O Padrasto escrita por Lúúaah Tekileira Benson


Capítulo 39
Capítulo 39




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Estevão é o primeiro a acordar. Ao ver sua morena ao seu lado, ele sorri. Ao perceber que seus braços estão soltos, ele a abraça e beija o topo de sua cabeça. Então Maria também acorda, e corresponde ao abraço dele.

Maria: Bom dia amor! (Sorrindo).

Estevão: Bom dia... (A encara). O que faz aqui? Não vá me dizer que estou sonhando. (Sorri).

Maria: Não amor, você não está sonhando. (O beija). Eu voltei.

Estevão: Obrigada. (Olha o relógio no pulso). Temos uma empresa para administrar. (Suspira).

Maria: Hum... Verdade! Mais eu ainda prefiro ficar de preguiça aqui contigo, sem nada para fazer.

Estevão: Nada é? (Sorri malicioso). Eu tenho uma pequena idéia do que poderíamos fazer.

Maria: Mais não vamos poder a esta hora. (Sorri)

Estevão: Você é muito, mais muito má, mais muito mesmo. (Rindo).

Maria: Não sou, amor. Sou um quase que um anjinho.

Estevão: Anjo ou tentação? (A beija). Ainda estou com tesão.

Maria: E também roxo. Amor, irei cuidar destas marcas.

Estevão: Cuida do dono do corpo, que estão as marcas. Que fica tudo bem.

Maria: A noite. (Sussurra).

Estevão: Acho que infelizmente já ouvi isso, e olha só como este pobre homem esta? (Mostrando suas marcas roxas).

Maria: Vamos tomar banho! Que lá lhe faço mais um agrado. (Sorri maliciosa).

Maria se senta na ponta da cama, se espreguiça, e começa a se despir. Ah sim, que já nua, ela vai para o banheiro. Estevão feito louco termina de rasgar o que havia sobrado de sua camisa social, e vai correndo atrás de Maria no banheiro. Adentra o banheiro, e a vê de costa para si, onde a abraça por trás. Beijando seu pescoço, e levando juntamente suas mãos para a intimidade dela. Ele então penetra um dedo nela, e começa a massagear o clitóris dela.

Maria: Ahhh... (Inclina sua cabeça para trás. Apoiando no peitoral dele). Não podemos! Mais tarde amor. Agora só banho.

Retira os dedos de sua intimidade, e se vira para ele o beijando e abraçando. Logo ela começa a lava-lo, em seguida foi sua vez de ser lavada por ele. Depois de saírem do banho, e pegar as roupas que haviam levado para usar naquele dia.

Estevão: Pedir um café, amor?

Maria: Sim. Temos que nos alimentar bem! (O beijando).

Estevão: (Rindo). Concordo amor! (Dá um tapa na bunda dela). E o que deseja para o desejum?

Maria: Bacon com ovos, salada de frutas, iogurte e suco.

Estevão: Está bem, irei fazer os pedidos e já volto. (Vai até o telefone).

Maria: Não esqueça os waffles. (Sorri).

Estevão: Gulosa.

Ele faz o pedido, enquanto Maria arrumava as coisas que havia utilizado na noite anterior.

Estevão: Já fiz os pedidos. (A abraça por trás).

Maria: Que bom, estou morta de fome.

Estevão: Somos dois. Mais acredito eu que seja de coisas diferentes. (Malicioso).

Maria: Estevão! Tarado.

Estevão: Eu? Claro que não amor. Só amo a mulher que tenho.

Maria: Que me ame para sempre, como eu a ti. (O beija).

Estevão: Meu amor por ti sobreviveu durante anos. Vinte anos para ser mais específico, a maioria deles foram afastados. E este amor que venho a sentir por você, só veio a crescer a cada dia, mais e mais. Nem a dor de ter que prender este amor, acabou com ele. Nem anos sem ver seu rosto, o apagou de meus pensamentos, nem o toque de sua pele, fez com que eu me esquecesse de quão bom era estar com você em meus braços. Se existe o para sempre?! Não sei, mais sei que este amor, será eterno enquanto dure.

Maria: Que lindo! (Sorri). Eu amo homens românticos e tarados na cama! (O beija).

Estevão: Este homem aqui então serve? (A pegando no colo).

Maria: Dá para o gasto! (O provoca).

Estevão: Dá para o gasto, é? Eu vou te mostrar o meu dá para o gasto. Irei te fazer gemer e implorar por mais. (Toca a companhia). Salva pelo gongo.

Maria: (Rindo). Uhum...

Estevão a solta no chão, e vai até a porta. Ele abre dando espaço para colocarem seu café da manhã, na mesa. E assim é feito. Logo em seguida, ele dá gozeta ao rapaz, que logo se retirá do quarto. Maria e ele se sentam a mesa, lado a lado.

Maria: Bona petite. (Começa a comer).

Mansão San Román.*

Estavam a mesa: Evandro, Ruffino, Ângelo, Estrela, Acsa e Roberta. Estava em um repleto silêncio, até que Estrela o quebra.

Estrela: Ângelo, porque você sempre vai visitar a Sr. Alba? Nem mamãe que é amiga dela vai, até lá.

Ângelo: Sra. Alba e mamãe brigaram. E ela sempre foi uma pessoa muito doce e gentil comigo. Me pede para ir visita-la, então porque não? (Sorri).

Roberta: Mais ela esta muito mal?

Ângelo: Creio que sim, hoje o padre irá até mesmo visita-la.

Roberta: Eu sinto muito.

Estrela: É, eu também. Mais você tem a sua vida Ângelo, não pode começar a se privar de vive-la pelo Sra. Alba. Olha só, você gosta da Alma, ela nem sabe porque você não teve "tempo", para se declarar para a mesma. E a empresa? A quanto tempo não vai? Festas e baladas? Você é novo. Se a Sra. Alba quer uma companhia, que pague uma acompanhante não sei.

Ângelo: Deixa de ser insensível Estrela, ela quer a minha companhia, não ligo de estar ao lado dela. (Se levanta). Com a licença de vocês. (Sai).

Evandro: Me espere filho, irei contigo. (Ambos saem).

Ruffino: Bem, com licença.(sai).

Acsa: Leona está quase chegando.

Roberta: Como sabe?

Acsa: Telepatia. (Zoa). Ela acabou de mandar mensagem, o gênio.

Roberta: (Revira os olhos e sorri). Eu achava que era a bola de cristal. (Brinca).

Acsa: Ah vá! Como sabe, foi pegar a minha bola para você é?

Estrela: Aí chega vocês duas! (Sai da mesa irritada).

Acsa: O que deu nela?

Roberta: Não sei, esta dai para se descobrir nem com bola mágica. (Toca a companhia). Acho que agora é a nossa deixa.

Acsa: Uhum. (Pega sua bolsa e se levanta). Vamos?

Roberta: Sim.

Elas saem e se cumprimentam. E entram no carro para assim irem rumo ao shopping, como antes haviam combinado.

Hotel... Cristina.*

Cristina toma um banho de banheira. Estava com sua cabeça cheia, estava com medo de perder Frederico, e junto a ele sua filha. Era a primeira vez que aquela sensação lhe tomava conta. Nem ela mesma sabia pelo que mais se repreendia, se era por no passado ter mentido ou se pelo presente ter contado a verdade. Mais sabia que por de trás de uma grande mentira, sempre vem uma mera verdade, que como fortes ondas que destrói tudo o que a mentira construí.

Naquele momento estava se sentindo um lixo. E as palavras de Frederico ficaram gravadas em seu peito. Sabia que ele não a odiava, ou odiava? Era um momento muito difícil de saber-se o que pensar, ou até mesmo imaginar. Mais para se preparar psicologicamente, ela já havia imaginado um milhão de jeito, de como Frederico iria reagir com Acsa, ou de como ela iria reagir com sigo. Se não chegasse a loucura ali mesmo, não chegaria nunca mais em sua vida.

Depois de longos minutos, na banheira ela sai. Se seca, põe a roupa que ele havia levado, e saí do apartamento, quando dá de cara com Estevão e Maria se beijando loucamente. Sentiu inveja, podia ser muito bem ela e Frederico naquele momento, como iria ser se não tivesse pisado na bola anos atrás. Mais do que adianta chorar pelo leite derramado, né? Nada!

Maria: Irei para a prataria, depois para empresa. (Sorrindo para ele).

Estevão: Irei primeiro a mansão, depois eu vou a empresa. Aí lá nós poderíamos, sei lá. Tipo namorar um pouco. (Malicioso. Ao perceber a presença de Cristina, a olha). Cris está sozinha, aqui?

Cristina: Oi. Estou, estou! (Suspira).

Maria: Veio para um hotel, sozinha? E Frederico?

Cristina: Podemos conversar? (Quase chorando).

Maria: Sim, eu posso te levar.

Cristina: Uhum. (Saindo na frente).

Estevão: Depois me conta o que ouve?! (A olhando).

Maria: Pode deixar, Sr., curiosidade (o beija). Até amor. (Indo atrás de Cristina).

Ela logo a alcança, mais até entrarem no carro! Nenhuma das duas fala nada. Maria infelizmente já imaginava do que se tratava, mais queria ter certeza.

Maria: Então?! (Se locomovendo).

Cristina: Então. Ele simplesmente me odeia! (Com os olhos marejados).

Maria: Não, ele não te odeia. Só esta confuso e magoado. Ele te ama e muito. Nem sei porque estou o defendendo, mais se faço isso, é porque é a verdade. Mais foi tão difícil assim? (Preocupada).

Cristina: Talvez. Foi uma das coisas mais difíceis que fiz em minha vida.

Maria: Cris, eu mesma não posso lhe julgar, você sabe porque! Fiz algo muito parecido ao que você fez. Eu menti, enganei, magooei pessoas que amo. Fiz um castelo de mentiras, sabe como as ondas do mar vem e destrói os castelos de área? Então. O meu castelo de mentiras, está a ponto de se desmanchar com as ondas da verdade. E você sabe, muitas vezes a verdade dói. Você agora, está sentindo o sua dor, mais nada dura para sempre. Muito menos uma dor! (Sorri fraco).

Cristina: Obrigada! Mais prefiro encher a cara de tequila ainda. (Sorri).

Maria: (RI). Eu te faço companhia.

Cristina: Será que ele já contou a Acsa? (Nervosa).

Maria: Eu não sei, lhe dizer. Mais creio que não. E também ele não seria tão imprudente, de ir falar com ela sem sua presença. (Quase chegando a mansão San Román).

Cristina: eu já não sei Maria, ele estava muito nervoso e com raiva. Ele quer divórcio e tirá-la de mim, mais isso eu não irei permitir. Minha filha é tudo para mim, tudo.

Maria: Sei muito bem, quanto se sente a esta relação. (Elas chegam). Pronta para encarar o que seja?

Cristina: Não tenho escolha, ou estarei pronta ou estarei.

Maria: Ah sim que se fala. Vamos (sorri para reconfortá-la).

Elas entram na mansão, que aparentemente só havia os empregados. Teresa que estava arrumando um ramo de flores, sobre uma mesinha de centro que havia na sala de estar. Conta para elas, que só estava realmente os empregados, por casa.

Cristina: Frederico disse para onde iria?

Teresa: Não Sra., na verdade ele não voltou desde ontem. Todos achávamos que ele estava com a Sra.

Cristina: (Olha para Maria). E Acsa?

Teresa: Foi ao shopping com a Srta. Leona e a Srta. Roberta.

Maria: Obrigada Teresa. Agora por gentileza, deixe-nos a sós.

Teresa: Como queira, Sra. (Se retira).

Maria: Acho melhor você falar com Acsa antes, não contar a verdade, mais prepara-la para a mesma. E aguardar por Frederico, para antes de falarem com ela, terem uma conversa madura entre vocês.

Cristina: Você tem razão. (Nervosa). Irei ligar para Casa, em seguida para Frederico. Estou preocupada com ele, ele me deixou ontem no hotel. Acreditava que ele estava aqui.

Maria: Não se preocupe, ele deve estar tentando esfriar a cabeça.

Cristina: É talvez.

Maria: Melhor você tentar dormir um pouco, talvez te faça bem. Assim você descansa, um pouco.

Cristina: Prometo tentar, obrigada. (Vai para o quarto).

Maria: Quanto rolo e bombas para serem expostos. (Suspira).

Pega sua bolsa, que estava em cima do sofá. Pega a caixa de bombons que aparentemente estava envenenada. Ela procura pela fábrica ou marca que era, pois era bombons caros e gostosos . Ao ver que aquela loja não era longe, na verdade era a mesma que ela havia comprado realmente os seus bombons. E como haviam pedido para entregar para Estevão, talvez fosse fácil ou não. Indo tirar sua dúvida, ela vai para o seu carro e segue caminho a aquela loja. Não demora nem trinta minutos, e lá esta Maria, em frente a loja. Ela desembarca do carro, e adentra a loja com a caixa em mãos.

Maria: Bom dia! (Cumprimenta o vendedor).

Vendedor: Bom dia! (Sorri simpático). No que posso ajudar a Sra?

Maria: Eu estive aqui ontem, não sei se o Sr., se lembra de mim. (Retira seu óculos).

Vendedor: Ah sim, lembro, claro que lembro. (Sorri).

Maria: Então... Eu me lembro que o Sr., havia me dito que daqueles bombons que comprei estava em falta pelo mercado, ou melhor em todo o país. E também que só tinha mais duas caixas, (olha para onde estava a outra caixa, no outro dia). E pelo que vejo, o Sr., vendeu a outra caixa. Eu gostaria de saber para quem?

Vendedor: Sra., eu sinto muito mais não posso sair dando informações de meus clientes. Isso seria uma total invasão de privacidade, jamais faria isso.

Maria: Mais eu preciso muito saber! Por favor, me ajude.

Vendedor: Posso saber o interesse? (Curioso). Porque eu não entendo, porque isso seria útil.

Maria: (Suspira). Er... Que eu sinto vergonha em dizer. Mais tudo bem! Meu marido, eu acho que ele me trai. Eu fui visitar minha amiga hoje cedo, e a vi com uma caixa dessas, preciso saber se é o meu esposo.

Maria mentiu! Porque ninguém necessitava saber que o caso era mais grave que aparentava. E também contar, a verdade iria um longo tempo, e tempo era o que menos tinha. Estevão precisava descobrir qual era o verdadeiro assassino o quanto antes, ele recebeu um ano de liberdade, para provar sua liberdade, e recuperar seus filhos. Ambas partes estavam difíceis, por isso estava na hora de pôr mãos a obra. Não podia e nem iria permitir que ele voltasse para a prisão. Seu coração se apertava só de pensar, que poderia perde-lo, mais desta vez para sempre realmente.

Vendedor: Sinto muito! Eu irei lhe ajudar. (Começa a mexer no computador). Ninguém merece uma traição como está. (Olha para Maria). Para qual endereço que foi mandado os bombons?

Maria: Empresa San Román. (Nervosa). Só uma pergunta: Vocês sempre fazem as entregas, certo?

Vendedor: Nem sempre. Mais a maioria sim, pois os homens querem agradar suas amadas, sendo romântico. Ou as mulheres podem fazer como a Sra., fez levar diretamente ao encontro do bofe.

Maria: Ah sim.

Vendedor: Achei. Aqui tem o vídeo dele. (Tentando lembrar do homem). Mais ele primeiro levou os bombons, depois os trouxe novamente dizendo que decidiu seguir minhas dicas, sendo mais romântico e fazendo uma surpresa para a amada. Que trabalha nesta empresa, eu acho. Mais o cartão eu não vi, caso foi para a outra ou não, isso eu não posso lhe afirmar.

Maria: Pode me mostrar a foto? (Curiosa e nervosa).

Vendedor: Ops, é claro (vira a tela do computador para ela). Então... É ele?

Maria solta um suspiro! Aquilo estava ficando cada vez mais estranho. Ao ver a foto de um homem de cabelos castanhos claros, olhos mel, boca carnuda, corpo de atleta e um belo terno. Ela não o conhecia ou reconhecia ao menos. Estava desesperada. Porque aquele homem desconhecido até então, havia mandado aqueles bombons envenenados? Bem, isso ainda não sabia, mais daria um jeito de descobrir a se ia.

Maria: Sim... É ele, bem ele. Tem como revelar as fotos? Para poder provar que estou falando a verdade?

Vendedor: Não sei se posso, ele pode processar a loja, e eu posso perderia meu emprego.

Maria: Não... Não, eu direi que contratei um investigador. Revela, sim?

Vendedor: Aí! (Coloca a mão no peito, ao lado esquerdo). Esse meu coração bom, hein? Esta bem Sra. Só uns minutos, sim? (Revelando as fotos).

Demora por volta de uns cinco minutos, até que o vendedor revelar as fotos, ela as pega.

Maria: Quantos lhe devo? (Pegando sua carteira).

Vendedor: Me pague, batendo no canalha de seu marido. (Sorri).

Maria: (Retribui o sorriso). Pode deixar, que isso farei com gosto. (Sorri maliciosa, ao lembrar de sua fantástica noite com Estevão, que claro que poderia ter sido melhor. Dá as costa para o vendedor e vai para o seu carro).

Maria vai rumo a prataria....

Bar.*

Frederico estava podre de bêbado, não aguentava nem sair caminhando por si só. Até que chega Carla, uma antiga amiga, colega e amante. Ela se põe ao lado dele, na tentativa de leva-lo para cama ou apenas conversar.

Carla: O que ouve Frederico? (Segura o copo que continha bebida, a qual ele iria enfiar goela a baixo).

Frederico: Não é da sua conta. (Grosso).

Carla: Não é da minha conta? Ok. Vamos, irei te levar para a casa de seu irmão, ou comprou uma casa aqui? (Se levanta).

Frederico: Não precisa se preocupar comigo, eu vou beber mais alguns goles e vou embora.

Carla: Garçom! (O chama também com a mão). Por gentileza me ajuda a por ele dentro do carro, sim?

Garçom: Claro Sra., mais tem a conta para ser paga ainda.

Carla: Faz a conta, eu pago. (Suspira).

Depois do garçom fazer a conta e dar o valor a Carla, ela paga. O garçom a ajuda com Frederico, então eles seguem para a mansão San Román.

Mansão de Alba.*

Evandro já havia ido embora, assim só ficando Ângelo com Alba, até a chegada do padre. O qual ela mesma havia pedido para ir até sua casa, tinha tanto o que confessar, tantas maldades a tirar de suas costa. E lá estava o Padre Belisário, tentando ajuda-la a se redimir. Mais uma vida de pecados, é difícil se confessar em uma manhã, apenas.

Padre Belisário: Alba tenho a te dizer que se não se arrepende de seus pecados, de nada serve confessa-los a mim.

Alba: Eu me arrependo de duas coisas, apenas de duas coisas Padre. (Tosse).

Padre Belisário: E quais seriam estas duas coisas? (A olhando atentamente).

Alba: Uma delas, foi ter abandonado meu filho. Aí Padre, como me arrependo. Jamais deveria ter feito, o que fiz. Por minha culpa, eu perdi os primeiros passos de Ângelo, sua primeira fala, ouvir sua linda voz, me chamar de "mamãe". Me dói tanto ainda ouvi-lo chamar Maria de mãe. Eu devo admitir sempre senti inveja de Maria, ela sempre teve tudo o que quis desde que nasceu. Sempre foi uma menina simpática encantadora. (Sorri de canto). Mais ao "descobrir", que seu marido era um assassino, foi aí que vi a oportunidade, de desmanchar aquela alegria toda dela, aquela alegria que me incomodava tanto. (Tosse). Foi ai que vi a oportunidade de destruir aquela felicidade de vez, e foi o que eu fiz. Eu fui a juro, e dei meu depoimento em falso. Eu não vi Estevão entrando com arma alguma no quarto de Patricia, muito menos eles se beijando entre outras coisas. (Tosse). A segunda coisa que me arrependo: Foi de ter me apaixonado por Estevão, este mesmo amor que fora se tornando doentio.

Padre Belisário.: (tentava digerir tudo o que a pouco, havia sido-lhe exposto). Alba...filha! Você tem tempo ainda para poder se redimir com seu filho, tem tempo para poder pedir seu perdão. E sobre ter mentindo em juízo, o que fez foi muito errado. Mais agora, me diga uma coisa, você viu quem entrou no quarto de Patricia armado ou seja o verdadeiro assassino?

Alba: Sim... Mais isso levarei para o túmulo, assim como o Sr., agora, padre. Pois tudo que lhe conto agora, é em confissão.

Padre Belisário.: Sim, eu sei Alba. Mais porque não tenta falar isso a Estevão, ele tem o direito de saber. E você sabe que se ele não descobrir em tempo, voltará para a prisão para pagar por um crime que não cometeu.

Alba: Eu sei, eu sei disso tudo. Mais ao menos não terei que vê-los juntos.

Padre Belisário: Tire este ódio, rancor, inveja e luxuria que tem em sua vida. De nada isso lhe servirá. Deixe-se libertar, permita-se a encontrar a paz. Aproveite enquanto a tempo.

Alba: (Pensa um pouco). Está certo. Eu irei contar toda a verdade a Estevão, para que assim ele não precise pagar por algo que não fez. (Suspira).

Padre Belisário: Eu irei a procura de Estevão! (Se levanta). Claro, que se você estiver preparada, para contar a verdade.

Alba: E eu estou, pode ir atrás dele.

Padre Belisário vai embora, indo a mansão San Román.

Mansão San Román.*

Estevão havia chegado alguns minutos na mansão depois de Maria ter saido. Ele tinha que pegar uns documentos, que eram essenciais para a empresa, mais ainda para a reunião que iria convocar.

Depois de pegar os documentos, ele desce a escadas, e vê Estrela lendo. Mais logo ela volta a sua atenção para ele, e logo se levanta. Aparentemente estava se preparando para uma discussão com Estevão, fazia tempo que não acontecia isso, admitia que sentia saudade, ao menos era uma forma de falar com ele.

Estrela: O que fez para meu irmão sair desta casa? (Pergunta arrogante).

Estevão: Não fiz nada, mais...

Estrela: Mais nada. (O interrompe brutalmente). Eu não acredito em você. Tudo que acontece a esta casa de ruim, é culpa sua. Eu não acredito em você, por tanto pode falar, anda.

Estevão: (Sorri de canto). Só espero que não caia meteoro na terra, ou se não irei preso por ser o culpado. (Suspira). Olha filha, pode não acreditar em mim, mais eu sinceramente não fiz nada.

Estrela: Bom mesmo que não caia, (Dando de ombros). E nunca mais me chame filha, eu não sou sua filha, eu não sou nada para ti além de sua enteada. Faz o favor de enfiar de vez isso em sua cabeça.

Estevão: Sim, você tem razão. (Triste).

Estrela: Sempre tenho razão.

Estevão: Talvez pequena.

Estrela: Aí como você é irritante! Não fica me tratando bem. (Brava).

Estrela acaba desmaiando, Estevão a pega em seus braços. E a leva para o quarto, põe um álcool no nariz dela, que em poucos segundos para ela despertar.

Estrela: O que ouve? (Se sentando).

Estevão: Não, não. deite-se, que irei chamar um médico. (Preocupado).

Estrela: Não! Por favor, não. (Eufórica).

Estevão: Mais... Porque não?

Estrela: Não te interessa. (Grossa).

Estevão: Ou me conta ou irei chamar o médico. Você decidi.

Estrela: Só se antes me prometer, que o que irei contar ficará entre nós, por enquanto.

Estevão: Está bem. Eu prometo. Agora pode falar. (Cruza os braços).

Estrela: Eu estou... Grá...grávida. (Tapa os olhos).

Estevão: Você esta o que? (Se levanta). Mais como... Digo, porque não se preveniu? A tantos modos de evitar uma gravidez ou doença?

Estrela: Eu tomava pílula e usava camisinha. Mais, não sei, foi um descuido. Mamãe irá me matar quando souber.

Estevão: (Suspira e se senta ao lado dela). Eu não irei deixar. (A abraça). E o pai desta criança sabe?

Estrela: Ainda não. Você é o primeiro. (Corresponde ao abraço). Obrigada. (Sussurra).

Estevão: Não tem o que agradecer. (A faz deitar).

Estrela: Tem sim. Mesmo depois de tudo que eu falei, as ofensas que fiz sobre você, como tenho agido com você. Você ainda é amável, legal. E eu tenho medo.

Estevão: Medo? (Surpreso).

Estrela: Sim. De esquecer-me mais do rosto do meu pai. Ou até mesmo me apegar a você, e você nos deixar.

Estevão: Isso não irá acontecer. (Fazendo carinho na cabeça dela).

Ele se deita e a deita junto a ele, onde ele continua a fazer carinho em sua cabeça. Estrela depois de alguns minutos desfrutando do carinho recebido, ela dorme. Ele permanece ao seu lado, igual a quando ela era uma pequena criança, indefesa e inocente.

Sala de Estar.*

Carla com a ajuda do motorista, ela põe Frederico dentro de casa. E ela o põe no sofá, pra logo depois por ele mo quarto com a ajuda do motorista novamente. Mais ao por ele sentado, ele a puxa para seu colo. E a beija, enquanto passa a mão por todo o corpo dela. Cristina que descia as escadas vê a cena.

Cristina: Frederico! (Com a voz falha).

Frederico: Quer participar? (Irônico. Cristina não o responde e fica os encarando). Não, que levou a sério a proposta. (Rindo).

Cristina: Cala a boca! (Grita). Agora você? (Aponta para Carla), saia desta casa agora mesmo.

Carla: Você não manda em mim, mais sairei sim. Mais deixando claro, que por causa de Frederico. (Saí).

Cristina: Porque a trouxe aqui?

Frederico: Porque a casa é do meu irmão, e ele me deixa trazer quem eu quiser. (Fala enrolado).

Cristina: Vamos conversar! (Se senta ao lado dele). Eu sei que errei.

Frederico: Todos estes anos você sabia que estava errando, o que foi que lhe fez abrir os olhos? Eu dizer que te amo? (RI). Eu menti, esta bem? Eu não te amo, eu te desprezo. Você tirou a coisa mais importante que um homem pode ter, um filho. No meu caso minha filha. MINHA FILHA! (grita). Pior que que isso, fez com que eu a odiasse e ela a mim.

Cristina: Ela começou a te odiar, pelo modo que a tratava. Eu sempre disse a você, que ela era inocente nesta história, e continua sendo. (Abaixa a cabeça). Mais já em relação ao seu amor por mim. Se é verdadeiro ou não, só você para saber. Mais saiba que o meu por ti, é sim, verdadeiro.

Frederico: Você é uma falsa. (Se feita no sofá). Você não ama ninguém, nem a si mesmo. Mais eu te amo, apesar de tudo te amo. (Dorme).

Nem Frederico mesmo já sabia o que falava, claro, afinal passar a madrugada toda em claro bebendo, não é para qualquer um. Mais quem disse que Frederico Rivero é qualquer um, né? Estava exausto, com sono, irritado e também admitia estar triste com a revelação que Cristina havia feito no dia anterior. Porque ela tinha que ter estragado tudo? Isso que ele se perguntava. Se ela tivesse contado a verdade desde o inicio, tudo teria sido diferente. Pra começar ele seria um homem melhor, iria tratar Acsa diferente, até seu casamento poderia ser diferente. Mais do que agora adiantava ficar chorando pelo leite derramado. Por este fato que ainda tentava rever tudo o que já havia vivido, o que havia realmente válido a pena. Isso ainda, para ele mudar, se tornar alguém melhor.

Cristina se ajoelha ao seu lado, e começa a acariciar sua face, depositando vários beijos pela face dele. Ela o amava tanto, mais como qualquer outro ser humano era falha, e não seria a primeira a vez a falhar, nem a última de fato. Mais o que era mais difícil era ter estado confusa aquele tempo todo de seus sentimentos, e ao descobri-los acaba estragando a oportunidade de ser feliz com o homem que ama e sua filha. Mais a culpa não era só sua ou era?!

Prataria.*

Maria acabava de chegar a prataria, ela se aproxima de Socorro.

Socorro: Como foi a noite? (Sorri. Estaca curiosa).

Maria: Foi tudo ótimo, perfeito. (Sorri). Mais cade Vivian.

Socorro: Ela ligou avisando que não poderia vim, pois o Heitor esta doente.

Maria: O que meu filho tem? (Preocupada).

Socorro: Não sei, apenas sei o que lhe contei.

Maria: Está bem, obrigada. Irei vê-lo. Se der mais tarde eu volto.

Socorro: Está bem. Boa sorte lá, amiga. (Sorri). E amanhã irei querer detalhes, hein?

Maria que já estava pronta para sair, olha um pouco para trás e faz uma careta engraçada para a amiga. Ela entra em seu carro com seus pensamentos a mil, sem falar na preocupação com seu filho. Logo ela esta em frente ao prédio ao qual Vivian morava. Ela entra, vai direto ao elevador, em poucos instantes ela já esta apertando a campainha. Vivian com um roupão a atende, sem olhar para quem estava na porta, ela grita olhando para trás.

Vivian: Eu também estou amor.

Maria: Espero que também esteja doente! (Cruza os braços).

Vivian: (olha assustada para Maria). Oi Maria! (Sorri disfarçada). Não.. Er..

Heitor: (a interrompe). Oi mamãe! Não estou doente, foi apenas uma desculpa nossa, para não ir trabalhar e ficarmos juntos o dia todo.

Maria: Pra ficarem juntos, não precisava mentir. (Os encarando ainda).

Heitor: É que da mais emoção. (Sorri). Quer entrar, mamãe?

Maria: Não, não quero atrapalhar o namoro de vocês. (Sorri).

Vivian: Não atrapalha. Maria eu quero que você seja a primeira a saber, que Heitor me pediu em casamento. (Com um sorriso largo).

Maria: Nossa! (Surpresa). Meus parabéns, meus lindos. (Os abraça).

Heitor: Obrigada mamãe.

Vivian: Obrigada!

Maria: Temos que fazer um jantar para comemorar, lá na mansão. E por falar nela, filho volta para casa. Logo Vivian vai morar conosco. (Sorri). Por favor!

Heitor: Mamãe eu não quero, me desculpe. Pra mim ainda é difícil saber que Estevão é meu pai, eu o tratei tão mal, sem falar nas minhas atitudes com ele.

Vivian: Eu amo a sua companhia amor, mais acho que seria melhor você ir para sua casa, e tentar se entender com seu pai. (O olhando).

Heitor: Eu posso pensar um pouco antes?

Maria: Claro, até o dia do jantar de noivado de vocês.

Heitor: Está bem.

Maria: Agora eu vou indo, tchau amores. (Sorri e pega o elevador).


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