Don't Touch My Cookies escrita por ApplePie


Capítulo 17
Capítulo 15,5 - Definitivamente não era um dia bom


Notas iniciais do capítulo

Hello muchachas!!!
Quero agradecer à linda da "I am Divergent" por ter feito uma recomendação tão linda *___*
E quero agradecer à todas pela compreensão quanto ao meu aviso =)
Eu decidi postar DTMC primeiro. Então semana que vem eu vou postá-la, mas na outra eu vou postar minha outra fic, Innocent Madness.
I hope you enjoy,
Kissus



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Amelia Del Crucci

Virei-me para a pessoa que estava atrás de mim. Os mesmos olhos castanhos, o mesmo cabelo loiro. Eu ainda me lembrava quando saímos juntos. Eu, Eric e Carl. Eric sempre estava zombando Carl por seu cabelo loiro, o chamava de oxigenado, eu acabava defendendo ele, pois sabia o que era sofrer pela cor do cabelo.

— Olá, Carl — eu disse sem graça, brincando com a borda da minha blusa.

Ele pareceu sem graça também.

— Hey, Amy... Como você está? Soube que veio para Oxford estudar Artes, meus parabéns.

Eu acenei com a cabeça.

— É... Eu consegui. Obrigada — limpei minha garganta — e você?

— Ah, eu também saí dos Estados Unidos — eu não o culpava, fiz o mesmo — porém eu fui para Cambridge.

Sorri levemente.

— Parabéns — e eu realmente queria dizer isso. Não foi fácil para Carl também, dar as costas para o amigo ou... O que tinha sobrado dele.

— Hm... — Cass falou e eu subitamente me lembrei que ela estava lá. Desculpa Cass — vejo que vocês se conhecem, gostaria de tomar um café conosco? Eu preciso descansar e Amy é meio difícil para escolher roupas então vamos ficar um tempo andando.

— Eu não sou difícil! — exclamei — eu apenas não gosto desses vestidos curtos e comuns.

— Hey — ela disse — eu comprei um vestido curto e comum.

Não pude deixar de sorrir e balancei a cabeça. Mantive o sorriso para Carl saber que não tinha problema dele ir conosco. Eu gostava dele, era uma ótima pessoa, eu apenas o tinha evitado – assim como o resto daquela cidade – porque eu precisava ficar sozinha.

Cass queria um Starbucks. Era legal da parte dela nos deixar um pouco “a sós”. Ela nos deixava saber que ela ainda estava lá, mas não se metia nas nossas conversas nem perguntava sobre o quê estávamos falando.

Carl falou sobre algumas pessoas sobre a cidade o que não liguei. Eu não me importava com aquelas pessoas, logo não tinha necessidade de saber o que elas faziam da vida. Eu só queria saber sobre uma pessoa, mas eu não iria puxar o assunto com ele.

Chegando ao estabelecimento, Cass pediu um frapuccino de brigadeiro, Carl pediu um suco e eu pedi um mocha. Sentamos numas poltronas, Cass começou a mexer no celular e eu e Carl voltamos à conversa.

— Então — eu não deveria fazer isso, mas a curiosidade era grande — alguma notícia?

Ele balançou a cabeça negativamente.

— Na última vez que eu soube ele ainda estava lá. Não deve sair tão cedo, Amy, e mesmo que saia, duvido que vá te achar.

Assenti sem dizer nada.

— Quanto tempo você não vai pra lá? — eu perguntei tomando um gole da minha bebida.

— Três meses e alguns dias... Pelo que eu me lembre. Foi dias antes de eu embarcar para cá. E você?

Balancei a cabeça.

— Eu só fui aquela vez... Sou uma covarde, eu sei.

Ele suspirou.

— Não Amy, depois do que você passou, eu duvido que você seja uma covarde.

— Eu não o odeio, sabe. Eu tenho muitas emoções diante da situação: tristeza, medo, horror e raiva, mas não chega a ser ódio — dei de ombros — nem sei direito o porquê.

— Porque você é uma boa pessoa — foi sua única resposta.

Percebi pelo canto do olho que Cass estava prestando atenção na conversa. Ela seria uma péssima atriz.

Soltei uma risada muito fraca e voltei a tomar minha bebida.

Depois do café, eu prometi tentar manter contato com Carl. Tentei pensar pelo lado positivo, talvez seja a hora de parar de fugir do passado e simplesmente aceitar.

Meus pensamentos foram interrompidos pela Cassidy.

— Nós ainda temos que achar seu vestido.

Eu soltei um muxoxo.

***

Depois de percorrer Oxford inteira, eu consegui achar um vestido para mim. Ele era bonito e, seguindo Cassidy, combinava com a minha personalidade de fogo.

O vestido era um tomara-que-caia dégradée. Na parte do peito ele era branco, aos pontos ia tomando uma tonalidade amarelada, ficando mais forte chegando num amarelo-dourado e nas pontas do vestido ele era laranja, como meu cabelo.

Eu tinha dado sorte, porque eu nunca conseguiria achar um vestido daqueles pelo preço que eu paguei.

Depois de chegar à mansão, Cass perguntou se eu queria ajuda para fazer a minha maquiagem e meu cabelo. Eu delicadamente disse que não. Não gostava que as pessoas ficassem mexendo no meu cabelo, ainda mais pelo fato dele ser fino e cacheado, então qualquer coisinha um nó se formava.

Coloquei o meu vestido estendido em cima da cama e fiquei observando. Eu não estava com um bom pressentimento dessa festa, mas todo mundo ia, eu não queria ficar sozinha e também uma das únicas coisas que eu realmente ouvi da minha psicóloga foi que fazer esse tipo de coisa: sair, ir uma festa etc. iria me ajudar a ficar mais relaxada e consequentemente não ter mais tantos ataques.

Suspirando, fui em direção ao banheiro e tomei um banho. Deixando meu cabelo de lado, eu coloquei uma blusa e um shorts qualquer, pois eu não iria secar meu cabelo e não queria que meu cabelo molhasse meu vestido.

Passei uma maquiagem básica e decidi pegar a minha sapatilha branca que eu tinha ganhado da minha mãe um ano atrás para usá-la com o vestido.

Eu odiava coisas com saltos.

Isso foi culpa de um acidente há uns quatro anos atrás.

Eu tive um baile estúpido da oitava série para ir e eu acabei colocando saltos muito altos para tentar parecer alta e fazer com que as pessoas que me enchiam o saco sobre minha altura calassem a boca. O problema é que eu não conseguia andar direito o que fez as pessoas zombarem de mim mais ainda. E quando eu decidi ir pra casa eu tropecei num buraco por conta do salto e torci meu pé.

Desde então eu odeio salto alto.

Coloquei o vestido, ajeitei meu cabelo com as mãos mesmo, sem nenhum pente e coloquei as sapatilhas no pé.

Pronto. Estava ótimo.

Quando saí de meu quarto fui me encontrar com Damien e Ryden.

— Cass já foi com Drake e Sam — Ryden disse quando entramos no carro — Adelina não pôde ir, diz estar com enxaqueca e Alex foi buscar a namorada.

— Mason não vai?

Damien me olhou com uma cara de “olha a pergunta que você está fazendo, menina”. Eu soltei uma risada e fiquei olhando para a paisagem pela janela.

***

Não tinha como NÃO reparar na casa desse tal de Anton. Havia umas dez mil luzes coloridas saindo da casa, a música estava insuportavelmente alta – e olha que eu nem tinha entrado na casa ainda – e havia um bando de jovens bêbados espalhados pela grama.

Ryden tocou a campainha enquanto eu tomava um fôlego. Uma menina X abriu a porta e nos deixou entrar.

Eu fiquei tão pasma com a quantidade de maquiagem que a garota estava usando que eu não tinha reparado que Ryden já havia sumido.

— Hey, vamos entrar? — Damien gritou para eu poder ouví-lo.

Eu apenas assenti com a cabeça e deixei Damy me puxar pela multidão. A música eletrônica entrava no meu cérebro com uma força enorme de tão alto que o som estava. As pessoas não tinham um lugar específico para ficarem se esfregando ou se pegando ou então dançando. Estava uma bela de uma salada mista aquilo lá.

Super legal.

Só que não.

Percebi que Damien também havia sumido.

ÓTIMO!

Eu voltei a andar pela casa para ver se eu conseguia reconhecer algum conhecido. Subi as escadas o que não foi uma escolha muito sábia, pois o aparelho de som estava lá.

A música entrava como um martelo em meus ouvidos. Eu queria ir embora. Eu queria bater em todas aquelas pessoas que enfiavam a língua uma nas outras ou que esfregavam seus corpos como se a outra pessoa fosse uma esponja.

Eu também queria matar Damien por ter me perdido.

Eu também queria matar Cass por ter me largado para encontrar Samuel.

Eu também queria matar Ryder por ter sumido nos primeiros cinco minutos da festa.

Eu também queria dinheiro.

E cookies.

E ficar na minha cama.

Eu definitivamente não queria estar nessa festa.

Desci as escadas o mais rápido possível para dar de cara com um banana bêbado.

— E aí, gata? Quer fazer uma rapidinha?

Minha cara deveria estar transformada em algo de desgosto. Eu apenas o fuzilei com o olhar logo antes de empurrá-lo e sair daquele lugar.

Fui para o quintal da casa que tinha uma piscina do tamanho de um parque. Era enorme e pela cara era bem funda.

Eu percebi uma cabeleira loira e vi que Trevor estava ali. Que bom, meu dia estava ficando cada vez melhor. Eu saí andando de fininho para ele não me reparar o que eu achava desnecessário já que ele estava muito... Ocupado com uma garota.

Finalmente eu achei Cassidy tomando uns shots de tequila ao lado de Alex e uma garota.

— Hey Amy — o garoto falou quando eu me aproximei — essa é minha namorada, Marie.

Eu sorri para ela e a cumprimentei. Foi só quando os dois se viraram que eu girei meu corpo e agarrei os ombros de Cass.

— Me tira daqui!

— Hey hey, calma, Amy. Aqui, tome um pouco de bebida.

— Eu não posso beber.

— Por quê?

Eu não podia falar que era porque eu tomava remédios para uma série de problemas que eu tinha, portanto eu apenas balancei a cabeça. Ela deu de ombros e tomou mais um shot.

— Cadê o povo?

— Sam foi pegar bebida com Drake.

— E os gêmeos?

— Damien eu não sei, mas Ryden tinha passado por aqui com uma garota morena e baixinha.

Filho da puta me abandonou pra ficar com uma garota. Depois eu me entendo com ele.

— Enfim, Cass, eu quero ir embora. Será que ninguém poderá me dar uma carona?

— Bem... Amy, não quero ser chata, mas eu duvido disso.

— Táxi?

Ela balançou a cabeça.

— Duvido você encontrar um por aqui.

Bufei, exasperada.

— Hey relaxe — ela disse — apenas curta.

Suspirei e voltei a andar, se eu pelo menos ficar fazendo piadas com Damien, minha noite não será tão ruim.

Foi então que eu senti mãos nas minhas pernas e alguém me levantando no ar.

— Hey, ruivinha, quer dar um pulo na piscina?

— ME PONHA NO CHÃO SEU BRUTAMONTES!

— He-he-hey, a ruivinha precisa acalmar o fogo, um banho gelado deve fazer isso.

E com isso eu me vi sendo jogada na piscina.

A água estava bem fria, e as luzes da piscina estavam me incomodando. Eu tentei dar um impulso para subir, mas algo ficou preso. A barra do meu vestido ficou presa em um dos filtros no fundo da piscina. E a piscina deveria ter uns três metros de profundidade.

Eu comecei a ficar desesperada e tentei puxar o vestido. Ele não ia, estava totalmente preso. Tentei rasgar o vestido, mas o tecido era novo e bom, era difícil fazer isso ainda mais na água.

Eu não tinha tomado fôlego antes de ser despejada na água como um saco de batatas. Então minha vontade de respirar estava forte.

Enquanto puxava o vestido e tentava subir, eu rezava para alguém perceber que eu não estava subindo a superfície.

Eu realmente precisava respirar. Percebi a água ao meu redor se mexer e alguém me ajudar com o vestido. Alguém conseguiu puxá-lo o que deixou um rasgo, mas eu não estava ligando. Eu não conseguia me mover direito por causa da falta de ar.

Essa pessoa que me ajudou também me fez conseguir subir a superfície. Quando subi, meus pulmões receberam o ar com toda a força. Eu comecei a tossir e a esfregar meus olhos.

Vi Cassidy parada na borda da piscina com uma cara de preocupada. Sam estava em seu lado me perguntando com o olhar se eu estava bem. Eu virei-me para ver quem tinha me salvado e eu reconheci os olhos azuis-turquesa.

Drake estava ao meu lado, me ajudando a sair da piscina. Quando eu saí, Cass e Sam logo vieram me perguntar se eu estava bem e quem era o babaca que tinha me atirado da piscina. Drake também tinha saído e chacoalhava o cabelo para retirar a água.

— Obrigada — eu murmurei ainda sem fôlego.

Ele deu um sorrisinho e virou-se para os nossos dois amigos.

— Eu vou levá-la para a mansão. Não quero mais ficar aqui e duvido muito que Amelia queira.

Ele me guiou com uma de suas mãos nas minhas costas. Era uma sensação realmente estranha, mas eu não questionei.

Eu fiquei quieta o tempo todo. Quando chegamos à mansão, eu fui para o meu quarto tomar um banho e trocar de roupa. Drake estava na sala de TV, disse que estava sem sono, então iria assistir alguma coisa.

Eu decidi ficar lá também. Não iria conseguir dormir tão cedo depois de quase ter me afogado.

Quando eu sentei-me ao seu lado eu não aguentei e comecei a chorar. Não tinha sido um dia bom. Encontrar Carl e ter memórias de Eric de volta, ir para uma festa da qual eu não fazia a mínima questão de ir e quase me afogar.

Definitivamente não era um dia bom.

Senti Drake virando-se para me encarar e percebi que seus braços tinham me envolvido. Ele estava me abraçando não muito forte, mas com uma certa firmeza que gritava “eu estou aqui para você, se acalme”.

— Shh — ele sussurrou — está tudo bem agora.

Eu fui me acalmando e só restou os soluços do meu choro. Drake ligou a TV e começamos a assistir “Truque de Mestre” até meu pegar no sono com minha cabeça apoiada no peito de Drake Whitewood.


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Notas finais do capítulo

CARA, depois desse final tão fofo eu até mereço uma recomendação, hahahahaha =P
HAHAHAHA EU QUERIA MUITO VER A CARA DE VOCÊS QUANDO VIRAM QUE ERA UMA PESSOA X (CARL) E NÃO ERIC, ah Meus Deuses eu sou muito troll. Adoro.
Bem, espero que tenham gostado. O próximo capítulo sai semana que vem!! Não sei que dia. ainda.
Comentem, favoritem ou recomendem ;)
Kissus



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