Don't Touch My Cookies escrita por ApplePie


Capítulo 26
Capítulo 23 - O estranho eremita do tronco


Notas iniciais do capítulo

Hello muchachas!!!
Como estão?
Eu estou morrendo porque estou com uma puta dor nas costas e está um calor dos infernos aqui em SP.
Mas enfim, vamos ao capítulo.
I hope you enjoy,
Kissus



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/520779/chapter/26

Amelia Del Crucci

Eu estava muito irritada e eu nem sabia porquê.

Não, não era TPM.

Eu simplesmente não conseguia lidar com o mar de sentimentos que eu estava.

Drake me beijou e depois disse para eu esquecer, eu peguei um avião e eu odeio viajar de avião, depois eu peguei um trem e acabei brigando com uma mulher porque ela ficou me enchendo o saco falando que minha bagagem estava no caminho dela sendo que eu só estava tentando colocar a minha mala na minha cabine, e eu cheguei cansada, com sono e com fome na mansão.

Depois de um rápido “Olá” que eu dei para todos os que eu encontrei lá, subi direto para o meu quarto para tomar um banho quente e dormir.

Eu fiz uma coisa que eu geralmente não faço: taquei todas as minhas malas no chão e simplesmente fiquei deitada tentando controlar minhas emoções.

Dez minutos depois eu ouvi alguém bater na minha porta e eu mandei entrar. Adelina estava parada com uma expressão meio guardada.

— Está tudo bem? — ela perguntou calmamente.

Decidi ser franca.

— Não.

Ela entrou no meu quarto e fechou a porta atrás dela. Ela estava linda como sempre, com seu cabelo loiro impecável e expressão amável. Ela segurou minha mão e sentou-se na minha cama.

— O que aconteceu?

— Promete não contar para ninguém? — eu sussurrei.

Ela assentiu e se posicionou melhor na cama para me ouvir.

Eu contei tudo. Toda a viagem, Drake, meus sentimentos e a minha raiva no momento.

Ela pressionou os lábios firmemente como se estivesse pensando. Minha respiração estava apressada o que não era bom. Eu precisava me controlar se eu quisesse não tomar os remédios.

Sem dizer nada, ela me levantou da cama e me levou até a área ao ar livre da mansão.

Damien e Ryden estavam lá fazendo alguma coisa de comida. Eu congelei. Desde quando os meninos cozinhavam?

Ou melhor: desde quando eles faziam algo que não era pregar peças nas pessoas?

Adelina chamou eles enquanto estávamos caminhando.

— Hey, gente, viemos ajudar.

Alívio e alegria eram vistos pelos olhares dos irmãos. Eu ainda não entendi aonde ela queria chegar.

— Ótimo — Damien disse suspirando, cansado — eu não aguento mais afofar essa massa.

— Não é afofar, Damien — Adelina disse suavemente como se estivesse divertida.

— Foda-se — ele deu de ombros — só sei que eu gosto de comer a massa e não preparar a massa.

Ryden revirou os olhos e voltou a picotar tomates.

— Por que vocês estão aqui? — eu perguntei.

— Rana ficou brava porque nós inundamos o quarto do novato de água então obrigou a gente a preparar o jantar.

Novato? Foi então que caiu a ficha: Jeremy.

Fazia tempo que eu não o via. Algo provavelmente estava acontecendo, não era típico dele sumir assim. Eu decidi perguntar para ele quando encontrasse-o.

— São três horas da tarde ainda — eu estranhei.

— Tortas levam tempo! — exclamou Damien fazendo Adelina e Ryden rir.

— Bem — Adelina colocou um avental — enquanto eu vou preparando os ingredientes da segunda torta, Amy, porque você não vai ajudar o Damien afofar a massa? — ela segurou o riso quando falou a palavra fazendo o garoto revirar os olhos e resmungar alguma coisa.

Com um estalo eu percebi o que Adelina estava fazendo: ela queria que eu descontasse minha raiva na massa enquanto eu estava preparando ela.

Ah, eu vou aproveitar bem isso.

***

Dizer que os gêmeos estavam com medo de mim era um entendimento.

Ryden parou de cortar os legumes na hora e Damien olhava para mim com os olhos esbugalhados.

Eu socava a massa, batia nela, mexia ela, tacava ela de uma certa altura no balcão cheio de farinha e amassava ela como se ela fosse a personificação de toda a minha confusão sentimental.

Peguei o rolinho dela e comecei a passar com uma velocidade alta. A massa iria virar mingau daqui a pouco.

Adelina, com seus olhos sempre risonhos, mandou eu parar dizendo que a massa já estava no ponto e me disse para tomar uma xícara de chá que ela iria preparar.

Os gêmeos se entreolharam e, quando Adelina foi buscar os saquinhos de chá, eles acharam que era uma boa hora para me fazerem perguntas.

— O que aconteceu depois que Drake beijou você? — Damien soltou sem querer fazendo Ryden fuzilar o irmão com o olhar.

— Ãhm... Quero dizer...

— Então vocês sabem? — eu disse suspirando e me afundando na cadeira como se eu fosse uma amoeba.

Eles assentiram. Eu bufei.

— Nada. Ele simplesmente disse que era melhor esquecer.

— Bem... Eu acho que eu falaria isso depois que a menina tivesse fugido... — Damien disse fazendo com que fosse a minha fez de fuzilá-lo. O garoto ficou quieto.

Ryden suspirou.

— Olha, Amy, eu sei que você deve estar confusa. Apenas tome esse tempo que você está meio afastada com Drake para pensar e lhe dar uma resposta decente. Eu tenho quase certeza que você se sentirá bem melhor depois que falar com ele.

— Agora eu sei qual dos dois irmãos é o mais sensato — eu murmurei brincando.

Ryden riu e Damien olhou para mim indignado.

— Hey, eu posso ser sensato, tá? — ele segurou seu peito como se eu tivesse enfiado uma faca no seu coração — eu apenas escolho não ser — e deu de ombros.

Todos nós rimos.

***

Como meu humor tinha melhorado, eu decidi desfazer a minha mala. Separando as roupas limpas das sujas eu estava quase terminando.

Cassidy entrou no meu quarto sem ser convidada – como sempre, eu nem me incomodava mais – e começou a falar sobre uma festa.

Fiz uma careta.

— Da última vez que eu fui pra uma festa eu quase morri afogada. Não, obrigada.

— Mas essa festa não tem piscina e não é de ninguém tão estranho quanto Anton — ela disse, fazendo com que eu lembrasse do amiguinho desagradável de Trevor — se chama Festa da Clareira. E quase todo mundo vai aqui da mansão: vai eu, você, o Sam, a Anna, Cordelia... Até o Mason vai! — ela exclamou como se fosse um milagre.

E provavelmente era.

— De quem é a festa?

— De um amigo do Sam.

— Você o conhece.

Ela deu de ombros.

— Não, mas não importa porque todo mundo vai inclusive você.

Suspirei. Cass precisava realmente parar de me empurrar para festas.

***

Como era uma festa simples numa clareira com fogueira e algumas bebidas, eu simplesmente coloquei um jeans e uma blusinha branca de renda. Calcei uma sapatilha também branca e prendi minha cabeleira numa trança.

Todo mundo estava na sala... Inclusive Drake. É claro que ele também iria. Respirei fundo, eu não conseguia parar de olhá-lo sem ficar vermelha.

Pouco tempo depois estávamos nos separando na clareira. O lugar era bem confortável e as pessoas eram bem mais calmas do que na festa do Babaca. Isso me agradava.

Peguei um copo de suco de laranja, decidindo tomar alguma coisa sem álcool para depois tomar algo alcoólico.

Sentei num tronco de árvore e decidi pensar seriamente nos meus sentimentos.

Eu gostei de Drake ter me beijado. Realmente. Eu não sabia porquê eu estava com toda essa viadagem. Sinceramente, eu estava com medo de que Eric tivesse quebrado meu coração para sempre.

Meus pensamentos foram dissipados quando alguém sentou-se ao meu lado. Era um estranho. O menino deveria ser um pouco mais velho do que eu, tinha cabelo loiro e olhos grandes e castanhos. Ele parecia muito legal.

— Oi — ele sorriu para mim antes de dar um gole em sua cerveja e observar o movimento de pessoas.

— Olá — eu disse observando-o.

— Por que você parece que está tendo que escolher entre pizza e batata-frita?

— O quê? — eu perguntei confusa.

Ele deu de ombros, sorrindo um pouco envergonhado.

— É só que... é bem difícil escolher entre pizza e batata-frita. Mas então, qual é o problema?

Eu pensei seriamente em contar para ele. Vendo que eu não tinha nada a perder, eu comecei a minha história.

— Eu... Hm... Sorri de estresse pós-traumático por causa de meu ex... Aí tem esse cara que eu não sei se amo que me beijou e eu saí correndo... É... — eu tomei um gole do meu suco.

O garoto riu.

— Olha ruivinha — eu não reclamei porque ele estava me ajudando e porque ele falou suavemente, como se fosse um apelido fofo — você não deve deixar seu passado atrapalhar o futuro — ele tomou mais um gole — e outra coisa: nós nem sempre estamos conscientes de nossos sentimentos, não se martele porque você sabe ou não sabe que o ame. Apenas tente descobrir.

Eu estava ouvindo ele com muita atenção, como se ele fosse um mestre erudita.

Talvez seria se eles tivessem vinte e poucos anos e bebessem cerveja numa clareira.

— E como eu descubro?

Ele coçou o cabelo como se estivesse pensando.

— Pergunte para si mesma — ele deu de ombros, algo que parecia que ele fazia muito — por exemplo: ele te faz feliz? Seu coração fica acelerado quando o vê? Você sempre se pergunta sobre ele? Ele te faz corar? Algo assim...

O grande problema era que a resposta para tudo isso era sim.

Ai, Meus Deuses.

Eu amo Drake.

Eu levantei num salto.

— Ai, Deus, eu amo ele — disse me descabelando — e agora? O que eu faço? — eu perguntei em pânico.

O cara riu.

— Calma calma ruivinha — ele me fez sentar de novo — primeiro, toma uma bebida — ele disse pegando um licor em cima de uma mesa ao seu lado.

Ele me deu o copo e eu quase virei tudo de uma vez.

— E agora? — eu disse numa voz estranha enquanto esperava aquela sensação na garganta passar.

— Agora... Conte para ele — ele deu de ombros... De novo.

— Certo. Obrigada, mestre! — eu disse já saindo correndo.

O garoto riu e balançou a cabeça.

Eu precisava encontrar Drake.

***

A Lei de Murphy é uma merda. Quem disse que eu conseguia achar aquela sedução de olhos azuis?

Perguntei para Anna que encontrei perto da fogueira onde ele estava e ela não sabia. Perguntei também para Ryden e ele também não sabia.

Suspirei. Eu queria encontrá-lo. Queria tirar esse peso do peito.

Eu decidi procurar perto do mato onde estava mais escuro e privado. Combinava com Drake.

Vi um vulto que parecia ele e decidi ir até lá.

— Drake! — eu gritei para ele vendo que realmente era o moreno, mas parei na hora.

Drake estava beijando uma garota que eu reconheci como a menina de Trevor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*corre para as colinas antes que alguém me mate*
*fala num holofote com a multidão irritada*
Pra quem não lembra, essa "garota do Trevor" era aquela que Amy viu se agarrando com ele na festa de Anton (babaca, amigo do Trevor que Amy chutou nas bolas de gude). Vocês verão quem ela exatamente é no próximo capítulo quando Drake estiver narrando.
Próximo capítulo não sei se sai semana que vem... Porque eu ainda tenho que postar FM, IM e Keep Calm 2. Falando nisso, aqui está o link da 2ª temporada:
http://fanfiction.com.br/historia/581734/Keep_Calm_and_Try_to_not_Hate_Him/
Bem, é isso. Espero que tenham gostado.
Comentem, favoritem ou recomendem,
Byebye
*se tranca numa casinha na colina*