Don't Touch My Cookies escrita por ApplePie


Capítulo 12
Capítulo 11 - Elvis no mercado


Notas iniciais do capítulo

Hello muchachas!!
EEUUUU GANHHHEEI MINHA PRIMEIRA RECOMENDATION!!! *___* Muitíssima obrigada, “America Singer” pelas palavras tão lindas e por ter me feito feliz!
Eu REALMENTE deveria estar estudando e fazendo planilhas pra minha mãezinha, mas eu estou com preguiça e eu queria revelar logo muitos segredos então...
TA DAAAMMM.
Cá estou.
Quero agradecer à “Madison Miller” e à “America Singer” por terem favoritado minha história =D
Agora vamos ao que interessa.
I hope you enjoy,
Kissus



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Amelia Del Crucci

Drake deixou eu ficar segurando sua mão e não perguntou nada. Eu realmente estava grata por isso. Não estava pronta para soltar tudo para ele. Era desnecessário e sem cabimento.

Até entrarmos no carro eu pensei que estivesse segurando minha respiração. Eu estava com um pouco de falta de ar e tonta.

Ótimo, outro ataque está acontecendo.

Graças à Anúbis, eu não estava parecendo uma louca.

Soltei sua mão (afinal ele precisava dirigir) e fiquei olhando para a paisagem pela janela.

— E então — ele começou como se estivesse tentando amenizar o clima estranho — Lucy é bem legal, né?

— Sim, ela é.

— Mas sabe, como eu já havia dito, não leva essas coisas muito a sério.

Assenti com a cabeça, mas não falei nada. Eu realmente acreditava nesse tipo de coisa e o olhar que Lucy tinha, parecia que ela sabia tudo sobre mim. E nada do que ela falou (sobre mim ou sobre o meu passado) estava incorreto.

Eu não iria ficar neurótica com isso. Lógico. Mas não posso dizer que eu não vou acreditar.

O resto do caminho foi quieto. Assim que Drake estacionou o carro em frente à mansão, eu murmurei um “obrigado” e praticamente saí correndo dali.

Eu apenas queria voltar para o meu quarto. Sem ter que pensar em ataques e em Eric.

Drake Whitewood

A ruiva saiu do carro como estivesse num caso de vida ou morte e entrou na mansão. Dei de ombros, talvez ela precisasse usar o banheiro.

Eu tinha quase certeza que não era isso, mas de nada adiantava eu tentar ir atrás dela. Eu sabia que ela não ia me contar o que estava havendo e não havia ponto de eu tentar discutir.

Suspirei e entrei na mansão.

Como o esperado, a ruiva não estava em nenhum lugar à vista, Rana estava conversando com Carter sobre alguma coisa de fazer uma reforma nos canteiros da mansão, Cordelia estava lendo um livro no sofá e Sam estava no sofá, olhando para equações estequiométricas como se fossem bichos de sete cabeças.

Fui até ele e sentei ao seu lado.

— E aí, cara? — falei.

Ele grunhiu em resposta como ele geralmente fazia quando estava infeliz sobre alguma coisa.

— Cara, eu ainda não te entendo. Você ama Química, você cursa Química, mas mesmo assim quase sempre eu o pego grunhindo para uma filha.

Ele virou-se para mim e bufou.

— Meu problema não é a Química. É a minha professora de Química Inorgânica.

— O que que tem ela?

— Cara, ela é um saco. Ela fica reclamando sobre como precisaríamos ter uma grade maior de Química Inorgânica e ela veio da Suécia.

— E... — eu comecei, sem entender aonde ele queria chegar.

— E que ela é o demônio! Ela fica falando “porque lá na Suécia, eu tinha uma grade muito melhor”, “porque lá na Suécia, as escolas são mais organizadas”.

Ele disse com uma voz parecendo um traveco e eu acabei rindo.

— Não ria. Ela é o inferno. E ainda manda folhas e folhas de lição de casa, como se nós estivéssemos ainda numa escolinha e nem explica direito.

— Por isso eu não faço Química — eu falei com um tom divertido na voz.

— Você não faz Química porque você sempre quis explodir coisas no laboratório ao invés de estudar.

— Isso nunca me impediu de eu ser o melhor da escola.

Ele tentou me fuzilar, mas falhou com o seu sorriso no rosto.

Depois, eu decidi que já era hora de deixar Sam terminar de amaldiçoar sua professora em mais de dez línguas e fui jogar videogame.

Mason estava lá, jogando bilhar com Alex.

Logo após eu ter os cumprimentado, eu liguei o videogame.

Que os jogos comecem.

Amelia Del Crucci

No meu quarto, eu decidi que era hora de eu tomar um banho. Um daqueles quentes e demorados.

Minha falta de ar, contudo, não tinha passado. Suspirando, eu peguei um dos remédios e peguei um comprimido.

Esse remédio geralmente me dava sono, então eu decidi colocar um pijama (já estava preparada, oras?) e fui procurar Frederick. Eu queria saber se tinha alguma coisa que eu poderia fazer como um tratamento natural. Ele não era psicólogo, mas era médico. Ele provavelmente saberia se teria como eu parar de tomar aqueles estúpidos remédios.

Fui até o seu quarto e bati na porta.

Ouvi um entre abafado pela porta e a abri.

O quarto de Frederick tinha a mesma estrutura que o meu, mas sua cama não parecia a de uma princesa (afinal, eu acho que isso ficaria estranho). Contudo, ela era bem grande. Suas paredes eram brancas e dois quadros estavam pendurados, um de arte abstrata e outro de paisagismo.

Sua escrivaninha estava cheia de livros de medicina, utensílios e outras coisas de medicina. Percebi que não havia nenhuma TV.

— Se você está se perguntando onde está a TV, saiba que está com Damien. Eu não podia ter uma distração e ele aceitou de bom grado, assim não teria que sempre entrar num acordo com o irmão quando eles quisessem assistir TV.

Virei-me para olhar para Frederick. Ele tinha um sorrisinho no rosto. Usava uma calça de moletom que não era grossa, cinza. E uma blusa regata branca.

— Sente-se Amy.

Eu o fiz em sua cama. Comecei a brincar com meus próprios dedos de nervosismo.

— Não precisa ficar nervosa, Amy. Se quiser dizer alguma coisa ou perguntar algo...

— Como eu posso parar meus ataques?

Ele olhou para mim por um tempo, senti que era para eu continuar a falar.

— Eu estou cansada de ficar tendo ataques o tempo todo. Um dos motivos que eu vim para cá, foi para justamente impedir que isso acontecesse.

— E — ele disse calmamente — o que aconteceu para você ter um ataque novamente?

Acabei soltando a história toda. Ao acabar de contar, eu fiquei olhando para Freddy. Ele estava pensando profundamente, eu não tinha ideia se era melhor eu o deixar assim ou falar mais alguma coisa.

Não foi preciso nada, pois ele olhou para cima, encontrando com meus olhos.

— Amy, isso é um assunto um tanto quanto delicado...

— Eu sei, Freddy! Eu sei! Mas não posso fazer nada. Nunca pedi para ter tantos problemas.

Senti-me derrotada e caí como um saco de batatas em sua cama.

— Amy, ter hiperatividade e ansiedade generalizada não é algo grave. Há milhares de casos que são assim.

Assenti sem dizer nada.

— Sem contar o fato de que seu caso não é grave. Sua hiperatividade está diretamente ligada com essa enorme quantidade de ansiedade. O tratamento é na base de remédios que é o seu caso ou de um psicólogo. Você não quer nenhum dos dois... Fica difícil assim, Amy. Muito difícil...

— Eu sei, é que...

— Mas... Não impossível. Eu e Adelina estamos dispostos a te ajudar. Seria muito melhor se você contasse a outras pessoas mais próximas como...

— Não.

— Os gêmeos e Rana. Seria essencial a dona da mansão saber o que a moradora tem. Eu já lhe disse, Amy, aqui somos como uma família, e família significa cuidar de uns aos outros. Você precisa confiar em nós.

Afundei minha cara no travesseiro.

— Hey, Amy, ainda está viva?

— Não.

— Você sabe que pelo que você me contou esse seu “ataque”, como você fala, não está relacionado a hiperatividade, né?

Levantei minha cabeça e assenti sem olhar para ele.

Frederick suspirou.

— Estresse pós-traumático — ele falou naquele tom eu-sou-um-estudante-de-medicina-foda — pode ser algo ruim dependendo do caso. Você precisa saber a fonte para poder tratar. Se você quiser minha ajuda, você sabe que terá que contar para mim o que aconteceu.

— Eu ainda não estou preparada para isso — eu falei com a voz subitamente rouca de exaustão.

— Sabe, vai ser bom para você ficar perto de alguém como Drake. Ele, acima de todos, não é de questionar as coisas.

Pensei por um momento para assentir. Eu sabia que era a verdade, pude ver isso quando estávamos saindo da loja de Lucy.

Freddy pegou minha mão e me deu um sorriso encorajador.

— As coisas vão melhorar, Amy, prometo.

Eu não consegui sorrir naquele momento, mas pelo menos eu já estava me sentindo melhor.

***

Eu estava lendo pela quarta vez “O Último Olimpiano” quando alguém bateu na porta do meu quarto. Para minha surpresa, do outro lado estava Drake Whitewood.

— Ahm... Hey ruiva. Eu estava pensando no que você gostaria de jantar hoje.

Eu pisquei.

— Como?

— Sabe. Jantar? Aquela refeição da noite. Eu gostaria de saber...

— Mas e os outros.

Ele deu de ombros e entrou no meu quarto sem ser convidado.

— Cassidy e Sam vão sair com os caras — eu não queria saber quem eram “os caras”, por isso nem me dei o trabalho de perguntar — Rana e Carter já jantaram. Kyle levou Nicholas para comer Mcdonald’s. Alex saiu com a namorada, Anna saiu com Cordelia e Mason, Lucy ainda está na loja e Frederick não liga para o que come.

Pisquei novamente.

— E você vai fazer o jantar.

Ele deu de ombros.

— É.

— E os gêmeos?

E foi aí que do nada, Ryden apareceu ao lado de Drake.

— Nós vamos ajudar Drake a escolher os ingredientes do mercado. Decidimos que você deveria escolher o que comer porque você está meio pra baixo.

— Eu não...

— A por favor, Amelia — Damien disse do outro lado de Drake — você está trancada no quarto, lendo pela milésima vez “Percy Jackson” e você estava com uma expressão que pareciam que tinham dito para você que você iria ficar sem hora da soneca.

Isso me fez rir.

— Bem... — eu comecei a pensar — quero algo gorduroso. E fácil. Que tal uma macarronada?

Os três sorriram.

— Mas eu quero ir no mercado também. Os gêmeos assentiram, gostando da ideia e Drake deu de ombros.

***

Chegamos no mercado depois de 35 minutos, sendo que o trajeto geralmente levava 20.

Isso porque quando chegamos ao carro de Drake, nós três discutimos para ver quem iria ir no banco da frente. Tentamos dois ou um, mas Damien sempre trapaceava, fazendo com que eu gritasse com ele e Ryden desse um tapa em sua cabeça.

Então jogamos Jo-ken-po e eu acabei ganhando.

O poder ruivo está no ar.

Ao abrir as portas do mercado, Drake começou.

— Certo, precisamos primeiro pegar a massa...

Ele não conseguiu terminar a frase porque eu e os gêmeos já estávamos pegando os carrinhos. Eu entrei no carrinho e Damien começou a dirigir, Ryden ia do lado pegando coisas que COM CERTEZA não eram necessárias para fazer uma macarronada.

De repente a música que estava tocando no mercado mudou para “Devil in Disguise” do lindo do Elvis, meu rei topetudo e brilhoso. Eu comecei a fingir que estava tocando a guitarra durante o solo enquanto Damien fazia umas vozes engraçadas tentando imitar o homem. Ryden remexia os braços e o quadril enquanto colocava diversas comidas no nosso carrinho.

Refrigerantes, doces, salgadinhos. Milhares de coisas.

— Ryden! — eu disse enquanto estava dançando dentro do carrinho — não se esqueça dos cookies!

Porque cookies são minha vida.

Mas como tudo que é bom dura pouco, Drake apareceu na frente do carrinho e me tirou de lá.

Eu fiz bico.

— Hey! — reclamei — eu estava curtindo minha música.

— É, mas eu não estou a fim de ficar aqui no mercado por muito tempo.

Arqueei uma sobrancelha. Drake não era de ser do tipo que liga para o que os outros falam ou coisa do gênero. Quando levantei o olhar percebi duas pessoas na nossa frente.

Rapidamente, Ryden e Damien vieram para o nosso lado com expressões sérias. Drake parecia que queria matar alguém.

Bem à nossa frente estavam Trevor e o cara que eu chutei aonde o sol não alcança – ou como eu prefiro chamar, as bolas de ouro do indivíduo.


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Notas finais do capítulo

A treta foi ativada!!
Hahahaha.
Bem, espero que tenham gostado. Agora todas sabem o que Amy tem. Mas ta aí a pergunta. Por que ela tem estresse pós-traumático?! Tam tam tam tammmmm!!
Anyway, pessoas, preciso dizer! Eu provavelmente só conseguirei postar o próximo na sexta. Porque... Essa semana também está foda. Na verdade, esse "final" de ano está foda. Então por favor espero que não fiquem chateadas por eu só conseguir postar nos finais da semana. Mais uma vez, sorry.
Bem... Comentem, favoritem ou façam como a linda da America Singer e recomendem!!! =D
Byebye