Don't Touch My Cookies escrita por ApplePie


Capítulo 19
Capítulo 17 - Correndo como um morango com chantilly


Notas iniciais do capítulo

Hello muchachas!!!
"Did you miss me?"
Anyway, quero agradecer à "bonekinha", "BabyDoll", "Lisbeth Klein", "bitter sour" e à "UnicórnioTerrorista" por terem favoritado a fic!!! =D
I hope you enjoy,
Kissus



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Amelia Del Crucci

— Jeremy?!

Dizer que eu estava chocada era um entendimento.

Eu estava muito chocada. E surpresa também.

Jeremy me observava com seus lindos olhos verdes. Divertimento e surpresa estava refletido em seu olhar. Ele começou a limpar a cara com o guardanapo.

Subitamente minha surpresa se transformou em vergonha e eu levantei do banco.

— Ah — eu disse enquanto sentia todo meu sangue indo para minhas bochechas — me desculpe...

Jeremy terminou de limpar o rosto e olhou para mim. Um sorriso brincalhão pairou em seu rosto.

— Nós realmente precisamos parar de nos encontrar de formas estranhas, Amelia.

Eu dei uma risada sem ar. Eu ainda estava constrangida.

— Pelo menos eu não te derrubei dessa vez — isso o fez soltar uma gargalhada.

Ele estava usando uma camisa do time preto. Ela era regata deixando à mostra os seus braços um tanto quanto musculosos.

Pare de olhar, pare de olhar, pare de olhar...

Eu gritava para minha mente. Eu já tinha passado vergonha de mais.

Vi pelo canto do olho que Damien estava se segurando para não rir da minha cara. Ele percebeu que eu o fuzilei com o olhar e apenas piscou para mim e levantou seu copo como se fosse um brinde.

Ria enquanto você pode, gêmeo maligno.

Limpei minha garganta.

— Hm, então você quer se sentar conosco?

Ele ponderou por um momento. Depois sorriu educadamente.

— Eu adoraria.

Ele deu dois passos e depois parou, observando alguém que estava perto de mim. Segui seu olhar e vi Drake olhando de volta para Jeremy.

— Olá Drake — Jeremy disse depois de um tempo. Ele parecia estar sem ação. Como se não soubesse como agir diante de Drake.

— E aí, Jeremy — ele disse com uma voz um pouco firme demais. Como se ele quisesse desesperadamente sair dali.

Damien pareceu entender a situação, mas diferente de como agiu perto de Trevor, ele não parecia estar com raiva de Jeremy. Então isso significava uma coisa: Drake não odiava Trevor ou algo do gênero.

Voltei a alternar olhares entre Jeremy e Drake.

— Como está? — Jeremy engoliu seco — eu ouvi dizer que você está fazendo gastronomia.

— É — Drake disse com um tom de voz nada convidativo — eu estou.

Jeremy assentiu. De repente, um olhar de pesar tomou conta de seu rosto e ele abriu a boca para falar alguma coisa.

Eu estava quase morrendo de curiosidade para descobrir o que ele ia falar. Até eu perceber a entrada de uma pessoa no meu campo de visão e eu quase soltar um palavrão.

O clima tenso de repente mudou para fuja-enquanto-dá.

Por que isso?

Porque Trevor estava a menos de dois metros de distância.

Alasca deveria ser quente em comparação ao frio que tomou conta daquela área.

Drake Whitewood

Eu não odiava Jeremy. Senti já muita raiva sim, mas nunca chegou a ser ódio. Eu sabia que ele estava profundamente envergonhado quanto a sua covardia na questão do acidente. No entanto, eu entendia seu lado.

Estava um clima totalmente ruim. Eu queria sair dali e Jeremy muito provavelmente também queria. Damien estava observando atentamente a tudo, Anna tinha até saído de lá e Amelia estava com uma cara de quem não estava entendendo nada.

Até Trevor aparecer.

Fechei minhas mãos em punhos para não socar ele naquela hora.

Vi que ele estava extremamente surpreso por encontrar eu, Jeremy e Amelia no mesmo lugar. Após ter passado o choque, ele sorriu zombeteiramente. Amy arqueou uma sobrancelha e seu olhar claramente dizia que ela não queria estar ali. Jeremy fuzilou Trevor com seu olhar, mas este ignorou e focou seus olhos em mim.

— Como vai, Whitewood?

— Bem, Trevor. E você?

— Ótimo — ele disse com um sorriso amarelo.

— Pois é — Amy bateu uma palma — todos estão perfeitos. Agora, se nos der licença — ela veio até mim e puxou meu braço — eu e Drake temos uma competição para competir.

Ela parou de me puxar ao perceber o que ela tinha falado.

— Ah, vocês me entenderam!

Pude ver pelo canto do olho que Damien estava nos seguindo e que Trevor tinha um sorrisinho direcionado à Amy. Eu não gostei daquilo.

Amy ainda me puxava e eu deixei. Era realmente incrível como ela podia quebrar a geleira de clima que estava lá e simplesmente fazer o que eu mais queria fazer: me tirar de lá.

— Obrigado — eu murmurei.

Ela virou-se para mim e cravou seus olhos castanhos. Sua sobrancelha estava levemente inclinada, demonstrando que ela estava aborrecida.

— Pois é, mas não é de graça — ela cruzou os braços — eu estou cansada de não saber de nada sobre vocês. Quero saber o que aconteceu entre você, o banana e Jeremy.

Soltei uma risada quando ela falou “banana”.

— Sabe — eu dei um meio sorriso — eu posso dizer o mesmo.

Ela me fitou em confusão. Eu apenas suspirei.

— Você nunca falou nada sobre si mesma — eu disse — e sempre tenta demonstrar que não está acontecendo nada.

Entendimento passou pelos seus olhos e ela mordeu o lábio.

— Que tal fazermos o seguinte? — eu disse me aproximando — eu conto um segredo meu e você conta um segredo seu.

Ela bufou.

— Tudo bem, mas você vai primeiro.

Eu suspirei. Realmente não era nada agradável dizer pra alguma pessoa assim do nada, o motivo da crise da minha vida.

— Será que eu posso te contar num lugar um pouco mais privado?

Ela olhou no relógio e virou-se para mim novamente.

— Olha, a queimada vai começar logo. E pelo que você me disse, você vai fazer arborismo que começa em 10 minutos — ela pensou por um tempo — eu te encontro depois da corrida de fantasia, modalidade que nós dois estamos inscritos, fica mais fácil.

E sem se despedir ela foi embora. Eu virei-me para ir competir no arborismo.

Amelia Del Crucci

Eu sei que parece hipocrisia da minha parte, mas eu realmente queria saber o que Drake escondia tanto. Pelo olhar de Trevor dava para perceber que qualquer coisa que tenha acontecido, afetou ele também.

Por causa de eu estar tão pensativa quanto a um moreno de olhos azuis, eu não demorei quatro minutos para ser queimada.

Um brutamontes foi quem jogou a bola. Eu fuzilei ele com o olhar, ele estava na minha lista negra a partir daquele dia.

Grunhi. Eu odiava ficar naquela bosta de “coveiro” jogando a bola pra sabe-se-Deus-quem do meu time. Percebendo que ninguém estava dando a mínima para mim, eu sorrateiramente saí e fui para a cantina comprar um refrigerante.

Não encontrei ninguém que conhecia e, infelizmente, não vi mais o Jeremy.

Eu estava tão preocupada em tirar Trevor da visão de Drake que esqueci do outro deus grego. Deveria ser pecado ter tanta gente bonita reunida num só espaço.

Ao terminar meu refrigerante, eu fui para o tapete de dança.

Sentindo que meu corpo estava bem leve, eu comecei a seguir as flechinhas/setas no ritmo da música. Havia um intervalo de um minuto entre cada partida para beber água. Em uma das danças eu me perdi uma hora por ter errado uma das setas, mas logo me recuperei e venci mais uma partida.

Depois de meia hora, eu venci a final e ganhei uma medalha.

— E o prêmio — eu perguntei na maior cara-de-pau.

O professor que estava supervisionando a competição sorriu para mim de uma maneira brincalhona.

— Calminha aí. Você já vai ganhar seu prêmio.

O prêmio era um Kit com uma garrafa de água, uma mochila e um estojo.

Fiquei emburrada.

— Preferia comida — murmurei, mas mesmo assim agradeci ao professor e saí para finalmente competir na corrida de fantasia.

***

A minha fantasia era da época vitoriana.

Filhos da puta!

Não me entenda mal. Eu AMO a época vitoriana. Porém, como eles ESPERAM que eu CORRA com uma merda de vestido maior que minha cama e mais pesado que uma cortina de mármore? (Tudo bem, isso não existe... eu acho).

Sem contar que estava CALOR.

Ah, o vestido vinha com uma sombrinha também.

Que eu ia enfiar no meio do rabo de quem tinha feito essa merda.

A corrida era bem simples: cada participante pegava uma sacola X no balcão. Então você tinha que se trocar e ir para a corrida.

Da qual eu teria que correr com um vestido maior que um balão. Um balão rosa, com laços brancos e uma porra de sombrinha inútil branco.

Peguei um lenço amarelo que seria usado como identificação do time e coloquei ao redor do meu pescoço.

Depois de colocar aquele inferno que chamam de vestido eu fui até a linha de largada com os restos imaginários da minha dignidade.

Algumas pessoas olhavam estranhando, outras riam e outras ignoravam.

Pelo menos tinha fantasias piores que a minha.

Encontrei Whitewood dois minutos depois, ajustando sua capa. Ele estava vestido de drácula. Seu lenço vermelho estava preso ao redor do seu braço.

— ISSO NÃO É JUSTO! — eu exclamei para ele que me olhou surpreso — porque eu preciso ficar com o mais difícil.

Ele tentou não rir.

— Não se preocupe. Há muitas fantasias piores que a sua por aí.

Eu assenti.

— Mas mesmo assim, EU PAREÇO UM MORANGO COM CHANTILLY com essa coisa!

— Um morango com chantilly com calda de laranja.

Eu fuzilei ele com o olhar. Já era ruim ter uma roupa horrível. Agora uma roupa horrível E ser zoada por ser ruiva era muito mais horrível.

— Participantes, preparem-se!!

— Qual é o prêmio? — eu perguntei para ele enquanto eu me posicionava na linha.

— Um vale de quarenta libras na Amazon.

Aquilo realmente chamou minha atenção.

— Corram!

As pessoas não falam mais “já”?

Comecei a correr como uma condenada. Eu provavelmente estava soando mais que uma porca na menopausa, mas tudo bem. Eu só queria as quarenta libras.

Drake estava um pouco mais a frente que eu. Tinha umas duas pessoas na nossa frente, uma do time roxo e outra do verde.

Eu nem sabia que tinha time verde.

Continuei correndo. Ignorando o sol com todas as minhas forças e rezando aos céus que eu conseguisse as quarenta libras.

A corrida realmente era maior do que eu esperava. Não era uma linha reta, havia curvas e alguns obstáculos pequenos.

Eu consegui manter o passo com Drake. Ahá! Sabia que todas aquelas vezes que eu tentei me manter em forma não foram em vão.

Estávamos lado a lado na corrida. As duas pessoas a nossa frente tinham fantasias diferentes: um estava vestido de faraó e o outro estava vestido de Barney.

Era uma coisa muito engraçada você estar correndo atrás de um bicho gordo e roxo.

Estava no final da corrida e eu precisava fazer alguma coisa. Comecei a puxar mais fôlego e apertei o passo. Consegui passar o Barney. Agora só faltava o faraó.

O cara deveria ser atleta. Não era possível.

Percebi pelo canto do olho que Drake também havia passado o Barney.

Estávamos nós três agora lado a lado. Eu, Drake e o faraó. A linha de chegada estava bem à nossa frente. Até eu tropeçar no meu vestido.

Ai, que lindo!

Eu caí de cara no chão. Senti que ralei meus dois braços e bati meu queixo tão forte que ele estava dormente e escorria sangue.

Drake ao meu lado arregalou os olhos e me ajudou a me levantar.

— Você está bem?! — ele perguntou preocupado enquanto me levantava com cuidado.

Eu apenas consegui falar algumas palavras como se tivesse uma batata na minha boca.

— Quem ganhou o prêmio?

Ele soltou uma risada e balançou a cabeça, ainda não me soltando de seus braços.

— Eu ainda não sei. Eu percebi que cruzamos juntos, mas...

— Mas a sua mão cruzou primeiro ao cair — terminou o juiz do jogo.

Nunca pensei que eu ganharia aquilo daquela forma. Mas eu tinha ganhado, então estava tudo bem.

Depois de ter pegado meu vale do Amazon, Drake levou-me para a enfermaria. Uma mulher rabugenta cuidou de meus machucados e eu fiquei deitada lá na cama porque eu sou folgada e estava cansada.

Eu, é claro, já tinha tirado aquele morango assassino de meu corpo.

Drake estava sentando ao lado de minha cama sem dizer nada.

— Então... eu acho que já vou. Tenho a minha última modalidade...

Ele não conseguiu terminar porque eu puxei ele com toda a minha força para baixo. Ele foi obrigado a se sentar na cadeira novamente.

— Não vai não! Agora você vai me contar o que aconteceu.

Ele suspirou.

— Tudo bem, mas depois você vai ter que me contar porque ficou tão estranha com o nome Eric.

Eu senti meu corpo estremecer. Eu pensava que ele queria que eu falasse da minha hiperatividade. Não. Ele queria algo bem mais profundo que aquilo.

Talvez deixar todo meu peso ir embora de uma vez por todas me ajudasse, então eu assenti com a cabeça sem dizer nada.

Drake respirou fundo.

— Tudo começou com uma droga de festa na casa de Trevor que, na época, era meu melhor amigo.


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Notas finais do capítulo

MUAHAHAHAHAHAHA.
*sorriso maléfico*
...
...
Enfim, espero que tenham gostado. Comentem, favoritem ou recomendem. Qualquer coisa me deixa muito feliz =)
Vou tentar postar no dia do Halloween!! ;) Because it's... SKELLINGTON WAR!!!
Até lá,
Byebye



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