Don't Touch My Cookies escrita por ApplePie


Capítulo 13
Capítulo 12 - Alice no país dos cookies


Notas iniciais do capítulo

Hellooooo muchachas!!
EU GANHEI 3 FUCKING RECOMENDAÇÕES!!!! *___* UHULLL.
Por isso, obrigada “sweet dimensions”, “Florencia” e “Mrs Confident” pelas lindas palavras!!! Por serem tão fofas, dedico esse capítulo inteiramente a vocês ♥
Obrigada também “Kikuri”, “One Crazy Girl”, “Yangire Girl” e “blue” por terem favoritado minha fic =D
I hope you enjoy,
Kissus



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Amelia Del Crucci

Sabe aqueles momentos em que você só fica esperando a bomba explodir e o caos acontecer? Bem, esse era um dos momentos.

Drake estava na minha frente com os punhos cerrados e a mandíbula travada. Damien ficava alternando olhares entre Drake e Trevor. Ryden segurava fortemente o meu pacote de cookies e... PERA AÍ, ele ia QUEBRAR os MEUS cookies!!

— Hey hey hey Ryden!! — gritei — toma cuidado com os meus cookies!! Senão, pode voltar e pegar outro pacote!

Isso parece ter tirado um pouco a tensão do ar porque Drake virou-se para me encarar com uma sobrancelha arqueada, Damien ficou me encarando e Ryden me lançou um pequeno sorriso.

Progresso, minha gente, progresso.

Trevor estava com uma cara de desdém enquanto olhava para Drake, mas depois que ele reparou na minha presença, seu olhar mudou para o meu e ele abriu um sorriso que eu não gostei nenhum pouco.

— Olá, Amelia.

Drake pareceu surpreso.

— Vocês se conhecem?

Antes que Trevor pudesse falar qualquer merda, eu respondi.

— Eu sou obrigada a ter certas aulas de Artes com ele.

Drake soltou uma risada de desdém e foi a vez de Trevor de cerrar os punhos.

— O que?! — Trevor perguntou entre os dentes.

— Nada — Drake tinha um sorriso maléfico no rosto — eu sempre pensei que você fosse fazer alguma coisa que tem a ver com a empresa de seu pai.

— Eu estou fazendo o que gosto até eu ser o diretor daquela empresa, mas isso não significa que ela não seja minha, porque ela é.

— Não é não — o sorriso de Drake alargou — o vovozinho ainda não saiu do comando para seu pai ter a posse e para que você possa comandar.

Isso parece ter realmente tirado Trevor do sério, porque ele já estava indo na direção de Drake. Já este apenas esperava pela vinda de Trevor como se o outro fosse um mosquito, aguardava com as mãos nos bolsos da calça.

Antes que Trevor pudesse dar mais um passo o paspalho que estava do lado dele – eu tinha me esquecido completamente dele – o segurou pelo braço e sussurrou alguma coisa em seu ouvido. Trevor estava descontente, mas assentiu relutante e deu um passo para trás.

Eu apenas fiquei jogando raios lasers pelos olhos - como o Ciclope de X-men Revolution – enquanto eu olhava o babaca, mais conhecido como o cara que eu chutei o saco.

Percebendo que alguém estava fuzilando ele com o olhar, o cara (ainda sem nome, mas com muitos apelidos) voltou seu olhar para mim e abriu a boca como um peixe idiota.

— Ruivinha... Você...

— Quer outro chute no saco, seu panaca?

Ele fechou a boca e me fuzilou de volta.

— Sabe, aquilo doeu...

— Ótimo — eu o cortei com um sorriso maldoso.

— Escuta aqui...

— Hey, eu estou perdido aqui — disse Ryden que se pôs entre mim e o babacão.

— Simples — eu dei de ombros — eu estava num mal dia, ele começou a me encher o saco, ficou tentando se jogar para cima de mim e falou coisas que prefiro não comentar — entortei o nariz em desgosto — então eu chutei seu pi... Seu país baixo — dei de ombros novamente.

Os meninos explodiram em risadas, até mesmo Trevor. O amigo de Trevor não estava contente, nenhum pouco, mas... Eu estava pouco me fudendo.

Um dos guardinhas percebeu que estava um murmuro dos infernos aqui – para mim era bem mais que um murmuro – e veio checar. Isso vez com que Trevor e seu amigo (ainda sem nome) saíssem e nos deixassem em paz.

Drake não falou nada, apenas e virou e voltou a puxar o carrinho, perdido em seus próprios pensamentos. Damien soltou o ar como alívio e eu me virei para Ryden.

— Hey, Ryden.

— Hm?

— Eu não estava brincando com o lance dos cookies. Pode voltar lá na estante e trocar o pacote.

***

Quando chegamos na mansão, eu não perdi tempo. Abri os pacotes de cookies no salão de jogos e comecei a devorar tudo. Tinha cookies de chocolate, de baunilha, de confeti, de café, de canela. Com e alguns sem gotas de chocolate.

Eu estava no paraíso.

Era como o mundo de Alice, só que ao invés de ser o país das maravilhas, era o país dos cookies.

Os gêmeos vieram e sentaram ao meu lado.

— Onde está Drake? — perguntei com a boca cheia de cookies.

Damien deu de ombros, como sinal que não sabia e não ligava, e começou a jogar Battlefield 3 enquanto Ryden escolhia qual cookie ele queria. Com o meu consentimento, claro.

— Ele deve ter ido tomar um banho para esfriar a cabeça — ele disse enquanto analisava os cookies de baunilha — Trevor consegue tirar Drake MUITO do sério.

— Não, sério? — disse ironicamente — nem percebi. Você descobriu antes ou depois de ver Drake querendo assassinar Trevor?

Ryden apenas rolou os olhos e bateu na minha cabeça levemente.

— Apenas cale a boca e coma seus cookies.

***

— Qual é a razão da briga entre Drake e Trevor? — perguntei para Ryden quando estávamos no jardim, ele estava desenhando a paisagem e eu estava dando uns retoques no retrato de Trevor.

Damien tinha ficado dentro da mansão, afirmando que precisava aproveitar as horas de videogame que ele tinha antes que Sam chegasse.

Vi pelo canto do olho que ele balançou a cabeça.

— Não sei da história inteira. Pelo que eu ouvi de Alex, parece que envolve o irmão de Drake...

— Drake tem um irmão? — eu o cortei.

— Sim, mas...

— O que aconteceu?

— Pare de me contar menina! — ele disse alto, mesmo não estando nenhum pouco irritado — parece que você tem problemas de ansiedade.

Remexi no banco desconfortável.

— O que aconteceu com o irmão de Drake? — tentei mudar de assunto sem que Ryden percebesse.

— Ele morreu.

Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, Ryden voltou ao assunto anterior.

— Amy... Você tem problemas de ansiedade, não é?

Suspirei. Não gostava de mentir e talvez Freddy estivesse certo. Talvez fosse melhor lidar com tudo isso tento pelo menos umas poucas pessoas ao meu lado.

— Sim — eu falei baixo — eu tenho ansiedade generalizada, hiperatividade e estresse pós-traumático.

Ele assentiu, como se não estivesse surpreso.

— Você não está chocado? — eu perguntei arqueando uma sobrancelha.

— Na verdade não. Bem... O estresse pós-traumático eu não tinha pensado, mas o caso de hiperatividade já tinha me passado na cabeça várias vezes.

— É tão na cara assim?

— Na verdade não — ele afirmou sinceramente — mas eu percebi algumas manias, coisa que não é difícil por morarmos na mesma mansão e por estarmos quase sempre juntos.

— Então conte-me.

— Você tem a mania de ficar mexendo nos seus lápis quando está ansiosa para desenhar algo, isso aconteceu várias vezes; você não consegue ficar muito tempo sentada quando algo emocionante está acontecendo, como quando Damien estava jogando Diablo III e estava perdendo para Asmodeus, você não conseguia ficar sentada; você fala muitas vezes alto e age por impulso; agora pouco você estava me cortando enquanto conversávamos... E por aí vai. Tenho uma lista — ele sorriu fofamente.

Sorri de volta, mas um sorriso triste.

— Hey, Amy — ele virou meu rosto para ele — se você não quiser falar sobre isso, tudo bem, só estou querendo te mostrar que eu estou aqui, quando você precisar.

Sorri mais abertamente e assenti com a cabeça.

— Se me permite perguntar — ele disse com uma expressão pensadora — qual foi a experiência que te deixou com estresse pós-traumático?

Eu não sabia se devia falar ou não. Estava cansada da pena das pessoas, mas o acontecimento estava preso na minha garganta. Suspirei.

— É qu-que eu tiv-ve esse namorado uma vez — minha voz tremia, então respirei fundo — seu nome era Eric. Nós começamos a namorar no final do primeiro ano do colegial, mas aí...

— Ryden! — Damien gritou da porta — mamãe está no telefone. Ela quer falar com você.

— Desculpa, Amy, mas se eu não atender minha mãe, a velha vai vir até aqui e me por numa casa com vigilância 24h.

Apenas balancei a cabeça com um sorrisinho.

— Não se preocupe. Depois eu te conto o resto.

Ele levantou e saiu. Guardei meu lápis e fechei o caderno. Decidi voltar para a mansão também para esquecer das súbitas lembranças que tive de Eric.

Quando eu abri a porta, percebi que Cordelia e Mason estavam de volta, brigando novamente.

— Você sabe como eu ODEIO quando você mexe nas minhas coisas, Mason!

O garoto deu de ombros, mesmo estando também com raiva.

— Eu precisava achar a câmera, Cordelia, não é minha culpa que você monopoliza as coisas que nossos pais deram para NÓS DOIS.

Cordelia jogou as mãos para o alto, exasperada.

— Eu não monopolizo as coisas. Não é minha culpa que você não usa, acaba que eu uso mais que você e...

— Então não reclame que eu pego as NOSSAS coisas quando eu quero.

Antes que ela pudesse falar alguma coisa, Kyle entrou na sala.

— Hey gente, falando nisso, quem quer jogar monopoly?

Jogamos monopoly até a noite, depois de ficar cansada, eu simplesmente devolvi minhas propriedades pro banco e contei meu dinheiro. Que não era muito já que eu sempre fui péssima em investir.

Subi para o meu quarto e comecei a arrumar uns papéis de rascunhos de desenhos. A pedido de Anna, eu estava fazendo um retrato dela, mas não era muito fácil pelo ângulo do rosto que a foto mostrava. A maioria dos esboços eu joguei no lixo, eram inúteis para mim e eu não gostava muito de ver os desenhos dos quais eu fracassei.

Depois da limpeza, eu decidi tomar um longo e cheiroso banho. Estava estreando meu novo shampoo da linha da “Redken”, uma marca que tinha vários produtos para cabelos ruivos.

Assim que eu tomei banho eu recebi uma ligação de meu pai.

Filhinha, como você está?

— Oi pai, estou bem — respondi sorrindo, mesmo que ele não pudesse ver — e você?

Tudo ótimo. Eu te liguei para saber se você vai passar o feriadão comigo. Sabe, York não é TÃO longe de Oxford.

Dei risada.

— Claro, pai, vou te visitar.

Falando nisso, eu já falei com sua mãe, deixando claro que você não precisa de psicólogo nenhum.

— Ela queria que eu fosse num psicólogo em Oxford?! — perguntei um pouco dura demais.

Ouvi meu pai suspirar.

Sabe, Amy, sua mãe apenas quer o melhor para você. Ela não sabe lidar com nem metade disso, e o fato que você não liga pra ela...

— Você sabe porquê eu não ligo — eu o cortei.

Tudo bem, Amelia — ele disse mais firmemente — mas isso não ajuda no fato que sua mãe está preocupada. Eu já resolvi, consegui acalmá-la.

— Obrigada.

Mas em troca eu quero que você ligue para ela.

— Tudo bem. Eu vou.

E mais uma vez, Amy, Margaret não é uma pessoa má. Você sabe disso. Ela apenas não entende transtornos e acha que precisa ficar cuidando de você como se você tivesse seis anos de idade.

Eu ri. Depois ele começou a me perguntar sobre coisas banais e eu respondia. Ao desligar o telefone, me imaginei vendo a casa dele em York. Sorri ao pensar, eu nunca tinha ido para lá porque ou nós sempre viajávamos ou então era ele quem ia para os Estados Unidos.

Desci calmamente as escadas da mansão até que um grito quase me fez tropeçar nos degraus. Segurei no corrimão da longa escadaria como se minha vida dependesse daquilo – e talvez dependesse porque eu não queria nem imaginar de como seria bonito eu ter rolado escada abaixo como uma bola laranja (só eu posso fazer piadas sobre a cor do meu cabelo) – e arregalei meus olhos.

Adelina estava gritando.

Oh, merda.

Coisa boa é que não era.


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Notas finais do capítulo

Amy doida, hahahaa. Anyway, espero que vocês tenham gostado!!! =D
O próximo capítulo devo postar no final da semana que vem.
Comentem, favoritem, recomendem... Qualquer coisa! ;)
Até o próximo capítulo,
Byebye