In Vein escrita por M4tt


Capítulo 3
Capítulo 3 - Passado: Século XII


Notas iniciais do capítulo

O capitulo seguinte volta no tempo. Mostrando oque aconteceu com a Ceifadora de Almas e a Sorte. E porque as duas seguiram caminhos diferentes.

Essa fanfic se encontra também, quase completa, no social spirit: http://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-once-upon-a-time-in-vein-2093578



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1119- Eu era amiga da Morte, amiga bem próxima. Faziamos tudo juntas, quando ela ia coletar alguma pobre alma, eu a acompanhava. Mas uma família, nunca chegou perto de conhecer minha querida amiga. Os Mikaelson. De algum modo eles conseguiram se livrar da Morte, e não foi por minha causa.

A Morte levou mais um, e a vitima não foi vítima da morte. Foi vítima dos Mikaelson. Grr, aquela raça!! Me faz ter vergonha de ajudar os humanos. Mas eles não eram humanos.

– Eles tem que morrer, ninguém pode viver para sempre, uma hora eles vão encarar algo como eu - disse a Ceifadora indignada com isso. - Você é A Sorte, não pode ajudar?

– Não trabalho assim, Ceify. Você sabe... - Falei meio triste com a situação.

– Me deixe sozinha, por favor... - falou a Morte com a alma do pobre morto no colo.

Eu sai dali, e observei mais um pouco a humanidade, procurando alguém que seja digno de mim. Quando pensam em Sorte, veem na mente um trevo de quatro folhas, um duende, uma ferradura, um dedo cruzado, entre outros... Mas nunca vem na mente um ser espiritual. Nunca.

Eu e a Morte temos uma forma, praticamente, humana. A Morte não é como todos pensam, ela só usa capa quando está frio, e seu rosto é incrivelmente lindo, é pálido e parece feito de neve. Se eu gosto de verde? Verde combina comigo, mas só acho lindo na natureza. Em mim eu prefiro algo como vidro. Eu sou negra. E amo a minha pele.

Eu cheguei a conhecer uma criança. Elas são especiais, e se eu permitir, elas podem me ver. Ele se chamava Christopher, e tinha o cabelo feito dos raios do sol.

– Christopher Archbald!!- Gritou sua mãe - O almoço está pronto.

O menino corre ao encontro da mãe. Escute aqui, você não pode falar com estranhos, ta ouvindo? - A mãe repreende.

– Sim mamãe - Diz o menino abaixando a cabeça, triste.

Olhei para ela franzindo a sobrancelha, me perguntando: Como ela me viu?

– Não fique ai olhando para mim com cara de repreensão - Falou a mãe estressada, logo depois voltou para casa.

– Espere - Eu disse - Você... Pode me ver?

– Você não é invisível - Disse ela.

Ironia. Eu sei. Eu sou invisível. Ela voltou para casa e não deu tempo de pará-la. Dou alguns passos para entrar na casa e levo um choque ao encostar na porta. É. Eu levei um choque. A Sorte levou um choque. Pode rir.

Voltei ao encontro da Ceify e ela me recebeu com um grande abraço.

– Me desculpe por eu ter mandado você sair, desculpa mesmo - Disse a Ceifadora de Almas.

– Tudo bem. Ceify,quero que você venha comigo. - Falei.
Ela concordou e fomos ao encontro do pequeno Christopher.

– Essa casa... Lembra-me algo. - Falou a Morte.

– É onde habita um garoto chamado... - Nessa hora o menino com cabelo de raios de sol apareceu, sorrindo.

– Christopher!! - Completei sorrindo.

A Morte fica de boca aberta.

– Sorte, podemos conversar a sós? - Disse a Morte. O menino a vê e a entende e volta para casa.

– A família desse garoto, são bruxos. Os bruxos existem, Sorte. Foram criados a partir de Tituba, a bruxa original. Eles colocaram um feitiço de proteção para eu não os pegar. Mas a morte vem, não importa o freguês, e, a propósito, sou imune a qualquer feitiço. Eles não sabem disso. A família dele são pessoas que me fazem pensar como seria Viver. Ser possuído pela vida. E essas pessoas são raras. Eu não quero levá-los, mas todos têm que ir um dia. Quero que fique do lado deles agora, Sorte. Quero que os proteja, e que eles vivam até a velhice os pegar.

Eu achei lindo, ela era linda, tudo era lindo. Apesar de oque acharem da morte ser "A morte não é bonita" mas ela é. Sim. Muito linda.
Então concordei, e ela tomou o rumo dela. Eu me apaixonei por aquela família, consegui fazer com que não me vejam, e os protegi.

Os Mikaelson ainda estavam a solta, e a Morte passou a aceitar a existência desses predadores. Os Mikaelson não eram nem humanos e nem bruxos. Eram vampiros.
A morte passava na rua dos Archbald. Levando as pobres almas. Sempre que ela passava por perto, eu chegava a pensar que ela ia levar os Archbald, mas, ainda não.

A família original de vampiros (Mikaelson) chega a rua dos Archbald e levando a morte junto. Enquanto a Morte acompanha o banho de sangue. Eu tento proteger ao máximo o que eu gostava de chamar de família.

– Mamãe, quando iremos viajar? Eu quero conhecer os lobos (lobisomens) - disse o pequeno e inocente Christopher.

–Em breve filho, em breve. - Respondeu a mãe iludindo o pobre garoto.

Ela queria realizar os sonhos do garoto, mas também não queria destruí-los com a verdade. Então preferiu esconder.

A porta abre. Um rapaz com cede pede água. Ela convida ele à entrar. Sempre que lembro dessa cena, lembro ela em Câmera Lenta. Eu apareço para todos e grito para ela não o deixar entrar, mas já era tarde de mais, Klaus Mikaelson entra na residência Archbald, e mata o pai e mãe de Christopher sugando todo o sangue deles. Eu só consigo proteger o Christopher, só o Christopher. Eu o escondo de baixo das minhas asas.

A Morte chega no local e pega as pobres almas dos Archbald.

– Sinto muito, sinto muito mesmo - Disse ela triste.

– Você e seus monstros, sempre tirando a vida das pessoas que amo, vai embora - Gritei chorando para a Ceifadora. E ela saiu decepcionada.

No decorrer dos anos, passei a dedicar minha espiritualidade, para ficar ao lado do pequeno Christopher. Isso, até ele crescer, perder sua inocência e não ser mais digno de mim.

A nossa querida Ceify, encontrou mais alguns humanos que a fizesse pensar em como seria viver. E eu, ainda procuro humanos para ficar ao lado. Mas sei que eles estão espalhados por ai, basta eu dar uma olhada.


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Notas finais do capítulo

Ceify e Ceifadora de Almas são nomes dados à Morte no decorrer da historia.



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