Nostalgia escrita por Alice chan


Capítulo 6
Severo Snape ou Tiago Potter?


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas! Tudo bom com vocês?
Hoje eu trouxe mais um capítulo maaaaaas, antes de lerem, queria relembrar que o capítulo "Arrependimento" foi atualizado. Então, se você ainda não leu, vá lê-lo agora!
Boa leitura!



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– Harry, cadê sua cicatriz?!

Foi então que Harry percebeu. Passou a mão na testa, procurando alguma diferença, e não sentiu cicatriz nenhuma. Com um pulo, correu para o quarto, e se olhou no espelho.

A sua marca de raio tinha sumido.

***

No dia seguinte, muitos amigos e colegas vieram perguntar se ele estava bem. Ele simplesmente sorria, ou acenava a cabeça, confirmando. Não queria falar com ninguém (que não fossem Rony e Hermione). Mas apesar dessa seriedade para com os outros, Harry estava muito feliz.

Primeiro, porque tinha uma mãe. Pelo menos, parte de sua família foi salva. Ter uma mãe era tão bom pra Harry, que ele se sentia como se tivesse uma nova roupa, um novo rosto, um novo olhar. O que era novo mesmo, na realidade, era sua vida. Iria ser diferente.

Segundo, agora ele não tinha cicatriz! Ninguém se lembrava que ele já teve a cicatriz no passado uma cicatriz que era sua marca, sua história, sua lembrança. Mas ele conseguiu mudar tudo isso, e se sentia feliz demais.

Mas o que mais mexeu com Harry foi Snape. Durante a aula de poções, o professor fingiu que ele não existia. Não xingava, nem procurava motivos para dar uma detenção a ele ou tirar pontos da Grifinória. Do pouco que conhecia desse novo Snape, Harry concluiu que esse silêncio era pra atingir Harry, fazê-lo se sentir mal.

E a ignorada surtiu efeito. Não que Harry tenha se sentido mal - para o Snape que conhecia, isso era um avanço na relação dos dois -, mas ver que ele não estava amoroso com ele não era nada bom.

– Cadê o Snape atencioso e amorzinho que você disse que ele se transformou, Harry? Continuou a mesma coisa. Você disse...

– Eu sei o que eu disse - Harry interrompeu Rony -, mas ele tá estranho. Acho que ele tá assim pra me atingir, sabe?

– Entendi. Minha mãe faz isso, às vezes - concluiu Rony, enquanto seguiam para o Salão Principal.

– Eu estive pensando... - disse Hermione, depois de uns minutos de silêncio - Como... Quero dizer, por que... Nós não fomos... Afetados, alterados, não sei o verbo certo. Só porque somos seus amigos?

– Se fosse só por isso, Dumbledore também não teria sido afetado. Ele também é meu amigo, não é? E todos os outros da Grifinória...

– Ok, mas somos seus melhores amigos. - interviu Rony. Harry sorriu. Era um motivo nobre, mas não suficiente. Não podia ser por isso.

Chegaram ao Salão Principal. O jantar devia estar delicioso, mas Harry estava com tantos pensamentos na cabeça, que nem prestou atenção na comida. Ele olhou uma menina de Corvinal. Cho. Bonita... De repente, uma mancha branca entrou no castelo pela janela.

– Edwiges! - Harry ficou aliviado ao ver que sua coruja ainda era a mesma. Apenas estranhou que ela viesse trazer uma carta para ele agora. Depois de dar umas torradas para Edwiges e acariciar suas penas, ele pegou a carta.

– É da minha mãe. - A letra de Lílian era elegante, alinhada, nada rabuscada. Harry teve vontade de chorar - mas não na frente de todos. A vontade de abrir a carta e lê-la era tão grande que Harry nem reparou que os amigos estavam atrás dele para ler a carta também.

"Querido Harry,

Espero que você e o Severo tenham se acertado. Ele estava tão triste com seu compartamento quando eu fui embora! Se ele estiver fingindo que não te vê durante as aulas, não se importe. Você sabe que ele só faz isso para te afetar.

Suas notas? Como estão? Se não falar, eu vou descobrir do mesmo jeito.

O fim de ano está chegando Aproveite os últimos dias em Hogwarts, filho. Eu vou te esperar, na estação, como sempre estive. Saudades, mesmo que eu tenha te visto e te abraçado ontem.

Eu te amo muito, filho.

Beijos, mamãe."

– Harry... A letra dela... É bonita - foi aí que Harry percebeu os amigos atrás dele. Quando olhou para a amiga, viu que seus olhos estavam a ponto de explodir em lágrimas. Os dele também. Levantou-se do banco e abraçou a amiga. Rony veio por trás.

Ficaram os três ali, abraçados, no meio do Salão Principal.

Enquanto subiam para o Salão Comunal da Grifinória, enquanto Hermione dizia a senha para a Mulher Gorda, enquanto Rony espreguiçava-se na poltrona ao lado, Harry pensou que, para tudo ficar perfeito, faltava só seu pai.

Seu pai.

Não, agora ele tinha Snape como padrasto. Lílian gostava dele, então iria aceitá-lo também. Pela mãe.

Mas... Lílian preferiu casar com Tiago. Ela amava mais Tiago.

Harry ficou pensando. Pensando. Tiago Potter ou Severo Snape?

Com certeza, Tiago Potter. Meu pai.

Em meio à uma bronca de Hermione - "vocês, pelo menos, façam as tarefas de férias que os professores estão dando" -, Harry levantou-se, olhou para os amigos, e disse:

– Eu vou salvar meu pai.

– Harry, senta aí, não me atrap... O quê?!

– Eu vou salvar meu pai, Mione.

– Só aceita o Snape como seu padrinho, cara - disse Rony. - Snape bonzinho pode até ser legal. Eu gostei de não levar "livradas" na cabeça hoje.

– Não posso aceitar o "legal" se eu posso ter o melhor.

Hermione se levantou, andou até o amigo, tocou seu braço, e com um olhar gentil e a voz calma, ela disse baixinho:

– Você deve estar revoltado. Eu sei. Aceitar como padrasto um cara que te odiava de um dia pro outro, ainda mais o Snape, é difícil. Mas não há o que fazer. É assim que as coisas são agora. E não - Hermione impediu Harry de dizer alguma coisa -, eu não empresto meu vira-tempo.

– Mione, por favor...

– Não Harry. Já causou confusão demais. E é muito perigoso. Você simplesmente alterou sua história toda. Não vou deixar você ir de novo.

– Mione, desencana! - Rony levantou, passou o braço pelos ombros de Harry, com uma cara animada. - Fim de ano, aulas acabando, nem tem mais provas! E também, seria legal...

– ... se expor a perigos mortais do tempo?

– ... conhecer o pai do meu melhor amigo. Se é o que Harry quer, se é assim que ele vai ser feliz, eu vou apoiá-lo.

Harry ficou feliz de ouvir aquilo. Hermione estava perplexa com a decisão dos dois amigos. Não tinha palavras, então simplesmente ficou boquiaberta encarando os dois. Quando tentava falar algo, hesitava e gaguejava.

– Assume que quer vir também, Mione.

– Tá. Eu empresto. Mas só se eu for também. Alguém tem que cuidar de vocês dois, certo?

O ânimo de Harry caiu. Queria ir sozinho.

– Eh... Então...

– Nem vem Harry! - disse Hermione.

– Iremos com você. Aliás, quando iremos?

Harry não queria assumir, mas ficou feliz. A viagem seria acompanhada, seria mais divertido, e eles veriam tudo com seus próprios olhos. Sorriu, e respondeu à pergunta de Rony:

– Podemos ir agora. Tá todo mundo dormindo mesmo.

Mas antes, ele tinha que escrever à mãe dele.

"Mamãe,

Ele fingiu que não me viu na aula dele, como você disse. Nem ligo.

Não sei quais são minhas notas! Elas ainda não foram entregues.

Eu vou descer do trem ansiosamente. Eu também te amo muito, mãe.

Harry.

P.S.: Snape vem comigo? Não, né?"

***


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Agora a história fica boa. Se você conhece esse trio de verdade, já sabe que vem muita treta pela frente. Então, não deixe de ler (por mais que eu demore pra postar). Comente também, o que você achou deste capítulo?
Beijinhos, e até a próxima vez que eu vier postar aqui.