– Argh, eu odeio lavar a roupa, odeio ter que checar os bolsos de toda santa roupa que ponho no cesto. Odeio.

Foi quando, checando um jeans, percebeu um pedaço de papel. – Uhu, dinheiro – Não era dinheiro, eram só... números, num papelzinho.

Virou o papel, do outro lado, estava escrito

“Quinn”

– Own, que fofinha, será que ela quer que eu ligue? Será que não seria meio oferecida? Bom, vou deixar para mais tarde – E prendeu o papel na geladeira

Rachel gostara de Quinn. Ela era simpática e educada. Era bonitinha também - Quem eu quero enganar ela é linda. Mas Rachel não queria se envolver, sofrera uma decepção amorosa a pouco tempo. Mas o jeito como Quinn sorria era cativante, o olhar bobo e perdido que ela tinha também.

(...)

–Oi Rachel, que bom que ligou, queria te convidar pra sair. Tem uma festa, de um cara do meu cursinho, quer ir comigo?- Tentou parecer informal. O que não era verdade, porque ficara ao lado do telefone o dia todo. Literalmente. Uma cadeira, uns salgadinhos e um tablet podem fazer você se sentir no conforto do seu quarto, só que no meio do corredor.

–Ah, olha eu tenho um problema com bebidas, então não me deixe passar dos limites sim? Quando, onde?

Ah, caramba, ela aceitou. Quinn nunca tinha se sentido assim antes, o que era aquilo? Sentimento estranho.

–Tá, tudo bem . É na Avenida Olivas, casa 12. As 21:00 de hoje sim?

–Até lá. Obrigada

– Claro, a gente se vê lá, um beijo, tchau

*tu*tu*tu*tu*

Droga Quinn. Beijo? Droga

(...)

Já estava super tarde, e Rachel continuava bebendo. Lembrou-se do pedido que fizera a Quinn. Lembrou-se de que ela não o estava cumprindo.

Mas não parou de beber. Quinn estava meia tonta. Pedindo pra ir embora. Garotos e garotas se pegavam de um jeito nojento nos corredores. Rachel estava bem acostumada, na verdade. Ia a aqueles ambientes toda noite. E admitia, as vezes (e bem envergonhada) que ela já fora um daqueles casais agarrados que elas estavam vendo. Uma vez, ficara tão bêbada, que quase fora estuprada.Mas por sorte, estava em uma boate bem segura daquela vez.

–Rachel, eu não aguento mais. Quero ir pra casa.

–HAHAHAHAHA. Ah, qual é. Fala mais di volce – A voz começando a demonstrar o estado cerebral

Festa estranha, com gente esquisita
"Eu não to legal", não aguento mais birita"
E Rachel riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o garota que tentava impressionar

–Rachel, melhor a gente ir pra casa, tá tarde, minha mãe não sabe onde eu estou. Você ta bêbada pra caramba. Não dá pra ficar aqui. Vamos

–HAHAHAHAHAHAHA VAMOS

Tarde, eram quase duas da manhã. A mãe dela com certeza estaria esperando por ela na sala.E ela estaria em encrenca.

–Tá, eu vou HAHAHAHAHAHA MAS É SÓ PORQUE SUAMAE VAITEMAT

–Me matar, eu sei, vamos, vou chamar o taxi

E Quinn, meio tonta, só pensava em ir pra casa
"É quase duas, eu vou me ferrar"