizendo que eu estava viva para minha mãe, mas Peter não atendia ao telefone. Bufei.

Eu estava com muita saudades do meu irmãozão. A quase três atrás, meu irmão disse que teria que vim morar em Londres, a trabalho. Eu acabei brigando com ele, dizendo que depois de tanto tempo dele dizendo que nunca iria me abandonar, simplesmente decidiu ir para Londres. Ele acabou tendo que me prometer me ligar uma vez por semana, pelo menos.

E me enviar presentes.

Muitos presentes.

Eu ainda lembro de quando bateram na nossa porta, dizendo que meu pai sofreu um acidente de carro. Estava chovendo, como se o céu estivesse chorando também. A porta da sala abriu, revelando um amigo de trabalho do meu pai, Clint, acompanhado de alguns policiais. Eu estava na escada vendo minha mãe conversando.

Eu não pude ouvir nada, só lembro que minha mãe começou a chorar e a gritar. Clint tentou consolá-la, mas ela começou a afastá-lo e a gritar com ele. Eu subi as escadas correndo.

A voz do policial, os gritos da minha mãe e a imploração de Clint para que minha mãe se acalma-se estavam me atormentando. Eu corri para meu quarto, subi na minha cama e me enrolei no cobertor.

Alguns minutos depois, Peter apareceu no meu quarto, me segurou como um bebê (já que naquela época ele era consideravelmente maior do que eu) e começou a sussurrar palavras encorajadoras. Depois apenas choramos em silêncio, até minha mãe ir nos ver...

— Senhorita — o taxista chamou, dispersando minhas lembranças — chegamos.

Tomei um fôlego e desci do táxi depois de entregar o dinheiro.

Meu queixo caiu.

Quando Peter falou que ele estava vivendo no luxo, ele não estava exagerando. Ele estava numa puta mansão! A casa era enorme e totalmente moderna. Bonita e impecável.

— E nem para me dar um Playstation 3 de natal — murmurei enquanto subia a escadinha de pedra que tinha na entrada.

Toquei a campainha e nada. Depois de tentar tocar umas três vezes, percebi que uma das janelas estava aberta. Fiz o que toda boa garota faria.

Comecei a escalar a casa.

Se a janela estava aberta significava que meu irmão tinha largado o alarme desligado de novo. Eu precisava falar sobre isso com ele, afinal eu não queria acordar no meio da noite com um ladrão batendo na minha janela. “Olá, vamos conversar enquanto eu roubo sua casa!”

Não.

Eu sabia que eu não deveria ter matado aquelas aulas de Educação Física quando estava no colegial! Agora pareço uma velha que está tentando ser a Mulher Aranha.

Não a Dona Aranha porque não quero que venha nenhuma chuva forte e me derrube.

Nossa senhora, o que tinha naquela água que eu tomei ao chegar a Londres para ter esses trocadilhos de bêbados num boteco da esquina?

Eu estava quase lá. Podia já ver a fresta da janela próxima.

Se eu cair agora, vou morrer. Peter seu filho de uma melancia...

...Desculpa, mãe. Você não é uma melancia.

Segurando no parapeito da janela, empurrei o meu corpo e, como se fosse uma foca fora da água, consegui subir na janela e cair no chão do quarto.

— ESTOU VIVA! — exclamei para os céus.

Foi então que eu ouvi um barulho e vi um vaso vindo na minha direção.

Não sei da onde surgiu reflexos iguais aos do Capitão América que consegui desviar.

— HEY! — eu gritei.

E parado na porra da porta, estava meu querido irmãozão.

Meu futuro morto irmãozão.

— MAS QUE PORRA, PETER! NÃO DAVA PRA ABRIR A MERDA DA PORTA? AGORA TIVE QUE SUBIR ESSA DROGA DE CASA INTEIRINHA. EU QUASE MORRI!

— Bell? — ele disse perplexo ignorando minha explosão.

— Não, Papai Noel. Que saco, Peter, quase morri aqui.

Ele soltou o outro vaso que ele tinha na mão e veio me abraçar.

— Senti tanto sua falta!

— Eu também — eu disse e me lembrei da minha quase morte — porque não abriu a porta?

— Eu estava no banho e do nada ouvi um barulho que parecia um hipopótamo aterrissando em meu quarto.

Bati em seu ombro ao ouvir “hipopótamo” e percebi que ele estava de roupão.

— Ah, entendi. Bem, irmãozão, se me der licença, vou buscar minha bagagem que está na porta da casa.

E com isso eu fui buscar minhas mochilas e Peter foi terminar o banho. Murmurando a música do Artic Monkeys, “R U Mine”, busquei minhas mochilas.

— Peter — gritei para o banheiro — onde ponho as minhas mochilas?

— Segundo quarto no corredor à esquerda.

Carreguei minhas mochilas até lá e como a boa menina que sou taquei tudo no chão. Subi na cama e comecei a pular. Ela era bem gostosa. Tinha um cobertor lilás. As paredes eram brancas e vi que ele já tinha separado um piano para mim.

Sorri. Peter nunca se esquece das minhas paixões.

Decidi ficar descalça, pois não estava frio. Depois, voltei ao quarto do meu irmão, e o vi apenas de calça jeans secando o cabelo.

Peter era bem diferente de mim. Bem... Nem tanto. Meu cabelo era negro como o da minha mãe, já o de Peter era castanho claro assim como o de meu pai. Nós dois compartilhávamos os mesmos olhos de meu pai: azuis. Já os olhos de minha mãe eram verdes.

Pelo menos Peter não tinha que usar óculos. Meus óculos eram um saco. Mas eu não gostava de lentes de jeito nenhum.

Percebi que meu irmão tinha ficado mais forte desde a última vez que o vi – o que fazia uns quatro meses. E com uma cara de mais velho, afinal ele já estava com vinte e dois anos.

— E a mamãe? — ele perguntou ajeitando o cabelo e pendurando a toalha.

— Já entrou no avião.

Ele assentiu e virou-se, me puxando para abraçá-lo. Depois de descolar nossos corpos, ele bagunçou meu cabelo. Ele sabia que eu ODIAVA que mexessem no meu cabelo.

— Você cresceu, criatura.

— E você engordou, diabo.

Ele fingiu que estava ferido e começou a fazer um drama de como eu era fria com ele e de como eu deveria amá-lo.

Apenas revirei os olhos e dei um tapa em sua cabeça.

— Vou preparar a casa. Vamos ter convidados.

— Sério mesmo? — eu disse com uma voz manhosa. Eu queria passar essas férias com Peter. Não com as vadias de Peter.

Uma das coisas que eu não gostava de meu irmão era que ele andava com muitas vadias. Quando ele estava no colegial e eu ia até a sua escola para entregar alguma coisa que nossa mãe pedia, eu percebia que:

1 – ele era popular

2 – tinha muitas garotas atrás dele

3 – por causa disso, a cada mês ele tinha uma garota

Mas mesmo com esse defeito, ele sempre foi uma pessoa incrível. Eu não o trocaria por nada.

— Não se preocupe, sua sociopata, eles são legais. E não são garotas.

— Quantas pessoas?

— Quatro.

— Ugh — grunhi, mas não disse mais nada.

Peter começou a dar risada e subiu as escadas, provavelmente para arrumar os quartos. Aí uma coisa que eu adoro em meu irmão: diferente da maioria dos garotos, ele é organizado. Ainda bem, pois eu não sou, isso significaria duas vezes mais bagunça.

Comecei a cantar baixinho uma das antigas músicas de Innocent MaDnEsS: “Chained”.

Here I stay damned for a life of pray…

Chained, I look away,

Ignoring the tears and the pain…

Essa era uma das primeiras músicas que eles fizeram, um pouco mais lentas. A voz de Leon sempre me vidrava nesse tipo de música. Suas cordas vocais eram incríveis, pois ele conseguia alcançar notas agudas e altas como dessa música até notas bem mais graves ou baixas.

Ele sabia tocar violino, violão e guitarra. Descobri algum tempo atrás que a maioria das músicas são escritas por ele.

Depois tem Tommy que é o ser mais fofo da face da terra que toca baixo e faz a segunda voz. Sua voz é suave, perfeita para o fundo das músicas. Dylan é o guitarrista principal e soube que ele sabe tocar violão também, sua habilidade realmente me impressiona e eu daria de tudo para ter aulas com ele. Rory, o baterista, também é bastante habilidoso mesmo só sabendo tocar bateria.

Tommy, Leon tem a minha idade, dezenove anos, enquanto Rory e Dylan tem vinte.

Keep me sane, my angel, my bane,

Just don’t let meeee…

Helpless and for death…

A emoção das músicas deles realmente me impressionava.

O meu monólogo sobre a banda terminou quando ouvi o barulho da campainha.

— Hey, Annabells, pode atender para mim? — meu irmão perguntou, gritando de um dos quartos.

— Tá legal! — respondi de volta.

Fui até a porta e a abri.

Congelei ao ver quem estava do outro lado da porta.


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Notas finais do capítulo

Hehehe, sou do mal, parei numa parte importante...
Bem, espero que tenham gostado =D O próximo acredito que será melhor, pois conheceremos os garotos.
Para quem acompanha minha outra fic: eu postarei o próximo amanhã!
Tentarei postar o capítulo 2 dessa fic entre segunda e terça.
Até lá,
Byebye