Don't Touch My Cookies escrita por ApplePie


Capítulo 14
Capítulo 13 - Jogos nenhum pouco amistosos


Notas iniciais do capítulo

HEELLO MUCHACHAS!!!
POR FAVOR, ASSISTEM AO BOOK TRAILER QUE EU FIZ PRA ESSA FIC!!! Porque demorou pra caramba pra fazer, hahahaha =P
Enfim, quero agradecer à linda da Thaynara pelas palavras tão fofamente fofas que ela colocou na recomendação, muitíssimo obrigada *______* dedico esse cap pra você, flor.
E quero agradecer também à "UmaHistória" e à "MrsForeverHungry" por favoritarem a fic =D
I hope you enjoy,
Kissus



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Trailer da fic (por favor, assista e me fale o que achou):

https://www.youtube.com/watch?v=1oN5mn7qyPY

Amelia Del Crucci

Depois do meu momento de choque, eu desci as escadas rapidamente – não sabendo ainda como eu não tropecei em um dos degraus e não acabei com a minha vida – e fui até a cozinha, mais pela curiosidade de ver o que estava acontecendo do que ajudar Adelina (desculpa, Deli, mas é a verdade).

Percebi que Kyle ainda estava jogando monopoly com Mason e Cordelia, seu irmão, Nicholas, entrou no meu lugar. Eles pareciam nem dar ouvidos ao grito de Adelina, o que me deixou alarmada.

Segui para a cozinha e vi Adelina em cima da mesa com uma vassoura na mão. Alex observava tudo pelo batente entre a cozinha e a porta que levava ao fundo da horta que tinha lá. Ele tinha um sorrisinho como se achasse aquilo divertido e seus braços estavam cruzados.

Ouvi barulho de escadas e em segundos Damien estava do meu lado.

— Alguém morreu? — ele perguntou com os olhos brilhando.

Revirei os olhos e empurrei sua bochecha com a minha mão.

— Você, Sir, anda jogando muito videogame. Não, ninguém morreu, mas eu gostaria de saber o que acontec...

Adelina deu outro grito.

Foi então que eu olhei para o chão e vi o problema.

Uma aranha.

Bati minha mão na testa e Alex deu uma gargalhada.

— Pare de rir, Alex! — exclamou Deli — isso não é engraçado.

Ele adentrou na cozinha e pegou uma pera que estava em cima da fruteira e deu uma mordida.

— Para mim é — ele disse de boca cheia.

— E eu pensando que estava realmente acontecendo alguma coisa — Damien murmurou no meu ouvido, eu apenas assenti.

O gêmeo suspirou dramaticamente, pegou um pote de vidro, colocou a aranha lá e depois a jogou pela janela.

— Pronto, Deli, agora solte essa vassoura e saia de cima da mesa.

A loira assentiu e saiu devagar da mesa.

Rindo, eu fui até a dispensa e peguei um dos tubos de Pringles que eu tinha feito Drake comprar para mim no mercado. Essas batatinhas são um dos únicos salgados que eu consigo aturar sem comer um doce logo depois.

***

No dia seguinte, Drake tinha oferecido uma carona para a faculdade. Eu acabei aceitando porque eu tinha que carregar uma pasta que era quase do meu tamanho, afinal era a apresentação de certos trabalhos.

Drake foi dirigindo, enquanto Sam estava na frente e eu fui atrás com a Cassidy.

Cass era uma menina bem maneira. Ela tinha um piercing em cima da sobrancelha e uma tatuagem de um par de asas de anjo pequenas em sua clavícula. Seu cabelo era um dégradée. No topo era um castanho claro e conforme ia chegando nas pontas ia ficando cada vez mais loiro, era um cabelo muito maneiro. A garota vestia uma calça jeans e uma blusa com o símbolo da banda “Sleeping with Sirens”.

Eu fiquei conversando com ela durante um tempo sobre a faculdade dela. Cass disse que sempre gostou de escrever, então decidiu ser jornalista e, quem sabe, até escrever um livro um dia.

Depois eu fiquei conversando com Sam sobre como os professores daquela universidade tem algum problema, ele sentia na pele o que eu sentia, mesmo cursando algo totalmente diferente.

Eu pude perceber que Cassidy gostava de Sam. Ela tentava esconder, mas não estava se saindo muito bem ao fazer isso.

Drake ficou, inexplicavelmente, quieto durante o percurso todo. Às vezes respondia algumas perguntas que Sam fazia, mas apenas isso. Eu pude perceber também que ele me fitava, algumas vezes, pelo retrovisor, como se estivesse intrigado com alguma coisa.

Eu sabia o que era. Ele queria saber sobre o quase-ataque que eu tive na loja de Lucy. Porém ele não iria perguntar sem mais nem menos, então estava tentando juntar as peças como um quebra-cabeça. Suspirei, eu não queria que as pessoas ficassem olhando para mim como se eu tivesse problemas graves. Hiperatividade não era algo tão ruim assim.

Nem havia percebido que tínhamos chegado à faculdade até Cassidy chamar meu nome e me acordar de meu torpor. Agradeci Drake pela carona e me despedi.

Quando eu estava a caminho da minha sala, já dentro do meu prédio, as caixas de som escondidas (provavelmente para não destruir a imagem “antiga” que a escola tinha) e distribuídas pelos prédios começaram a falar. Na hora, eu percebi que era a voz do reitor do meu curso.

Todos os alunos dirigem-se ao auditório principal no prédio 1.

Poderia ter avisado antes, né belezura da mamãe? E agora, minhas pernas que subiram três lances de escada ficam como?

Bufei e comecei a dar meia volta. Era bom que toda essa maratona de degraus valesse a pena.

***

Eu só tinha ido para esse auditório uma vez que foi um dia antes das aulas realmente começaram. Os reitores estavam lá para explicarem as regras da faculdade e o diretor teve também algumas palavras.

Encontrei, para a minha surpresa, Kyle no caminho. Começamos a andar juntos.

— Então, você já sabe sobre o que eles querem falar?

— Ah, sim. É sobre umas das tradições daqui da faculdade, sabe? Ocorre todo ano, mas eu particularmente não entendo porque o diretor faz questão de explicar para TODOS todo ano. Quer dizer, eu já estive aqui ano passado. Eu já sei sobre o que é. Por que não deixar eu tomar um milk-shake ao invés disso? — essa última frase me fez rir.

— O que você cursa, Kyle?

— Psicologia.

— Hm — prensei meus lábios em uma linha fina. Kyle soltou uma gargalhada.

— Não se preocupe, Amy, eu não vou ficar pressionando você a me contar alguma coisa ou a conversar sobre seus problemas.

Arqueei uma sobrancelha para ele.

— Será que todo mundo daquela mansão sabe o que eu tenho? — eu disse exasperada. Kyle riu novamente.

— Bem... Não todo mundo. Frrederick e eu sabemos porque isso está incluso na nossa carreira. Deli sabe porque ela é muito perceptiva e gosta de ajudar as pessoas. E Lucy deve saber porque ela é uma bruxa.

Rimos juntos.

— Devo entender que você tem um certo ódio pela minha profissão?

Eu sorri de leve.

— Não exatamente. Eu fico assim porque minha mãe realmente me pressiona com esse tipo de coisa, e eu não gosto, sabe? E também porque a única coisa que minha psicóloga soube fazer foi me entupir de remédio, e eu ODEIO tomar remédio — percebi pelo canto do olho que Kyle sorriu tristemente.

— Às vezes temos que tomar medidas drásticas para melhorar. Mas do jeito que você está agora, eu duvido que você precise algo mais do que nós, seus amigos.

Sorri agradecida para ele.

— Bem, Amy, foi bom te encontrar. Agora, eu preciso ir tomar um milk-shake.

— Mas eu pensei... — eu comecei fracamente.

— Que eu ia assistir a palestra? Nah, prefiro minha bebida, muito obrigado — e com uma piscadela, ele saiu andando rapidamente em direção à cantina.

Soltei uma risada e continuei meu caminho. Fiquei à procura dos gêmeos, eu realmente queria ficar com eles durante a palestra.

— Bú! — uma voz sussurrou na minha orelha.

Com um estalo, eu virei-me rapidamente e quase tive vontade de vomitar. Trevor estava bem à minha frente. Soltei algo parecido como “Ugh” e voltei a andar.

— Hey, Amelia, espere! — ouvi Trevor dizer, e em pouco segundos ele estava do meu lado.

— O que você quer, Trevor?

— Conversar.

— Hm... Não. Muito obrigada. Prefiro conversar com uma parede.

Ele soltou uma risada.

— Não era para ser engraçado — eu murmurei alto o suficiente para ele ouvir.

— Eu só quero falar alguma coisa.

Parei e virei-me para encará-lo.

— Você tem quinze segundos.

— Você quer ir numa festa no sábado?

— O que?

— Você...

— Eu ouvi, seu goiaba. Mas... Ãhm? — eu nem sabia o que perguntar.

Ele soltou uma leve risada e continuou.

— Anton vai dar uma festa.

— Quem diabos é Anton?

— O cara que você disse que chutou nas bolas.

— E porque, novamente, DIABOS, eu iria querer ir numa festa dele?

— Vai ser legal — ele deu de ombros — geralmente é a festa do ano. E quase todos vão. Seus amiguinhos da mansão provavelmente vão.

Fuzilei-o pelo olhar quando ele disse “amiguinhos”, mas não disse nada.

— Então?

— Não sei. Vou ver — e antes que ele dissesse mais alguma coisa, eu voltei a andar para o auditório.

Ao chegar lá, eu percebi que tinha me esquecido sobre como aquilo era enorme. A maioria dos estudantes era tudo do primeiro ano. Os veteranos deveriam ter tido a mesma ideia que Kyle. Afinal, Milk-shakes são melhores que uma palestra de algo que você já sabe.

Eu encontrei Cassidy na multidão e rapidamente sentei-me ao seu lado. Ela, me percebendo, lançou um sorrisinho. Ela ia falar alguma coisa quando a voz do diretor ecoou pelo espaço.

— Bom dia, alunos. Hoje, estamos aqui para discutir sobre uma das tradições benfeitoras dessa universidade. Os Jogos Amistosos de Oxford University.

Vozes baixas eram escutadas pelo auditório.

— É bem simples, na verdade. TODOS, e repito, TODOS os calouros são obrigados a participarem, pense nisso como um ato de iniciação, é ótimo para vocês interagirem entre si e com os veteranos. Já os estudantes mais velhos participam apenas se quiserem.

Eu não estava gostando disso.

— Haverá 15 times. E cada aluno deve participar em, pelo menos, duas modalidades. Serão diversas modalidades. Haverá imprensa e as pessoas pagarão para virem e assistirem os jogos. O dinheiro arrecadado será enviado para duas instituições: uma de adoção e outra de saúde.

Bem, pelo menos seria por uma boa causa.

— Os jogos acontecerão na semana que vem. As inscrições e o pagamento com uma taxa de cinco libras devem ser feitos até depois de amanhã, ou seja, quarta-feira. Na quinta-feira os times serão decididos e divulgados e na sexta-feira as camisas dos times serão distribuídas e os horários das modalidades de cada pessoa . Ah, e calouros, caso vocês falhem em fazer a inscrição, vocês irão repetir de ano.

Ele deu um sorriso final.

— Bom jogos.

Só me faltava ele dizer “que a sorte esteja ao seu favor”. Aí, com certeza seria Jogos Vorazes. Um tremor passou pelo meu corpo. Eu já disse que era PÉSSIMA em atividades físicas?

Pois é, agora você sabe. Não que fosse difícil adivinhar, afinal eu era como uma batata e a única coisa que eu gostava de fazer era comer cookies e desenhar.

— Eu já tinha ouvido falar disso — Cassidy disse enquanto saímos do lugar — há muitas modalidades. O time geralmente senta e decidi o que cada um vai fazer. Geralmente o capitão é um veterano, pois eles realmente se importam em vencer, dizem que o prêmio é bom e é sempre uma surpresa do comitê estudantil.

Ao sairmos do auditório, cada um recebia uma folha.

Atividades dos Jogos Amistosos de Oxford:

Cabo-de-guerra – 10 pessoas por time

Basquete – 13 pessoas por time (2 reservas)

Handball – 7 pessoas por time (1 reserva)

Vôlei – 7 pessoas por time (1 reserva)

Xadrez – 1 pessoa por time

Damas – 1 pessoa por time

Queimada – 15 pessoas por time

Corrida de três pernas – 2 pessoas por time

Natação – 1 pessoa por time

Corrida de Canoa – 4 pessoas por time

Atire no alvo – 2 pessoas por time

Salto a distância – 1 pessoa por time

Corrida com obstáculos – 1 pessoa por time

Corrida do Objetivo – 2 pessoa por time

— O que é corrida do Objetivo? — perguntei a Cass.

— Você corre até uma mesa, e nessa mesa pega um envelope, nesse envelope está escrito um objetivo que você deve cumprir e levar até a linha de chegada. Por exemplo, se no envelope estiver escrito: um parafuso, você precisa procurar como uma louca o parafuso e entregar junto com o envelope na linha de chegada.

Assenti com a cabeça e continuei lendo.

Corrida da Fantasia – 2 pessoas por time

Futebol – 8 pessoas (1 reserva)

Tênis de Mesa – 2 pessoas por time

Tênis – 1 pessoa por time

Lançamento de Argolas – 1 pessoa por time

Escalada – 1 pessoa por time

Baseball – 9 pessoas por time

— Não tem futebol americano?

Cass me olhou como se eu fosse maluca.

— Ahm... Amy. Inglaterra igual a ódio por certas coisas americanas, ainda mais num lugar tão arcaico como aqui e contra algo tão bruto como futebol americano. A última coisa que o diretor quer é ver pessoas mutiladas.

Dei de ombros.

Captura da Bandeira – 7 pessoas por time

Arborismo – 1 pessoa por time

Dança – 1 pessoa por time

Trilha – 3 pessoas por time

— Uau, tem umas modalidades bem diferentes aqui. Como seria a de dança?

— É a mesma coisa que você estiver jogando Xbox — disse Damien enquanto se aproximava de nós — por mais que falem bastante, todo mundo acaba adorando os jogos. Afinal, nós vamos para um espaço enorme só nosso por dias, ou seja, nada de estudar e também porque nos dias principais dos jogos tem uma quermesse. Senão, ninguém iria pagar para entrar, não é mesmo?

— Você vai participar? — Cass perguntou para Damien que assentiu.

— Ryden também. Nós adoramos isso — ele deu um sorriso maligno — aé, e outra coisa. Se preparem para pegar estrada no domingo. Os seus reitores devem avisar na sexta. Nós vamos para um lugar enorme. Parece um acampamento.

Meus olhos brilharam ao pensar em algo parecido como o Acampamento Meio-Sangue. Damien deve ter percebido, pois riu.

Cassidy logo foi embora e eu fiquei conversando com Damien. Quando eu vi que tinha que voltar para minha sala, eu fiz uma pergunta final.

— Damien, seja sincero. Esses jogos não serão nem um pouco amistosos, né?

Ele sorriu maleficamente.

— Ainda bem que você sabe, Amy.


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Notas finais do capítulo

Entãooo é isso. Espero que vocês tenham gostado. Não deixem de ver o trailer que eu fiz e me falarem o que acharam.
Comentem, recomendem ou favoritem!!!! =)
O próximo capítulo deve sair no final dessa semana e da minha outra fic TENTAREI postar amanhã!
Byebye