MCAI - Meu Colorido Amigo Irmão escrita por steftheressa


Capítulo 2
Dois




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Deitei-me na cama e fiquei pensando em tudo que tinha acontecido, ri baixinho e pouco depois dormi.

Acordei com o Luc me fazendo cócegas o puxei, fazendo-o cair do meu lado deitado, ficamos nos olhando por um longo minuto, meu pai me chamou antes que qualquer coisa pudesse acontecer.
— Filha, acorda temos que ir, está atrasada!- meu pai me gritou da sala.

Me levantei rápido da cama, e me lembrei que não tinha arrumado nenhuma roupa para levar para casa de minha avó. Peguei algumas peças que vi na frente, e alguns acessórios, coloquei na mochila que eu levaria e fui pro banho, e fiz minha higiene diária, depois me vesti e desci.

— Vamos filha, não temos tempo, leva um lanche pra comer no caminho-meu pai disse pegou a minha mochila e levou para o carro.

— Tudo bem - disse e peguei um biscoito Bono de chocolate e uma latinha de refrigerante.
— Você nem queria né, Rê - o Luc disse.

— Não mesmo –rimos

— Vamos, vamos, entrem no carro! Estão esperando o que?- minha madrasta disse, e pelo seu tom de voz percebi que ela estava irritada.

Minha madrasta entrou no carro logo em seguida eu, o Luc e meu pai entramos também. Minha avó morava em outra cidade, mas não era muito longe da nossa casa, davam mais ou menos 2 horas de viagem. Comi meu biscoito com refrigerante e depois o Luc começou a brincar comigo, me beliscando e puxando meu cabelo de leve para me irritar.

O Luc sentou no banco de trás, no meio, para ficar perto de mim que estava sentada atrás do meu pai, o nosso carro era um Nissan Livinia para sete pessoas, totalmente desnecessário porque éramos apenas quatro e quase nunca saiamos com outras pessoas.

— Luc para de puxar meu cabelo- eu disse bem baixo para não chamar a atenção do meu pai
— Só se aceitar ficar comigo de verdade- ele falou ainda mais baixo que eu e sorriu maliciosamente, e com aquele sorriso pude ver que ele não estava brincando.

— Ta maluco Lucas?! E se sua mãe descobre?! E Meu pai? Eles nos matariam!-eu disse ainda baixo, mas, já nervosa.

— Eles não vão saber! - O Lucas era mesmo muito cara de pau.

— Depois penso nisso ta? Agora fica quieto!

Fomos o resto da Viagem em silêncio. Quando chegamos lá a minha avó já estava a nossa espera. Ela cumprimentou todos nos, e é claro chamou o Lucas de cut cut, deu vários abraços e beijos nele e em mim. Nunca senti ciúmes por ela chamar ele de cut cut sendo que EU era neta dela, na verdade me sentia até aliviada — eu fico vermelha com facilidade, imagine com alguém puxando minhas bochechas?

Depois ela nos mostrou os quartos onde ficaríamos. Meu pai e Minha madrasta ficaram em um e eu e o Luc em outro. A minha avó ainda nos via como duas crianças e achou que não faria diferença alguma em dormirmos no mesmo quarto, tinham duas camas no quarto, duas camas de casal, eu dormiria em uma e ele em outra.

Minha avó era viúva, mas nunca estava sozinha, muito pelo contrario, ela sempre estava com alguém, saindo e passeando por toda a cidade. Parecia uma turista. Assim que nos acomodamos fomos comer, já estava quase na hora do almoço mesmo. Depois que comemos eu e o Luc fomos para o quarto descansar. Ele ficou mexendo no meu celular e eu deitada na mesma cama que ele. Acabei pegando no sono. Quando o Sol já estava mais frio, Luc me acordou para irmos visitar alguns amigos antigos nossos. Fomos primeiro na casa da Beatriz e da Bruna, porque era mais perto que as outras casas.
Lembro que quando éramos menores e brincávamos de "casinha" a Bruna e a Beatriz sempre brincavam para decidir quem seria a "esposa" do Luc, mas quem não iria querer? Um menino Lindo, de olhos verde-claro e cabelo preto. Eu sempre ri muito delas, e dele.
Quando chegamos lá foi simplesmente impressionante, o Luc ficou de boca aberta, porque realmente elas tinham mudado, e tinham mudado muito, tinham ficado Lindas!


Elas não eram gêmeas, mas se pareciam muito, Beatriz morena e Bruna loira. Senti um pouco de ciúmes do Luc com elas, não entendi muito bem o porque, não éramos namorados e nem tínhamos nenhum tipo de relação "especial".

— Oi meninas, lembram de mim? Opa, quer dizer de nos? - Luc disse
Elas Riram

— Claro que lembramos de você Lucca -Bruna disse. Quando éramos mais novos o Luc era chamado de Lucca. Na verdade só eu chamo ele de Luc.

— Ficou gatinho hein - A Beatriz disse e as duas reparam no Luc, senti mais uma pitada de ciúmes mas mantive meu controle.

— Oi Renatinha - Beatriz disse naquele tom que sempre usava, e eu odiava.

— Sempre sarcastica hein - eu disse e cruzei os braços

— Que falta de Educação a nossa. Entrem. - Bruna disse e se agarrou no braço do Luc.


Entramos, a casa delas não tinham mudado quase nada, sempre foi uma das casas mais sofisticadas da cidade, me sentei em um dos sofás e as Duas quiseram sentar do lado do Luc, pareciam que tinham voltado a serem crianças, competindo um garoto, foi ridículo aquilo. Ficamos conversando até eu ficar cheia daquilo e o Luc também, então saímos fomos na casa de outros amigos não muito interessantes, depois fomos na casa do Bernardo, meu ‘namoradinho’ de infância. O Bernardo tem olhos azuis e é Loiro, e eu sou apaixonada por loiros, confesso, sempre fui. Quando chegamos à casa do Be tocamos a campainha e esperamos ele descer, quando ele abriu a porta e me viu, Nossa!

O que aconteceu naquela cidade? Todos tinham mudado, tinham ficado todos lindos. O Be que já era Lindo ficou maravilhoso, meu Deus, você se apaixonava só em olhar para aqueles lindos olhos azuis e seu cabelo com um pequeno topete. Lindo.

Ele veio rápido em minha direção e ignorando o Luc totalmente, me abraçou.
— Que saudade Pequenininha! Poxa você tem que vim mais aqui - ele disse e sorriu. Que sorriso lindo.

Percebi o quanto senti saudade dele, e quanto tempo tinha que eu não ia lá. Nossa! A última vez em que vi o Be, ele ainda era um molequinho, agora ele e um homem, um homem loiro, musculoso e lindo, muito lindo. O Be cumprimentou o Luc, e pouco depois entramos, ficamos conversando, e descobri que ele estava no terceiro ano ensino médio, claro, ele tinha a mesma idade do Luc.

Sempre olhei para o Be e o Luc como dois molequinhos bobos que só pensavam em brincar, correr e se sujar, mas naquele momento olhando para eles dois ali sentados no sofá, não pareciam moleques, pareciam dois homens maduros conversando, falando como as coisas tinham mudado em tão pouco tempo, e por um momento fiquei encantada em vê-los ali, os dois meninos que brincavam comigo, se tornaram homens, e estavam ali na minha frente. Eu estava bem distraída com meus pensamentos e quase não pude ouvir o Luc falar.

— Renata, Renata! -Luc disse tentando me chamar a atenção

— Hã... Oi?- eu disse e tentei me alertar. Eles pararam para me olhar e me senti tímida por um longo minuto.
— Nos vamos jogar bola, quer ir com a gente?- Luc disse

— Olha se você não quiser não precisa ir, podemos ficar aqui com você, ou só eu posso ficar- Be brincou.

— Não tudo bem, eu posso ir ver vocês jogarem.

— Ok então. Vou pegar o uniforme do time aqui! Já volto!- Be se levantou e foi ate seu quarto pegar seu uniforme, fiquei com o Luc na sala, ele me observava atentamente procurando algum sinal de desagrado, mas não deixei que ele visse qualquer sinal.
Bernardo voltou. -Ok, vamos!?
Levantamos-nos e saímos. Todos os sábados os meninos jogavam futebol então já estava certo que o Be iria jogar, quando chegamos à quadra ainda não tinha ninguém que iria assistir a não ser eu, mas os meninos que iriam jogar estavam quase todos la, quando estava quase começando o jogo, um dos meninos não pôde ficar, e o Luc por sorte, entrou no lugar do menino.

Eles estavam cheios de energia jogando, tentei focar minha atenção lá para ver se entendia alguma coisa, mas não deu certo, para a minha salvação, a minha amiga Mari, que eu acabara de ir a casa, chegou e se sentou do meu lado. A Mari tinha acabado de fazer 15 anos, e estava namorando um menino chamado Igor, ele parecia ser legal, apesar de não conhecê-lo bem. Ele estava jogando junto ao Luc e aos outros meninos, ele era alto, e um pouco magro, não pude ver mais detalhadamente, pois ele estava muito longe. Ela parecia gostar muito dele, e eles já estavam juntos a mais de sete meses.

Sempre fui muito seletiva e observadora, mas, não quis palpitar sobre o relacionamento deles. Ficamos conversando ate o jogo terminar, e a Mari me prometeu que nas festas de meio de ano iria visitar. Voltei para casa com o Luc já à noite. Meu pai e minha madrasta tinham ido a uma festa e só voltariam de madrugada. Rueiros, pensei.

O Luc foi tomar banho enquanto eu e minha avo fazíamos o jantar, ela já havia jantado então só estava fazendo para nós dois comermos. Fui banhar, e o Luc foi para sala me esperar para jantarmos. Terminei pus um vestido azul bebê no qual eu dormiria e fui para a sala. Jantamos eu e o Luc e depois fomos para o quarto, me deitei em minha cama e ele na dele. Não ficamos conversando, mas nenhum de nós conseguia dormir. Quando já estávamos irritados com o silêncio ele falou comigo.
— Rê...ta acordada?- disse ele, um pouco baixo

— Que foi?

— Porque não vem dormir aqui comigo?- ele disse e eu estranhei

— Porque eu faria isso?

— Tem uma aranha ai, pertinho de você...

Pulei da cama. Passei a mão por todo o meu corpo na intenção de espantar a tal aranha.

— Vem dormir aqui- ele insistiu

— Acho melhor não

— Então dorme com a aranha- ele riu

— Muito feio isso que você ta fazendo!- fui me deitar com ele

Logo ele me abraçou e ficamos ali, custei a pegar no sono, não sei por que, mas quando dormi, foi sono de pedra.


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