Nostalgia escrita por Alice chan


Capítulo 5
Arrependimento


Notas iniciais do capítulo

Ok, eu ia concluir aquele outro capítulo, mas tô com preguiça, deixa daquele jeito mesmo, vou aumentar esse ;)
Olá! O dia não está lindo? Mais um capítulo pra vocês!
Espero que gostem ~



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Ao abrir o retrato da mulher gorda, viu um Snape preocupado, andando em círculos. Quando o viu, Snape correu em sua direção;

– Ah, Harry! Pra onde foi? Fiquei tão preocupado... E sua mãe? Quase pirou, Harry... Pra onde foi nessa uma semana? Como? Ah, tantas perguntas, te levarei à sala de Dumbledore.

E na mente de Harry, as palavras que vieram foi

Snape? Hã?

***

Arrastado por um Snape que não parava de dizer que estava aliviado em vê-lo de novo, Harry estava abismado. Aquele não podia ser Snape, com todo esse amor pra dar? Fala sério.

Harry questionou e estranhou tanto que nem percebeu que já haviam chego na sala de Dumbledore. Este, quando o viu, abriu os braços acolhedoramente, dizendo:

– Harry! Graças a Deus, você está bem?!

Harry desvencilhou-se da mão de Snape e correu para Dumbledore. Depois de um abraço terno, ele virou para o professor aflito de poções, e perguntou:

– Tá, o que quer comigo?

– Como assim "o que quer comigo", Harry? Fiquei super preocupado com você, e - Snape parecia realmente magoado - você me trata assim?

– Te tratar assim como? Não é assim que normalmente nos falamos? - e olhou para Dumbledore, aflito, como se pedisse apoio - Mas... Ah... Não entendo mais nada... Merda, como... Ãh?

– Calma Harry, vamos conter nosso vocabulário - disse Dumbledore, com um risinho no rosto - sua mãe já está chegando.

– M-Minha mãe? - Harry caiu de joelhos no chão. Deu certo. Deu tudo certo.

Depois de alguns minutos de silêncio total (tirando alguns resmungos de ingratidão que vinham de Snape), Lilian chegou. Atravessou correndo a porta de Dumbledore, e abraçou o filho.

– Harry! Harry! Ah, como fiquei preocupada, meu filho! Onde esteve? Porque fugiu? Qual seu problema? Ficamos tão preocupados!

Depois dessa frase, Harry parou. Parou, porque, quem eram "nós"? Ele não conseguiu salvar seu pai. Com um misto de tristeza e alegria, ele começou a chorar. Olhou para a mãe, e aqueles olhos azuis penetraram em Harry. Só depois de alguns segundos de olhares foi que Harry conseguiu soltar algumas palavras.

– Nós? Quem é nós?

– Ora, eu e todos os seus amigos!

– Principalmente eu, Harry. Mas você não quer acreditar, não é? - disse uma voz retumbante do canto da sala. Era Snape, e Harry se lembrou que ele existia.

– Mãe (aquelas palavras tinham um gosto doce), porque Snape agora diz que me ama? Quero dizer - tentou explicar-se ao ver a cara de indagação da mãe -, desde o primeiro ano ele me odeia.

– COMO PODE DIZER UMA COISA DESSAS? EU SEMPRE TE TRATEI BEM, HARRY! OU VAI SE ESQUECER QUE ATÉ DEI DETENÇÕES NOS ALUNOS QUE TE IMPORTUNAVAM POR TE VEREM ABRAÇADO COMIGO?

Snape agora gritava. Estava realmente magoado, e Lilian levantou-se para abraçá-lo. Harry continuou como uma estátua de pedra. Quê?

– Meu filho, isso foi algo muito injusto com o Snape. Ele só estava preocupado com você, tanto quanto eu.

– Sai de perto dele, mãe! Vocês nem se conhecem!

– Querido - Lilian começou a falar lentamente, como se tivesse medo de Harry - eu... conheço... Snape... desde antes... de entrar na escola... lembra-se?

– Não.

– Harry, para de se fazer de tonto! - (É esse Snape que eu conheço! disse Harry) - Dumbledore, por favor! Dá uma ajuda aqui!

Dumbledore estava ocupado, olhando para uma bacia brilhante. Harry estranhou, mas esse não era o problema agora.

– Alguém me explica o que está acontecendo, por favor?

– Vai me dizer que não sabe que nos conhecemos na escola, e que agora estou namorando com ele desde que seu pai morreu? - gritou Lilian. E, ao dizer isto, começou a chorar em cima de Snape, que a amparou enquanto encarava Harry com uma cara de "você fez ela chorar".

Mas quem queria chorar, na verdade, era Harry.

SNAPE É MEU PADRASTO?

[...]

Depois de tudo "explicado", Harry dirigiu-se para a Sala Comunal de sua casa. Sua cabeça estava queimando, era muita coisa para associar.

Rony e Hermione estavam esperando o amigo. Só de verem sua cara, perceberam que a notícia que ela trazia não era boa. Se arrumaram no sofá, e com o olhar de consentimento dos dois, Harry contou tudo a eles. Contou que a mãe estudou com Snape, que ele sempre gostou dela, que quando seu pai morreu Snape foi consolar Lilian, e que começaram a sair, e que ele é seu padrasto desde antes de entrar à escola.

Contou tudo isso, e viu que seus amigos, assim como ele, não tiveram a melhor das reações.

– Cara... Mundo pequeno - disse Rony, com cara de espanto.

– Harry... Como assim ele já deu detenções para quem debochava de vocês dois conversando? Não entendi.

– Muito menos eu, Mione. - depois de um tempo pensando, ele disse - Será que foi Malfoy?

– Impossível. Snape e Malfoy quer dizer amor incondicional. Não faria sentido dar detenções a Malfoy - disse Rony.

– O que não faz sentido é Snape me amar tanto assim!

– Harry tem razão. Se ele está desse jeito, pode ser que ele e Malfoy não se deem muito bem - concluiu Hermione.

– Espere aí, Harry - Rony estava com um olhar intrigado. Harry não entendeu o porque, mas o amigo foi se aproximando mais e mais, e perguntou com uma voz sombira - Harry, cadê sua cicatriz?

Hermione assustou ao ouvir a pergunta de Rony. Inclinou-se para Harry também, e com um olhar aterrorizado, repetiu a mesma pergunta, porém com uma voz histérica - Harry, cadê sua cicatriz?!

Foi então que Harry percebeu. Passou a mão na testa, procurando alguma diferença, e não sentiu cicatriz nenhuma. Com um pulo, correu para o quarto, e se olhou no espelho.

A sua marca de raio tinha sumido.

***

– Ok, já entendi - Hermione estava andando em círculos, e falava com voz alta e clara, mas estava falando mais para si mesma - a marca sumiu porque você salvou a si mesmo naquela noite, portanto, Voldemort não te atingiu.

– Disso até eu já sabia, Mione - falou Rony com voz baixa.

– Cala a boca, Rony. Então, isso altera tudo Harry, altera sua história, sua fama, sua dor - você não vai mais sentir dor! Legal, mas então, você não é famoso, ok, mas... tem alguma coisa errada que ainda não percebemos...

Harry continuava em silêncio. Estava sentado, abraçando os joelhos, e fitava o vazio. Tinha um sorriso no rosto. Não vou mais sentir dor.

Hermione continuou andando em círculos, resmungando coisas para si. Harry continuou sentado, e Rony estava ao seu lado, olhando para Hermione. Até que ela deu um pulo, dizendo:

– Espere aí! O passado do Harry com Snape mudou, mas não com a gente! Ainda lembramos das nossas aventuras no primeiro ano, e no segundo, e nesse ano também! Eu, pelo menos, me lembro de tudo e do papel de todos em cada uma das histórias que passamos...

– Verdade, Snape não foi nada gentil nesses três anos - disse Rony.

– Mas então, por que tudo mudou com Snape, com minha mãe, com Dumbledore, mas não com a gente?

– Não sei Harry... Não sei... Tenho que pensar - e a amiga voltou a descrever círculos no quarto.

Por uns instantes, eles ficaram em silêncio. Cada um com seus pensamentos.

– O vira tempo... muda a vida das pessoas? - sussurrou Rony.

– Não mudou a nossa - retrucou Hermione

– Só achei que seria algo inteligente de dizer...

O silêncio voltou, e permaneceu. As respostas não vinham.


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Notas finais do capítulo

Hahaha!
Gente, atualizei o capítulo! Agora ele está maior, gostaram? Continuem a leitura, peço que não desistam de ler só por que eu demoro pra postar.
Amo vocês ♡ beijos ~



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