Tyler, Kimberly e eu fomos para as carruagens sem cavalo. Tyler insistia que as carruagens eram puxadas por cavalos, mas ninguém deu ideia.

Entramos na carruagem e ficamos conversando sobre assuntos banais. A conversa estava tão boa que nem reparei que havíamos chegado. As carruagens pararam e logo descemos.

Nós andamos até o Salão Principal. Só de pensar no banquete meu estômago roncou.

Vi meus amigos juntos. Despedi-me do casalzinho e corri na direção deles. Pulei nas costas de Harry e ele deu risada ao perceber que era eu. Neville, Rony, Hermione, Harry e eu encontramos lugares juntos na mesa da Grifinória. Harry me colocou no chão e sentei entre ele e Rony. Fiquei encarando minhas unhas.

O chapéu começou a cantar. Eu gosto de ouvir o Chápeu Seletor cantando, mesmo sendo muito bizarro. A canção falava que devemos nos unir e blá blá blá.

─ Se expandiu um pouco este ano, não? - Rony diz

─ Sem a menor dúvida - Harry diz

─ Acho que isso foi legal. Devemos mesmo nos unir nesses tempos difíceis – digo

Rony e Harry concordam.

O primeiro aluno foi para a Grifinória. Enquanto a fila de calouros encurtava, nós conversávamos.

─ É verdade que você transformou a Parkinson em galinha? - Lilá me pergunta

─ Sim, Pansy é muito metida, acha que pode enfrentar todo mundo. Ela se enganou, ela não pode me enfrentar. Eu não aceito essas coisas calada - digo.

─ Ela vai se vingar de você - Parvati diz

─ Pansy ladra, mas não morde. – digo e elas concordam

─ Aos nossos recém-chegados, bem vindos! Aos nossos antigos alunos: um bom regresso! Há um momento pra discursos, mas ainda não é este: atacar!

Eu e Rony trocamos olhares e sorrimos. Coloquei a quantidade suficiente de comida no meu prato e comecei a comer.

Dumbledore tornou a se levantar e falou o de sempre. Ele também apresentou a nova professora de Trato das Criaturas Mágicas e DCAT. Até que a nova professora, a Umbridge, pigarra o interrompendo. Eu a conheci no ministério, no mesmo dia que conheci a Tonks.

Quem ela pensa que é para interromper Dumbledore? Sapa velha nojenta. Todos pareciam surpresos, inclusive os outros professores.

─ Obrigada, diretor pelas bondosas palavras de boas-vindas - Umbridge diz - Bem, devo dizer que é um prazer voltar a Hogwarts! E ver esses rostinhos tão felizes voltados para mim!

Olho em volta. Ninguém parecia feliz ou ao menos sorria. Deitei no ombro do Harry e fechei os olhos. Não vou prestar atenção na Umbridge.

Harry encostou sua cabeça na minha. Parece que ele também não está prestando muita atenção.

Só abri os olhos quando ouvi aplausos. Dumbledore já havia voltado a falar e Harry, Hermione e Rony conversavam. Olhei para eles e prestei atenção.

─ Foi? Pareceu-me uma grande enrolação - Harry diz

─ Mas havia coisas importantes em meio a enrolação - Hermione diz

─ Havia? - Rony pergunta

─ Que tal: “o progresso pelo progresso não deve ser estimulado"? Ou então: "cortando sempre que encontrarmos práticas que devem ser proibidas"? - Hermione diz

─ Bom, e o que isso significa? - Rony pergunta

─ Vou lhe dizer o que significa. Significa que o Ministério está interferindo em Hogwarts - Hermione diz

─ E você ainda tinha dúvida de que Fudge faria isso? Ele sempre quis vigiar Dumbledore. Ele achou um meio de fazer isso – digo

Hermione e Rony saíram para guiar os alunos até o Salão Comunal da Grifinória. Eu e Harry nos entreolhamos e levantamos de nossos lugares. Fomos até o Salão Comunal e suspirei.

─ Não sabemos a senha – digo

─ Não tem senha, não entra - ela diz.

─ Mereço - digo e bufo

Neville aparece ofegante e diz a senha.

─ Estou cansada. O dia foi logo. Vou dormir. Boa noite Harry - digo e beijo o rosto dele

─ Boa noite - Harry diz sorrindo

Vou para o dormitório e vejo que fui a primeira a chegar. Peguei um pijama e minhas coisas para tomar banho. Deixei minha varinha na mesa de cabeceira ao lado da minha cama. Fui tomar banho. Coloquei meu pijama que na verdade é uma blusa comprida que bate na metade das minhas coxas e voltei para o quarto. Deitei na minha cama, fechei as cortinas e logo dormi.
Xx

Acordei e pude ver que as meninas ainda dormiam. Levantei, peguei alguns pôsteres de bandas trouxas que gosto na minha mala e colei na parede. Fiz um coque no meu cabelo e coloquei na minha mesa de cabeceira dois porta retratos. Um com uma foto com Kimberly e a outra com minha mãe e minha irmã.

Peguei meu uniforme e fui direto para o banheiro. Tomei um banho, fiz minha higiene matinal, coloquei o uniforme da Grifinória, fiz uma make básica, penteei meus cabelos e sai do banheiro. As meninas já haviam acordado.

─ Você já está pronta? - Parvati me encara chocada. Eu sempre fui a última a ficar pronta

─ Estou - digo e saio do quarto

McGonagall me entregou o horário enquanto eu tomava café da manhã e suspirei. Só aula chata. A única coisa que salvava é História da magia que para mim é mais conhecida como “a aula do sono” porque fico sonolenta e sempre acabo dormindo.

Entrei na sala de ‘História da Magia” e me sentei na última cadeira. Deitei na mesa e dormi. Senti alguém me cutucando e olhei para a pessoa. Era Hermione.

─ A aula já acabou? – pergunto

─ Já. Você deveria ter prestado atenção - Hermione diz

─ Enfeiticei minha pena para ela escrever sozinha tudo o que Binns fala. Tenho tudo anotado - digo e mostro a ela o pergaminho. Ela parecia impressionada.

─ Alison, você vai ter que me emprestar isso depois - Rony diz.

Dou de ombros. Saímos juntos da sala e sentamos num lugar isolado. Cho vinha em nossa direção, então eu saio de perto. Entrei na sala e sentei sozinha. Snape ficou falando dos N.O.M's e blá blá blá.

Um vapor claro e prateado saia de minha poção. Enchi um frasco com uma amostra da minha poção, coloquei meu nome e deixei na mesa de Snape. Sai da sala com Harry e fomos almoçar.

─ Posso lhe fazer uma pergunta? - Harry diz

─ Já fez - digo rindo

─ Posso fazer outra pergunta? - Harry diz

─ Já fez - digo rindo e ele ri

─ Outra? - Harry diz e assinto

Antes que ele pudesse perguntar, Rony e Hermione chegaram e começam a conversar. Depois de poções eu fui para a aula de Adivinhação e eu simplesmente odeio essa matéria. Sentei com uma menina e ela ficou me contando sobre o sonho que teve. Eu só fazia comentários do tipo "Uau" ou "Nossa", sendo que nem sei do que ela estava falando.

Todos pareciam ansiosos para a aula de DCAT. Umbridge já estava na sala quando cheguei, ela estava igual a uma sapa. Sentei ao lado de Hermione.

─ Boa tarde! - Umbridge diz e alguns alunos murmuram "boa tarde"

─ Tss- tss. Assim não vai dar, concordam? Eu gostaria que os senhores, por favor, respondessem: "Boa tarde, Profªa Umbridge." Mais uma vez, por favor. Boa tarde, classe! - Umbridge diz

Algumas pessoas responderam, eu permaneci na minha e vi que Harry também.

─ Guardem as varinhas - Umbridge diz

Troquei um olhar com Hermione e guardei a varinha. Peguei meu material e vi algo escrito no quadro. Copiei o que ela pediu e peguei meu livro. Eu não li nada, não concordo com essa forma de ensino dela.

Hermione levantou a mão e depois de uns minutos Umbridge.

─ Queria me perguntar alguma coisa sobre o capítulo, querida? - Umbridge diz

─ Não, não é sobre o capítulo - Hermione diz.

─ Bem, é o que estamos lendo agora. Se a senhorita tem outras perguntas, podemos tratar delas no final da aula.

─ Tenho uma pergunta sobre os objetivos do curso.

─ E como é seu nome?

─ Hermione Granger

─ Muito bem, Srta. Granger, acho que os objetivos de curso são perfeitamente claros se lidos com atenção

─ Bem, eu não acho que estejam. Não há nada escrito no quadro sobre o uso de feitiços defensivos.

─ Realmente não tem. Um erro que você pode corrigir agora professora - digo e Umbridge me encara

─ Os alunos levantam a mão quando querem falar na minha aula, Srta...?

─ Black. Concordo plenamente com Hermione - digo com a mão levantada - Não há nada escrito e seria importante se nós aprendêssemos o uso de feitiços defensivos. O propósito dessa aula é esse na realidade.

Algumas pessoas concordam.

─ O uso de feitiços defensivos? Ora, não consigo imaginar nenhuma situação que possa surgir nessa sala de aula que exija o uso de um feitiço defensivo, Srta. Granger e Srta. Black. Com certeza não estão esperando serem atacadas durante a aula.

Depois disso vários alunos começaram a falar. Umbridge estava ficando irritada. Harry falou de Voldemort e muitos estremeceram, eu não. Minha cabeça doía por conta do barulho.

─ Os senhores foram informados de que certo bruxo das trevas retornou do além... - Umbridge diz

─ Ele não está morto, mas sim senhora, ele retornou! - Harry diz

Fiquei de pé e todos me encararam.

─ Tenho certeza de que se Harry diz que Voldemort voltou, está certo.

─ Como eu ia dizendo, os senhores foram informados de que um certo bruxo as trevas está novamente solto. Isto é mentira.

─ NÃO é mentira! Eu o vi, lutei com ele.

─ Detenção, Sr. Potter. Amanhã à tarde. Cinco horas. Na minha sala.

─ Por quanto tempo o ministério vai fechar os olhos para a verdade? Acha mesmo que Voldemort seria burro de aparecer no ministério com vários aurores lá? O único burro da história é o Fudge que fechou os olhos para a verdade - digo completamente zangada e Umbridge me encara como se fosse lançar um crucio em mim

─ Como ousa falar assim do ministro? Detenção Srta. Black. Junto com o Sr. Potter - Umbridge diz

Umbridge e Harry ainda discutiram mais e depois ela nos entregou dois pedaços de pergaminho para entregarmos a McGonagall. Não acredito que já ganhei uma detenção no primeiro dia de aula.