MCAI - Meu Colorido Amigo Irmão escrita por steftheressa


Capítulo 5
Cinco


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que estão acompanhando, fico muito feliz em saber que vocês estão gostando da minha histórinha haha. Beijos, boa leitura. (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/520149/chapter/5

O Luc estava quieto, muito quieto, estranhei.
— O que aconteceu Hoje? - Perguntei na intenção de conseguir tirar alguma coisa dele. Procurei em seu rosto qualquer sinal de tristeza ou desagrado, mas não encontrei.
— Nada, porque? - ele me olhou com expressão de dúvida
— Você está tão...quieto. Depois que voltou da casa do Math ficou estranho de repente.
— Não aconteceu nada - ele riu e abaixou a cabeça. O Luc nunca foi de esconder muita coisa de mim, até porque ele não conseguia. Éramos melhores amigos, meio-irmãos, colegas de casa, colegas de escola, como ele poderia esconder algo de mim? Não quis perguntar mais nada, mas decidi que descobriria o problema sozinha, sem ele saber. Eu tinha que descobrir, porque ele não iria me contar.

Esperei meu pai descer e minha madrasta chegar para jantarmos, depois subi para meu quarto, banhei e me deitei. Fiquei pensando em milhões de coisas, pensando em um modo para descobrir o problema do Luc sem ele perceber, pensando no porque ele teria ficado assim depois que voltara da casa do Math, será que o Math disse algo a ele? Mas ele não parecia triste. Fiquei confusa, era muita coisa pra pensar. Virei-me para deitar de lado na cama, e dormi.

Acordei cedo, até mais cedo que o normal, eu não estava com sono, na verdade, nem sei como consegui dormir, tinham tantas coisas na minha cabeça ontem, será que tomei algum remédio forte para pegar no sono? Acho que não.

Levantei-me devagar sem medo de me atrasar, arrumei minha cama e fui até o guarda roupas pegar a minha blusa da farda e minha calça. Pus em cima da cama e fui ao banheiro, tirei a roupa bem devagar e banhei com água quente, o que me deixou mais lerda ainda, sem querer molhei um pouco o cabelo. Não devo molhar o cabelo pela manhã se não tenho a intenção de arrumá-lo, mas foi um tremendo "acidente"— devido a minha lerdeza matinal com água quente tranquilizante, que me deixa ainda mais lerda —, meu cabelo é grande e castanho escuro com californiana, deixei solto para secar, me vesti e arrumei meu cabelo, ainda não estava totalmente seco então tive que deixa-lo solto mesmo sem muita vontade — e sem muita coragem pra arrumar direito e não chegar no colégio parecendo uma maluca —, desci para tomar café da manhã. O Luc não havia descido ainda, estranhei. Tomei meu café em silêncio, também não havia motivos para fazer barulho. O Luc desceu em silêncio e se juntou a mim para tomar café da manhã, não conversamos, e isso realmente me deixou um pouco preocupada, o Luc sempre conversava comigo de manhã, independente de qualquer coisa. Terminamos, escovamos os dentes e fomos para o colégio, novamente fomos em silêncio, ele parecia perdido em seus pensamentos, e distraído pude ver que ele estava se sentindo "culpado" por algo. Sim, eu sempre soube distinguir essas coisas, as pessoas não precisam me falar o que sentem, preciso apenas olha-las e já descubro, mas não descobri o motivo. Aquilo estava começando a realmente me incomodar, porque ele estava tão estranho comigo? Porque Parecia Culpado? Porque isso tudo depois que voltou da casa do Math? Não consegui entender.

Chegamos ao colégio e mal nos despedimos, corri pra minha sala mesmo sem estar atrasada, não parei um minuto sequer de pensar em qualquer motivo para ele sentir culpa. Não consegui entender, eu não sabia de nada que pudesse deixa-lo com aquele sentimento de culpa. Eu estava distraída em meus pensamentos e não percebi quando a Ju chegou.

— Rê...Renata...RENATA!!-ela disse e me cutucou

— Oi, bom dia amiga, nem te vi chegar.

— Claro! Você estava ai toda distraída, tava pensando em quê, afinal?-ela cruzou os braços e pôs um sorriso desconfiado no rosto, maldita Juliana que nunca me deixou esconder nada dela.

Nunca consegui esconder nada da Ju, ela sempre conseguia me fazer falar, tentei várias vezes esconder segredos dela — e ela acabou descobrindo da pior maneira possível—, então agora desisti, sei que não consigo mesmo.
— O Luc ta estranho comigo desde ontem- eu a olhei e apoiei a mão no queixo cobrindo a boca também.

— E o que você acha que ele tem?- ela me olhou confusa

— Como vou saber? Não tenho bola de cristal! - Ela riu.

O professor entrou na sala e começou a sua aula, me esforcei para tentar prestar a atenção. No intervalo fiquei com a Ju, a Bia e a Renata, Math não sei onde estava, e o Luc não ficou com nenhum de nós, nem com o Math, ninguém sabia onde ele estava. Parei de dar atenção à mudança de humor repentina do Lucas, até porque ele não era bebê, e sabia muito bem o que fazia e deixava de fazer. Ficamos no intervalo conversando e eu tirei totalmente — de verdade mesmo, fingi que ele não existia — meus pensamentos do Luc. Depois Voltamos para sala e assistimos os últimos horários. Na volta passei na casa da Ju pra ela trocar de roupa e depois fomos para minha casa. E o Lucas?...Pois é, não sei, não o vi, mas disseram que ele tinha ido pra casa com uma menina, ignorei. Chegamos a minha casa, subi banhei e voltei para preparar o almoço pra mim e pra Ju. Ela me ajudou e acabamos fazendo bagunça na cozinha. Comemos e ficamos jogando Detetive, o jogo de tabuleiro. Depois fiz pipoca e começamos a ver um filme, no meio do filme o Luc chegou.

— Boa Tarde- ele disse, sorriu e subiu. Sim, ele ainda estava estranho.

— Boa Tarde - Apenas a Ju respondeu

Continuamos a assistir o filme e quando acabou a Ju foi embora. Arrumei a Bagunça da sala e fui ver o Luc no quarto, ele estava deitado na cama com o fone no ouvido. Bati na porta e entrei.

— O que foi? - ele tirou um fone do ouvido

— Porque tá tão estranho?- cruzei os braços tímida.

— Você ja me perguntou isso e eu já disse que não é nada

— As suas mudanças de humor ainda vão me matar

— Isso não é da sua conta. Não dê atenção as minhas mudanças de humor. - ele disse de um jeito frio, que me deixou um pouco magoada.

— Ok - me virei em direção aporta e a abri

— Desculpa, eu não quis ser grosseiro - Ele se levantou e veio até perto de mim

— Esquece, Lucas. - sai antes que ele pudesse me tocar

Sim, agora ele tinha realmente me magoado, decidi que iria parar de dar atenção ao Lucas porque não importa o que eu fizesse, ele não iria me falar o problema, iria apenas ficar me magoando. Nunca fui de desistir fácil das pessoas, mas dessa vez ele me magoou, e eu não queria ficar sentindo aquilo, afinal quem gosta de se sentir triste e magoado? Tive vontade de olhar pra ele e dizer: Pronto, conseguiu me magoar e me fazer desistir disso. Como se sente após realizar essa proeza?

Voltei para sala e "fingi" que via TV, sim, fingi, não estava prestando a atenção. Estava apenas olhando em direção da TV e com os pensamentos longe. Quando acabou malhação fui preparar o jantar, não saiu perfeito, porque eu não estava com ânimo pra nada.

O Lucas não desceu para se desculpar, e nem ao menos mandou uma mensagem no meu celular. O Que ele estava pensando? Que podia me magoar e sair assim que não ia ter problema nenhum? Pois é, acho que era isso mesmo. Depois de preparar o Jantar subi para meu quarto e banhei, vesti logo a roupa de dormir e deitei na cama. Quando o meu pai chegou foi no meu quarto me ver.

— Boa Noite Filha, vamos jantar - ele entrou no quarto.

— Não tô com fome pai- me virei na cama, de modo que ficasse deitada de lado.

— O Que houve?- ele se sentou na cama perto de mim e passou a mão em meu cabelo

— Nada, eu só não quero comer.

— Tem certeza?

— Tenho pai – forcei um sorriso amarelo.

— Realmente eu te deixo muito sozinha.- ele se levantou e foi em direção a porta — Se ficar com fome me avise, ok?

— Tudo bem pai - respondi e ele saiu do quarto

Tentei pegar no sono mas não deu certo, pouco tempo depois o Luc foi no meu quarto.
— Oi..-Ele disse e foi entrando, como eu estava de costas pra porta fingi que dormia — Rê...eu, sinto muito por...- ele deu uma pausa — você tá acordada? - ele veio até perto da cama, e passou a mão em meu cabelo — Está dormindo? - ele disse e eu permaneci calada — Tudo bem então - ele saiu do quarto.

Eu não queria falar com ele, e ele sabia disso, eu sabia também que iria ser difícil não falar com ele, porque moramos na mesma casa, e fazíamos quase tudo juntos, poderia ser um tremenda criancisse isso que eu estava fazendo, mas edaí? Quem nunca fez um cara de cachorro porque ficou magoada com algo, não sabe o que é se sentir no poder da pirraça.

Fechei os olhos no pensamento de me forçar a dormir, mas foi até bem fácil.

Me sinto ótima agora, pensei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mereço comentários? Recomendações? Acompanhamentos? Favoritamentos?
Vamos lá, falem alguma coisa. Vocês que mandam aqui ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "MCAI - Meu Colorido Amigo Irmão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.