Don't Touch My Cookies escrita por ApplePie


Capítulo 7
Capítulo 6 - Em briga de rivais não se mete os començais


Notas iniciais do capítulo

Hello muchachas!!
Quero agradecer à “mari tosin” e à “Yuumi Yagami” por terem favoritado minha história =D
I hope you enjoy,
Kissus



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Amelia Del Crucci

Já houve muitos momentos em que eu queria matar alguém. Quando um menino filho da puta tacou uma bola na minha cabeça na aula de educação física, quando a vaca da minha vizinha comprou três cachorros que ficaram latindo o dia inteiro, quando uma garota começou a brigar comigo no refeitório porque eu tinha derramado sem querer suco de laranja na sua saia... Ou melhor, num trapo de pano que parecia mais uma calcinha.

Mas nunca, NUNCA eu quis ESTRANGULAR, ESQUARTEJAR E DAR PRO BOI COMER tanto quanto eu queria fazer com Trevor. Eu tinha muitos motivos para querer que isso acontecesse:

1) Ele se achava a última bolacha do pacote de Marte

2) Ele estava flertando demais

3) Ele era um babaca

4) Ele sabia desenhar MUITO bem o que me deixava puta porque ele era um babaca e babacas não deveriam saber desenhar.

Simples assim.

Eu sempre tive um pequeno problema com calma. Eu precisava estar num completo estado de meditação para conseguir realizar meus trabalhos 100% e, infelizmente, com um Trevor do meu lado, eu não conseguia nem chegar no 50%.

— Será que dá pra calar essa sua boca? — exclamei.

Quando eu era pequena, tive muitos apelidos como “língua de fogo”, “esquentadinha”, “pimentão” entre outros por causa do meu cabelo e temperamento.

Eu tinha certos problemas em controlar minhas emoções. Ainda mais meus ataques...

— Que isso, Amelia, não precisa ficar esquentadinha...

Bati minha mão na mesa, com certeza atraindo atenção de muitas pessoas.

Ótimo, pensei, nem comecei e já terei fama de garota problemática. Mesmo assim continuei.

— Olha, Trevor, se eu ganhasse uma libra por cada vez que alguém faz alguma piada com meu humor relacionado a cor do meu cabelo, eu seria rica. Então me faça um favor: seja original ou então cale essa sua boca e me deixe desenhar.

E com isso eu continuei a desenhar.

Se tem uma coisa que eu ODEIO fazer são narizes. Por que todos não poderiam dar uma de Hello Kitty e ter um ponto no lugar do nariz? Narizes são inúteis.

Oh Meu Deus!

O Trevor é um nariz.

Eu comecei a rir dos meus próprios comentários internos e ganhei alguns olhares estranhos.

Além de ser problemática, sou louca, as pessoas vão me amar...

Suspirando, vi que Trevor estava me olhando com um brilho divertido e com uma sobrancelha arqueada. Apenas o ignorei e voltei ao meu desenho.

Uma hora depois o sinal bateu e alguns que já terminaram o desenho foram entregar. Trevor foi um deles, já eu... Não.

— Aqui está, queria Alyson.

Porra, xavecando até a professora de artes? Apenas revirei os olhos e continuei meu desenho.

Ou ouvi uma arfada vinda da Alyson e vi espanto em seu olhar ao ver o desenho de Trevor.

— Meu Deus Trevor, isso está... MAGNÍFICO!! QUE DETALHES PERFEITOS!! MARAVILHOSO!

E ela começou a mostrar a todos o desenho feito por Trevor. Eu não aprovei isso porque era eu quem estava sendo desenhada.

Quando olhei para o papel, tive vontade de socar o Trevor. Realmente o desenho estava perfeito e eu até ficava bonita nele. Tudo era tão realístico que me espantava, ele usou sombreamento para destacar a luz no meu rosto e cabelo.

O desenho retratava uma eu lendo um livro num banquinho na praça. Ele ainda não tinha feito a praça – afinal ainda tínhamos mais 2 aulas para terminar esse trabalho – e faltava alguns detalhes ali e aqui na minha roupa, mas fora isso estava tudo perfeito.

Olhei para Trevor como se perguntasse como ele sabia que eu lia. Ele deu de ombros com um sorrisinho no rosto.

— Eu vi um livro dentro da sua mochila enquanto você pegava seu material e bem... Olhando pra você realmente dá pra imaginar você lendo um livro.

Apenas não falei nada, a culpa começou a roer por dentro por eu ter sido grossa com ele, mas não era minha culpa. Eu simplesmente odiava pessoas arrogantes e insistentes em flertar.

Apenas balancei a cabeça positivamente e me virei para pegar meu material e quando eu ia guardar meu estojo, uma mão me impediu. Me virei e deparei-me com Trevor.

Ele bagunçou seu cabelo como se estivesse com vergonha.

— Ahm... Desculpa por antes, eu queria me redimir. Vi que você tem uma certa dificuldade com algumas partes, posso te ajudar nisso depois da aula.

Apenas fiquei encarando ele. Algo não estava certo. Eu tinha algo que parecia um radar na minha cabeça, e esse radar apitava quando eu estava perto de alguém de má índole, e meu radar – vou batizá-lo de Beep – estava apitando loucamente perto de Trevor.

Então, tomei uma frente nem ofensiva nem defensiva.

— Ãhm... Eu gostaria de tentar por mim mesma, mas na próxima aula, se eu ainda estiver tendo dificuldades, falarei contigo.

Ele dei um sorriso e acenou quando saí.

— Se eu ainda estiver tendo dificuldades falarei com Ryden, isso sim — murmurei para as paredes.

***

Eu estava no refeitório que parecia ter saído dos livros de Harry Potter quando vi Ryden e Damien virem em minha direção.

— E aí, firegirl — Ryden realmente gostava desse nome — como foram as aulas?

No meu curso, tínhamos 4 aulas de uma hora e meia cada. Duas antes do intervalo e duas depois.

— Insuportáveis — suspirei — bem, pelo menos uma. A da Sra. Alyson. Eu tive que fazer par com um cara que... Não sei, não gosto dele. Quando eu o vi, ele parecia me querer como jantar, sabe? Ele foi num restaurante e perguntaram: ah, senhor, boa noite. O que quer como seu prato principal? Ah, ele responde, uma Amelia cairia bem com esse clima.

Damien e Ryden riram.

Logo depois avistei Cassidy chegando e sentando ao meu lado.

— E aí, otários? — ela disse.

Nós três respondemos a saudação dela – de uma maneira mais educada, é claro – e começamos a comer. Damien comia um pacote de salgadinho, Cassidy comia um pão de queijo e tomava um suco, Ryden estava comendo um lanche natural e eu estava comendo cookies, é claro, porém não eram os meus caseiros.

Poucos segundos depois Anna, Samuel e Drake surgem e se sentam na nossa mesa.

Me mexo inquieta, eu não gostava de ficar ao lado de Drake ao pensar no que ele deveria ter na manga pra mim.

Conversa vai, conversa vem, o sinal bateu e nos dirigimos para nossas respectivas classes.

Sentei na carteira e virei para trás. Avistei um Trevor com um sorriso no rosto, um que definitivamente não parecia sincero.

Iam ser longas suas aulas.

***

Ao chegar à mansão, eu coloquei minha mochila sob minha escrivaninha e me joguei na cama. Cansaço era um estado que eu já tinha passado fazia umas duas horas atrás.

Alguém bateu na minha porta e eu me levantei – com muita dificuldade – para abrí-la.

Eu não deveria ter feito isso.

Uma coisa gosmenta caiu em cima de mim, assim que eu abri a porta. Era uma gosma verde. Estremeci ao pensar o que era.

Só tinha uma explicação para tudo aquilo.

Saí batendo o pé e – depois de perguntar para um Rana bem preocupada – eu encontrei o quarto dele.

Esmurrei a porta ao invés de bater.

Ele a abriu como se não tivesse uma outra preocupação no mundo.

— Sim? — ele perguntou com um sorrisinho.

Filho de uma...

— O que você fez comigo?! — disse, segurando para não gritar.

— Ah, foi uma meleca estranha que decidi fazer na aula de gastronomia. Vai ovos, corante verde, água e um pouco de maisena.

— Ora, seu...

— Ah ah ah ah. Foi você quem começou.

— Porque você comeu meus cookies!

A essa hora nós dois estávamos gritando no meu do corredor, tentando ver quem estava com razão.

— CHEGA VOCÊS DOIS! — gritou uma Adelina que surgiu das cataratas do beleléu.

Respiramos fundo e fuzilamos um ao outro com o olhar.

— Deli, não se mete.

— É como dizem, né? — falei para o além — em briga de rivais não se metem os començais...

Os dois me olharam como se eu tivesse problema.

— Ninguém fala isso, ruivinha.

Rolei os olhos. Decidi parar a briga por ali mesmo, pois se eu continuasse acho que eu teria um dos meus ataques.

E ataques significam remédios.

E remédios significam Amelia triste.

E Amelia não sabe porque ela está falando em terceira pessoa.

Suspirando, voltei ao meu quarto para encontrar dois gêmeos na minha cama.

Damien me entregou uma toalhinha.

— Você sabe que não pode revidar a revidada dele, né?

Assenti com a cabeça enquanto limpava meu rosto com a toalha.

— Mas — disse Ryden — depois de uma outra pegadinha que você fizer, quando já estiver mais experiente nisso, podemos dar um belo jeito nisso tudo.

Olhei para eles que estavam com um sorriso diabólico no rosto. Sorri da mesma forma.

— Isso... É interessante.

Nós três rimos um pouco. Eles se levantaram.

— Agora vá tomar banho antes que fique fedendo a ovo podre — disse Damien.

— Só andamos com gente limpinha — brincou Ryden.

— Amo vocês também — gritei antes de fechar a porta do banheiro.


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Notas finais do capítulo

Heyyyy sexy ladies ;)
Espero que tenham gostado do capítulo.
Drake vingativo, huehuehue.
Enfim, gente, infelizmente eu tenho dois trabalhos trabalhosos para fazer até sexta, então só poderei postar depois do final de semana =(. Acredito que no domingo eu consiga postar =)
Até lá,
Kissus