Wander e os Colossos escrita por Kaick


Capítulo 30
Capítulo 30 - A Terra Iluminada pela Nitescência da Luz do Sol.




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Emon e seus soldados adentram a Terra Amaldiçoada, cavalgando até o Templo, na entrada, todos descem de seus cavalos, e adentram o Santuário. Descendo a rampa em espiral, ao chegar na sala principal, onde teria que haver vinte e quatro ídolos inteiros, possue apenas um, e o resto despedaçado no chão da grande parede, Emon avista e presta atenção no corpo da moça no altar, sua neta.

– Lord Emon!- grita um dos soldados.

O último ídolo emana luz, despedaçando.

– Não...

Emon e os soldados vão até o altar, ele chega perto do corpo, estendendo seu braço direito ao corpo da moça.

– Maledictio curatore sanctum animam mundi absconso sanare...

Ouvindo um barulho, interrompendo Emon, ao olhar para trás, avistam o jovem, caído, e sua espada um pouco distanciada. Wander, com marcas negras pelo corpo, olhos azuis brilhantes, chifres negros, corpo completamente corrompido.

– Eu não acredito nisso... Então era você por trás de tudo! – Emon não consegue acreditar – Tem noção do que você fez?! Você não só roubou a Espada Ancestral e cruzou estas terras amaldiçoadas, como usou o feitiço proibido.

Os soldados de Emon preparam suas armas e espadas, e se aproximam de Wander, que ainda estava a tentar se levantar do chão.

Um dos soldados de Emon lança um dardo no joelho do jovem, que cai se contorcendo de dor, segurando fervorosamente a perna ferida.

– É melhor tirá-lo de sua miséria do que deixá-lo existir amaldiçoado como está.

Um dos soldados com espada, se aproxima de Wander, e estendendo sua espada. E com um rápido movimento, a perfura no jovem. Da ferida, foi lançado um sangue negro, e Wander, surpreendentemente, se levantou, e se dirigiu em direção ao altar onde Mono está. Vendo a imagem de sua amada, o jovem ganhou forças para retirar a espada de seu peito, mas logo cai no chão. Wander ainda consegue se levantar, e anda em direção ao corpo de Mono. Mas logo cai, seu corpo é coberto por uma aura sombria.

– Vejam... Ele está sendo possuído pelos mortos. Apressem-se e o façam!

Emon se vira, e olha para sua neta. Porém, um temor dos soldados chama a atenção do xamã. A aura negra que cobriu o corpo de Wander, começa a aumentar, formando uma criatura totalmente sombria, com dois longos chifres, um par de patas nas costas, e olhos azuis cintilantes que chegam a parecer branco.

– Tu cortaste nosso corpo em vinte e quatro segmentos para selar o nosso poder por uma eternidade... Nós, Dormin, surgiremos de novo. - a voz feminina deixa de existir.

– Ele foi ressuscitado...!

A criatura fica de joelhos, pois é grande demais para caber no santuário.

– Pegamos emprestado o corpo deste guerreiro – disse a criatura, enquanto as cinco silhuetas entravam em seu corpo.

– Precisamos selar o santuário inteiro antes que seja tarde!

Dormin impede os soldados de irem para a entrada de onde vieram, abrindo sua boca, saindo uma fumaça azul, cobrindo um dos soldados na escuridão.

– EMON! Você precisa...... Lucet... - este que cai no chão.

– Lucet! Soldados, vamos para fora do santuário, aprontem-se.

Seguindo ao solo e saindo do santuário, eles se viram, ficando de frente ao santuário, Emon se ajoelha, os soldados fazem um círculo em volta. Realizando um feitiço.

Emon, em um transe, percorre desesperadamente pela Terra Amaldiçoada, até que, avista em uma represa, com a imagem de um ser com chifres, aparentemente uma porta.

– Lucet... Medurfa!

A porta se abre ao Emon ditar as palavras. Emon avista algo como uma essência presa.

– Lucet...

Desprendendo-a e a levando consigo até seu corpo. Ao chegar, trazendo consigo a alma e a colocando no corpo da donzela, possessando-a. Emon volta ao seu corpo e voltando ao estado material, o corpo de Mono se levanta, Dormin não consegue sair do santuário, então ataca o corpo da jovem, que repele o ataque com uma luz dourada. A jovem pega a Espada Ancestral.

– Espada de Luz... Seu forjamento foi bem feito, porém mau usado!

A jovem luta contra Dormin, o mesmo lança outra fumaça azul na jovem, a escuridão toma conta em torno do corpo, porém, é dissipado pela luz.

A jovem adentra a escuridão de Dormin, perfurando o corpo de Wander, a criatura vai se diminuindo, até que fica apenas o corpo de Wander. Já a jovem...

– Nããããooo!!! A morte... Lembrem-se... Nós... somos... vocês! - dizendo as últimas palavras.

– Selarei os mortos neste corpo - diz a jovem - Emon, você sabe que o destino desta jovem foi revogado, agora, nada de sacrifícios inúteis. Vamos, precisamos sair dessa maldição por completo!

– Sim! - diz Emon.

Emon, os soldados, a jovem carregando o corpo de Wander vão para a entrada da Terra Amaldiçoada. Pegando o corpo do soldado que caira no chão, subindo as escadas, Emon e seus soldados pegam seus cavalos, seguindo até a fenda, todos passam a ponte.

– Obrigado, Emon, você me libertou!

– Esta era minha opção caso isso ocorresse, as vezes... o desespero e medo nos faz forte, Lucet! Manterei o passado em sigilo! Obrigado! Dormin conseguiu ressuscitar Mono a tempo, novamente ela teria que ser sacrificada, mas você revogou sua maldição. Obrigado, novamente, Lucet!

Uma alma emanando luz sai do corpo de Mono e entra no corpo de Wander carregando as sombras, saindo com as mão vazias, apenas seguindo para o céu, a ponte se quebra em luz. A luz que ilumina a terra se recolhe, passando a chover e possuir variados climas, um céu com mais vida.

Lucet revogou a maldição de Mono, e Wander... carrega as essências selados em seu corpo, e como representação, um par de chifres. Ambos, Wander e Mono, recuperam a consciência, ambos olham um para o outro, escorrendo as lágrimas, com extrema reação emocional, com fertilidade, se abraçam.

– Wander...

– Mono...

Wander se lembra de tudo, exceto que possui essências seladas em seu corpo, assim como Mono não sabe o que Wander fez para trazê-la de volta, basta-o querer contar a ela.

Todos saem da Terra Amaldiçoada, seguindo para a vila, Lucet...

– Destinos... Não podem ser mudados, apenas seguidos por outros caminhos, a ter uma mesma finalidade, embora o que é impuro, cometendo pecado, é uma tolice ser guiado pelo sentimento... embora extrema coragem. - diz a essência de Lucet ao observar... seguindo diante a luz do céu.

"Obrigado, pai. Irei fazer o mesmo da mãe. Não se importe comigo. Fazemos coisas inacreditáveis!"

FIM


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Notas finais do capítulo

Agradeço a todos amigos que me ajudaram ao decorrer da Fanfic, muito, muito obrigado, agradeço também à todos que leram até o fim. Quiser deixar sua opinião/argumento sobre a Fanfic, a vontade. Obrigado, até a próxima, e espero que tenham gostado.

Desde que comecei, já estava pensando em fazer a Fanfic: "Terra Amaldiçoada". Que contará com as origens de: as montanhas que formam a Região Proibida; a vegetação; as catátrofes que teriam ocorrido; dos ídolos; de Dormin (principalmente); Santuário de Adoração; as construções (arenas), e Lucet (um extra criado por mim, o resto é tudo com a noção que o jogo demonstra e minhas visões sobre o mesmo, apesar de alguns símbolos indicarem adoração ao Deus do Sol). Porém... preciso pesquisar mais sobre os povos antigos, pois Shadow of The Colossus conta com Xamãs; Feitiços; Entidades Espirituais, uma época antiga, um povo ancestral. O que eu consigo entender com a base do Xamanismo.



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