Don't Touch My Cookies escrita por ApplePie


Capítulo 2
Capítulo 1 - Dois dias no trem podem causar retardo


Notas iniciais do capítulo

Hello muchachas do meu coração! Como estão?
Quero agradecer à "rosy silva", "Aline Bass", "Drama of the Curls" e à "Eleanor" por terem favoritado minha história! Segundo o meu gerenciador teve mais uma pessoa que favoritou, mas na página da fic não está aparecendo, então se quiser, identifique-se nos comentários para mim, assim eu posso te agradecer =D
I hope you enjoy,
Kissus



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Amelia del Crucci

Andar de trem pode ser entediante. Muito entediante.

Eu estava esparramada na cabine – já que só tinha eu lá – jogando diversos jogos no celular e ouvindo música.

Eu estava no trem fazia umas cinco horas. Logo iríamos fazer uma parada numa das plataformas para as pessoas saírem.

Infelizmente não era a minha parada.

Eu teria que ir até o fim do mundo, virar na Rua do Inferno logo atrás do Tártaro para eu chegar a Oxford.

Suspirei. Pelo menos nessa saída eu iria ter alguns minutos na estação e poderia comprar algumas coisas nas lojinhas.

Tais como comida e livros.

FINALMENTE chegamos à plataforma. Eu saí como um foguetinho e corri para as lojas. Eu precisava de comida.

Muita comida.

Separei uma Pringles, uma coca-cola, uma barra grande de chocolate meio amargo mais uma Mentos.

Depois de pagar pela comida, eu sentei num banquinho que tinha uma planta do lado.

— Sabe, é muito injusto eu precisar percorrer todo esse caminho só para ir para Oxford.

Eu vi uma senhora do meu lado me olhar estranho, provavelmente pelo fato de eu estar conversando com uma planta. Ainda recebendo os olhares estranhos da Senhora-eu-não-respeito-privacidade, dei de ombros e voltei a olhar as lojas.

Numa livraria eu encontrei um menininho querendo comprar um livro sobre dragões.

— Mas dragões não existem, Mark, então não. Não leve esse livro — disse a mãe.

Que vadia!

Deixa a criança ler em paz. Se ela quiser ler sobre dragões, deixe ela ler sobre dragões. A mãe parece que viu algo mais interessante e deixou a criança ali na sessão infantil sozinha. Suspirei e fui até a criança.

— Dragões são demais, okay? — eu sussurrei para o menino. Peguei o livro da mão dele e vi que custava nove libras.

Separei o dinheiro e entreguei para ele.

— Só não conta para a sua mãe — sussurrei de novo.

A criança sorriu abertamente e foi no caixa de fininho, para sua mãe não perceber. Vi depois que ele comprou o livro, o colocou na mochila para ninguém ver.

Garoto esperto.

Depois de decidir o livro que ia comprar (acabei optando por “Quem é você, Alasca?”), fui até o trem e andei em direção a minha cabine.

Mas ela não estava fazia.

Três garotas estavam lá, aquele típico estereótipo de adolescente: magras mais que um palito, loiras mais que a cor do lápis amarelo e com mais maquiagem que um palhaço de circo.

Ótimo.

Tentei dar uma olhada e vi que todas as outras cabines estavam cheias. Grunhi.

Elas deveriam ser as três graças, como meu pai costumava dizer: a sem-graça, a desgraça e a nem de graça.

Não entendo o significado de conversar num tom moderado, elas pareciam um bando de galinhas no cio.

A única coisa que eu ouvia era: cocó, cocó.

Suspirei. Como eu vou me livrar da trupe? Então, inteligente como eu sou, eu tive uma ideia.

— O MEU DEUS!! O MEU DEUS! — eu exclamei ao entrar na cabine para falar com elas — EU NÃO ACREDITO! O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO AQUI?

Fiz uma voz de uma menina idiota. É, eu era uma ótima atriz.

— O que foi? — uma das meninas perguntou.

— VOCÊ NÃO SABE? ZACK EFRON ESTÁ AQUI DANDO AUTÓGRAFOS, LÁ NO ANDAR PRINCIPAL DA ESTAÇÃO!

E assim, eu quase morri atropelada por três vadias ao tentar correr para fora do trem.

Dei um sorriso malicioso.

Eu sou má.

Ocupando o lugar que já era meu, abri minha coca-cola e decidi curtir a música. É, parece que nada pode dar errado.

E é claro, eu estava errada.

*****

Eu tinha chegado a Oxford fazia alguns minutos e já tinha me perdido.

Nível de intelecto: mais de 8.000.

Há, quem assistia Dragon Ball bate palma.

COMO EU CONSEGUI ME PERDER DEPOIS DE ALGUNS MINUTOS??!!

— Okay, Amy, fica calma. Respira, inspira, respira... — congelei no meu lugar — eu realmente preciso parar com a mania de falar sozinha.

Dando de ombros, peguei minhas trezentas malas e fui em direção a um posto policial.

— Ahm... Com licença, senhor! — chamei um policial que parecia ter uns trinta anos.

— Sim, senhorita?

Fiquei feliz com o fato que ele não me chamou de garotinha. Só porque eu sou ruiva e pequena, as pessoas me chamam de garotinha.

Morram todos de overdose de pasta de amendoim.

— Eu estou procurando esse endereço — eu disse entregando um papel onde anotei o endereço que Rana, a proprietária da mansão, me deu.

— Ahhhh. Você é uma estudante da universidade de Oxford?

Assenti sem dizer nada.

— Você vai ficar com Rana e Carter, não?

Será que ele é vidente?

— Sim... Como você sabe?

— Bem, querida, não tem muito movimento para essa parte do seu endereço e Rana e Carter estão SEMPRE trazendo gente nova para aquela mansão. Quase todo mundo conhece eles.

Ah. Que triste, ele não é vidente.

— Será que o senhor poderia me ajudar?

— Ah, claro. Eu te levo até lá. Me siga.

Meio irônico como eu fui parar num carro de polícia. Eu achava que um dia, quando eu fizesse alguma maluquice minha, eu seria presa AÍ eu ia ser levada pela polícia.

Mas cá estou no carro de polícia, conversando com o policial que descobri que se chama Bob (deixa tudo mais irônico ainda), comendo rosquinhas.

Me sinto num filme de policial.

Tirando o fato de que não é um filme.

E que eu não sou uma policial.

Eu contei para Bob que era americana – fato que ele já tinha descoberto por si só – e que fazia dois dias que eu estava viajando.

— Vejo então que a primeira coisa que você vai fazer, quando chegar na mansão, é dormir! — ele disse um sorriso — mas vou lhe avisando. Lá, tem gente de tudo quanto é tipo. Então, não estranhe.

Eu não ia. Era bom ir para esse lugar cheio de gente estranha, pois eu era estranha também. Então eu não iria ser julgada como sempre fui nos Estados Unidos.

Balancei a cabeça tentando dispersar meu passado e me concentrei na rosquinha de chocolate que estava em minhas mãos.

Sobrou uma última rosquinha da qual eu e Bob disputamos pedra-papel-e-tesoura para decidir quem fica com ela.

Bob ganhou.

Mas mesmo assim ele foi legal o suficiente para me dar um pedaço dela.

— Chegamos — ele anunciou, alguns minutos depois que terminamos as rosquinhas.

Eu fiquei sem palavras. O lugar era imenso e lindo. Parecia uma mansão do século XIX, toda feita de pedra, porém não havia portões para entrada. Apenas um gramado imenso que cobria o contorno da mansão. Ela estava realmente localizada num lugar um pouco mais afastado. Perto do que parecia ser um bosque.

Era perfeito já que eu iria fazer Artes na faculdade de Oxford. Eu teria bastante paisagem e sossego para fazer todos meus trabalhos.

— O MEU DEUS! — eu exclamei — ela é linda, muito linda, não é? Você não sabe o quanto eu sonhei para ficar num lugar como esse. Sabe, na internet não tem fotos? Será que tem lobos naquela mini floresta? Ou seria um bosque? Eu soube que a faculdade está a quinze minutos daqui. É muito frio no inverno?...

— Hey, respira, minha cara — Bob disse, segurando meus ombros.

Respirei fundo e corei. Baixei o olhar para não ver a expressão de Bob.

Meus ataques estavam voltando. Isso significava que eu teria que tomar os remédios, mas eu não queria tomá-los.

Poderia ser meio que ridículo da minha parte, mas eu não gostava de tomar os remédios por dois motivos: eles tinham um gosto horrível e eu sentia que havia algo extremamente errado comigo pelo fato de eu PRECISAR tomá-los.

— Amelia? — Bob perguntou preocupado.

— Ãhm? Ah, desculpa, Bob, me dispersei aqui. Desculpe-me.

— Não, imagina, mas... Você está bem?

— Sim, sim, não é nada. Eu apenas tive... Um ataque.

Entendimento passou pelos olhos de Bob e me encolhi pensando que ia ver reprovação ou nojo em seu olhar.

Eu apenas vi carinho, assentindo a cabeça ele soltou meus braços e pegou na minha mão.

— Veja, pequena A, vamos te apresentar a essa mansão de loucos.


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Notas finais do capítulo

ESSE NEGÓCIO DO MENININHO DOS DRAGÕES ACONTECEU COMIGO E COM UMA AMIGA MINHA. Foi exatamente assim, estávamos na Saraiva. A gente falou "dragões arrasam" para ele, mas nós não compramos o livro porque era caro demais, hahahaha.
Coitado.
E então? Gostaram? O próximo eu PROMETO será muito melhor, pois conheceremos as pessoas da mansão. Esse foi mais um capítulo de transição.
Comentem o que acharam, por favor.
O próximo capítulo devo postar na terça/quarta, pois eu ainda preciso fazer o outro capítulo da minha outra fic ainda que será postado antes dessa.
Até lá, flores,
Byebye