Don't Touch My Cookies escrita por ApplePie


Capítulo 18
Capítulo 16 - Costelas voadoras


Notas iniciais do capítulo

OLHA QUEM ESTÁ AQUI!!!!! =D
Oláaaaaaaa muchachas lindas do meu kokoro. (*v*)
Quero agradecer à "Isa Rackzn" e à "Lari Mello" por terem favoritado a fic!! =)
Esse capítulo é narrado pelo nosso querido Drake-cozinheiro-delícia.
I hope you enjoy,
Kissus



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Drake Whitewood

Ouço múrmuros e sinto que está muito claro ao meu redor. Tento abrir meus olhos, porém eles estão bem cansados. Aos poucos eu vou acordando e decido despertar de uma vez por todas.

Não lembrava o que tinha acontecido direito a noite, parecia tudo um sonho para mim.

Lembro-me da festa de merda do trouxa do Anton e eu me lembro que estava indo encontrar Cass junto com Sam. Eu tinha uma cerveja na mão, mesmo não estava muito a fim de beber. Eu tinha conseguido despistar Alexa por um tempo e essa foi a minha deixa para encontrar meus amigos. Contudo, quando eu estava a um passo de Cassidy, eu vi um vulto na água laranja. E eu conhecia aquele laranja muito bem.

Não pensei muito, larguei meu copo fazendo Sam se assustar e Cassidy a procurar algum problema aos arredores. Eu simplesmente pulei na piscina e fui ajudar Amelia. Eu pensava que ela não sabia nadar, mas não era esse o problema, seu vestido estava preso no filtro e estava sendo sugado. Ela deve ter ficado desesperada o que fez com que sua força e seu fôlego diminuíssem. Eu a ajudei e decidi levá-la para casa.

Enquanto eu estava no caminho, me perguntei o que teria acontecido se eu não tivesse visto ela. Nenhuma daquelas pessoas pareceu notá-la. Balancei a cabeça negativamente, o mundo estava tão fodido.

Na mansão, ela começou a chorar ao meu lado enquanto víamos um filme. Eu não a julguei, nunca consegui lidar muito bem com pessoas choronas, mas era totalmente compreensível Amy ter desabado na minha frente. Não é todo dia que você quase se afoga e tem milhares de pessoas para te ajudar, mas que estão bêbados demais para cuidar de alguma coisa além deles mesmos.

A última coisa que eu lembrava era de estar abraçado à Amy e ter visto um carro explodir no filme. Só, depois eu dormi como um bebê.

Agora eu estava deitado no sofá com metade do meu corpo dormente e sem conseguir abrir meus olhos direito. E eu ainda estava ouvindo algo que parecia sussurros.

Levantei meu braço esquerdo – que não estava dormente – para esfregar meus olhos. Pisquei algumas vezes até tudo entrar em foco. Minha visão me chocou.

À minha frente estava Damien, Ryden e Cassidy muito interessados em sua visão e dormindo ao meu lado, com seu corpo apoiado ao meu – isso explicaria o fato de metade do meu corpo estar dormente – estava Amelia.

— Oh, ele acordou — sussurrou Cassidy.

Não, Sherlock. Eu estou dormindo enquanto olho para você.

— O que diabos vocês estão fazendo aqui?! — eu sussurrei alto, para parecer que eu estava gritando. Afinal, eu não queria testar a ideia de ter uma Amelia acordando ao meu lado e ficar brava por querer dormir.

— Essa seria nossa pergunta, — Ryden sussurrou de volta — Cassidy nos contou o que aconteceu e nós viemos correndo para cá. Quando chegamos encontramos vocês todos juntinhos e quase fazendo uma fusão.

— AHM?! — eu sem querer exclamei.

Amelia murmurou algo incoerente e voltou a dormir. Suspirei aliviado.

— Olha — eu tentei me explicar — eu trouxe ela pra cá e Amelia estava muito chateada por ter, você sabe, praticamente se afogado lá na festa. Então eu comecei a assistir um filme com ela e acabamos pegando no sono.

Claro que eu deixei o abraço de lado. São só detalhes.

Não pude deixar de perceber a cara de desapontamento passar pelo rosto de Cass, mas eu ignorei.

— Gente, eu preciso da ajuda de vocês.

Os três ficaram perplexos.

— Eu preciso desesperadamente ir ao banheiro e... Bem, eu não quero acordar o leão laranja.

Ryden soltou uma risada e Damien e Cass sorriram.

— E como a gente faz isso? — Cass perguntou.

— Então... É isso que eu não sei ainda.

— Pera aí — Damien disse — eu e Ryden vamos segurar a Amy e você se espreme aí pra sair do sofá.

É claro que isso não deu certo.

Assim que Damien colocou suas mãos em Amy, a garota acordou.

Seus olhos piscaram algumas vezes fofamente até ela abrir seus olhos e... E encontrar com meus olhos.

Eu não sabia o que estava passando por sua cabeça. Ela apenas me encarava intensamente e sem expressão. Ela olhou para baixo e viu que ela estava praticamente abraçada em mim, ela olhou novamente para mim e depois olhou para os arredores encontrando três pares de olhos em cima dela.

Parecendo entender a situação, uma enorme coloração vermelha surgiu em suas bochechas e ela caiu do sofá.

— Amy! — Cass exclamou preocupada com a ruiva que deu de cara com o chão.

— Eu estou bem — eu ouvi um murmuro vindo do chão.

Amelia se levantou num pulo e – ainda totalmente corada – começou a gaguejar.

— É-É que e-eu precis-so ir... Lá!

E com isso ela saiu do quarto apressadamente.

Eu não pude deixar de soltar uma risada assim como os outros três que estavam na sala.

— Agora saiam daqui — eu disse a eles.

***

O resto do final de semana passou muito rápido. Amelia tentava o máximo a não se aproximar de mim, eu apenas tinha vontade de rir da situação, era muito fácil deixá-la com vergonha. Logo estávamos na segunda-feira embarcando para aquele sítio enorme onde teríamos as gincanas e os jogos.

Coloquei a camisa vermelha e terminei de arrumar minha mochila.

Assim que eu coloquei os pés num dos ônibus eu me deparei com Sam.

— Hey Sam! — eu disse.

— E aí, Drake! — ele falou enquanto se sentava.

Ficamos conversando um bom tempo até Sam alegar que iria dormir e eu ligar meu Ipod.

O tempo passou rápido e meus pés deram graças à Deus quando eu saí do transporte. Estiquei meus braços e segurando minha mochila, eu fui em direção aos dormitórios.

Aquilo realmente parecia um acampamento. Havia árvores por todos os lados e era enorme. Havia uma área cheia de dormitórios que pareciam quartos de hotéis-fazenda, uma área só para os esportes, outra que tinha várias barracas de gincana e outro lugar que estava escrito: “Sede e Refeitório”.

No caminho, encontrei Ryden que estava indo para seu quarto, dizendo que as horas no ônibus não foram suficientes para ele dormir.

Se eu me lembrava bem, eu tinha umas duas horas até começar a minha primeira modalidade: “Captura da Bandeira”.

Anna estava no meu time, mas eu ainda não tinha encontrado com ela. Dei de ombros, ela deveria estar em algum lugar por aí.

Depois de dar uma olhada aos arredores, eu segui a direção que me indicaram para ir pro meu jogo. Eu estava tão perdido em pensamentos que eu não tinha percebido um idiota na minha frente e o cara acabou derrubando toda sua água em mim.

— Ih, foi mal aí cara.

Eu apenas bufei de raiva. O cara com certeza era um estúpido da vida então eu deixei quieto.

Acabei tirando minha camisa para deixá-la secar.

Foi então que eu vi Amy andando próximo a mim e esbugalhando os olhos quando eu tirei a camisa. Tive vontade de rir, então eu apenas dei um sorriso malicioso. Ela estava tão atenta à mim que não percebeu um buraco e tropeçou.

Não pude segurar a risada e enquanto saía para meu quarto eu dava gargalhadas.

***

Depois de conseguir fazer minha camisa secar – já que estava bem sol – eu fui para o meu primeiro jogo. Era vermelho versus o time amarelo, o de Amelia e Damien.

Assim que eu coloquei os pés no campo eu reparei em duas coisas:

Amy parecia estar ignorando Damien que tinha um olhar chateado por isso.

Eu era o único do meu time que estava pouco me fudendo para o resultado.

Mas isso são só detalhes.

— Vamos time! — um loiro aí gritou.

Eu apenas suspirei.

Eu estava cozinhando naquela camisa vermelha. Estava bem abafado, a sorte é que algumas árvores conseguiam tampar a maior parte do sol.

— Professor — uma menina chamou — qual vai ser a recompensa dos vitoriosos?

O professor pegou uma folha e começou a procurar a tão esperada recompensa.

— Hm... Ah sim! Para os vencedores, irão ser distribuídos vales de supermercado valendo 100 libras...

Eu não precisei ouvir mais nada.

Cozinha. Meu amor, eu iria ganhar aquela bosta só para ganhar os vales.

Alguns alunos se interessaram, outros não.

Dei uma olhada de lado em Damien e Amelia. Ele parecia estar desinteressado, mas a ruiva parecia estar em transe, com os olhos brilhando como se ela estivesse dizendo “COOOOOKIIIEEESS”.

Eu não duvidava dela gastar as 100 libras em cookies apenas.

O professor deixou a folha de lado e apitou. O jogo começara.

***

Depois de haver algumas discussões dentro do time, eles decidiram que iriam se separar em três grupos: um que protege a bandeira, outro que ataca e outro que fica na linha do meio. Eu fiquei no time que guarda a bandeira.

Algumas pessoas vieram correndo e logo foram capturadas. O meu time também tentava avançar, porém sem sucesso.

Um brutamontes veio em minha direção e tentou me driblar. Otário. Eu apenas fui para o lado que eu sabia que ele iria e o “congelei”.

Uma outra garota tentou passar sorrateiramente, mas eu e uma outra garota do meu grupo tínhamos percebido ela. Logo ela também estava fora da jogada.

Um moleque quase passou por nós, mas quando pegou a bandeira e saiu correndo, três pessoas praticamente o esmagaram sobre o chão.

Era até que fácil. Se continuasse assim eu teria o meu vale de 100 libras.

Eu estava tão distraído – e todos da retaguarda também – que eu não percebi uma cabeça de abóbora correndo, passando por todos.

Quando vi Amelia, já era tarde demais. Ela já tinha pegado a bandeira e estava correndo feito uma condenada para a área do seu grupo.

Todos do meu grupo perceberam a baixinha só naquela hora o que fez com que todos saíssem correndo atrás dela.

Todos que estavam no meu campo mesmo.

Tinha uns três negos – contando comigo – que corriam atrás dela, um de cada lado.

— COOOOOKKKIIIIIEEEESSS! — ela gritou muito alto, como se fosse um grito de guerra.

Mais alto do que “This is Sparta!” em “300”.

— AAAAAAAAAARRRRGGGGGHHH! — ela continuava a gritar enquanto corria como se a morte estivesse atrás.

Todos olhavam chocados para a baixinha, como se pensassem: “tudo isso por causa de um vale de mercado?”.

O professor estava boquiaberto.

Damien estava no meu campo “congelado” e rindo como se não tivesse amanhã.

Eu queria muito rir, mas eu não conseguia direito por estar respirando com dificuldade.

E o juiz – a.k.a o professor – apitou declarando a vitória do time Amarelo.

Suor estava escorrendo por mim mais por causa do calor do que por causa do cansaço.

Amelia estava deitada na grama respirando com dificuldade. Suas bochechas estavam rosadas e seu cabelo estava um pouco grudento em sua testa por causa do suor.

Eu e Damien fomos até ela rindo. Ela estava com um sorriso no rosto de vitória. Subitamente, o time dela a levantou e começou a carregá-la no ar.

Eu balancei a cabeça. Só Amelia para gostar tanto de comida.

Depois de todos os gritos de comemoração, eles a soltaram e ela veio caminhando até nós com um sorriso no rosto.

— Sabe, Amy — Damien disse enquanto caminhávamos — desse jeito você vai ficar com diabetes.

A ruiva apenas deu de ombros e continuou seu caminho até a Sede onde o professor disse que ela iria receber a recompensa. A maioria dos alunos não quis e Damien disse que eu podia ficar com o dele, com a condição de eu cozinhar alguma coisa gostosa para eles depois. Eu, é claro, concordei.

Pude perceber que Amy estava mais à vontade comigo desde o acontecimento do final de semana.

Depois de ganharmos o vale, cada um de nós seguiu para seu quarto com certeza para tomar um banho e tirar a camisa dos infernos. O quarto era bem confortável, não muito grande e não tinha nada de entretenimento como uma televisão ou um rádio.

“Para fazer os jovens a ter mais contato com a natureza”, disse o diretor, mas com certeza era porque eles eram muito mãos-de-vaca.

Quando saí de meu quarto, com uma nova roupa mais fresca, segui para o refeitório. Lá, encontrei Anna conversando com Damien e Amelia ao lado tentando cortar – sem sucesso – um pedaço de costela de porco. Ela não conseguia tirar carne daquele troço de maneira alguma.

Seu garfo e faca faziam barulhos enquanto ela tinha uma expressão de aborrecimento. Ninguém estava prestando atenção. Até... A costela voar direto na cara de alguém. Uma pessoa que eu não encontrava fazia um tempo.

Amy estava de boca aberta e foi correndo se desculpar com a pessoa. Até que reconhecimento passou pelos seus olhos e ela falou surpresa.

— Jeremy?!


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Notas finais do capítulo

Pra quem não lembra: Jeremy é aquele guri que ela tromba na estação, lembra? Aquele gato de olhos verdes, o pedaço do mau caminho?
Tá, eu vou parar, estou parecendo uma tarada.
Palavra estranha certo? Tarada. T-A-R-A-D-A, hahahahaha. É até engraçada.
Okay, parei.
Espero que tenham gostado desse capítulo!
Próximo capítulo deve sair na SEMANA do dia 13.
Comentem, recomendem ou favoritem!
Kissus