Winx 2: A Batalha Final escrita por autorasantiis


Capítulo 20
The Legendary Fairy




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A garota colocou a mão sobre a rocha e se agarrou nela, para conseguir subir, havia escalado todo aquele penhasco, e fazia dias que estava naquela subida tortuosa, poderia contar dez dias, desde que a entrada foi aberta e até ela ter chegado ali em cima.

Ela suspirou ao mirar o lugar, era coberto de estalactites e seu brilho era natural, e mesmo sendo um tanto escuro, sombrio, na verdade, era relaxante para ela.

— Se divertindo? – a castanha pergunta encarando a garota que olha para trás assustada, quase recuando, mas algo na energia daquela mulher a fez ficar.

— Dama da noite? – a mulher chama confusa e recebe um aceno da outra – você não se parece com minha irmã – ela diz confusa.

— Cinco gerações se passaram desde suas irmãs, querida, estamos bem longe do mundo que conheceu – Clarissa explica e com sua magia faz um retrocesso aparecer.

Cinco gerações na contagem deles, era o tanto de damas que já houve desde a primeira, e como eles só nomeavam uma a cada mil anos, era claro que aquela era a sexta geração de damas do universo, por isso os elfos negros se tornaram tão populosos, porque como eles esperavam pelo príncipe das trevas, a cada cinquenta anos que retornavam, eles procriavam e aguardavam pelo seu tão esperado senhor. O que não aconteceu até aquele ponto, bem, Damon era o senhor deles e tudo estava acontecendo de uma maneira completamente diferente, ele não estava comandando os elfos e talvez por isso a Besta foi solta, porque os elfos precisavam de uma vingança, precisavam liberar Damon das suas amarras, e isso na língua deles era, matar toda a sua família.

Aquela era a terceira era, o momento crucial para definir se o mundo mágico sobreviveria em paz ou teria seu fim definitivo.

— Ele está em busca de vingança, procurando pelas minhas irmãs – a garota de cabelos loiros e olhos verdes diz, havia um sorriso triste em seus lábios, a constatação de que nada daquilo era o ideal – precisamos impedi-lo, ele não tem consciência, apenas age por impulso, por favor, não o matem.

Clarissa olha para a garota e assente, lhe dando ao menos o benefício da dúvida.

— Vamos embora, há algumas pessoas que precisa conhecer – Clarissa estende a mão para ela que a segura e se levanta.

— A propósito, meu nome é Núria, sou a fada e a dama do fogo – a mulher diz se apoiando em Clarissa, havia perdido toda força que tinha.

— A fada lendária – Clarissa diz assentindo – você era princesa de Domino, não era?

— Era, o reino complementar – a loira diz triste e suspira – vamos lá.

— Segure-se – Clarissa diz e logo abre um portal, partindo com Núria pendurada em seu ombro.

Assim que pisaram no salão real de Lunar, viu todos seus amigos ali, eles tinham optado por se reunirem em Lunar para enfim conseguirem banir os elfos, Lunar era um reino que não deixava rastros de magia saírem, por causa da magia da família Lightwood-Jones, que haviam convergido seus poderes para conter Clarissa ali dentro, a impedindo de procurar pela magia negra, e cair em uma armadilha dentro de Alfea.

— Que bom que voltou a tempo – Charlotte diz avançando até ela e ajudando com Núria, a colocando sentada em uma cadeira.

— O que houve de novo? – Clarissa pergunta interessada.

— Sofia acabou de chegar com a chave de Claos – Charlotte diz com calma e olha para Núria – é um prazer, sou Charlotte Black, fada da água.

— É um prazer alteza – Núria diz sorrindo e olha para os outros que estavam por ali, envolvidos em suas tarefas.

Clarissa apresentou Núria a todos que se encantaram pela beleza da fada lendária. Não demorou muito para as Winx chegarem ali, com Bloom mancado, sendo amparada imediatamente por Sky.

— O que houve com você? – Sky a colocou sentada na cadeira ao lado de Núria, todos agora prestavam atenção.

— A besta agarrou minha perna quando estávamos tentando tirá-la de Zenith – Bloom explica com calma, aquilo não doía, ao menos incomodava, mas ela havia começado a mancar quando tentou andar.

— Vocês...

— Não o matamos – Stella diz olhando para a fada recém-chegada, conhecia bem aquele olhar – e nem iremos, nós achamos que há um jeito de quebrar a maldição dele, isso é, se o corte com a espada não o matar.

— A sua espada? – Núria pergunta olhando para Bloom, não precisava que ninguém dissesse que Bloom era a dama de ferro. A ruiva apenas assentiu e Núria concordou com cuidado – bem, apesar da espada da dama de ferro poder feri-lo, apenas acertando o coração de vidro com a espada pode matá-lo.

— Mas não queremos matá-lo, queremos salvá-lo, algo ainda dentro daquela besta é humana – Flora diz convicta, vendo Núria dar um sorriso fraco, triste, desolado.

— Qual a história de vocês? – Ice pergunta vendo a outra loira suspirar.

— Koba era um lindo príncipe do reino de Erendor, ele seria o próximo rei da linha de sucessão, o pai era idoso, um bom homem e Koba igualmente – ela suspira, perdida em lembranças e volta a contar – mas tudo mudou quando os elfos negros foram criados, eu e minhas irmãs éramos as protetoras do universo, cada uma de nós comandávamos um reino, Domino estava sob minha jurisdição, Dyamond era da dama da noite, a dama de ferro comandava Solaria, e as damas da vida e da escuridão comandavam Frutíferos e Palatos, respectivamente – alguns ali ficaram confusos quanto aquilo, sabiam que Erendor provavelmente era o reino de Eraklyon, Frutíferos provavelmente referia-se a Lynphea, mas Palatos? Que reino era aquele?

— Palatos era o antigo nome de Terra de Baixo – Caleb conta assentindo, conhecia um pouco da história do seu reino, e por isso o deixou para Louise.

— Exato, alguns trocaram de nomes por causa da desgraça causada pelas minhas irmãs – Núria suspira – estávamos lutando pelo mesmo propósito naquela época, e eu era destinada a casar-me com o príncipe de Erendor, eu o salvei da flecha de um elfo, lançada por Lysslis, e para isso eu coloquei minha vida em risco, o que foi completamente inaceitável para minhas irmãs, elas gritaram espernearam e juraram que arrancariam meu poder se algo do tipo fosse feito novamente, mas eu não podia deixá-lo morrer, eu o amava – ela olha para Bloom e a ruiva apenas sorriu triste, conhecia aquele sentimento, fora o mesmo que tivera quando Sky foi morto – foi quando nós fugimos juntos, nesse dia fomos caçados e amaldiçoados, trancados junto aos elfos, que se acumulavam cada vez mais e a cada cinquenta anos os víamos sair dali, mas nós não tínhamos forças para isso, até agora.

— O que mudou? – Musa pergunta de cenho franzido.

— Ela – Núria aponta com a cabeça para Bloom – eu a ouvi quando quebrou, eu a ouvi quando mudou o passado e a ouvi quando retornou, eu sei que nunca quis nada disso, nós também não.

— E porque uma besta? – Tecna pergunta interessada.

— Ninguém teria coragem de se aproximar dele.

Aquilo era cruel e bem, agora que sabiam a verdadeira história, não temiam liberta-lo daquela maldição, mas como o faria? Bem, aquele seria um problema que deixariam para depois, porque Aisha chegou à sala com Sofia e Violetta ao seu lado, era um sinal, elas estavam prontas.

— Vamos ajudá-lo, é uma promessa – Bloom toca o ombro de Núria sorrindo e a loira assente tranquila, logo a ruiva olha para Aisha assentindo – vamos banir os elfos.

Elas marcharam para fora do castelo e abriram o portal, era hora da batalha final e esperavam que não fosse tão difícil, bem, definitivamente não seria, pois assim que pisaram no solo de frente para os portões de Alfea, eles puderam ver os elfos em posição de luta, prontos para atacá-los, mesmo que agora tivessem um exército, eram menos numerosos que os elfos, mas possuíam algo que os elfos não possuíam, as damas do universo e um lorde de ferro.

Sky girou a espada na mão e tinha Bloom ao seu lado, os dois se olharam e assentiram. Cada uma das protetoras da chave seguraram o seu objeto e o levitaram com o auxílio da magia, a de Eraklyon estava entre Sky e Bloom, como cada reino tinha um rei e uma rainha, para cada chave havia um guerreiro e uma fada, exceto para Andros.

— Agora – Bloom disse e elas invocaram a caixa de Pandora, as chaves giraram no ar e um buraco negro se abriu sobre suas cabeças, claro que não era feito para elas, mas aquela era a sua luta.

— O que precisamos fazer? – Federico pergunta ao lado de Ludmila.

— Agora é conosco – Sky diz e olha para Bloom – eu te vejo do outro lado.

— Te vejo do outro lado – Bloom diz e juntos os dois correm em direção aos elfos.

Aquilo não estava no plano, e seus amigos pareciam assustados com o que acabara de ouvir, como assim, do outro lado? Os dois pisaram na barreira de proteção dos elfos e pegaram impulso para serem lançados para cima, e foi como se nada daquilo jamais houvesse acontecido, de repente os elfos haviam desaparecido, todos.

A companhia de ferro olhou de um lado para o outro, vendo fadas, antigos reis e rainhas saindo do castelo de Alfea, mas o buraco continuava aberto, e Bloom e Sky não haviam retornado.

— O que...

Antes que Stella completasse aquela frase, Bloom e Sky pousaram no solo e o buraco se fechou, ambos pareciam diferentes, as asas de Bloom estavam diferentes, o próprio Sky tinha um brilho nas mãos, eles pareciam gloriosos e bem, o universo os haviam concedido aquilo, era uma garantia de que o mundo mágico sempre os teria, agora eles controlavam o equilíbrio, eram eles quem manteriam a paz sobre o universo.


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