MCAI - Meu Colorido Amigo Irmão escrita por steftheressa


Capítulo 7
Sete




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Como na noite passada tive sono de pedra, quando acordei eram 8:30.
Eu já não queria ir pro colégio mesmo, mas me impressionei por meu
pai não ter me chamado, e nem se quer foi no meu quarto conferir
se eu tinha saído. Deduzi isso porque, se ele tivesse ido ao meu
quarto, me veria e me acordaria obviamente. Eu estava sozinha em
casa. Me levantei escovei os dentes, e como já era tarde e eu não poderia ir mais à escola, fiquei mais mole ainda, Depois de escovar os dentes arrumei a cama e escolhi uma roupa pra vestir, peguei um vestidinho simples e um pouco curto. Fui pro banho praticamente me arrastando, me vesti, não arrumei o cabelo, apenas o prendi de forma certa, para não ficar "assanhado" e eu ficar parecendo uma maluca, mesmo que esteja em casa. Desci para tomar café e confirmei minha dúvida, eu estava sozinha mesmo. Tomei meu café da manhã
depois fui arrumar a casa, Quando acabei me sentei no sofá e olhei as Horas, eram 10h em ponto, liguei a TV só por ligar, peguei meu celular e liguei para a Mari — minha amiga que mora na cidade de minha avó lembram-se? Conversamos bastante tempo, acho que quase duas horas, ela me contou as novidades de lá, contou do Bernardo, como ele estava, como as coisas estavam por lá, enfim, tudo. Quando desliguei o celular eram 11h55min . Fui fazer o almoço, preparei um prato rápido e bem fácil. Voltei para sala e fui realmente ver TV.

O Luc chegou exatamente as 12h35min —Não, eu não estava marcando os horários, foi só uma conhecidencia ele entrar em casa na hora que eu peguei o celular. Quando ele chegou largou a mochila no chão, eu me levantei imediatamente, sim, eu ainda estava brava com ele. Fui andando rápido até a cozinha, e ele atrás de mim. Eu fui indo até a porta dos fundos, já planejando fugir pro quintal. Quando cheguei na porta ele segurou meu braço.

— Porque não foi pro colégio hoje? - ele disse sério, não parecia com raiva, parecia apenas sério. Ergui as sobrancelhas. Quanta audácia.
Fiquei calada.

— Responde Renata- ele falou um pouco alto

Continuei calada.

— É por causa do que eu não te contei?!Quer que eu conte agora? - ele falou alto no começo e depois baixou o tom, estava falando rápido, com um toque de desespero e irritação.

— Então eu conto! EU TÔ NAMORANDO A CAROLINA. TÁ BOM PRA VOCÊ AGORA RENATA? - eu arregalei os olhos e meu queixo caiu. Ele me soltou e eu involuntariamente dei um passo pra trás — Pronto! eu falei! — ele esfregou os olhos e passou as mãos entre os cabelos — Eu não quero ficar com ela, quero ficar com você. Me desculpa eu não queria mentir, mas também não queria que você soubesse.

Fiquei pasma, mas mesmo assim não disse nada, só continuei de boca aberta.

Sai de perto dele, subi para meu quarto. Fechei a porta e tranquei.
Ele bateu na porta.

— Renata! Abre! Você não queria saber? Então, eu contei! Abre! Renata!- ele batia forte na porta.

Ah, sim. Ele é um cretino.

Ele ficou batendo por quase uma hora, quando ele viu que eu não ia abrir mesmo ele desistiu. Escutei o chuveiro ligando, seria o momento perfeito para me afogar em lágrimas. Mas eu não tinha porquê chorar. Lucas era solteiro, eu era solteira, éramos praticamente irmãos, porque eu choraria? É normal as pessoas namorarem. Não é? Quer dizer, tudo bem que ele disse que queria ficar comigo, e estava tendo mini-ataques de ciúmes, tudo bem. Ele tem namorada. Ele tem namorada. Oh, merda.

Fiquei em meu quarto até as 15h00, só sai porque fiquei com fome. Ele estava no quarto dele tocando violão, consegui ouvir quando passei pela porta.
Desci rápido para ele não me ver. Não deu certo já que a porta do quarto dele estava entreaberta. Assim que terminei de por meu almoço ele me segurou no braço.
— Que susto! - eu disse e coloquei o prato na mesa

— Vai conversar comigo agora?

Olhei para sua mão apertando meu braço e depois olhei para ele — Não tenho nada pra conversar com você Lucas, me deixa quieta! – me soltei grosseiramente com um puxão.

— Sério?

— É!

— Tá bom Renata! Quando você quiser conversar você fala então tá!- ele virou as costas e subiu de volta para seu quarto.

Ignorei o barulho que ele fazia, parecendo que estava destruindo o quarto. Comi depois lavei a louça e subi, fiquei no meu quarto deitada até a noite. Meu pai chegou e foi me ver, como fazia quase todos os dias.

— Oi Filha - ele entrou no meu quarto

— Oi Papis – sorri

— Não foi pro colégio, não é?

— Você me viu? Porque não me acordou?

— Eu esqueci - ele riu- mas você está bem não é? Não esqueça de pegar o conteúdo na segunda!

— Estou bem, eu pego com a Jú, e você como foi seu dia?

— Cansativo como sempre. Vamos descer pra jantar?

— Já tomou banho?

— Já – ele disse. Eu me ajeitei pra me levantar mas lembrei da minha confusão com o Luc e desisti
— Ah, não vou não pai...tô sem fome. Vai lá- Sorri

— Renata Renata, você tem que comer filha! Vai acabar ficando doente.

— Eu estou me alimentando direito, sério! É que eu almocei muito tarde! Acabei de me lembrar.
— Tudo bem então, vou jantar. -ele saiu do meu quarto

Fiquei deitada quieta um pouco, depois levantei, banhei vesti pijama e me deitei.
Peguei no sono.

Eu estava em sono profundo, em meu sonho sentia alguém passando a mão em meu rosto e pedindo desculpas. Não entendi o porque, e nem quis entender, como em todo sonho, não percebi praticamente nada do que acontecia realmente, assustei depois que ouvi algo caindo no chão, e como eu sempre durmo com o celular do lado pensei que fosse o meu, abri os olhos rápido e me deparei com o Lucas, pegando o celular dele do chão. Me assustei — a ponto de quase ter um troço —, mas a minha única reação foi me cobrir.

— Bom dia, está pronta pra falar comigo agora? -ele disse e me levantei, abismada com a situação. Franzi as sobrancelhas mas não disse nada.

— Não vai dizer nada ainda? O quer que eu faça? Eu já terminei com ela! -ele disse e eu me virei para encara-lo

— Não devia! Você não estava feliz com ela?- "cocei" o cabelo irritada apesar de ter falo da maneira mais calma possível.
— Não! Não era ela que eu queria! Eu pedi ela em namoro a muito tempo atrás tipo, ela me enrolou bastante, só agora veio responder, mas agora eu quero você! Será que dá pra entender?

— Muito tempo atrás tipo, uma semana?

— Duas. Mas eu quero você, ela não é boa! Ela não é você, Renata. – ele respondeu.

— Somos apenas duas opções então? Você é ridículo garoto! - continuei falando calmamente, em partes por causa do sono, e em partes por que não queria começar outra briga.

—Não me chame de garoto – ele me pegou pelo braço. Isto já estava virando mania.

— Tá bom — ele me soltou e eu me virei para ir até o banheiro — garoto.- revirei os olhos


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